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27 fevereiro 2014

Decolar

Um exemplo de planejamento tributário:

A Afip, equivalente argentina da Receita Federal, fechou dois escritórios físicos em Buenos Aires da agência online de viagens Decolar.com e pediu a suspensão de sua licença para continuar operando. O órgão do governo argentino acusa a Decolar.com de evadir divisas para não pagar impostos no país. Uma investigação que teria começado há um ano, segundo a Afip, apontou que a agência faturaria suas operações realizadas na Argentina por meio de uma empresa localizada nos Estados Unidos.

Fonte: Folha de S Paulo

Efeito Refis

A Vale registrou prejuízo de R$ 14,868 bilhões no quarto trimestre de 2013, após assumir (1) uma dívida de R$ 22 bilhões com o Refis, referente ao pagamento de Imposto de Renda de controladas no exterior. A perda (2) é maior do que a esperada pelo mercado e praticamente zerou os ganhos dos trimestres anteriores, levando a mineradora a um lucro de apenas R$ 115 milhões em 2013, contra um lucro de R$ 9,7 bilhões em 2012. Excluído o efeito do acordo com o governo para adesão no Refis, a Vale teria obtido um ganho (3) de R$ 26,47 bilhões em 2013 e um resultado positivo de R$ 3,7 bilhões no quarto trimestre –inferior ao registrado no terceiro trimestre (R$ 8,3 bilhões, usando o mesmo critério do chamado lucro básico, que desconta alguns efeitos atípicos). No quarto trimestre do ano passado, o lucro havia sido de R$ 7,95 bilhões

(1) ou seja, registrar o passivo
(2) prejuízo, não perda.
(3) ou seja, lucro

Muito lucro, pouco imposto

Um estudo nos Estados Unidos mostrou que, entre 2008 a 2012, muitas grandes empresas pagaram pouco imposto. 11 de 288 maiores empresas, incluindo Boeing, GE e Verizon, não pagaram imposto no período. E 111 de 288 não pagaram em pelo menos um ano. Algumas destas empresas negam, pois consideram também os impostos estaduais e municipais.

Onde entra a contabilidade? A discussão é sobre o acerto dos dados. Segundo os críticos, a entidade que fez o estudo tomou as informações incorretas, usando o valor contábil e não o fluxo de caixa.

Competição no futebol

Um artigo muito interessante traz uma análise sobre a competitividade dos campeonatos nacionais. Para cada campeonato, o autor verificou os maiores vencedores. Por exemplo, na Itália, um terço dos títulos foram vencidos pela Juventus. Quando soma os títulos do Milan e da Inter o total é de 71%.

 Na Alemanha a situação é pior. O Bayern ganhou 45% dos campeonatos. Os demais títulos estão razoavelmente divididos entre os demais times.
 Na Holanda, Ajax, PSV e Fayenoord quase 90%.
 Portugal ainda é pior. Os campeonatos vencidos por Benfica, Porto e Sporting representam 97%. Domínio completo dos três times.
 Na Espanha, Real Madrid e Barcelona conquistaram 65% dos títulos. Fica fácil decidir por que você irá torcer...
O campeonato brasileiro é bastante equilibrado. Os quatro principais times paulistas conquistaram quase a metade dos títulos, mostrando que São Paulo é a terra do futebol brasileiro. (Mas dizem que o Fluminense está contestando esta estatística).

O campeonato inglês (particularmente, meu preferido) também é equilibrado. Manchester U, Liverpool e Arsenal  somam 45% dos títulos.

26 fevereiro 2014

Rir é o melhor remédio

Progresso

Casa de ferreiro...

O jornal britânico The Telegraph pegou a Fundação IFRS numa série de irregularidades. Pelas normas do Reino Unido, onde fica a Fundação IFRS, as entidades devem comunicar as mudanças na entidade dentro de 21 dias. A Fundação inicialmente negou que estava irregular. Depois, reconheceu os problemas, mas evitou afirmar que seus registros eram bagunçados.

A entidade responsável pelas normas contábeis adotados por diversos países, inclusive parcialmente pelo Brasil, teve que reconhecer algumas coisas óbvias. Um dos diretores afirmou: "Identificamos deficiências históricas incompatíveis com nossa resposta inicial".

Alguns exemplos apresentado pelo jornal. Tommaso Padoa-Schioppa, ex-diretor financeiro, saiu da fundação em 2010, mas o regulador britânico - Companies House - só recebeu a notícia em fevereiro de 2013, dois anos após sua morte. Seu sucessor, Philip Laskawy, um ex-funcionário da EY, não teve seu nome notificado. Gerrit Zalm, que era chairman dos curadores desde outubro de 2007, mas nunca teve seu nome enviado para a Companies House.

O que um economista faz no Facebook?

O economistas do Facebook Michael Bailey responde:


I currently (Feb 2014) manage the economics research group on the Core Data Science team. We are a small group of engineer researchers (all PhDs) who study economics, business, and operations problems. As Eric Mayefsky mentioned, there are various folks with formal economics training spread across the company, usually in quantitative or product management roles.

The economics research group focuses on four research areas:

Core Economics - modeling supply and demand, operations research, pricing, forecasting, macroeconomics, econometrics, structural modeling.

Market Design - ad auctions, algorithmic game theory, mechanism design, simulation modeling, crowdsourcing.

Ads and Monetization - ads product and frontend research, advertiser experimentation, social advertising, new products and data, advertising effectiveness, marketing.

Behavioral Economics - user and advertiser behavior, economic networks, incentives, externalities, and decision making under risk and uncertainty.

I think a more interesting question is “what *could* an economist at Facebook do?” because there is a LOT of opportunity. There are incredibly important problems that only people who think carefully about causal analysis and model selection could tackle. Facebook’s engineer to economist ratio is enormous. Software engineers are great at typical machine learning problems (given a set of parameters and data, make a prediction), but notoriously bad at answering questions out of sample or for which there’s no data. Economists spend a lot of time with observational data since we often don’t have the luxury of running experiments and we’ve honed our tools and techniques for that environment (instrumental variables for example). The most important strategic and business questions often rely on counterfactuals which require some sort of model (structural or otherwise) and that is where the economists step in.