10 março 2014
História da Contabilidade: Luca Pacioli e a imprensa brasileira
Temos feito postagens sobre a história da contabilidade usando como fonte de informação a imprensa brasileira. Nesta postagem procuramos apresentar o resultado de uma investigação: a presença de Pacioli na imprensa brasileira.
Sendo o primeiro escritor sobre o método das partidas dobradas, Pacioli é considerado o grande nome da contabilidade universal. Mas Pacioli não foi somente “o” escritor das partidas dobradas, como também especialista em astrologia, matemática, pintura, xadrez etc. Obviamente que a estes “outros” Paciolis também aparecem nos jornais.
Na minha pesquisa também encontrei pessoas com este sobrenome no Brasil, inclusive um “José Pacioli”. A minha pesquisa foi abrangente o suficiente para ter uma ideia de como a imprensa tratou, no passado, a figura no Frei.
Quantidade
Em primeiro lugar, o número de textos sobre Luca Pacioli é bastante reduzido. Considerando o jornal Estado de S Paulo, que está ativo desde 1875, Pacioli foi citado 16 vezes somente, sendo a primeira vez em 1941. Apesar de este número ter dois problemas, é um sinal de que a figura do Frei não é presença frequente na imprensa (1).
A primeira aparição que encontrei foi uma edição do jornal Correio Paulistano que transcreveu um discurso de formatura de uma turma de técnicas e o nome foi citado (2).
Pacioli nas Artes
Pode parecer estranho, mas as citações sobre Pacioli foram mais frequentes nos textos artísticos. Um texto comenta sobre o famoso quadro de Pacioli, pintado por Barbari (3). Num artigo sobre Portinari, Costa afirma que nosso pintor mais conhecido tinha ficado impressionado com as pesquisas pictóricas de A Divina Proporção, de Pacioli (4). Outro texto, sobre Jacques Villon, também aparece a citação do livro ilustrado por DA Vinci (5). Alguns textos chegam a considerar a concepção de Pacioli como aquela a ser questionada, por representar o status quo (6).
Pacioli e a Matemática
A contribuição de Pacioli para matemática também apareceu na imprensa brasileira. Uma coluna mantida pelo grande Malba Tahan (7), o colunista responde quem inventou o “milhão”. Segundo Tahan, a palavra foi empregada pela primeira vez por Pacioli na Suma na folha 18: “mile migliara, chef a recondo el vulgo el miliole” (8). Em outra coluna, Tahan esclarece melhor que a palavra significou, em italiano, certa medida para o ouro, mas Pacioli usou como um número abstrato. E que talvez Pacioli não seja o seu “inventor” (9).
Mais antigo, em 1932, Careta comentava sobre equações do segundo grau e que Pacioli tratou da aritmética comercial e o primeiro a expor as partidas dobradas, “ao modo italiano” (10). Mais recente, PAulos mostra a contribuição para história dos números (11).
Pacioli e a Contabilidade
Um texto de Rodrigues contextualiza a obra de Pacioli dentro da burocracia. Rodrigues afirma corretamente que o livro de Pacioli apresenta uma ampla discussão do débito e crédito, transformando-o em pioneiro da contabilidade de partida dobrada (12). Outro texto bastante elogioso foi publicado em 1963 no Diário da Noite. Gueiros faz um histórico da contabilidade e afirma que Pacioli foi o primeiro contador deste mundo (13). Informa que Goethe considerava as partidas dobradas “uma das melhores descobertas do intelecto” e que Spengler a considerava tão importante “quanto aquela do movimento da rotação da Terra”.
Infelizmente a imprensa insiste na simplificação: em geral considera Pacioli o “inventor das partidas dobras” (14).
A Marca PAcioli
É interessante que temos pouco uso da “marca” Pacioli. Encontrei somente um curso com esta denominação, para desempenho da profissão de contabilista em três meses (15). Finalmente, no início do século XX vendia-se latas da manteiga importada Pacioli (16).
Referências
(1) Este número deve ser visto com dois cuidados. Em primeiro lugar, o nome de Pacioli é citado com variações (Paccioli, Pacciolli, Paciolli, Paciolo etc) e isto pode indicar que está subestimado. Em segundo lugar, pode não se referir exatamente ao nosso Frei ou pode estar relacionado com outras atividades.
(2) Correio Paulistano, ed. 19592, 22 de janeiro de 1918, p. 4.
(3) Jornal do Brasil, ed. 270, 5 de janeiro de 1991, p. 42. O texto inclusive afirma que Giorgio Vasari acusou Pacioli de ter “roubado” as pesquisas de Pierro Della Francesca sobre figuras tridimensionais.
(4) COSTA, Maria Ignez Correa. Portinari. Jornal do Brasil, 29 de junho de 1968, ed. 69, p. 21. Uma curiosidade: encontrei uma divulgação da venda da obra (importada) no Diário de Notícias, 28 de setembro de 1947, ed. 7647, p. 27. Isto é comprovado por um depoimento do filho de Portinari que afirmou que “Papai adorava matemática e não largava o livro Da Divina Proporção, de Luca Pacciolli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, inventor da contabilidade e da medida da boa proporção” em SILVA, Beatriz Coelho. Portinari, um homem de letras. O Estado de S Paulo, ed. 39779, 15 de setembro de 2002, p. 142.
(5) Jornal do Brasil. 23 de maio de 1959, ed 118, p. 35.
(6) MALDONADO, Tomas. Arte de “n” dimensões. Jornal do Brasil, 20 de maio de 1957, ed. 115, p. 37. Veja também FRANÇA, José Augusto. A arte abstrata como Pedagogia. Jornal do Brasil, 31 de março de 1957, ed 75, p. 18. FRANÇA, José Augusto. Piero Della Francesca. O Estado de S Paulo, ed. 25172, 26 de maio de 1957, p. 6. Ou comentário sobre o livro The Geometry of Art and Life, de Matila Ghyka em Letras e Artes, 25 de agosto de 1946, ed. 13, p. 12. Ou critica a uma separata da Revista do Arquivo Municipal de São Paulo em Letras e Artes, 18 de agosto de 1946, ed. 12, p. 10.
(7) Se o leitor não conhecer, corra e leia O Homem que Calculava. Foi o grande divulgador da matemática no Brasil.
(8) TAHAN, Malba. Matemática divertida e Curiosa. Diário do Paraná, 5 de maio de 1956, ed 328, p. 3. Esta coluna foi publicada em outros jornais dos Diários Associados, como o Diário da Noite.
(9) TAHAN, Malba. Matemática divertida e Curiosa. Diário do Paraná, 1 de maio de 1956, ed 325, p. 12.
(10) As Noções da Antiga Matematica. Careta, 26 de novembro de 1932, ed 1275, p. 34.
(11) PAULOS, John Allen. Uma História Universal dos Números. O Estado de S Paulo, ed. 34191, 16 de agosto de 1986, p. 89.
(12) RODRIGUES, José Honório. A Burocracia é uma máquina armada para produzir palavras e papelório. E um subproduto: a memória nacional. Jornal do Brasil, ed. 210, 4 de novembro de 1979, p. 52. Rodrigues não comete o erro comum de considerar PAcioli o inventor da contabilidade ou outra bobagem do gênero.
(13) GUEIROS, José Alberto. A história do Balanço no Mundo. Diário da Noite, 27 de junho de 1963, ed. 11791, p. 21.
(14) os exemplos são inúmeros. Vide KUNTZ, Rolf. A contabilidade moral de Lula. O Estado de S Paulo, ed. 41176, 13 de julho de 2006, p. 19. BARROS, Alexandre. Deixem o Portellinha estudar em paz. O Estado de S Paulo, ed 41784, 12 de março de 2008, p. 2. O mesmo Barros insiste no erro em BARROS, Alexandre. E os pobres, ministro, como ficam? O Estado de S Paulo, ed. 42403, 21 de novembro de 2009, p. 2. Até o ex-ministro Roberto Campos cometia esta falha: CAMPO, Roberto. Da utilidade de Fra Luca Pacioli. O Estado de S Paulo, ed. 28300, p. 4, 18 de julho de 1967.
(15) Diário de Notícias, 13 de novembro de 1966, ed 13493, p. 47. O curso não deve ter avançado muito, pois prometia formar profissionais em três meses.
(16) Vide, por exemplo, Gazeta de Notícias, 19 de setembro de 1904, ed 262, p. 5.
Sendo o primeiro escritor sobre o método das partidas dobradas, Pacioli é considerado o grande nome da contabilidade universal. Mas Pacioli não foi somente “o” escritor das partidas dobradas, como também especialista em astrologia, matemática, pintura, xadrez etc. Obviamente que a estes “outros” Paciolis também aparecem nos jornais.
Na minha pesquisa também encontrei pessoas com este sobrenome no Brasil, inclusive um “José Pacioli”. A minha pesquisa foi abrangente o suficiente para ter uma ideia de como a imprensa tratou, no passado, a figura no Frei.
Quantidade
Em primeiro lugar, o número de textos sobre Luca Pacioli é bastante reduzido. Considerando o jornal Estado de S Paulo, que está ativo desde 1875, Pacioli foi citado 16 vezes somente, sendo a primeira vez em 1941. Apesar de este número ter dois problemas, é um sinal de que a figura do Frei não é presença frequente na imprensa (1).
A primeira aparição que encontrei foi uma edição do jornal Correio Paulistano que transcreveu um discurso de formatura de uma turma de técnicas e o nome foi citado (2).
Pacioli nas Artes
Pode parecer estranho, mas as citações sobre Pacioli foram mais frequentes nos textos artísticos. Um texto comenta sobre o famoso quadro de Pacioli, pintado por Barbari (3). Num artigo sobre Portinari, Costa afirma que nosso pintor mais conhecido tinha ficado impressionado com as pesquisas pictóricas de A Divina Proporção, de Pacioli (4). Outro texto, sobre Jacques Villon, também aparece a citação do livro ilustrado por DA Vinci (5). Alguns textos chegam a considerar a concepção de Pacioli como aquela a ser questionada, por representar o status quo (6).
Pacioli e a Matemática
A contribuição de Pacioli para matemática também apareceu na imprensa brasileira. Uma coluna mantida pelo grande Malba Tahan (7), o colunista responde quem inventou o “milhão”. Segundo Tahan, a palavra foi empregada pela primeira vez por Pacioli na Suma na folha 18: “mile migliara, chef a recondo el vulgo el miliole” (8). Em outra coluna, Tahan esclarece melhor que a palavra significou, em italiano, certa medida para o ouro, mas Pacioli usou como um número abstrato. E que talvez Pacioli não seja o seu “inventor” (9).
Mais antigo, em 1932, Careta comentava sobre equações do segundo grau e que Pacioli tratou da aritmética comercial e o primeiro a expor as partidas dobradas, “ao modo italiano” (10). Mais recente, PAulos mostra a contribuição para história dos números (11).
Pacioli e a Contabilidade
Um texto de Rodrigues contextualiza a obra de Pacioli dentro da burocracia. Rodrigues afirma corretamente que o livro de Pacioli apresenta uma ampla discussão do débito e crédito, transformando-o em pioneiro da contabilidade de partida dobrada (12). Outro texto bastante elogioso foi publicado em 1963 no Diário da Noite. Gueiros faz um histórico da contabilidade e afirma que Pacioli foi o primeiro contador deste mundo (13). Informa que Goethe considerava as partidas dobradas “uma das melhores descobertas do intelecto” e que Spengler a considerava tão importante “quanto aquela do movimento da rotação da Terra”.
Infelizmente a imprensa insiste na simplificação: em geral considera Pacioli o “inventor das partidas dobras” (14).
A Marca PAcioli
É interessante que temos pouco uso da “marca” Pacioli. Encontrei somente um curso com esta denominação, para desempenho da profissão de contabilista em três meses (15). Finalmente, no início do século XX vendia-se latas da manteiga importada Pacioli (16).
Referências
(1) Este número deve ser visto com dois cuidados. Em primeiro lugar, o nome de Pacioli é citado com variações (Paccioli, Pacciolli, Paciolli, Paciolo etc) e isto pode indicar que está subestimado. Em segundo lugar, pode não se referir exatamente ao nosso Frei ou pode estar relacionado com outras atividades.
(2) Correio Paulistano, ed. 19592, 22 de janeiro de 1918, p. 4.
(3) Jornal do Brasil, ed. 270, 5 de janeiro de 1991, p. 42. O texto inclusive afirma que Giorgio Vasari acusou Pacioli de ter “roubado” as pesquisas de Pierro Della Francesca sobre figuras tridimensionais.
(4) COSTA, Maria Ignez Correa. Portinari. Jornal do Brasil, 29 de junho de 1968, ed. 69, p. 21. Uma curiosidade: encontrei uma divulgação da venda da obra (importada) no Diário de Notícias, 28 de setembro de 1947, ed. 7647, p. 27. Isto é comprovado por um depoimento do filho de Portinari que afirmou que “Papai adorava matemática e não largava o livro Da Divina Proporção, de Luca Pacciolli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, inventor da contabilidade e da medida da boa proporção” em SILVA, Beatriz Coelho. Portinari, um homem de letras. O Estado de S Paulo, ed. 39779, 15 de setembro de 2002, p. 142.
(5) Jornal do Brasil. 23 de maio de 1959, ed 118, p. 35.
(6) MALDONADO, Tomas. Arte de “n” dimensões. Jornal do Brasil, 20 de maio de 1957, ed. 115, p. 37. Veja também FRANÇA, José Augusto. A arte abstrata como Pedagogia. Jornal do Brasil, 31 de março de 1957, ed 75, p. 18. FRANÇA, José Augusto. Piero Della Francesca. O Estado de S Paulo, ed. 25172, 26 de maio de 1957, p. 6. Ou comentário sobre o livro The Geometry of Art and Life, de Matila Ghyka em Letras e Artes, 25 de agosto de 1946, ed. 13, p. 12. Ou critica a uma separata da Revista do Arquivo Municipal de São Paulo em Letras e Artes, 18 de agosto de 1946, ed. 12, p. 10.
(7) Se o leitor não conhecer, corra e leia O Homem que Calculava. Foi o grande divulgador da matemática no Brasil.
(8) TAHAN, Malba. Matemática divertida e Curiosa. Diário do Paraná, 5 de maio de 1956, ed 328, p. 3. Esta coluna foi publicada em outros jornais dos Diários Associados, como o Diário da Noite.
(9) TAHAN, Malba. Matemática divertida e Curiosa. Diário do Paraná, 1 de maio de 1956, ed 325, p. 12.
(10) As Noções da Antiga Matematica. Careta, 26 de novembro de 1932, ed 1275, p. 34.
(11) PAULOS, John Allen. Uma História Universal dos Números. O Estado de S Paulo, ed. 34191, 16 de agosto de 1986, p. 89.
(12) RODRIGUES, José Honório. A Burocracia é uma máquina armada para produzir palavras e papelório. E um subproduto: a memória nacional. Jornal do Brasil, ed. 210, 4 de novembro de 1979, p. 52. Rodrigues não comete o erro comum de considerar PAcioli o inventor da contabilidade ou outra bobagem do gênero.
(13) GUEIROS, José Alberto. A história do Balanço no Mundo. Diário da Noite, 27 de junho de 1963, ed. 11791, p. 21.
(14) os exemplos são inúmeros. Vide KUNTZ, Rolf. A contabilidade moral de Lula. O Estado de S Paulo, ed. 41176, 13 de julho de 2006, p. 19. BARROS, Alexandre. Deixem o Portellinha estudar em paz. O Estado de S Paulo, ed 41784, 12 de março de 2008, p. 2. O mesmo Barros insiste no erro em BARROS, Alexandre. E os pobres, ministro, como ficam? O Estado de S Paulo, ed. 42403, 21 de novembro de 2009, p. 2. Até o ex-ministro Roberto Campos cometia esta falha: CAMPO, Roberto. Da utilidade de Fra Luca Pacioli. O Estado de S Paulo, ed. 28300, p. 4, 18 de julho de 1967.
(15) Diário de Notícias, 13 de novembro de 1966, ed 13493, p. 47. O curso não deve ter avançado muito, pois prometia formar profissionais em três meses.
(16) Vide, por exemplo, Gazeta de Notícias, 19 de setembro de 1904, ed 262, p. 5.
Listas: As Constituições
As mais antigas:
Estados Unidos = 1789
Noruega = 1814
Bélgica = 1831
Holanda = 1848
Nova Zelândia = 1852
Canadá = 1867
Luxemburgo =1868
Tonga =1875
Austrália =1901
México= 1917
O Brasil ocupa a 89a. posição
As mais recentes
Angola=2010
República Dominicana=2010
Guiné=2010
Quênia=2010
Quirguistão=2010
Madagascar=2010
Níger=2010
Hungria=2011
Líbia=2011
Marrocos=2011
Síria=2012
Menor Escopo
Nova Zelândia=0,26
Líbia=0,31
Brunei=0,33
Nauru=0,33
Samoa=0,34
Japão=0,36
Mônaco=0,37
Israel=0,39
Canadá=0,4
Jamaica=0,4
Brasil encontra-se na 160a.posição. Ou seja, falamos de muitos assuntos.
Maior Escopo
Quirguistão=0,71
Grécia=0,73
Gambia=0,73
Moçambique=0,73
Tailândia=0,73
Bolívia=0,74
México=0,76
Portugal=0,76
Colômbia=0,76
Angola=0,8
Quênia=0,81
Menores Constituições (em palavras)
Jordânia=2.270
Líbia=3.207
Mônaco=3.814
Islândia=4.089
Om]a =4.619
Nova Zelândia=4.736
Laos=4.820
Latvia=4.977
Japão=4.998
Micronésia=5.271
Estamos em 179o. Somos verborrágicos, mas podia ser pior. Veja a Índia (a seguir):
Maiores Constituições (em palavras)
Brasil=51.368
Gana=53.985
Equador=54.335
Reino Unido=54.408
Paquistão =56.240
México=57.087
Papua New Guiné=58.490
Malásia=64.080
Nigéria=66.263
Índia=146.385
Menor Número de direitos (e isto não é ruim. Veja a relação) O Brasil está em 177o.
Nova Zelândia=0
Brunei=2
Israel=6
Austrália=11
Líbano=13
França=13
Arábia Saudita=13
Noruega=14
Áustria=15
Singapore=18
Maior número de direitos
Brasil=76
Etiópia=76
Nicarágua=77
Angola=79
México=79
Cabo Verde=80
Venezuela=81
Armênia=81
Portugal=86
Equador=86
Iugoslávia=87
Bolívia=88
Fonte: Aqui
Estados Unidos = 1789
Noruega = 1814
Bélgica = 1831
Holanda = 1848
Nova Zelândia = 1852
Canadá = 1867
Luxemburgo =1868
Tonga =1875
Austrália =1901
México= 1917
O Brasil ocupa a 89a. posição
As mais recentes
Angola=2010
República Dominicana=2010
Guiné=2010
Quênia=2010
Quirguistão=2010
Madagascar=2010
Níger=2010
Hungria=2011
Líbia=2011
Marrocos=2011
Síria=2012
Menor Escopo
Nova Zelândia=0,26
Líbia=0,31
Brunei=0,33
Nauru=0,33
Samoa=0,34
Japão=0,36
Mônaco=0,37
Israel=0,39
Canadá=0,4
Jamaica=0,4
Brasil encontra-se na 160a.posição. Ou seja, falamos de muitos assuntos.
Maior Escopo
Quirguistão=0,71
Grécia=0,73
Gambia=0,73
Moçambique=0,73
Tailândia=0,73
Bolívia=0,74
México=0,76
Portugal=0,76
Colômbia=0,76
Angola=0,8
Quênia=0,81
Menores Constituições (em palavras)
Jordânia=2.270
Líbia=3.207
Mônaco=3.814
Islândia=4.089
Om]a =4.619
Nova Zelândia=4.736
Laos=4.820
Latvia=4.977
Japão=4.998
Micronésia=5.271
Estamos em 179o. Somos verborrágicos, mas podia ser pior. Veja a Índia (a seguir):
Maiores Constituições (em palavras)
Brasil=51.368
Gana=53.985
Equador=54.335
Reino Unido=54.408
Paquistão =56.240
México=57.087
Papua New Guiné=58.490
Malásia=64.080
Nigéria=66.263
Índia=146.385
Menor Número de direitos (e isto não é ruim. Veja a relação) O Brasil está em 177o.
Nova Zelândia=0
Brunei=2
Israel=6
Austrália=11
Líbano=13
França=13
Arábia Saudita=13
Noruega=14
Áustria=15
Singapore=18
Maior número de direitos
Brasil=76
Etiópia=76
Nicarágua=77
Angola=79
México=79
Cabo Verde=80
Venezuela=81
Armênia=81
Portugal=86
Equador=86
Iugoslávia=87
Bolívia=88
Fonte: Aqui
Introdução à Prostituição
Uma associação de profissionais do sexo de Barcelona irritou algumas das feministas mais importantes da Espanha ao oferecer um curso de "introdução à prostituição" (...)
A carga horária ser considerada insuficiente para cobrir tópicos diversos (truques sexuais, impostos, marketing etc), conforme anunciou o The Guardian (via aqui)
A carga horária ser considerada insuficiente para cobrir tópicos diversos (truques sexuais, impostos, marketing etc), conforme anunciou o The Guardian (via aqui)
Google e os impostos brasileiros
Depois de ter chamado o site de buscas Google de "gigante planetário que trata os países como paraísos fiscais", o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, recebeu uma carta da empresa, com cinco parágrafos, garantindo o recolhimento de R$ 733 milhões em impostos, no ano passado. A cifra corresponde a um aumento de 36% em relação aos tributos pagos em 2012 pela companhia.
Em primeiro lugar, o ministro é um político e como tal está fazendo um jogo. Não acredito que ele não saiba que uma empresa baseia suas escolhas no planejamento tributário. Isto é normal para qualquer empresa, inclusive as nacionais (vide o caso da Vale, que usava a Suíça como base por conta das alíquotas atrativas). Em segundo, o valor do recolhimento por parte da empresa geralmente deveria estar acompanhado de outra medida, como o volume de receita e o tipo de imposto.
"Todas as operações de vendas realizadas pelo Google Brasil são faturadas localmente, com informação disponível para a Receita Federal", afirmou o diretor geral da Google Brasil, Fábio Coelho, em carta endereçada a Bernardo na semana passada e divulgada ontem pela empresa.
Será que o ministro consultou a Secretaria da Receita Federal para fazer a acusação?
O ministro qualificou o valor pago pelo Google como "muito expressivo". Disse, porém, ainda ver brechas na atuação da empresa, já que ela tem operações centralizadas fora do Brasil e vende seus produtos para consumidores que fazem compras com cartão de crédito internacional - depois, fatura e recolhe impostos no exterior. "Eu continuo com meus questionamentos", observou Bernardo. "Não quero saber quanto o Google recolheu de impostos. Isso tem de ser publicado em balanço e não sou da Receita Federal. O que estou dizendo é que as empresas precisam ter isonomia, igualdade de condições para trabalhar."
Será que é só o Google? E a posição do ministro foi baseado em quê?
Em entrevista ao Estado na semana passada, Coelho afirmou que as vendas do Google no Brasil são faturadas no País e não por meio de cartões de crédito internacionais.
Na carta enviada a Bernardo, Coelho diz que diante de "questionamento similar", no ano passado, o Google Brasil "abriu mão de seu sigilo fiscal, protegido por lei", e divulgou o valor dos tributos recolhidos no Brasil durante o exercício de 2012: R$ 540 milhões. Em 2013, o valor pago em impostos saltou para R$ 733 milhões, diz a carta do Google.
Além de enviar a carta após ler declarações de Bernardo cobrando isonomia tributária para empresas que atuam pela internet, como o Google, o diretor-geral da empresa no Brasil telefonou para o ministro.
Pelo relato de Bernardo, Coelho assegurou que as operações feitas pela Google Corporation representam a menor parte dos negócios da companhia. "Ele também garantiu que, quando as operações são faturadas nos Estados Unidos, os impostos são pagos lá.
Em primeiro lugar, o ministro é um político e como tal está fazendo um jogo. Não acredito que ele não saiba que uma empresa baseia suas escolhas no planejamento tributário. Isto é normal para qualquer empresa, inclusive as nacionais (vide o caso da Vale, que usava a Suíça como base por conta das alíquotas atrativas). Em segundo, o valor do recolhimento por parte da empresa geralmente deveria estar acompanhado de outra medida, como o volume de receita e o tipo de imposto.
"Todas as operações de vendas realizadas pelo Google Brasil são faturadas localmente, com informação disponível para a Receita Federal", afirmou o diretor geral da Google Brasil, Fábio Coelho, em carta endereçada a Bernardo na semana passada e divulgada ontem pela empresa.
Será que o ministro consultou a Secretaria da Receita Federal para fazer a acusação?
O ministro qualificou o valor pago pelo Google como "muito expressivo". Disse, porém, ainda ver brechas na atuação da empresa, já que ela tem operações centralizadas fora do Brasil e vende seus produtos para consumidores que fazem compras com cartão de crédito internacional - depois, fatura e recolhe impostos no exterior. "Eu continuo com meus questionamentos", observou Bernardo. "Não quero saber quanto o Google recolheu de impostos. Isso tem de ser publicado em balanço e não sou da Receita Federal. O que estou dizendo é que as empresas precisam ter isonomia, igualdade de condições para trabalhar."
Será que é só o Google? E a posição do ministro foi baseado em quê?
Em entrevista ao Estado na semana passada, Coelho afirmou que as vendas do Google no Brasil são faturadas no País e não por meio de cartões de crédito internacionais.
Na carta enviada a Bernardo, Coelho diz que diante de "questionamento similar", no ano passado, o Google Brasil "abriu mão de seu sigilo fiscal, protegido por lei", e divulgou o valor dos tributos recolhidos no Brasil durante o exercício de 2012: R$ 540 milhões. Em 2013, o valor pago em impostos saltou para R$ 733 milhões, diz a carta do Google.
Além de enviar a carta após ler declarações de Bernardo cobrando isonomia tributária para empresas que atuam pela internet, como o Google, o diretor-geral da empresa no Brasil telefonou para o ministro.
Pelo relato de Bernardo, Coelho assegurou que as operações feitas pela Google Corporation representam a menor parte dos negócios da companhia. "Ele também garantiu que, quando as operações são faturadas nos Estados Unidos, os impostos são pagos lá.
09 março 2014
Como o cérebro cria memória
Fonte da imagem: Reprodução/Gizmodo |
Pela primeira vez na história da Ciência, foi possível visualizar o processo responsável pela criação da memória, algo que acontece constantemente em seu cérebro, mas que até então era apenas imaginado e teorizado, mas nunca visto.
Como assim?
Os cientistas explicaram que as imagens feitas foram possíveis devido à monitoração de moléculas cruciais na formação da memória, que receberam marcas fluorescentes: assim foi possível acompanhar o caminho que elas seguiam no cérebro de ratos.
A técnica incluiu o estímulo de neurônios do hipocampo, região responsável pela produção e pelo arquivamento de memórias. Depois disso, a tarefa era apenas observar as moléculas fluorescentes se movimentando pelo corpo dos dendritos neuronais, que são as ramificações dos neurônios.
Como acontece
Essa molécula, a beta-actina mRNA, se comporta de uma maneira específica enquanto percorre o corpo de um neurônio, em duas fases específicas que os cientistas chamaram de “mascarar” e “desmascarar”. Essa alteração de comportamento é a responsável pela sintetização da beta-actina em momentos e quantidades específicas.
Se Biologia, Química e Genética não estão entre seus assuntos favoritos, o parágrafo anterior pode parecer grego, mas fique calmo. A explicação para essa coisa de molécula sintetizando no corpo de neurônio foi resumida pelo principal autor do estudo, Dr. Robert Singer.
Ele comentou que a molécula chamada beta-actina mRNA, quando inserida em um neurônio, tem a síntese proteica da beta-actina ativada. Quando o neurônio é estimulado frequentemente, a beta-actina tende a ser direcionada para o local da célula onde ela precisa estar, afinal, nesse local ela consegue deixar a transmissão de informação neural, a sinapse, mais forte, criando assim as memórias.
Fonte: MegaCurioso Sploid YouTube
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