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22 janeiro 2014

Listas: 8 músicas que já foram usadas como tortura

Se você costuma dizer que algumas canções soam como tortura para os seus ouvidos, vai se surpreender ao descobrir que (do alto do seu mau humor) pode ter acertado. Por mais incrível que pareça, o uso de músicas como forma de intimidação em interrogatórios é prática recorrente e aplicada para minar a resistência e obrigar a cooperação de prisioneiros. Achou ~moleza~? Pense de novo, colega.

Para a Anistia Internacional, existe uma linha tênue entre o que constitui desconforto e o que constitui tortura – e, como a prática costuma ser acompanhada por um prolongado período de privação do sono e outros métodos de intimidação, para a instituição, ela pode muito bem ser considerada um método de tortura. E a ideia parece ser mesmo essa. “Se você tocar estas músicas [para os prisioneiros] por 24 horas, o cérebro e as funções do corpo começam a falhar, a linha de pensamento fica mais lenta e a força de vontade é quebrada. É nesse momento que entramos para falar com eles”, afirmou à BBC o Sargento Mark Hadsell dos EUA, responsável por operações psicológicas, ao confirmar o uso de músicas da banda Metallica e do programa infantil Vila Sésamo (!) para interrogar prisioneiros no Iraque em 2003.

Conheça 8 músicas que já foram usadas como métodos de tortura:


1. Enter Sandman (Metallica)

Para quem curte a clássica canção do Metallica, ouvir a música deve trazer lembranças bem distantes da ideia de uma sala de tortura. Mas, provavelmente, nem os fãs mais fervorosos achariam muito agradável ouvir a faixa por mais de 24 horas seguidas sem conseguir dormir ou colocar fim ao looping infinito. Taí um pesadelo digno do temido Sandman – figura da cultura popular europeia que, em versões mais sinistras do conto, joga areia e coleta os olhos de criancinhas que não vão para a cama na hora certa.

2. Bodies (Drowning Pool)

A canção, que faz parte da trilha sonora do filme Triplo X (2002), foi apontada como uma das “mais tocadas” da playlist das salas de interrogatório. Nem Vin Diesel aguentaria.

3. Vila Sésamo (música tema)

Não é só rock pesado que rola nas cabines de interrogatório. A música tema do programa infantil com maior duração da história, Vila Sésamo, exibido desde 1969, é um dos sons escolhidos para “quebrar” prisioneiros. De acordo com documentos liberados com base na lei de liberdade de imprensa dos EUA, as alegres canções estão na lista de músicas usadas nos interrogatórios conduzidos por americanos na prisão da Baía de Guantánamo. E esta não é a única do gênero a ser usada no ambiente hostil, como você vê no item seguinte.

4. Amo vocês (música de Barney e seus amigos)


(para relembrar a versão em português da música-chiclete, clique aqui)

Se você sempre alimentou uma antipatia não-declarada (ou, talvez, nem tão secreta assim) pelo excessivamente simpático dinossauro roxo Barney, pode aproveitar esta chance para argumentar que seu ódio não é gratuito. Além de ser usada para torturar prisioneiros, a recorrente canção do seriado Barney e seus amigos, “Amo vocês”, é também trilha sonora de treinamentos militares. “No treinamento, eles me forçaram a ouvir a canção por 45 minutos. Nunca mais quero passar por isso novamente”, declarou à BBC um soldado norte-americano. Nas prisões, a coisa fica ainda pior:segundo a CNN, em Guantánamo, a música pode já ter sido usada em looping por 24 horas seguidas.

5. Killing In The Name (Rage Against the Machine)

Os integrantes da banda Rage Against the Machine, críticos do governo de George W. Bush, não gostaram nada de descobrir que uma de suas canções estava sendo usada como método de tortura na Baía de Guantánamo. Em 2008, ano que marcou o aniversário de 60 anos da adoção pela ONU da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o grupo se juntou a outros artistas cujas obras constavam na “playlist” no movimento Zero dB (“zero decibéis”), que tinha o objetivo de ajudar a por fim à prática de tortura musical.

6. The Real Slim Shady (Eminem)

Binyam Mohamed, um prisioneiro de Guantánamo e ex-morador de Londres, relatou à Reprieve, organização de direitos humanos que fornece representação legal para os presos na Baía, ter sofrido meses de tortura encabeça por agentes da CIA, enquanto era mantido em uma prisão secreta. “Havia música alta, incluindo Slim Shady e Dr. Dre, durante 20 dias. Ouvi isso sem parar, por dias e mais dias (…). Muitos enlouqueceram. Eu podia ouvir as pessoas batendo suas cabeças contra as paredes e as portas”, afirmou.

7. My Sweet Lord (George Harrison)

Até um ex-beatle entrou sem querer na roda. Segundo o Telegraph, durante a ditadura chilena de Augusto Pinochet, canções de George Harrison, a trilha sonora do filme de Stanley Kubrick,Laranja Mecânica (1971), e faixas de Julio Iglesias eram usadas como forma de tortura. “Tocadas intensamente em altos volumes por dias a fio, músicas populares foram usadas para infligir danos psicológicos e físicos”, afirmou a pesquisadora da Universidade de Manchester, Katia Chornik, ao veículo.

8. Born in the U.S.A. (Bruce Springsteen)

“Então eles colocaram um fuzil na minha mão / Enviaram-me para uma terra estrangeira / Para ir e matar o homem amarelo”

Patriotismo às avessas? Documentos divulgados pelo WikiLeaks relatam que a música de Bruce Springsteen, Born in the U.S.A., também foi usada em altíssimo volume em Guantánamo como forma de intimidação e coação. Apesar do título aparentemente ufanista, a canção está longe de exaltar o american way of life e lida com os efeitos negativos da guerra do Vietnã sobre os próprios estadunidenses.

Fonte: Aqui

Dinheiro e Futebol

Szymanski e Kuper mostram em Soccernomics que o desempenho de um clube está associado a quantidade de dinheiro em salários. Mas a dispersão salarial pode reduzir a chance de vencer uma partida.

Entretanto, a figura (adaptada daqui) mostra um alento para aqueles que gostariam que prevalece no futebol o mais eficiente, não o mais rico. Três grandes clubes ingleses e a evolução histórica dos gastos menos arrecadação ao longo dos anos. Na temporada de 2008/9 o Manchester City gastou 115,1 milhões de libras esterlinas a mais do que arrecadou com a venda de jogadores. Já o Arsenal gastou 12,6 milhões a mais do que arrecadou. Ao longo de seis temporadas, o gasto do Arsenal superou sua arrecadação em 11,1 milhões. Isto é muito pouco quando comparado com os 328,7 milhões do Chelsea e dos 509,6 milhões do City.


É bem verdade que nas cinco temporadas, Chelsea e City foram campeãs (uma vez cada). Mas o Arsenal, em todas elas, ou ficou em terceiro ou em quarto lugar (City teve um décimo e um quinto; Chelsea um sexto). No atual campeonato a classificação é Arsenal, City e Chelsea, nesta ordem.

21 janeiro 2014

Rir é o melhor remédio

Carro invisível

Futuro dos Empregos

Qual é a probabilidade de você perder o emprego para um computador nos próximos 20 anos? O estudo foi feito para o mercado de trabalho dos EUA. O artigo da Universidade de Oxford está aqui e a reportagem da The Economist está aqui.

Os contadores e auditores vão desaparecer em 20 anos? O que vocês acham?



Ativos Estatais

[...] Politicians push privatisation at different times for different reasons. In Britain in the 1980s,

Margaret Thatcher used it to curb the power of the unions. Eastern European countries employed it later to dismantle command economies. Today, with public indebtedness at its highest peacetime level in advanced economies, the main rationale is to raise cash.

Taxpayers might think that the best family silver has already been sold, but plenty is still in the cupboard (see article). State-owned enterprises in OECD countries are worth around $2 trillion. Then there are minority stakes in companies, plus $2 trillion or so in utilities and other assets held by local governments. But the real treasures are “non-financial” assets—buildings, land, subsoil resources—which the IMF believes are worth three-quarters of GDP on average in rich economies: $35 trillion across the OECD.

Some of these assets could not or should not be sold. What price the Louvre, the Parthenon or Yellowstone National Park? Murky government accounting makes it impossible to know what portion of the total such treasures make up. But it is clear that the overall list includes thousands of marketable holdings with little or no heritage value.

[..] Governments seem strangely reluctant to exploit these revenue-raising opportunities. That is partly because privatisation always faces opposition. Particular sensitivities surround land, as Ronald Reagan discovered when his plan to sell swathes of America’s West were shot down by a coalition of greens and ranchers who enjoyed grazing rights, and as the British government found in 2010 when environmentalists scuppered its attempt to sell Forestry Commission land.

[...]There are ways of encouraging sales. Data collection on public property is shockingly poor. It is patchy even in Scandinavia, where governments pride themselves on their openness. Governments need to get a better idea of what they hold. Effective land registries, giving certainty to title, are essential: Greece’s registry remains a mess. Too many governments use a flaky form of “cash basis” accounting that obscures the costs of holding property. Too few produce proper balance-sheets. Better bean counting would make it easier to ascertain what might be better off in private hands.

Governments also need to sweat whatever remains in state hands. There is no single model for managing public assets, but any successful strategy would include setting private-sector-style financial benchmarks, replacing cronies with experienced managers and shielding them from political interference. Not only is this good in itself, but it can also lead naturally to privatisation. That was the case in Sweden a decade ago, when creating a professionally managed holding company for state assets revealed many to be non-core, leading to a selling splurge by a left-leaning government.

[...]Governments also need to learn from mistakes made in past waves of privatisation. Without robust regulation, sell-offs enrich insiders and lead to backlashes. That happened in Britain (over rail and utilities) and emerging markets (telecoms, banking and more). The Royal Mail sale was a reminder of the political risks: price an asset too high and the deal might flop; price it too low and the taxpayer feels cheated. Nevertheless, for governments that are serious about bringing their spending in line with revenues, privatisation is a useful tool. It allows governments to cut their debts and improve their credit ratings, thus reducing their outgoings, and it improves the economy’s efficiency by boosting competition and by applying private-sector capital and skills to newly privatised assets.




Fonte: aqui

Mitos sobre a economia japonesa

Can you help debunk us the main myths of the Japanese economy? 
Myth #1: “Japan is an export-dependent country.” 
Actually, exports are a smaller part of Japan’s economy (16%) than that of most rich nations’ (though bigger than the U.S.). Also, Japan hasn’t had a big trade surplus for a while. 
Myth #2: “Japanese households save a lot.” 
This used to be true, but isn’t true anymore. The household savings rate nearly hit 0% in 2008 and is only around 2% now (America’s is around 5%). 
Myth #3: “Japan is a top-down economy guided by industrial policy.” 
This used to be true, but isn’t anymore. The influence of METI (formerly MITI) has been curbed substantially. The Ministry of Finance still has a lot of power over banks, but this is true in other rich countries too and is generally what happens after a big banking crisis. 
Myth #4: “Japan is a manufacturing-based economy.” 
Manufacturing makes up slightly more than one-fifth of Japan’s economy, which is more than most rich countries (only Germany and Korea beat it), but is a lot less than most developing nations. India, for example, is now more manufacturing-intensive than Japan. 
Myth #5: “Japan has lifetime employment.” 
Sure, for the top half of the workforce. For everyone on the bottom, it’s a constant struggle with little hope of big raises or promotions. And among those with so-called “lifetime employment,” maybe half are in danger of losing their jobs to layoffs. 
Myth #6: “Japanese companies aren’t innovative.” 
This is just wrong in so many ways, I could write a book about it (and maybe I will). 
Myth #7: “The Japanese buy government bonds out of patriotism.” 
Unlikely. They probably buy Japanese government bonds out of fear, pessimism, and a lack of knowledge of good alternative investment opportunities.

Fonte: aqui

Nossa língua portuguesa - Parte II

"De todos os sinais de pontuação, a vírgula é o mais difícil e controverso", escreve Maria Tereza de Queiroz Piacentini em "Só Vírgula" (EdUFSCar, 2009). 


O uso da vírgula é um dos casos que mais apresenta problemas para quem escreve. A tabela abaixo resolve os principais deles. 
Os principais casos de uso da vírgula
Vírgula proibidaExemplo
Entre sujeito e predicado ou entre predicado e sujeitoO ministro das Relações Exteriores da França está em Brasília/ Está em Brasília o ministro das Relações Exteriores da França.
Entre verbo e seu(s) complemento(s)O presidente disse aos governadores que não aceita a proposta; O ministro informou aos jornalistas que não participará da entrevista; O ministro apresentou todos os projetos de privatização aos investidores presentes.
Vírgula obrigatóriaExemplo
Depois de orações adverbiais antepostasSe não chover, haverá jogo; Quando a economia entrou em colapso,o ministro renunciou; Ao deixar o governo, o prefeito voltará a dar aulas na universidade.
Antes do que que introduz oração explicativaNosso time, que ganhou o torneio neste ano, foi vice dessa competição em 55 e 56.
Quando há elipse do verboOs cariocas preferem praia; os paulistas, shopping.
Para separar conjunções contíguasIrá a São Paulo, mas, se não receber o cachê antes, não cantará; Disse que, quando for a Brasília, tentará uma audiência com o presidente.
Antes de mas (com sentido de porém), porém, contudo, entretanto, todavia, portanto, por isso etcJogou bem, mas perdeu; Estudou, porém foi reprovado; O acordo não será renovado, portanto os empregos serão mantidos.
Antes de e que introduza oração de sujeito diferente do da anterior, se, sem a vírgula, houver a possibilidade de entender o sujeito da segunda oração como complemento do verbo da primeiraFifa pune Maradona, e Pelé recebe prêmio.
Para separar adjuntos adverbiais de natureza diferente (desde que antepostos ao sujeito da oração)Ontem à noite, no Pacaembu, sem sete titulares, sob chuva forte, o Corinthians derrotou o Juventude.
Vírgula optativaExemplo
Com expressões adverbiais breves, antepostas ou intercaladasO São Paulo enfrenta neste sábado mais um desafio (ou O São Paulo enfrenta, neste sábado, mais um desafio); O governador participará em Brasília de uma reunião com o ministro da Fazenda (ou O governador participará, em Brasilia, de uma reunião com o ministro da Fazenda).
Depois de no entanto, entretanto, por isso, porém, contudo, portanto, todavia, quando essas palavras ou expressões iniciarem o períodoNo entanto o presidente deixou claro que não aceitará a proposta da oposição (ou No entanto,o presidente deixou claro que...).
Atenção: essa opção não existe quando essas palavras ou expressões não iniciarem o períodoO presidente aceita participar da reunião, no entanto avisa que não aceitará a proposta da oposição.
Antes de orações adverbiais de alguma extensão que venham depois da principalO prefeito deixará o partido se a Câmara aprovar a CPI sobre títulos públicos (ou O prefeito deixará o partido, se a Câmara aprovar a CPI dos títulos públicos); O jogador não disputará a próxima partida porque foi suspenso pelo Tribunal de Justiça da CBF (ou O jogador não disputará a próxima partida, porque foi suspenso pelo Tribunal de Justiça da CBF).

Fonte: Manual de Redação da Folha de S. Paulo

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