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28 janeiro 2014

Nossa Língua Portuguesa: Você sabe bem por quê.

Uso do Porque | Por que | Porquê | Por quê


FormaQuando usarExemplo
Por que
Nas perguntas ou quando estiverem presentes (mesmo que não explícitas) as palavras “razão” e “motivo”.
Por que você não aceitou o convite?
Todos sabem por que motivo ele recusou a proposta. Ela contou por que (motivo, razão) estava magoada.
Por quêNos finais de frases.Por quê? Você sabe bem por quê.
PorqueQuando corresponder a uma explicação ou a uma causa.“Não, Bentinho; digo isto porque é realmente assim, creio...” (M. Assis, Dom Casmurro). Comprei este sapato porque é mais barato.
PorquêQuando é substantivado e substitui “motivo” ou “razão”.Não sabemos o porquê de ela ter agido assim. É uma menina cheia de porquês.

E um vídeo rápido com uma professora super fofa:





Fonte: Aqui, aqui e aqui.

Listas: 4 tendências moldando a nova economia da informação


As chances são de que o seu ambiente de trabalho esteja totalmente diferente hoje que há dez anos.

Mudanças tecnológicas, culturais e de foco criaram um novo tipo de economia na qual a velocidade é a ordem do dia e a única constante é a mudança.

Com essa transformação para uma nova economia informacional – que não apresenta sinais de que irá desacelerar – os trabalhadores possuem duas escolhas: tentar manter-se atualizado ou perecer.

Você não precisa ser deixado para trás. Abaixo foram selecionadas quatro tendências que estão moldando este novo mundo:


1. NUVEM
At this point, the term is ubiquitous, though rarely entirely understood. But what it provides to businesses and workers is helping to shape how we collaborate, secure and access our information. With a recent study conducted by Gartner, Inc. finding that spending on cloud was poised to nearly double – from $110 billion in 2012 to $210 billion by 2016 – the cloud will be an ever-increasing focus in this new information economy. Solutions ranging from IaaS (infrastructure as a service), SaaS (software as a service) and BPaaS (business process as a service), are allowing businesses to focus primarily on their products and services, leaving the technical solutions to those best able to provide reliable networks and IT infrastructure.
2. BIG DATA*
What do you get when you combine significant advancements in technology, complex new data types, data growth and a renewed focus on analytics and results? You get big data, and it’s a big part of the new information economy. In fact, big data was estimated to drive – either directly or indirectly – more than $110 billion in IT spending in 2012. And if your business doesn't have an efficient means of turning a high volume of data into usable information, more and more of your time and energy will be spent dealing with processes, rather than your actual business.
3. MÍDIAS SOCIAIS
No one trend has changed the world more in the past decade than social media. The advent of Facebook, Twitter, Sina Weibo (a Chinese micro-blogging site similar to Twitter) and others have created a planet that’s more interconnected than ever. And while you may not have heard of Sina Weibo, 500 million people – more than 100 million more than the entire population of the United States – use the site. Indeed, more than 90 percent of Chinese people today use social media, compared to just short of 70 percent of Americans. That’s the sign of a trend that’s more than just a flash in the pan. It means social media is an ongoing growth area, not only domestically, but abroad. Adopting a strong social strategy is no longer just a nicety. It’s a necessity that will open new avenues to potential customers. Both the real-time information and the aggregate data gathered will prove invaluable to informing your ongoing strategic planning – from overall business strategy to tactical product tweaks. Getting this instant – and for the most part free – feedback from your customers is an information source you can’t afford to ignore.
4. MOBILIDADE
Do you have a smartphone? Guess what – so do your workers. And your customers. And probably their grandparents, too. Today’s public is always on and always connected, and this is changing the face of work forever. By 2015, the percentage of mobile workers will surpass 1.3 billion people, trends supported with the advent of programs like Bring Your Own Device (BYOD). Workforce mobility is creating significant changes – and challenges – for work. Just ask your IT staff the difficulties involved with data security, information management and mobile. And pull up a chair – you may be there a while.

Fonte: Aqui

*Big data se trata de um conceito, no qual o foco é o grande armazenamento de dados e maior velocidade. Podemos dizer que o big data se baseia em 5V’s velocidade, volume, variedade, veracidade e valor

Grant Thornton


Após se unir à brasileira Directa Auditores em dezembro, a multinacional de auditoria e consultoria contábil Grant Thornton planeja aumentar o faturamento em 50% ao ano até 2015, quando deve atingir R$ 280 milhões. Segundo seus executivos, a Grant Thornton é hoje a quinta maior no país, atrás apenas das "big four"(PricewaterhouseCoopers, Deloitte, KPMG e Ernst&Young),que juntas têm 90% do mercado.

Continua aqui

A vantagem das dicas

Em finanças pessoais é muito comum a existência de “dicas” para os investidores. Algumas destas dicas são desconhecidas sobre sua origem e inclui como compor a carteira de investimento, o valor a ser economizado ou a forma como calcular o valor presente. Será que estas regras possuem validade?

Um estudo desenvolvido por David Love (Optimal rules of thumb for personal finance) mostrou que estas regras é uma forma de reduzir a complexidade das finanças, mas que em muitas situações a regra simples pode ter um desempenho tão bom quando as fórmulas complexas.

Temos muitos exemplos disto no mundo real também. Na avaliação de empresas é comum o uso de múltiplos para determinar o valor de uma empresa. O método correto é fazer uma projeção do fluxo de caixa futuro e sua taxa de desconto e trazer a valor presente todos estes valores. Isto envolve muita subjetividade e um nível de conhecimento inacessível para a maioria dos comerciantes. Em lugar disto, estabeleceram-se regras simples, os múltiplos, onde é feita a estimativa do valor da empresa a partir de multiplicação do faturamento por um valor, com algumas somas e subtrações. Não se sabe bem a origem destes múltiplos, mas parece que funcionam na prática. Tanto é assim que os comerciantes transacionam seus negócios tendo por base estas regras.

Love mostra que isto também funciona com as finanças pessoais. Herbert Simon, o grande especialista em processo decisório, discutia a relação entre a incerteza e o custo de processar as informações. Simon criou que no mundo real as decisões deveriam ser satisfatórias, não ótimas. Como as pesquisas mostram que a maioria das pessoas sequer conhece matemática financeira básica, as regras é um grande atalho para decisões satisfatórias.

O risco que Love não comenta é a criação de “falsas dicas”, que não possuem fundamentação.

27 janeiro 2014

Rir é o melhor remédio


História da Contabilidade: As Leis das Sociedades Anônimas

Ao longo da nossa história tivemos três legislações para as empresas SAs. Iremos fazer um breve comentário sobre estas normas na postagem de hoje.

Apesar de existir uma série de normatização em meados do século XIX, incluindo o Código Comercial, somente com o fim do império é que foi promulgada a primeira legislação para as empresas sociedades anônima (1). Em 1891 tem-se o Decreto 434, oficialmente a primeira lei das SAs. O presidente era o general Deodoro da Fonseca. Com 231 artigos, o Decreto 434 trata de diversos temas, como constituição, dissolução, assembleia geral. Mas a parte contábil é praticamente inexistente. Por exemplo, não existia nenhuma norma sobre os balanços, incluindo aqui a estrutura patrimonial. Um ano depois, o governo adota a cobrança de imposto sobre dividendos recebidos, sendo o primeiro passo para usar a contabilidade para fins de arrecadação. A lei 4625, de 1922, por exemplo, sanciona no último dia do ano, é um exemplo das dificuldades de usar a contabilidade para esta finalidade, já que não existia um conjunto de regras mínimas para a contabilidade das SAs.

A segunda norma sobre as SAs foi o Decreto-Lei 2627, de 1940. Esta norma realmente avançou sobre a contabilidade; passamos a ter uma legislação societária, com normas de avaliação de ativos e apuração e distribuição do resultado. Com 180 artigos, existia um capítulo específico que tratava da contabilidade. Isto incluía assuntos como depreciação, criação de fundos de amortização, mensuração patrimonial, incluindo o uso do preço corrente, a possibilidade de constituir a provisão de devedores duvidosos, a ativação de despesas de instalação e a divisão do ativo e do passivo. Além do Balanço, as entidades deveriam divulgar a conta de lucros e perdas.

Finalmente, a terceira norma das sociedades anônimas é a Lei 6.404, de 1976. Aprovada durante o governo Geisel, esta é a atual normatização existente, embora a parte contábil alterou-se recentemente pela Lei 11638, de 2007.

Foram 49 anos entre a primeira norma e o Decreto-Lei 2627, de 1940. Trinta e seis anos se passaram para a reforma desta norma, em 1976. Entre 1976 e 2007 foram 31 anos. Mas considerando que a Lei 6404 ainda está em vigor, já se somam 38 anos da lei 6404. Ou seja, as mudanças nas normas societárias demoram a ocorrer no Brasil.

Um aspecto interessante é que todas as três legislações foram aprovadas num ambiente pouco democrático: a presidência do marechal Deodoro, a ditadura de Vargas e o regime militar de Geisel. Em todos os três casos ocorreram após uma ruptura democrática: a tomada do poder dos militares e a proclamação da república, o golpe de Vargas em 1937 e a deposição de Jango, em 1964.

(1) Vide postagem anterior onde fizemos um apanhado destas leis.
(2) Vide aqui

Brasil: devedor líquido do mundo

Segundo reportagem do G1: 

O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, avaliou, porém, que as reservas internacionais brasileiras ainda são maiores do que a dívida externa do país, o que confere ao país a posição de credor líquido , e que a dívida externa de curto prazo (até um ano) representa pouco mais de 10% do valor total do endividamento externo brasileiro. 

Meu comentário: Nominalmente as reservas internacionais brasileiras são superiores à dívida privada e pública com exterior (obrigações externas). No entanto, quando intervém no mercado de câmbio, o Banco Central utiliza contratos de swaps cambiais. . A reportagem abaixo explica de forma detalhada essas operações. O BC deve honrar esses contratos no futuro. Considerando o custo desses contratos, o Brasil não é mais credor do mundo desde Outubro de 2013.




Brazil: net debtor to the world 
Jonathan Wheatley 
Financial Times, January 16, 2014

How well protected is Brazil against external shocks? Perhaps not as well as is commonly thought. 
It has been a proud boast of Brasília for several years that it is a net creditor to the world because it holds more in foreign exchange reserves than it owes in overseas debt. However, it is far from clear that this is still the case. The issue is just one example of the vulnerabilities investors must include in their calculations of how Brazil and other emerging markets will fare as monetary policy in the developed world becomes less accommodating. 

Global liquidity has been a boon to Brazil for at least a decade. Before the crisis of 2008-09, global demand for Brazil’s commodities and the rise of millions of new consumers at home led to and fed off huge inflows of money. Since the crisis, the flows have continued thanks to quantitative easing by the US Federal Reserve and other central banks in the developed world. 
The impact is clearly visible in Brazil’s foreign exchange reserves, which rose from about $35bn in 2001 to about $360bn by the end of last year. 

Combined public and private sector foreign debt was steady at about $200bn from 2001 until 2009 and then began to rise, reaching about $310bn by the end of last year. Nevertheless, thanks to the steady increase in foreign reserves, Brazil has been a net creditor since early 2009. 


Or has it? 


At about the same time as the country became a creditor, Brazil’s central bank began using a nifty new method of intervention on foreign exchange markets. Instead of buying and selling dollars on the spot market – the standard method of central bank intervention – it used currency swaps. This is a clever alternative because it achieves the same result as buying or selling dollars with no impact on the stock of reserves. 

When the bank uses such a swap to limit the depreciation of the real, it offers to pay the difference between the initial exchange rate and the final exchange rate during the period of the contract, plus a dollar-linked rate of interest (known to traders as the cupom cambial). In return, it receives the cumulative interbank interest rate (currently about 10 per cent a year) on the amount of the contract in Brazilian reals. Crucially, the contracts are settled entirely in reals. No dollars exchange hands and there is no obvious impact on the country’s ability to pay its foreign debts.
The method works because it satisfies demand for foreign exchange contracts by financial market participants looking to hedge foreign exchange exposure or to speculate on movements in the exchange rate. By doing so, it removes demand from the market and has the same effect on the exchange rate as if that demand had been met by buying or selling dollars. 

During several periods since the method was introduced, the central bank used it (in a mirror image of the contract described above) to limit the appreciation of the real, which was being driven up by the arrival of all that hard currency and undercutting the competitiveness of Brazilian exports. 

But when the US Fed began talking about tapering its QE programme last year, the real went on a slide. Since then, the central bank has upped its currency swap programme to a different order of magnitude. As Gabriel Gersztein and Thiago Alday at BNP Paribas in São Paulo pointed out in a recent note, between May 31 last year and January 10, the bank accumulated a short position on the US dollar through currency swaps of more than $77bn. 

You may well ask, so what? It is all done in reals, after all, so there is no impact on foreign reserves. But big bazookas don’t come cheap and you can’t support your currency to the tune of $77bn at no cost. 
And of course there is a cost. If the swaps are successful – and a central bank working paper published in July 2013 suggests they often are – then the bank may even make a profit on them. But what if the real continues to slide, in spite of the central bank’s heavy weaponry? The currency has shown some resilience since the panic went out of foreign exchange markets last September. But it has still weakened from R$1.95 to the dollar last March to about R$2.35 today. Every time its swap contracts go against it, the central bank – or rather Brazil’s national treasury – takes a hit. 

How big is that hit? If we assume there is no such thing as a free lunch, let alone a free big bazooka, we must also assume the cost is significant. Gersztein and Alday at BNP Paribas think a reasonable indication of the cost is to net out the central bank’s short dollar position through currency swaps from its foreign reserves. After all, it is not only the stock of reserves but also the broader health of the Brazilian economy that affects its ability to pay its debts. 

If we do that, we discover that, thanks to the use of its bazooka, Brazil ceased to be a net creditor to the world in October last year. The central bank’s latest figures, for November 2013, show external debt at $312bn and foreign reserves at $362bn, giving a cushion of $50bn. Net out its short position through swaps of $68bn at the end of November and the cushion is gone. 

That is something investors may wish to keep a close eye on if, as widely predicted, the real continues to weaken and Brazil’s fiscal position continues to deteriorate during 2014 and 2015.