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03 fevereiro 2014

Nossa Língua Portuguesa - Rolezinho

A juventude faz parte da paisagem brasileira. Bonita, transada e, sobretudo, conectada, a moçada tem código próprio. Comunica-se pelas redes sociais. Cria ídolos. Bola programas. O mais quente é o rolezinho. Rolezinho? A palavra andava meio esquecida. Mas entrou na moda com força total. A rapaziada combina encontros em shopping centers. São centenas de moços e moças cujo objetivo é se divertir.

Tão surpreendente fenômeno provocou reações. Assustados, lojistas fecharam as portas. A polícia, atônita, partiu pra cima. Resultado: os rolezinhos ganharam manchetes de jornais, rádios e tevês. E, claro, levantaram dúvidas. Uma delas: a pronúncia. A outra: a grafia. A coluna, atenta, joga luz no mundo cinzento do sabe lá o quê.

Como é que se diz?
O Vocabulário ortográfico da língua portuguesa (Volp), o Houaiss e o Aurélio registram role e role. Mas dão significados diferentes à dupla. Com a palavra, o pai de todos nós:

Rolé: usa-se na expressão dar um role. Quer dizer fazer um pequeno passeio, dar uma voltinha. No diminutivo, mantém o significado. Mas se refere ao vai e vem dos jovens que se reuniam em praças e, agora, nos templos do consumo.

Rolê: a fechadinha vem do francês roulé. Na língua de Descartes, significa enrolado. Daí o bife rolê. Daí também o rolê do capoeirista -- de costas para o adversário, o atleta se desloca pelo chão, agachado, com o apoio de mãos e pés.

Resumo da história: rolezinho joga no time de cafezinho. O e se pronuncia do mesmo jeito -- sem tirar nem pôr.

Com que cara?
A grafia de rolezinho trouxe à tona duas questões. Uma: por que se escreve com z? A outra: por que perdeu o acento? As respostas são velhas como o rascunho da Bíblia, o andar pra frente e as promessas de político. Mas, de tão antigas, parece terem caído no esquecimento. Nem a escola se lembra delas. Pode? Valha-nos, Deus!

A ponte
O prefixo formador de diminutivos é -inho. Pra cumprir o papel que lhe cabe, enfrenta dificuldades. Trata-se do finzinho das palavras:

1. Se o vocábulo acaba com z, o dissílabo nada de braçadas -- cola-se à lanterninha do alfabeto: rapaz (rapazinho), nariz (narizinho), matriz (matrizinha).

2. Se tem s no radical, a moleza continua. Ele junta os trapinhos sem dificuldade: casa (casinha), mesa (mesinha), camisa (camisinha), pesquisa (pesquisinha), tênis (tenisinho), simples (simplesinho).

3. Sem uma coisa nem outra, a saída é pedir socorro. Pra se colar ao radical, o -inho precisa de uma ponte. A língua lhe oferece o z -- conhecida por consoante de ligação: rolé (rolezinho), pai (paizinho), passeio (passeiozinho), trator (tratorzinho), jovem (jovenzinho), jardim (jardinzinho).

Xô, acento
A língua nossa de todos os dias tem três acentos -- o agudo (´), o grave (`) e o circunflexo (^). O grave só se usa na indicação de crase (vou à cidade, trabalha à beça, fiel à família). Os outros dois indicam a sílaba tônica da palavra. É ele, por exemplo, que diz qual a fortona de sábia e sabiá.

Ora, a sílaba tônica de rolé é lé. De rolezinho, zi. Sem função, a alternativa do agudo é meter o rabinho entre as pernas e cair fora. Sobram exemplos: café (cafezinho, cafezal), país (paisinho), lápis (lapisinho), lâmpada (lampadazinha), fósforo (fosforozinho), tênis (tenisinho), vovó (vovozinha), vovô (vovozinho).

Por Dad Squarisi, aqui.

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

História da Contabilidade: Stanislaw Kruzynski

No estudo da história existem duas correntes: aqueles que acreditam que a história foi construída por grandes lideranças, personagens marcantes que mudaram o rumo da humanidade; e os que acreditam que a história é fruto de forças sociais, onde a existência de líderes não afetaria o seu rumo.

Nas nossas postagens temos dedicado pouco aos nomes da contabilidade brasileira. Já falamos de Nicolas Gaspar, que não entrou para a história pois “traduziu” Pacioli, menos as partidas dobradas; de Simon Stevin, o primeiro autor em contabilidade pública e responsável pela adotação do método de Veneza no Nordeste; dedicamos uma postagem a João Lessa, um autor do Império; e destacamos Carlos de Carvalho, que foi importante na virada do século XX. Dos nomes mais modernos, falamos de Océlio de Medeiros. Pretendemos ainda dedicar mais postagens a alguns dos grandes nomes da nossa contabilidade.

Na postagem de hoje iremos comentar sobre Stanislaw Kruzynski. Este engenheiro mecânico, nascido na Polônia, estudou na Escola Politécnica de Zurique, na Suiça. Em razão da perseguição política, Kruzynski veio para o Brasil com 25 anos, em 1881. Inicialmente foi morar em São Paulo, mas em razão da expansão da lavoura de café, resolveu estabelecer-se em São Carlos. Tinha sido contrato pelo coronel Paulino Carlos de Arruda Botelho para ensinar seus filhos.

Nesta cidade montou um escritório de contabilidade e, ao mesmo tempo, ministrava aulas do assunto. Utilizava os conhecimentos adquiridos na Europa, particularmente as obras de Marchi, Cerboni, Rossi e Besta. Ou seja, adotava o método das partidas dobradas, além da teoria da personalização das contas ou logismografia. Além de contabilidade, Kruzynski ensinava também direito comercial e matemática.

É interessante notar que residia em São Carlos, no período de 1890 a 1905, Carlos de Carvalho, que era contador-geral do Banco de São Carlos, cujo diretor-presidente era ninguém menos de o coronel Paulino Carlos de Arruda Botelho. Kruzynski tornou-se tesoureiro deste banco. Acredita-se Kruzynski foi fundamental para difundir os conhecimentos teóricos dos grandes autores italianos. Em 1892, o imigrante polonês ajudou na organização da contabilidade na Camara Municipal, sendo que Carvalho era o guarda-livros municipal. A experiência em São Carlos foi tão marcante que, em 1905, Carvalho foi escolhido para fazer a reforma da contabilidade pública do estado de São Paulo.

Certamente Kruzynski não foi o primeiro a ensinar as partidas dobradas. Não sabemos se realmente foi pioneiro na aplicação na área pública. Mas o esquecido Kruzynski talvez tenha tido um papel muito mais relevante do que possamos acreditar.

Conhecer a história de Kruzynski é lembrar da necessidade de estudar o papel que os imigrantes europeus tiveram no desenvolvimento da contabilidade brasileira. Em geral somos levados a acreditar que a contabilidade brasileira foi tipicamente italiana até meados da década de 60. Talvez isto não seja verdade: as empresas de auditoria anglo-saxônicas já atuavam no Brasil desde o início do século XX; e não sabemos qual o verdadeiro papel dos imigrantes no ensino contábil brasileiro. A vida de Kruzynksi lança uma luz da importância deste estudo.

Leia mais:
São Carlos foi berço da ciência contábil. O Estado de S Paulo, ed 28529, 12 de março de 1968, p. 11.

Listas: Os melhores programas de Doutorado de Contabilidade dos EUA

1. BYU
2. Illinois
3. Notre Dame
4. Texas (McCombs)
5. Indiana (Kelley)
6. Pennsylvania (Wharton)
7. Southern California (Marshall)
8. Wake Forest
9. Washington (Foster)
10. Georgia (Terry)

Fonte: Aqui

1. University of Texas--Austin
2. University of Illinois--Urbana-Champaign
3. Brigham Young University--Provo
4. University of Notre Dame
4. University of Southern California
6. University of Michigan--Ann Arbor
7. University of Pennsylvania
8. Indiana University--Bloomington
9. New York University
10. Ohio State University--Columbus

Fonte: Aqui

1. Brigham Young (Marriott)
2. Notre Dame (Mendoza)
3. UC Berkeley (Haas)
4. Cornell (Dyson)
5. Illinois – Urbana-Champaign
6. Tulsa (Collins)
7. Richmond (Robins)
8. Southern Methodist (Cox)
9. Wake Forest
10.Tulane (Freeman)

Fonte: Aqui

1. University of Texas
2. Stanford University
3. University of Chicago
4. University of Michigan
5. University of Illinois
6. University of Pennsylvania
7. University of North Carolina
8. University of Mississippi
9. University of Washington
10. Texas A&M University

Fonte: Aqui

Eike e a Evidenciação

Mesmo após a venda de sua antiga empresa de energia, a MPX, Eike Batista não está livre de problemas que envolvem sua gestão à frente da companhia. A CVM abriu um processo para apurar eventual responsabilidade do empresário no descumprimento de normas da autarquia sobre a divulgação de atos, fatos e informações relevantes para o mercado. O processo foi aberto no final do ano passado, mas nada foi noticiado à época. Somente agora o caso veio à tona, quando Eike solicitou à CVM, nesta quinta-feira (30), que o caso fosse resolvido com um termo de compromisso a ser firmado com o órgão

Fonte: Aqui

Segurança na Aviação

O mapa mostra os treze países que não seguem as normas de segurança na aviação. São classificados como categoria II: Bangladesh, Barbados, Curaçao, Gana, Indonésia, Nicarágua, Paraguia, Suazilândia, Filipinas, Sérvia, Saint Martin, Uruguai e Zimbabwe.

Previsão da Marmota

Quem já assistiu o filme O Feitiço do Tempo (Groundhog Day), com Bill Murray e Andie MacDowell, deve lembrar que se passa no dia da marmota (daí o título em inglês). A cidade está preparada para a previsão da marmota, que informa se o inverno será mais prolongado ou não. É uma tradição que ocorre todo dia 2 de fevereiro desde 1887.

Métodos não tradicionais de previsão são usados de maneira cotidiana. Alguns fazem um certo sentido (por exemplo, associar o comportamento das andorinhas e a chuva próxima), mas outras são meramente superstição. É o caso da marmota: sua porcentagem de acerto é pior que o lançamento de uma moeda.