Somos mais que princesas e gostaríamos de usar o nosso cérebro.
22 dezembro 2013
21 dezembro 2013
Fato da semana
Fato: O parlamento
europeu decide limitar
a atuação das empresas de auditoria em dez anos e também limitar a utilização
de serviços de consultoria destas empresas. Isto significa dizer que a Europa
decidiu pelo rodízio.
Além disto, o relatório de auditoria deverá ser mais
detalhado, assim como fortalece o papel do comitê de auditoria. Outra medida é
que uma parcela de acionistas poderá solicitar a destituição do auditor.
Qual a relevância
disto? Enquanto os Estados Unidos recuou em adotar as medidas para proteger
os interesses dos investidores das grandes empresas de auditoria, a Europa adotou
uma postura mais firme sobre o assunto. As medidas poderão reduzir a grande
dependência do mercado das quatro maiores empresas de auditoria e quem sabe
trazendo mais concorrência ao setor, que hoje é um oligopólio.
Positivo ou Negativo?
As medidas poderão aumentar o custo de
ser fazer uma auditoria. Há uma discussão se o rodízio melhora (ou não) a
qualidade da auditoria. Para as outras empresas do ramo, poderá ser uma
oportunidade para aumentar sua receita. Além disto, poderá reduzir o risco de
falência de uma grandes das empresas.
Desdobramentos: A
medida permitirá que se discuta a questão do rodízio de uma forma mais técnica
e menos apaixonada. Poderemos quem sabe comparar a qualidade das auditorias com
ou sem o rodízio.
Teste da Semana
1: No início da semana discutimos o efeito da falência de uma Big Four. Apesar de envolver um cálculo de elaboração complicada (envolve uma série de suposições questionáveis), qual o número apresentado por dois pesquisadores? No máximo ____ seria o custo ao cliente norte-americano em relação a quebra de um contrato de uma grande empresa de auditoria.
1,8 milhão por ano
1,8 bilhão por ano
1,8 trilhão por ano
2: Há uma possibilidade de que os veículos sejam equipados com air bags e freios ABS. Para amenizar o alegado aumento que isso causaria no preço dos carros, que impostos o governo estuda reduzir?
IPI e ICMS
ICMS e II
II e IPI
3. Acredita-se que o pai de que celebridade esteja lavando dinheiro?
Cristiano Ronaldo
Lionel Messi
David Beckham
4. Segundo a lista da Glassdoor, qual a melhor empresa para se trabalhar em 2014?
Google
Bain & Company
Amazon
5: A investigação sobre informação privilegiada na Microsoft está relacionada:
à aquisição da livraria Barnes&Noble
ao lançamento do Windows Phone
à aquisição da Nintendo
6: Aprendemos que a Nova Zelândia é um país:
pouco corrupto e rígido em relação a práticas de lavagem de dinheiro
pouco corrupto e relaxado em relação a práticas de lavagem de dinheiro
corrupto e paraíso fiscal
Respostas: (1) 1,8 bi; (2) II e IPI; (3) Messi; (4) Bain & Company; (5) Barnes&Noble; (6) pouco e relaxado
1,8 milhão por ano
1,8 bilhão por ano
1,8 trilhão por ano
2: Há uma possibilidade de que os veículos sejam equipados com air bags e freios ABS. Para amenizar o alegado aumento que isso causaria no preço dos carros, que impostos o governo estuda reduzir?
IPI e ICMS
ICMS e II
II e IPI
3. Acredita-se que o pai de que celebridade esteja lavando dinheiro?
Cristiano Ronaldo
Lionel Messi
David Beckham
4. Segundo a lista da Glassdoor, qual a melhor empresa para se trabalhar em 2014?
Bain & Company
Amazon
5: A investigação sobre informação privilegiada na Microsoft está relacionada:
à aquisição da livraria Barnes&Noble
ao lançamento do Windows Phone
à aquisição da Nintendo
6: Aprendemos que a Nova Zelândia é um país:
pouco corrupto e rígido em relação a práticas de lavagem de dinheiro
pouco corrupto e relaxado em relação a práticas de lavagem de dinheiro
corrupto e paraíso fiscal
Respostas: (1) 1,8 bi; (2) II e IPI; (3) Messi; (4) Bain & Company; (5) Barnes&Noble; (6) pouco e relaxado
Basileia 3
O Comitê de Basileia para Supervisão Bancária, na Suíça, informou que o sistema financeiro do Brasil está aderente às regras de Basileia 3. A informação foi divulgada pelo Banco Central (BC).
O relatório com o resultado do Brasil foi publicado no site do Banco de Compensações Internacionais (BIS) e a nota final atribuída à regulamentação brasileira foi a máxima dada pelo comitê: “Compliant”, ou seja, em conformidade.
Como comentamos anteriormente no blog, dos 14 componentes avaliados, 11 foram considerados como Compliant. Os demais foram considerados “Largely Compliant”, ou seja, em conformidade parcial. No relatório, o comitê afirma que as divergências entre Basileia 3 e as regras brasileiras nessas três áreas (abordagem sobre risco de crédito, colchões de capital e “Pilar 2″, que trata do processo de supervisão) são potencialmente graves ou “atualmente nada graves”. O comitê sugere que esses componentes sejam “mantidos sob revisão”.
Em discurso em São Paulo na quinta, o presidente do BC, Alexandre Tombini, havia comentado sobre os resultados do programa. “O Brasil acabou de ser avaliado, e as nossas regras foram consideradas aderentes ao acordo”, afirmou em almoço da Febraban. “É mais uma demonstração que a regulação do Brasil está em linha com os padrões internacionais”, disse.
O resultado é a conclusão do Regulatory Consistency Assessment Program (RCAP), programa que avalia o grau de aderência da regulamentação prudencial de um país aos padrões mínimos acordados no Comitê de Basileia e referendados pelo G20. O Brasil é membro do comitê de Basileia desde 2009.
A equipe de avaliadores foi composta por representantes de autoridades supervisoras de países, como Alemanha, França, Índia, Japão, e Suécia, e de representantes do secretariado do comitê.
Em nota à imprensa, o BC afirmou que o resultado da avaliação “denota o compromisso do Brasil na adoção dos melhores padrões internacionais”. O programa de avaliação do comitê de Basileia, em conjunto com o do Programa de Avaliação do Setor Financeiro (FSAP) realizado em 2012, pelo Banco Mundial e pelo FMI, “confirmam que o sistema financeiro brasileiro é sólido e resiliente”.
No mesmo discurso em São Paulo, Tombini afirmou que o “Sistema Financeiro Nacional como um todo não necessitará de capital adicional no agregado para cumprir Basileia 3, e a sua adoção no Brasil terá impacto neutro sobre a expansão da oferta do crédito ao longo dos próximos anos”. “A adoção de Basileia 3 no nosso quadro regulatório contribui para fortalecer a solidez do Sistema Financeiro Nacional, melhorar o nosso custo de captação, além de aumentar a possibilidade de expansão internacional dos nossos bancos.
Fonte: aqui
Imagem: aqui
O relatório com o resultado do Brasil foi publicado no site do Banco de Compensações Internacionais (BIS) e a nota final atribuída à regulamentação brasileira foi a máxima dada pelo comitê: “Compliant”, ou seja, em conformidade.
Como comentamos anteriormente no blog, dos 14 componentes avaliados, 11 foram considerados como Compliant. Os demais foram considerados “Largely Compliant”, ou seja, em conformidade parcial. No relatório, o comitê afirma que as divergências entre Basileia 3 e as regras brasileiras nessas três áreas (abordagem sobre risco de crédito, colchões de capital e “Pilar 2″, que trata do processo de supervisão) são potencialmente graves ou “atualmente nada graves”. O comitê sugere que esses componentes sejam “mantidos sob revisão”.
Em discurso em São Paulo na quinta, o presidente do BC, Alexandre Tombini, havia comentado sobre os resultados do programa. “O Brasil acabou de ser avaliado, e as nossas regras foram consideradas aderentes ao acordo”, afirmou em almoço da Febraban. “É mais uma demonstração que a regulação do Brasil está em linha com os padrões internacionais”, disse.
O resultado é a conclusão do Regulatory Consistency Assessment Program (RCAP), programa que avalia o grau de aderência da regulamentação prudencial de um país aos padrões mínimos acordados no Comitê de Basileia e referendados pelo G20. O Brasil é membro do comitê de Basileia desde 2009.
A equipe de avaliadores foi composta por representantes de autoridades supervisoras de países, como Alemanha, França, Índia, Japão, e Suécia, e de representantes do secretariado do comitê.
Em nota à imprensa, o BC afirmou que o resultado da avaliação “denota o compromisso do Brasil na adoção dos melhores padrões internacionais”. O programa de avaliação do comitê de Basileia, em conjunto com o do Programa de Avaliação do Setor Financeiro (FSAP) realizado em 2012, pelo Banco Mundial e pelo FMI, “confirmam que o sistema financeiro brasileiro é sólido e resiliente”.
No mesmo discurso em São Paulo, Tombini afirmou que o “Sistema Financeiro Nacional como um todo não necessitará de capital adicional no agregado para cumprir Basileia 3, e a sua adoção no Brasil terá impacto neutro sobre a expansão da oferta do crédito ao longo dos próximos anos”. “A adoção de Basileia 3 no nosso quadro regulatório contribui para fortalecer a solidez do Sistema Financeiro Nacional, melhorar o nosso custo de captação, além de aumentar a possibilidade de expansão internacional dos nossos bancos.
Fonte: aqui
Imagem: aqui
Os jatos suecos, a contabilidade pública e a contabilidade de custos
O governo brasileiro anunciou nesta semana a decisão de
comprar 36 aeronaves modelo Gripen NG. Com a decisão, o país irá pagar 4,5
bilhões de dólares por um equipamento que ainda não existe. Cada aeronave
deverá sair por 125 milhões e deverão ser entregues em 2023.
Estavam na disputa dois outros produtos: um concorrente
francês e outro da Boeing. Aparentemente a área técnica do governo tinha
recomendado o avião sueco, mas no governo passado um ministro fez lobby para o
avião francês, chegando a anunciar esta opção como sendo do próprio governo.
No que diz respeito à área pública, a escolha é coerente com
os critérios técnicos. É bem verdade que num determinado momento o governo atual
estava inclinado a escolher a Boeing, mas o escândalo de espionagem contou na
decisão. Isto é um ponto positivo, onde a análise técnica prevaleceu sobre a
avaliação política ou interesses pessoais.
A razão da escolha está vinculada a um conceito básico da
contabilidade de custos: a curva de aprendizagem. Em certos setores a curva de
aprendizagem é fundamental na mensuração dos custos de um produto. Quando uma
empresa produz as primeiras unidades, o valor do custo unitário é elevado. Com
o passar do tempo, a empresa “aprende” a melhor forma de produção, com impacto
na redução do unitário. Assim, uma empresa que produz cem unidades por mês irá “aprender”
mais rápido que uma empresa que fabrica dez unidades.
A empresa vencedora é proveniente de um país onde a força
aérea é reduzida. Isto faz com que o processo de aprendizagem seja mais lento.
Ao compartilhar a produção com um país como o Brasil, a Suécia poderá alcançar
um custo unitário mais rápido. Assim, para a Saab, a empresa vencedora, será
vantagem compartilhar os riscos da fabricação do modelo, sendo importante
aceitar as condições impostas no processo de escolha. E estas condições incluem
a transferência de tecnologia, algo que os outros dois concorrentes não estavam
dispostos a ceder.
Concorrência contábil na Europa
Um nova regra da Comunidade Européia pretende aumentar a competição no setor contábil. O alvo são as big four (KPMG, PwC, EY e Deloitte), que dominam as auditorias das grandes empresas. A regra deverá atingir mais de 35 mil empresas de 28 países e deverá beneficiar empresas como Grant Thornton, BDO, entre outras.
Pela nova lei, quem fizer auditoria de um cliente não poderá prestar consultoria em impostos. Segundo informou a Reuters, a Grant Thornton já começa a sentir a influencia da lei. Mas a BDO está prevendo que haverá um processo de concentração entre as empresas "intermediárias".
Pela nova lei, quem fizer auditoria de um cliente não poderá prestar consultoria em impostos. Segundo informou a Reuters, a Grant Thornton já começa a sentir a influencia da lei. Mas a BDO está prevendo que haverá um processo de concentração entre as empresas "intermediárias".
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