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14 janeiro 2014

Inflação de 2013

O governo descumpriu mais uma promessa e fracassou mais uma vez no esforço de maquiar os índices de inflação. Os preços ao consumidor subiram 5,91% em 2013, mais que no ano anterior, quando a alta havia chegado a 5,84%. A presidente Dilma Rousseff e sua equipe haviam prometido um resultado melhor que o de 2012 e tentaram manter essa retórica até o fim do ano. Mas isso foi apenas parte do fiasco. As autoridades, em vez de atacar as pressões inflacionárias, tentaram administrar estatísticas. Controlaram politicamente os preços dos combustíveis, as tarifas de transporte público e as contas de eletricidade, além de encenarem uma desoneração da cesta básica. Também a redução de impostos sobre vários bens duráveis pouco serviu para tornar muito melhor o resultado geral. Todos os truques falharam como freios do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Podem ter impedido um número bem mais feio, mas não evitaram um resultado oficial pior que o do ano anterior e, portanto, mais longe de 4,5%, meta já muito alta pelos padrões internacionais.
[...]
Na prática, um aumento do IPCA pouco maior ou pouco menor que o do ano anterior faz pouca diferença, O significado do desvio, neste caso. é principalmente simbólico, político e até moral e nisso consiste sua maior importância. Escancara mais uma vez a baixa qualidade de uma política econômica marcada pela incompetência, pelos erros de diagnóstico e, para dizer o mínimo, pelo empenho em maquiar os sinais e deixar os problemas intactos.
Autoridades tentaram durante algum tempo atribuir as pressões inflacionárias principalmente a fatores externos. O grande problema seria o aumento das cotações internacionais das commodities. Mas em 2013, os produtos agropecuários ficaram 1,76% mais baratos no atacado, segundo a FGV, e o custo da alimentação continuou subindo no varejo.
Continuou subindo porque havia no País um ambiente inflacionário: crédito fácil na maior parte do ano, emprego elevado (e pouco produtivo), salários em alta e gastança pública desatada - e dificilmente refreável, agora, em ano de eleição.
O índice de serviços do IPCA subiu 8,74% em 2012 e 8,75% em 2013, bem mais que a média dos preços nos dois anos (5,84% e 5,91%). Há uma evidente pressão da demanda, complementada, do lado oposto, por fortes pressões de custo. O exemplo mais visível é a sequência de aumentos salariais bem acima dos ganhos de produtividade. Dirigentes do BC, apesar da conversa sobre inflação importada, apontaram mais de uma vez esses problemas. Mas têm sua fatia de culpa: assumiram o risco de alinhar sua política às preferências da presidente Dilma. Erraram e só voltaram a elevar os juros quando sua imagem estava manchada. Mas o maior prejuízo foi mesmo para o País.
Fonte: Editorial O Estado de S.Paulo, 12 de janeiro de 2014  

Listas: As 20 livrarias mais bonitas

1: Holanda: Maastricht
A gorgeous converted Dominican church gives the power of reading its due diligence. Selexyz Bookstore, Maastricht, Holland


2: Itália: Roma
Modern design at its finest in a store full of art books. The Bookàbar Bookshop, Rome, Italy




3: Eslováquia: Bratislava
We love the stairs as reading and display area, the wall-to-wall bookshelves, and the simple, clean design. Plural Bookshop, Bratislava, Slovakia




4: Portugal: Porto
This divine neo-gothic bookstore, opened in 1906, contains what we consider to be the ultimate definition of a stairway to heaven. Livraria Lello, Porto, Portugal






5: Bélgica: Bruxelas
Somehow, this bookstore manages to be both whimsical and slightly macabre all at once. Cook & Book, Brussels, Belgium






6: República Popular da China: Pequim
There’s magic in the air at this English-language bookstore in Beijing. Bookworm, Beijing, China




7: Argentina: Buenos Aires
This majestic converted 1920s movie palace uses theatre boxes for reading rooms and draws thousands of tourists every year. Librería El Ateneo Grand Splendid, Buenos Aires, Argentina [images via and via]






8: República Popular da China: Pequim
How could any kid (or adult, for that matter) resist those delicious reading nooks? Poplar Kid’s Republic, Beijing, China






9: Brasil: São Paulo
This is a bookstore that seems to be made almost entirely out of books — down to its dramatic front doors. Livraria da Vila, Sao Paulo, Brazil [photos via]






10: México: Cidade do México
For those who like their green spaces (and coffee shops) to invade their bookstores. Cafebreria El Pendulo, Mexico City, Mexico [photos via]



11: França: Paris
For those browsers not as impressed by architecture as they are by the beauty of books upon books upon books in narrow hallways — not to mention a place to nap. Shakespeare & Company, Paris, France [photovia]




12: Estados Unidos: Califórnia
The huge space, high ceilings and stately pillars make for a lovely reading experience. The Last Bookstore, Los Angeles, CA




13: Grécia: Santorini

For sailors and beach readers alike, this sun-kissed bookstore is a little less ostentatious than some of the others on this list, but no less lovely. Atlantis Books, Santorini, Greece





14: Estados Unidos: Califórnia
The biggest outdoor bookstore in the world, this photo doesn’t really do the place justice — it’s all about the view. Bart’s Books, Ojai, California [photo via]




15: Itália: Milão
The bookstore section of the larger complex dedicated to art and design certainly lives up to its mission. Corso Como Bookshop, Milan, Italy





16: Reino Unido: Alnwick
We’re suckers for rounded ceilings and decorative lighting. Barter Books, Alnwick, UK [photos via]





17: Países Baixos: Amsterdã
This beautifully designed space has surprising shapes, cleverly constructed nooks and crannies and even a tree or two. The American Book Center, Amsterdam, the Netherlands [photo via]




18: República da China: Taipé
Almost utilitarian but filled with simple old-world grace, this store is a little like what we might imagine our ideal ship’s main cabin to look like. VVG Something, Taipei, Taiwan




19: Portugal: Lisboa
This store has a flying bike and books to the ceiling. Need we say more? Ler Devagar, Lisbon, Portugal



20: Japão: Tóquio
This slick, super-modern store benefits from clean design and charming flourishes of light and mirrors. Daikanyama T-Site, Tokyo, Japan






Fonte: FlavorWire

Eike vende sua parte na Six



As ações de Eike Batista na empresa Six, o maior negócio de chips do país, foram vendidas a um grupo argentino, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira (13) pela companhia. A empresa é financiada pelo BNDES, que se manterá na estrutura, de acordo com o texto.

A participação total de do grupo EBX, de 33,02% do capital com direito a voto, foi comprada pelo grupo argentino Corporación América. A proposta foi apresentada pela Corporación América e formalmente aceita pelo empresário Eike Batista".

A empresa fez investimentos de aproximadamente R$ 1 bilhão para construir uma fábrica de semicondutores em Minas Gerais, que estaria "em construção avançada em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte".
O nome da empresa será mudado depois que a operação for concluída, ainda segundo o comunicado. Para que as ações sejam transferidas, as empresas estão providenciando a documentação e ajustes societários necessários. A operação também será submetida ao Cade.

A Six é uma parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), IBM, Matec Investimentos e Tecnologia Infinita WS-Intecs. Segundo o comunicado, a EBX será substituída e "as demais participações acionárias permanecem inalteradas".

A expectativa é que a empresa passe a produzir componentes que praticamente não existem no mercado brasileiro.

O grupo Corporación América controla a empresa argentina de pesquisa e encapsulamento de semicondutores Unitec Blue e, no Brasil, tem participação em empresas que gerenciam os aeroportos de Brasília e Natal.


Fonte: Aqui

Emocional

O mapa revela os países mais emocionais (cor mais escura) ou menos (mais clara). O Instituto Gallup faz uma pesquisa nas pessoas destes países perguntando seus habitantes sobre seus sentimentos. As Américas possuem países emotivos, apesar das Filipinas (de colonização hispânica) ser o mais emotivo. Cingapura é o menos emotivo.

Contas dos partidos

O Banco Central estabeleceu orientações a respeito da abertura, movimentação e encerramento de contas de depósitos à vista de comitês financeiros, partidos políticos e candidatos, bem como sobre os extratos eletrônicos dessas contas. As regras estão presentes no comunicado nº 25.091, publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira,13.


Será que isto é um assunto do Banco Central? Não seria mais apropriado que fosse o TSE o regulador da matéria?

A norma estabelece que Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, bancos comerciais e bancos múltiplos com carteira comercial devem realizar a abertura de contas de depósitos à vista, as "contas eleitorais", quando isso for solicitado por comitês financeiros, partidos políticos e candidatos que venham a se registrar na Justiça Eleitoral para participar de eleição. O BC determinou que os bancos devem realizar a abertura da conta eleitoral em até três dias úteis, contados a partir da solicitação.


Novamente, isto seria passível de regulamentação?

Está proibida a exigência de depósito mínimo, a cobrança de tarifas de abertura de cadastro e de manutenção, bem como a concessão de qualquer benefício ou crédito não contratado especificamente pelo titular. Os bancos deverão apresentar mensalmente os extratos eletrônicos dessas contas aos órgãos da Justiça Eleitoral. O BC lembra, ainda, que os extratos eletrônicos terão de conter identificação e registro de depósitos em cheque, de liquidação de cheques depositados em outras instituições financeiras e de emissão de instrumentos de transferência de recursos.


Qual a diferença entre o cliente "político" e o cliente normal? Proibir que os bancos cobrem "tarifas" é um incentivo ao "subsídio cruzado". Ou seja, o que o banco deixa de ganhar com este cliente ele cobra de outro cliente. Nós estaremos pagando indiretamente por isto.

Na abertura das contas eleitorais de candidatos e de comitês financeiros, devem ser apresentados Requerimento de Abertura de Conta Eleitoral (Race); comprovante de inscrição do interessado no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Para a abertura das contas eleitorais dos diretórios partidários, devem ser apresentados o Requerimento de Abertura de Conta Eleitoral de Partidos (Racep); comprovante de inscrição do interessado no CNPJ e Certidão de Composição Partidária, disponível na página do TSE na Internet.


Isto é muito burocracia, para tentar controlar as contas dos partidos. Mas não seria atribuição do TSE?

As contas devem ser identificadas com a mesma nomenclatura constante do Race ou do Racep. A movimentação terá de ser realizada exclusivamente pelas pessoas identificadas no Race ou no Racep.

O BC ressalta que as contas eleitorais seguem a regulamentação pertinente às contas de depósito à vista. Mas lembra que precisam ser observadas, com destaque, questões como a proibição do fornecimento de folhas de cheques a candidato ou representantes que figurarem no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), situação na qual a movimentação deve ser realizada por meio de cartão ou cheque avulso.


BC estabelece normas sobre as 'contas eleitorais' - Por Ayr Aliski (Cartoon aqui)

Caixa, ainda

O resultado da Caixa Econômica Federal de 2013 terá que expurgar R$ 420 milhões registrados no lucro líquido de 2012 que foram considerados irregulares pelo Banco Central. O ganho foi obtido porque o banco estatal contabilizou como receitas operacionais R$ 719 milhões que estavam depositados em 496.776 contas de poupança com falhas no cadastro e foram encerradas compulsoriamente. A manobra veio a público em reportagem da revista "Isto é". Em nota divulgada há pouco, a Caixa argumentou que, entre 2005 e 2011, tentou localizar de diversas formas os clientes com irregularidades cadastrais.

Fonte: Folha de S Paulo

Ainda as contas públicas

Com dificuldade para fechar as contas, o governo federal está recorrendo a artifícios diversos. A última denúncia, do Valor Econômico, destaca a postergação do pagamento, incluindo o problema já conhecido de restos a pagar:

Agora, chega a notícia de que parte do superávit primário do governo federal em dezembro foi feito com receitas que deveriam ter sido repassadas a Estados e municípios. A parcela de dezembro do salário educação, de cerca de R$ 700 milhões, só foi transferida no dia 30 do mês passado. Com isso, a receita só saiu do caixa do Tesouro Nacional e entrou nos cofres estaduais no início de janeiro, relatam os jornalistas Ribamar Oliveira, Marta Watanabe e Tainara Machado, do Valor. Também não foi transferida a esses entes da Federação parte do Imposto de Renda obtido com o parcelamento especial de débitos tributários de controladas e coligadas de empresas brasileiras no exterior.

Além deste problema, a questão do balanço da Caixa Econômica Federal desperta suspeitas

A informação que deixa o mercado financeiro ressabiado neste início de semana é a operação da Caixa Econômica Federal (CEF) que encerrou de forma irregular milhares de contas poupança sem movimentação ao longo de 2012, segundo reportagem da revista Isto É que está nas bancas. A partir de um relatório de auditoria feito pela Controladoria Geral da União (CGU), a revista mostrou que essa operação gerou um ganho de R$ 719 milhões para a Caixa no ano retrasado.


A questão da Caixa é confiança. Um ativo que o governo parece estar perdendo aos poucos.