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19 fevereiro 2014

Com quem você discute pesquisa?

Por Posgraduando.com
 

As contribuições mais valiosas para as minhas pesquisas científicas foram realizadas por pesquisadores de áreas completamente diferentes do objeto de estudo.

Por isso, ao longo da minha vida acadêmica criei o hábito de discutir minhas pesquisas com outros pesquisadores e professores, sobretudo de disciplinas básicas, em todas as etapas de execução: planejamento, coleta de dados, análise dos resultados e redação do artigo.

Como resultado, os projetos se tornaram mais ricos, com respostas mais consistentes e, definitivamente, mais interessantes e úteis. Uma pessoa “de fora”, com outra “visão”, com outra experiência profissional, pode fornecer uma nova perspectiva para um mesmo trabalho.

Nem os mais consagrados gênios da história, como Einstein, Galileu ou Newton, dispensavam a ajuda de outras mentes. Cada um a seu jeito, aproveitavam as ideias dos outros para elaborar as teses que construiriam nosso conhecimento.

Entre os principais pensadores da humanidade, a maioria fez parte de alguma escola, movimento ou “panelinha” de amigos, com quem compartilhava o interesse em entender a vida e o Universo.

Albert Einstein, o cientista mais popular do século XX e que mudou nossas noções sobre tempo e energia, reunia-se semanalmente com Conrad Habith e Maurice Solovine para discutir filosofia e física. As teses de Einstein foram abastecidas por longas discussões destes encontros e por um desafio intelectual com um rival à altura, Niels Bohr, um especialista em átomos e elétrons que ganharia, em 1922, o Nobel de Física. Einstein e Bohr costumavam discutir suas teses por cartas e chegaram a ter debates públicos, que acabariam contribuindo para a obra dos dois.

Isaac Newton foi membro fundador da Sociedade Real de Londres para o Progresso do Conhecimento da Natureza, uma espécie de incubadora de cientistas, onde trocava ideias com outros estudiosos, como o químico Robert Boyle e o astrônomo Edmund Halley. Destas conversas, Newton descreveu a lei universal da gravitação, além de outras leis da física que por três séculos valeriam como descrição do Universo.

Galileu revolucionou o conhecimento do homem sobre o céu e a Terra. Ele descobriu que Júpiter tinha satélites, que a Lua tinha crateras, que Vênus tinha fases (como as lunares) e que a Terra não era o centro do Universo, como já havia dito Copérnico. Para chegar a estas conclusões, entretanto, Galileu teve grande ajuda de um dos maiores astrônomos da história, Kepler, que dedicou sua vida ao estudo da mecânica dos planetas.

Sigmund Freud, considerado o “pai da psicanálise”, se encontrava todas as quartas-feiras com três colegas estudiosos da mente humana para discutir psicanálise. Com o tempo, o número de membros aumentou e este pessoal que alimentava as discussões à base de strudel se tornaria a Sociedade Psicanalítica de Viena, hoje Associação Psicanalítica Internacional, órgão regulador da psicanálise no mundo.

Nos dias atuais, esta oportunidade de realizar encontros pessoais, discutir ideias, criar teorias e debater resultados, deveria ser praticada, sobretudo, nos grupos de pesquisas. Entretanto, em meio a tantas aulas, relatórios, cargos administrativos e pressão por publicações, as contribuições nestes grupos, quando acontecem, muitas vezes se limitam a colaborações com a análise estatística ou com a redação dos artigos.

Raros são os grupos que se reúnem para apenas discutir conceitos, hipóteses e resultados de pesquisas. Muitos são os grupos que, ao invés de grupo de pesquisa, tornaram-se grupos de publicação, onde a interação entre os membros se resume à troca de nomes nas publicações e à troca de citações em artigos.

Uma pena. Pois a máxima “Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado, com certeza vai mais longe” cai como uma luva na pesquisa científica. Einstein que o diga.

Rir é o melhor remédio


Resenha: Discovering Statistics Using SPSS

Descobri o livro de Andy Field na sua primeira edição. Mesmo com um número pequeno de páginas, para um livro de estatística, gostei muito da abordagem. Antigamente os professores de estatística estavam preocupados em mostrar os cálculos. Hoje os softwares lidam com isto. Assim, a abordagem deve estar voltada para entender o resultado e suas limitações e como tirar proveito dos softwares.

O livro de Field possui mais de 800 páginas distribuídas em 19 capítulos. A abordagem é moderna, com bastantes figuras, exemplos, explicações adicionais. Ao mesmo tempo, Field explica como usar cada uma das opções que constam do SPSS, recomendando as melhores opções para os casos. Se você for usar um teste não paramétrico, Field mostra a essência da teoria, como rodar a análise, a interpretação do output do SPSS e até como escrever seus resultados.

Tenho usado intensamente o livro quando tenho alguma dúvida sobre como proceder. Em geral consulto o índice e encontro a página específica. O livro nunca me decepcionou em explicar claramente minhas dúvidas.

Vale a pena? Para quem vai usar a estatística diariamente, o livro é uma ferramenta muito útil. Para que deseja aprender, talvez não, pois as 800 páginas são desafiadoras. Existe uma tradução deste livro publicado pela Bookman, a um preço bem acessível. 

FIELD, Andy. Discovering Statistics Using SPSS. Los Angeles: Saga, 2013

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Pesquisa em Contabilidade Pública

A contabilidade pública é o patinho feio da pesquisa contábil. Em geral são poucos os trabalhos de qualidade apresentados em congressos e revistas, com uma abordagem repetitiva, muito centrada na legislação. Uma aluna da Universidade Estadual da Paraíba, Sheila Oliveira, fez um levantamento da produção científica dos textos dos três principais congressos acadêmicos do Brasil, Anpcont, CBC e Usp, no período de 2007 a 2011. Isto representou 247 artigos ou 12,16% do total. Deste total, a maioria foi apresentada no Congresso Brasileiro de Custos (170) e poucos na Anpcont, a associação dos programas de pós da área.

As conclusões do estudo de Oliveira foram interessantes. Os artigos usaram a pesquisa bibliográfica (34%), documental (32%) e estudo de caso (26%). Mas a distribuição não é uniforme: 72% dos artigos da área apresentados no CBC eram teóricos, enquanto a abordagem empírica predominava no Anpcont e Usp (50% e 53%, na ordem).

Como as pesquisas contábeis dos dias de hoje é predominantemente quantitativa, baseado em um grande número de observações, a pesquisa mostrou que a realidade da área pública é outra. Prevalece a típica pesquisa realizada na área contábil há 30 anos: baseado em estudo de caso, bibliográfica e qualitativa. E não é por falta de dados. Esta é uma área onde a quantidade de informação disponível é enorme. O que falta, então?


OLIVEIRA, Sheila. Análise Bibliométrica dos artigos de Contabilidade Pública Públicados nos Congressos da USP, Anpcont e CBC. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2012. 

Bitcoin

Já discutimos vários aspectos contábeis sobre o Bitcoin. Para quem não sabe, o Bitcoin é uma moeda virtual, que os bancos centrais evitam em reconhecer como válida para transações.

Nos últimos dias a moeda virtual perdeu grande parte do seu valor. De um valor de mil dólares, a moeda teve a cotação reduzida para 600 dólares. A justificativa: ataque de hackers:

Mas, na última semana, ele foi vítima de ataque de hackers e US$ 2,7 milhões em moedas virtuais Bitcoins foram roubados.

Os ataques com sucesso a redes da “deep web” e a bancos de bitcoins estão cada vez mais frequentes. O número de carteiras da moeda virtual sem lastro que foram limpadas por bandidos da rede já é considerável. Dois grandes "bancos" de Bitcoins tiveram danos milionários no último ano, o MtGox e o Bitstamp.

Com os casos, a moeda começou a perder a confiança de alguns de seus usuários. Para piorar, geralmente esses ataques ficam sem solução e geram desconfiança dos usuários nas próprias plataformas. "Seria muito fácil para um banco de Bitcoin sumir com o dinheiro e culpar hackers", afirmou o investidor londrino Kolin Buges.


A avaliação contábil do Bitcoin deveria ser a mesma de uma moeda estrangeira. A valorização e desvalorização teriam efeitos no resultado.

Listas: 7 melhorias que aperfeiçoaram produtos do nosso dia a dia

Todos nós conhecemos a máxima “em time que está ganhando não se mexe”. É realmente difícil melhorar algo que já esteja bom, mas não impossível.

De vez em quando, um produto que você já conhecia e amava  há muito tempo te surpreende e recebe um novo desenho ou nova função e, uau! Como ninguém tinha pensado nisso antes?

Confira na lista abaixo sete exemplos de produtos que nós já achávamos o máximo, mas foram aperfeiçoados.

7. Óculos de sol estilo aviador dobrável


A marca Ray-Ban tem produzido esses óculos desde a década de 1920, e sua popularidade tem tido altos e baixos. O fabricante se firmou mesmo ao suavizar os tons clássicos ao longo dos anos, dando um ar mais moderno ao produto. O que realmente uniu estes dois elementos muito bem foi o novo modelo de estilo aviador que pode ser dobrado no meio. Muito mais fácil – e divertido! – de guardar.


6. Colher de sorvete mais eficiente

Você pode se perguntar como alguém poderia redesenhar algo tão simples como uma colher de sorvete. A resposta: é surpreendentemente fácil. Basta adicionar uma camada mais serrilhada. Curtiu? Neste site, você pode encomendar uma destas por apenas 10 dólares, mais frete.


5. Balde mais ergonômico


Você meio que nem lembra que baldes existem até que precisa passar um pano no chão da cozinha ou jogar uma água na calçada de casa. Agora que você recordou a existência destes objetos, conheça o “Leaktite Big Gripper”, nome pomposo dado a um balde projetado pelo designer de produto Scot Herbst, da empresa Herbst Produkt. O grande atrativo são as melhorias ergonômicas, realizadas por meio de pegadores específicos na parte de cima e de baixo, além do bico redesenhado, que só derrama a água quando você realmente quiser que ela seja despejada.

4. Zíper ainda mais fácil de juntar para puxar

Sabemos o que você está pensando: “zíper já é a coisa mais fácil do mundo de usar!”. Apesar deste utensílio ter sido o mesmo por mais de cem anos, sempre há espaço para uma mudança para melhor. Uma empresa de roupas e equipamentos esportivos dos Estados Unidos, a Under Armour, acrescentou a esta equação o que estava faltando – um ímã! –, o que tornou o desafio de unir as duas partes de um zíper uma tarefa ainda mais fácil.


3. Rolha de vinho que dispensa o uso de saca-rolhas


Não é a pior coisa – etilicamente falando – quando você tem uma deliciosa garrafa de vinho, mas não consegue abri-la porque não há um saca-rolhas por perto? E nem adianta inventar. Aqueles truques de tirar a rolha batendo com um sapato no fundo da garrafa, entre outras estripulias, dificilmente dão certo. Felizmente, este drama já é passado. Pelo menos se a garrafa em questão estiver selada com a nova rolha de cortiça Helix. A novidade foi apresentada em uma exposição de vinhos na Europa na metade do ano passado – e talvez estejamos apenas a alguns anos de realmente utilizá-la em todas as garrafas de vinho para facilitar nosso acesso à bebida.

2. Canetas marca-texto de ponta transparente


Outra coisa quase tão irritante quanto ter uma garrafa de vinho e não poder abri-la é grifar uma parte do texto que você está lendo e não conseguir enxergar que parte dos escritos você está efetivamente destacando. Lançado em meados de 2013, a caneta marca-texto de ponta transparente permite que seu usuário visualize exatamente por onde a caneta está passando [quem sabe onde vende PLEASE deixe um comentário me contando!]. Nada de começar marcando uma frase e acabar na linha de cima ou de baixo. Ok, é uma invenção sutil, mas genial.


1. Post-its reutilizáveis

Os papeizinhos adesivos que utilizamos para nos lembrarmos das nossas tarefas diárias ou para deixar um recado já são uma ótima invenção por si só. Agora, o que você diria se fosse possível virar o post-it e usar o outro lado sem perder a característica de grudar nas mais diversas superfícies? Pois é justamente isso que promete a Ecostatic. O truque está no fato de que, em vez de cola, estes objetos usam a eletricidade estática como elemento-chave, o que faz com que você consiga utilizar os papéis por semanas a fio.


Fontes:  Hyperscience e Gizmondo

Excluídas

Depois de serem excluídas do Ibovespa pela nova metodologia do índice, que entrou em vigor neste ano, as "penny stocks" (ou ações de centavos, em português) agora serão completamente banidas dos pregões. Esta é uma das novas regras para listagem de companhias na Bolsa. O documento estava sendo desenvolvido desde 2011 e foi aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no final de janeiro.

O novo regulamento prevê que as empresas cujas ações passarem mais de 30 dias negociando abaixo de R$ 1 terão 180 dias para resolver o problema - no limite, podem ser obrigadas a se retirar da bolsa. A medida pode não ter efeito prático, na medida em que a empresa poderá fazer o reagrupamento das ações.


Fonte: Aqui

Qual a razão disto? Uma boa justificativa é a matemática. Pura matemática. Uma ação de dez centavos, quando sobe um centavo teve uma valorização de 10%. Já uma ação de 10 reais, quando sobe um centavo, a variação é residual.