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05 março 2014

Resenha? A Passagem

Ou #CartaAUmBomAmigo

Eu estou escrevendo para te dizer, querido Fred, com o tal vício gosto literário similar ao meu, para ler este autor que o meu tio “indicou”: Justin Cronin. Sensacional!

Cai em uma armadilha e, sem querer, comecei a ler “A Passagem” e não parei mais. Parei sim de fazer tudo o mais que deveria. Direi aqui algo inédito (ao menos sem sarcasmo): graças dou pelo carnaval! Feriadão belíssimo, esse!

Depois de algumas crises de ansiedade e depressão pós-livro, você sabe que detesto começar séries que ainda não foram encerradas. Mas, afinal, não foi você mesmo que me apresentou As Crônicas de Gelo e Fogo antes mesmo do autor ter escrito lá muita coisa!? Então posso te indicar sem peso na consciência. E sem a Núbia saber, caso contrário eu também vou levar bronca já que nós três deveríamos estar estudando e não passeando por outros mundos.

Cronin se formou em Harvard, veja só. Que ao menos possamos nos enganar e acalmar a angústia ao pensar que quem está nos contando essa história tem uma boa formação. Claro, comprei o áudio também. Versemos o português e o inglês, han!? E durmamos tranquilamente sabendo que treinamos inglês, português e finjamos que, com isso, fizemos algum tipo de autoaperfeiçoamento redacional e gramatical que nos ajudará num futuro próximo.

Como estamos na quarta-feira de cinzas acredito que posso escrever isso: Vá lá! Hoje é, teoricamente, o dia internacional da ressaca. Sorte nossa que não bebemos e podemos fazer o tempo valer assim... aumentando a miopia e brigando com os irmãos que acham que, por estarmos lendo, não estamos fazendo nada. Então corra a uma boa livraria ou carregue o seu kindle. Certamente você irá gostar de A Passagem.

Ah tio, por que você foi falar desse autor e por que o Submarino foi fazer uma promoção que me fez adquirir os dois primeiros livros por uma pechincha? Acho que para eu ter, finalmente, a oportunidade de indicar livros para você, para você e para você que ainda não teremos a melancólica alegria de conhecer o enredo final. “The City of Mirrors” deveria, inicialmente, ser publicado este ano (em outubro), mas há sites com pré-venda apenas para 2015. Ao escrever isso eu me arrependo amargamente de ter lido o primeiro livro.

Era para eu resenhar ou resumir alguma coisa, mas estou tão animada que sinceramente não sei te contar sobre o livro sem colocar informações que o Justin deveria te passar. Então leia o livro sem ler sequer o resumo na contracapa. E tenha um ótimo finzinho de semana de carnaval ou início de ano. Depende de como cada um encara a vida.

Abraços,


Bel

Declaração de Imposto de Renda 2014 (ano-calendário 2013)

Receita Federal divulgou [...] as regras para a entrega da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) do exercício de 2014, ano-calendário de 2013.

A declaração de IR 2014 deverá ser entregue entre 6 de março e 30 de abril.

Está obrigado a entregar a declaração de IR quem, em 2013:

- Recebeu rendimentos tributáveis (como salários e aluguéis) em valor superior a 25.661,70 reais;

- Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte (como indenizações trabalhistas, caderneta de poupança ou doações) em valor superior a 40 mil reais;

- Obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência de imposto de renda (como a venda de um imóvel com lucro);

- Realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas (por exemplo, comprou ou vendeu ações na bolsa);

- Obteve receita bruta em valor superior a 128.308,50 reais com atividade rural;

- Pretende compensar, no ano-calendário de 2013 ou posteriores, prejuízos com atividade rural em anos-calendários anteriores ou no próprio ano-calendário de 2013.

- Tinha, em 31 de dezembro de 2013, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a 300 mil reais (por exemplo, um imóvel de 500 mil reais, ou ações no valor de 400 mil reais);

- Passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nesta condição em 31 de dezembro de 2013;

- Optou pela isenção do IR incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais cujo dinheiro resultante da venda seja (ou tenha sido) aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no país no prazo de 180 dias contados a partir da data de celebração do contrato de venda (embora seja uma operação isenta de imposto de renda, ela precisa ser declarada).

Em geral, basta se enquadrar em apenas uma das condições citadas acima para ser obrigado a declarar o IR em 2014.

Quem não precisa declarar:

Há, porém, duas exceções básicas. Uma é a pessoa física que tem mais de 300 mil reais em bens ou direitos, mas que possui parte do seu patrimônio em conjunto com um cônjuge ou companheiro de união estável em regime parcial de bens.

Neste caso, se a pessoa não se enquadrar em nenhuma outra regra de obrigatoriedade, ela pode ficar dispensada de entregar a declaração.

Para que isso ocorra, seus bens particulares (por exemplo, uma herança ou um imóvel comprado antes da união) não devem somar mais de 300 mil reais, e os bens comuns do casal devem ser declarados integralmente na declaração do outro cônjuge ou companheiro.

[...]

A outra exceção é a pessoa que consta como dependente na declaração de outra pessoa, ainda que se enquadre em alguma das regras de obrigatoriedade de entrega da declaração.

Neste caso, quem declarar essa pessoa como dependente deverá informar, em sua declaração, todos os eventuais bens, direitos e rendimentos dos dependentes, caso este os possua.

É o que acontece, por exemplo, quando uma mãe tem um filho que faz estágio. Ele já tem rendimentos, e até eventualmente uma reserva em aplicação financeira, mas ainda pode ser vantajoso para esta mãe declará-lo como dependente.

Se for assim, ela deve informar os rendimentos e as aplicações financeiras do filho em sua própria declaração, e o jovem fica dispensado de declarar por conta própria.

Porém, a Receita lembra que mesmo quem está desobrigado de declarar o IR pode apresentar a Declaração de Ajuste Anual, desde que não tenha constado em outra declaração como dependente.

Isso pode ser interessante para quem tenha tido rendimentos anuais inferiores ao mínimo, mas tenha imposto a restituir.


Novo limite do desconto simplificado
Quem utilizar a declaração simplificada, neste ano, terá dedução única de 20% do valor dos rendimentos tributáveis, limitado à quantia de 15.197,02 reais.

Para compensar prejuízo da atividade rural ou imposto pago no exterior não deve utilizar o formulário simplificado.

Por Julia Wiltgen, Exame.com

Moeda como medida

Robert Shiller fez uma interessante análise sobre o Bitcoin para o New York Times (In Search of a Stable Electronic Currency). Inicialmente Shiller afirma que o Bitcoin foi uma típica bolha especulativa e isto ficou claro com a queda de preço da moeda. E que o Bitcoin não tem futuro em substituir a moeda como meio de troca, já que ele “não resolve nenhum problema econômico”. Ou seja, para Shiller o Bitcoin não irá substituir os bancos ou os governos, pois não existe nenhuma necessidade para isto.

Shiller está mais interessado no surgimento de uma moeda que possa servir de unidade de medida. O economista volta sua atenção para o Chile, onde existe a Unidade de Fomento (UF) desde 1967. Eis um trecho do texto:

No Chile, um proprietário pode facilmente definir a renda mensal [de aluguel] para o inquilino em UFs e depois nunca mais ter que mudá-lo, reduzindo a possibilidade de erros, atrasos e mal-entendidos.

Ou seja, a unidade de fomento parece muito com a antiga ORTN, ou UFIR, ou UMC ou diversas outras moedas conversíveis que tivemos no Brasil entre os anos 60 e 90. Em lugar de ser uma unidade de medida, estas moedas indexaram toda economia. E foram manipuladas.
Péssima ideia.

Excentricidade na arte

Em geral quando pensamos em artistas, associamos uma figura excêntrica, com ar desleixado e vestimenta pouco convencional. Lady Gaga (foto) apareceu recentemente com um vestido feito de carne. Secos e Molhados fizeram sucesso cantando com rostos pintados e roupas exóticas. O estereotipo do artista possui, aparentemente, a finalidade de aumentar o valor da sua arte.

Uma série de experimentos mostrou que se as pessoas ficam sabendo que um trabalho foi feito por um artista excêntrico isto aumenta seu valor. Quando eram informados que a obra era feita por alguém com uma personalidade excêntrica, os participantes avaliaram de maneira mais positiva. A excentricidade só não rendia frutos para o artista quando a atitude era falsa, uma jogada de marketing.

Leia mais:
Wijnand ADRIAAN Pieter van Tilburg e ERIC RAYMOND IGOU (2014). De Van Gogh a Lady Gaga: Artista excentricidade aumenta percebido habilidade artística e apreciação da arte. European Journal of Social Psychology (via aqui)

Europa e mais informações

A Comunidade Européia está promovendo uma reforma que poderá alterar as informações não-financeiras que são evidenciadas por grandes empresas nas suas demonstrações contábeis. Isto inclui informações ambientais, sociais, de direitos humanos, atividades de combate à corrupção e relacionadas aos funcionários. As empresas que estarão abrangidas incluem aquelas com mais de 500 funcionários com ações na bolsa.

Para que seja efetivado, a proposta deve ser aprovada no Parlamento Europeu e pelos membros da Comunidade. A expectativa é que a primeira fase seja votada em abril.

04 março 2014

Amilton Paulino Silva

Repasso a mensagem abaixo porque sei que muitos alunos do Amilton lêem o blog. Mandemos, cada um com a sua crença, boas energias para a família que fica.


É com muito pesar que comunico o falecimento de meu grande amigo Amilton Paulino (aluno do doutorado e professor do departamento de Ciências Contábeis da Universidade de Brasília).

Alguns colegas que tiveram a oportunidade de estudar com ele no ano passado vivenciaram o seu esforço, indo às aulas mesmo em tratamento. Foi um guerreiro!!

[...]

Atenciosamente,
Rosane Pio


Rir é o melhor remédio