Um conjunto de fotografias de homens. Veja as fotos e imagine o leitor o que eles estão fazendo...
Esperando as mulheres fazerem as compras
31 janeiro 2014
Caráter da Inflação
Gustavo H.B. Franco - O Estado de S.Paulo
Tolos ou excessivamente espertos, sempre existiram os crentes no caráter da inflação. Uns viam um "caráter financeiro", outros um "caráter classista" e ao final do processo surgiram os sacerdotes do "caráter inercial". Diante disso, ficou famosa a penetrante observação feita pelo mestre Mario Henrique Simonsen:
- A inflação brasileira não tem nenhum caráter.
Não se tratava apenas de definir a criatura como macunaímica e peçonhenta, mas de estabelecer que a criatura tinha funcionalidade, pois havia quem lhe enxergasse caráter, mas que não era benigna nem era possível de se manter sob limites.
O desaparecimento da criatura em razão do Plano Real, que fará 20 anos em fevereiro, foi imensamente festejado mas, infelizmente, a criatura retornou, com a mesma falta de caráter, e novamente produzindo discórdia, desconforto e injustiça. Seu retorno foi a convite, a partir da invenção denominada "Nova Matriz Macroeconômica", uma criação da equipe econômica do governo.
Há os que enxergarão exagero nos veredictos acima. Para os que viveram a hiperinflação em particular, há dois sentimentos polares: o de que 5,91% ao ano não é nada, pois era a inflação de um fim de semana naqueles tempos malucos, e portanto não há razão para maiores ansiedades. No outro extremo, prevalece a angústia, pois o organismo econômico brasileiro livrou-se desse vício a muito custo, e pequenas dosagens da mesma droga podem produzir uma perigosa recaída.
É para se preocupar com 5,91% anuais, a inflação acumulada para 2013?
A primeira observação, quase um clichê, é que estamos tratando de fenômeno complexo que está muito longe de se resumir apenas a um número. Uma média pode resultar de extremos muito desagradáveis e assim ocultar mais do que revelar. É comum se usar a analogia médica ao comparar a inflação com a febre e tomar a temperatura desse organismo com um número livre de ambiguidades. Entretanto, como toda analogia, ao simplificar demais o assunto, pode levar a erro em muitos casos, como agora. De muitas maneiras a medição da inflação se parece muito mais com um exame de sangue, com seus inúmeros testes capturando diferentes fenômenos e revelando disfunções de órgãos específicos. Os diversos números desse tipo de exame não se "somam". Seu médico poderá dizer que o HDL está bom, mas não a tromboplastina e a testosterona. E que há um antígeno marcando números estranhos. Sem entender, e angustiado você pede uma nota de zero a dez. Dificilmente o médico dirá um 5,91 ou qualquer número, não é por aí.
Os 5,91% da inflação pelo IPCA-2013 resultam de uma inflação nos serviços pouco inferior a 10% ao ano e de um congelamento branco de tarifas públicas. Péssimas notícias. 10% é muito e o País sabe bem que o congelamento de preços significa encomendar inflação no futuro, com a inevitável arrumação desses preços, sempre de forma amplificada e com as piores repercussões.
O congelamento é propositalmente dissimulado por movimentos que produzem uma inflação de cerca de 1% ao ano no conjunto desses itens, criando uma "inflação reprimida" que, na verdade, equivale à tentativa de aprisionar a inflação na sala de estar, o pior lugar para essa criatura peçonhenta, que vai espalhando sua sujeira pela casa, grafitando as paredes, tirando as coisas de seus lugares e ampliando a confusão.
Por isso, é uma tolice apelar à "desindexação" para justificar esse congelamento. É visível que as autoridades não sabem o que é desindexação, do contrário aceitariam o que lhes pede a Petrobrás para os preços de derivados do petróleo. Qual a lógica de o preço da gasolina, eletricidade e passagem de ônibus não andarem (sobretudo quando todos possuem agendas ampliadas de investimento), a tabela do imposto de renda sofrer correção de 4,5% e o salário mínimo crescer 6,78%?
A indexação (a prática da correção monetária) é assunto muito complicado, e muitos economistas de alentada reputação já meteram os pés pelas mãos nesse assunto. A ligação entre inflação e indexação provoca confusões históricas, como a tese do "caráter inercial" que postulava que a inflação existia por que existiu ontem, ou que a causa da inflação era a correção monetária. Como acima argumentado, era um julgamento tolo, ou excessivamente malicioso, sobre o caráter da inflação.
Obviamente, os planos de estabilização baseados nessas teses insanas todos fracassaram de forma flagrante e humilhante. Mas nem por isso desapareceu a tese de que a indexação era a causa da inflação e não a consequência, tampouco a ideia que falsear a correção monetária serve para moderar a inflação.
Desindexação não é "congelamento", pelo contrário, é liberdade para o sistema de preços cumprir o seu papel de vibrar e orientar as decisões econômicas, ou seja, está mais para a livre contratação de indexação, sobretudo no setor privado.
Nos preços públicos, onde não pode haver a livre negociação, trata-se de equilíbrio econômico financeiro de contratos supervisionados pelo poder público e de honestidade na aferição dos índices. Ao fraquejar nesses princípios, as autoridades introduzem um veneno na economia, que apenas o exame mais detalhado do índice de inflação logra capturar.
Os efeitos do veneno já são muito presentes na corrente sanguínea e a conclusão do hemograma é muito simples: a "Nova Matriz" é um fiasco histórico. Com a política fiscal frouxa, as leis da economia, das quais, infelizmente, não é possível fugir, impõem ao governo a escolha entre mais inflação ou mais juros.
Os argentinos preferiram "nenhum dos dois", e apostaram que uma maquiagem muito pesada em todos os números poderia enganar as leis da economia. É como alterar os valores do exame de sangue, acreditando que isso vai confundir o médico e também as doenças. O fracasso dessa tolice tem sido exposto em cores cada vez piores a cada dia.
No Brasil, estamos utilizando maquiagem, sobretudo nos números fiscais, mas a escolha mais importante foi a de permitir que o Banco Central cumpra seu dever, e portanto, optamos pelo "mais juros". A antipatia pública se volta para a ortodoxia da Autoridade Monetária e assim os políticos responsáveis pela desordem fiscal se afastam das consequências de seus atos. Um clássico, um truque velho e sem nenhum caráter.
*Gustavo H.B. Franco é ex-presidente do Banco Central e sócio da Rio Bravo Investimentos.
Listas: 6 regras para o sucesso
Six Rules to Success
1. Trust yourself. No matter what anyone else thinks
2. Break the Rules. Think outside the box.
3. Don't be afraid to fail. Don't paralyze yourself with fear of failure. Push yourself.
4. Don't listen to the naysayers. Don't pay attention to those who say you cant.
5. Work your butt off ! Leave no stone unturned. There is no way around hard work.
6. Give something back. No matter what path you take, GIVE BACK to your community and country.
IFAC alerta para a divergência contábil
O IFAC é uma entidade que congrega profissionais contábeis de 130 países, com 179 membros. Esta entidade soltou um comunicado apelando para que os políticos promovam a convergência das normas relacionadas à contabilidade. Isto inclui não somente normas para relatórios financeiros – como o caso o Iasb.
A ausência de convergência poderia estar criando problemas para o crescimento da economia, custos desnecessários e incertezas. O IFAC considera que alguns países estão promovendo a divergência, em lugar da convergência, com respostas específicas. Um exemplo citado pelo IFAC são as Normas Internacionais de Auditoria (International Standards on Auditing, ISAs) e o Código de Ética para os Contadores (Code of Ethics for Professional Accountants).
Explicitamente, o IFAC também comenta o caso do rodízio obrigatório. Enquanto alguns países rejeitaram esta proposta (Estados Unidos e Canadá), outros estão em processo de adoção, como a Europa. O Parlamento Europeu aprovou reformas que tornarão o rodízio obrigatório, com a possibilidade de que cada membro possa usar períodos diferentes para o rodízio, aumentando a divergência.
A ausência de convergência poderia estar criando problemas para o crescimento da economia, custos desnecessários e incertezas. O IFAC considera que alguns países estão promovendo a divergência, em lugar da convergência, com respostas específicas. Um exemplo citado pelo IFAC são as Normas Internacionais de Auditoria (International Standards on Auditing, ISAs) e o Código de Ética para os Contadores (Code of Ethics for Professional Accountants).
Explicitamente, o IFAC também comenta o caso do rodízio obrigatório. Enquanto alguns países rejeitaram esta proposta (Estados Unidos e Canadá), outros estão em processo de adoção, como a Europa. O Parlamento Europeu aprovou reformas que tornarão o rodízio obrigatório, com a possibilidade de que cada membro possa usar períodos diferentes para o rodízio, aumentando a divergência.
Leasing: dificuldades com a TI
A contabilidade de leasing está chegando a uma tentativa de convergência, visando trazer para os balanços das empresas a maiorias das operações. Entretanto, as dificuldades são diversas, incluindo a resistências das entidades que estarão sujeitas à norma.
Uma pesquisa realizada pela Deloitte revelou outro aspecto preocupante: os problemas relacionados a TI para implantação da norma. Isto inclui problemas com a qualidade dos dados e adequação dos sistemas.
A pesquisa foi realizada com empresas que estarão sujeitas a nova regra sobre contabilidade de arrendamento (leasing). A grande maioria dos executivos (80%) indicou existir uma grande dificuldade com o novo padrão, não estando preparados para nova norma.
A previsão otimista é que a norma seja aprovada este ano para entrar em vigor após 2017. Ou seja, seriam três anos para reconhecer nos balanços os contratos de leasing com duração acima de 12 meses, usando para isto o valor presente dos contratos.
Os executivos esperam também uma grande influencia nas demonstrações, incluindo o endividamento e o retorno sobre o ativo. A maior influência seria sobre os arrendatários.
Uma pesquisa realizada pela Deloitte revelou outro aspecto preocupante: os problemas relacionados a TI para implantação da norma. Isto inclui problemas com a qualidade dos dados e adequação dos sistemas.
A pesquisa foi realizada com empresas que estarão sujeitas a nova regra sobre contabilidade de arrendamento (leasing). A grande maioria dos executivos (80%) indicou existir uma grande dificuldade com o novo padrão, não estando preparados para nova norma.
A previsão otimista é que a norma seja aprovada este ano para entrar em vigor após 2017. Ou seja, seriam três anos para reconhecer nos balanços os contratos de leasing com duração acima de 12 meses, usando para isto o valor presente dos contratos.
Os executivos esperam também uma grande influencia nas demonstrações, incluindo o endividamento e o retorno sobre o ativo. A maior influência seria sobre os arrendatários.
Fiat não é uma empresa italiana
Segundo o El País, a Fiat, uma montadora de procedência italiana, passará a ser chamada de Fiat Chrysler Automobiles (FCA). Sua sede legal será na Holanda, embora a sede fiscal seja no Reino Unido, com ações na Bolsa de Nova Iorque (mas mantendo cotação também em Milão). Além disto, a empresa irá mudar seu logotipo. Mas o seu executivo principal, Marchionne, garantiu que a FCA irá manter o centro de desenvolvimento em Turim e fábricas na Itália.
Os programadores de Madoff
Uma das maiores fraudes ocorridas nos últimos anos foi o esquema financeiro de Bernard Madoff. Usando um esquema de pirâmide, Madoff conseguiu enganar reguladores e investidores durante anos. Alguns dos detalhes desta fraude apareceram agora.
Os ex-programadores de Madoff informaram como foram criadas milhares de transações falsas, com datas e registros contábeis, para enganar auditores. Jerome O´Hara e George Perez (fotografia) escreveram vários programas durante as auditorias da SEC, a entidade que fiscaliza o mercado acionário. Os dois programadores estão sendo julgados com participantes do escândalo financeiro de 2008.
No software criado gerava-se documentos aleatórios, com atribuição de transações com entidades bancárias escolhidas e períodos de tempos também escolhidos ao acaso.
Os acusados afirmaram que estavam seguindo ordens e não sabiam que o código estava sendo usado para fraude. Eles se declararam inocentes. Mas a acusação afirma que quando os programadores descobriram que seu trabalho estava sendo usado para fraude, passaram a extorquir mais salários e bônus.
Mais detalhes vide aqui
Os ex-programadores de Madoff informaram como foram criadas milhares de transações falsas, com datas e registros contábeis, para enganar auditores. Jerome O´Hara e George Perez (fotografia) escreveram vários programas durante as auditorias da SEC, a entidade que fiscaliza o mercado acionário. Os dois programadores estão sendo julgados com participantes do escândalo financeiro de 2008.
No software criado gerava-se documentos aleatórios, com atribuição de transações com entidades bancárias escolhidas e períodos de tempos também escolhidos ao acaso.
Os acusados afirmaram que estavam seguindo ordens e não sabiam que o código estava sendo usado para fraude. Eles se declararam inocentes. Mas a acusação afirma que quando os programadores descobriram que seu trabalho estava sendo usado para fraude, passaram a extorquir mais salários e bônus.
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