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16 janeiro 2014

Listas: As maiores aposentadorias do Brasil

Fonte: Folha de S Paulo

Importante: Existem algumas distorções nesta lista (falta dos juízes classistas, o fato de considerar somente o legislativo federal etc).

Pró-forma

A informação pró-forma não é muito comum no Brasil como em alguns países. Basicamente a gestão apresenta um número diferente, particularmente na demonstração do resultado, baseado na sua crença de que esta seria uma informação mais adequada para medir o desempenho da entidade.

Como os reguladores obrigam que as entidades sigam as normas contábeis, a pró-forma representa uma informação adicional. Durante a bolha da internet, a pró-forma foi muito usada, geralmente para mostrar a perspectiva futura de crescimento da entidade, sob a ótica da administração. As empresas tecnológicas geralmente possuem um longo período até a obtenção do lucro; além disto, são empresas onde o risco é elevado e as métricas tradicionais de lucro não “seriam” representativas do seu potencial. Os problemas de fraudes contábeis e abuso no uso da pró-forma fez com que os reguladores entendessem que esta seria uma informação manipulável, já que usualmente os números são mais favoráveis à empresa.

Recentemente o Twitter fez uso deste tipo de informação. Com um prejuízo de 134 milhões de dólares nos três primeiros trimestres de 2013, sob as normas contábeis, a empresa optou por também apresentar uma informação “não GAAP”, ou seja, pró-forma. Para isto, a empresa retirou as despesas com remuneração por ação, no valor de 79 milhões, e de amortização de intangível, de 11 milhões. Com isto, o prejuízo pró-forma foi de somente 44 milhões no período.

No Brasil já tivemos, por exemplo, a Gol fazendo uso da pró-forma, no cálculo do Ebitda. Esta horrorosa medida de desempenho tem sido usada por gestores que querem valorizar um “caixa”, em lugar do lucro operacional. O Ebitda retira do lucro algumas despesas, o que faz com que seu resultado seja geralmente otimista. Mas a Gol, mesmo com o Ebitda, não conseguiu um valor positivo. E resolveu criar seu próprio Ebitda, naturalmente mais favorável para a empresa.

Entretanto, o uso da pró-forma pode ter um efeito contrário. Segundo Ciesielski, o uso de métricas criativas em contabilidade pode ser um caminho para tornar-se ridículo.

Correlação espúria

A correlação espúria é um grande inimigo da ciência e um amigo dos apressados. Um texto publicado no The Atlantic (When Correlation Is Not Causation, But Something Much More Screwy, Gabriel Rossman)
mostra uma situação onde é possível surgir uma correlação espúria.

Considere que a população de atores que aspiram um papel num filme não possua correlação entre a qualidade como ator e a atração física. É razoável supor que os diretores do cinema possuem uma predileção por atores bonitos e que atuam bem. Observe a figura a seguir:

Cada ponto é um ator, classificado pela sua qualidade em atuar e sua beleza física. Os pontos estão distribuídos, existindo aspirantes a atores de todo tipo (ruins e bons; feios e bonitos). Como os diretores preferem certo padrão de atores, em termos de qualidade e atração física, da população de aspirantes a atores somente alguns serão escolhidos. Na figura, dos inúmeros pontos, os atores que conseguem papel num filme provavelmente estão numa escala superior em termos de qualidade e atração física (os pontos mais escuros da figura).

Suponha que um cientista deseje estudar os atores. Apesar de o conjunto ser cada ponto do gráfico, este cientista provavelmente irá compor sua amostra pelos atores que estão trabalhando, ou seja, os pontos escuros do gráfico. Mas esta amostra não é representativa da população; pelo contrário, é enviesada. Uma pesquisa poderia concluir, por exemplo, que existe uma relação inversa entre atração física e qualidade do ator, baseado nesta amostra (novamente, os pontos mais escuros do gráfico). Temos aqui um típico caso de correlação espúria.

Informação privilegiada

Um ex-operador do Wells Fargo em Miami foi ordenado a pagar US$ 5,63 milhões por negociações com títulos do Burger King antes da compra em 2010 da cadeia de fast-food, baseado em informações privilegiadas que ele recebeu de um cliente. Mas a decisão, anunciada na terça-feira pelo regulador de mercados dos Estados Unidos, a SEC, contra o ex-operador Waldyr da Silva Prado Neto, pode não ser executada porque acredita-se que o réu viajou ao Brasil, não montou uma defesa, e ignorou os esforços da SEC em encontrá-lo. Embora a SEC tenha ganhado em setembro de 2012 uma decisão judicial que congelava os bens de Prado, incluindo uma propriedade em Miami, os ativos somavam apenas um quinto do julgamento. Prado colocou a residência à venda e começou a transferir seus ativos para outros países fora dos Estados Unidos antes do congelamento. (Fonte: Folha de S Paulo)

15 janeiro 2014

Rir é o melhor remédio

A Evolução do Parasita

Falta mão de obra especializada

A criação de cargos cada vez mais específicos, o uso de equipamentos ultramodernos e a globalização dos negócios intensificaram o problema de mão de obra nas empresas. Uma pesquisa da Fundação Dom Cabral mostra que 91% das companhias pesquisadas têm dificuldade na contratação de profissionais, especialmente para vagas de compradores, técnicos, administradores, gerente de projetos e trabalhador manual. 

A maioria delas reclamou da escassez de profissionais capacitados para funções específicas, falta de visão global dos candidatos e deficiência na formação básica, além da falta de fluência em inglês. Mas, sem saída, elas têm se desdobrado em estratégias para preencher as vagas. Além de caprichar no pacote de benefícios, montar ambiciosos planos de carreira e criar cursos específicos de treinamento, as empresas foram obrigadas a abrir mão de exigências, como experiência, pós-graduação e fluência em inglês.
Segundo a pesquisa, no nível técnico, quase 60% das companhias reduziram as exigências para contratação. No nível superior, a porcentagem é de 45,51%. Em 2010, quando a Dom Cabral fez a primeira pesquisa de carência de mão de obra, os porcentuais eram de 54% e 28%, respectivamente.
"A questão da mão de obra virou um grande gargalo no Brasil, sem previsão de melhora no curto e médio prazos", diz o professor Paulo Resende, responsável pela pesquisa com 167 grandes grupos que empregam mais de 1 milhão de pessoas e cujo faturamento responde por 23% do Produto Interno Bruto (PIB).
Hoje, diz o professor, a contratação de um profissional leva de três a cinco meses, nos níveis técnico e superior, respectivamente. Se considerar o tempo de treinamento, esse prazo sobe para entre seis e oito meses. Mesmo assim, algumas empresas têm sido obrigadas a buscar no exterior mão de obra para algumas áreas.
[...]
Fonte: Estadão

Quando uma bolha é uma bolha?

Bubbles have become a major focus of discussion in today's financial markets. But very few people actually define what they mean when describing this financial phenomenon.  
In a recent Harvard Business Review blog post, Markus Brunnermeier, an economist at Princeton University and a member of the Institute for New Economic Thinking’s Advisory Board, had a go at it. Brunnermeier defines the leading characteristics of bubbles thusly:
"Bubbles are typically associated with dramatic asset price increases followed by a collapse. Bubbles arise if the price exceeds the asset’s fundamental value."
Well, that's part of it.  It certainly describes a characteristic of bubbles - namely that they represent a massive fundamental departure from the asset's underlying value.  
But does that give us everything?
Bubbles also are about trend following behavior that develops positive feedback effects. Larry Summers and colleagues wrote a famous paper in 1990 that set out in simple terms this kind of trend following feedback dynamic. Didier Sornette has recently done the same, though in a very, very complicated way.
Even though households have learned something from the two 50% bear markets in recent memory, in light of the recently rising stock market many now feel compelled to play the game. Money managers were taught the same lesson regarding potential loss from those two bear markets, and they also are now worried that the Fed will take the punchbowl away. But they, too, feel pressured by the past rising trend in stock prices to “play the game.”
It is this feedback effect from a steeply rising trend in past stock prices that is the hallmark of a bubble. In the United States, we are in an incipient bubble stage in which households and money managers are tentative, cynical, self-aware trend chasers. It is the unwavering corporate net purchase of equities regardless of valuations that hold these less resolute players in the game.
There is another important feature of bubbles - namely, that the acceleration of price as the object of the bubble (whether it be equities, bonds, real estate, Dutch tulips, or dotcom companies) goes way beyond the asset's underlying value as the bubble itself matures and intensifies.
This is something the French economist Maurice Allais has analyzed. Allais noted that when the rate of past price appreciation in a market is rising not only does the memory of the rate of appreciation rise in a lagged fashion, but the market's collective memory becomes shorter. Which means that in each successive time period a higher and higher weight in the effective memory is given to the most recent and higher rate of change instance. This mechanism makes the adaptively based expected return explosive.
I think that this idea also seems to be behaviorally familiar.  Now when you put all of these plausible mechanisms together you can make an adaptive model very explosive. That is what happened in the 1990s and is one reason why the bubble went parabolic even though the real interest rate was always above the historic average and money and credit did not grow faster than nominal GDP overall for the first eight years of the ten-year bubble. Now all this modeling focuses on the dynamics of euphoric return expectations.
But there is also a parallel dynamic based on adaptive behavior that focuses on the prospective risk of loss, which can be measured via downside volatility. That adds to the rate of ascent of expectations ofrisk adjusted returns, as opposed to just euphoric returns. 
There is a reductio ad absurdum that captures the reality of this behavioral effect. Suppose that stock prices begin to go up every day, initially perhaps by very little, but every day. Then people with adaptive behavior will come to think there is less and less risk of a price decline and therefore a loss. If the pattern of no downside action persists for a period equal to the effective memory of market participants they will eventually come to believe that stocks cannot go down. If people think they cannot lose they will not sell. In a market where some will buy but where no one will sell, prices must levitate forever.
Now, the most astounding fact about the great bubble decade of the 1990s was that there were 84 months in a row in which the market did not fall by more than ten percent. The previous high in this figure was 28 months. So naturally people began to think that not only were returns so high that you could become rich quick by participating in the stock market; but there was seemingly no risk in chasing such quick riches.
I only mention this because while I think the economics literature from Keynes onward is very good on the propensity of markets to greatly overshoot and undershoot the fundamentals, economics per se does not adequately explain what makes the dynamics of bubbles more than an overshoot. In other words, what makes them recursive, explosive, parabolic?  That is the difference between real bubbles and mere waves of pessimism and optimism that move markets all the time even when there is no rational basis.
To get a full measure of this one has to enter into the realm of psychology and neuroscience. That’s where the definition lies. Bubbles, like so much else, are too important to be left to the realm of economics alone.
Fonte: aqui