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10 dezembro 2013

Importância da Gramática



Uma pesquisa recente mostrou (via aqui) que os clientes valorizam muito a gramática. Isto significa que os clientes prestam atenção a "pequenas coisas". Uma investigação com um software de revisão gramatical mostrou que a Coca erra menos que a Pepsi e que o Google tem vantagem sobre o Facebook.

Scarano e o dinheiro do Vaticano

Segundo o Financial Times, o ex-chefe da contabilidade da administração do patrimônio do Vaticano, monsenhor Nunzio Scarano, foi preso pela polícia italiana, acusado de fraude e corrupção. Scarano e mais dois homens eram suspeitos de contrabandear 20 milhões de euros para a Suíça. Os promotores acusam o monsenhor de usar o Instituto para as Obras Religiosas para movimentar dinheiro de empresários de Napóles, uma cidade conhecida por seu vínculo com o crime organizado.

Contabilidade e Bitcoin

O leitor do blog já deve ter notado que postamos muito sobre o Bitcoin. Mas qual seria a relação com a contabilidade? Até o momento poucos reguladores chegaram a comentar a relação entre a moeda digital e a contabilidade. Recentemente Barry Melancon, do AICPA dos Estados Unidos, apresentou algumas considerações sobre o assunto, segundo o Going Concern.

A grande questão sobre o assunto é como classificar o Bitcoin. Além de ser uma moeda, o Bitcoin é também uma mercadoria finita, cujo valor pode flutuar bastante. Somente em 2013, uma unidade de Bitcoin foi avaliada entre 20 a 1000 dólares. Será o Bitcoin um ativo? Mesmo o fisco dos Estados Unidos tem dúvidas sobre seu tratamento: propriedade, instrumento financeiro ou moeda?

Venda de torres

Sobre a venda de torres de telefonia, um texto interessante:

A venda de torres de telefonia móvel e do direito de uso sobre outros ativos de rede é uma estratégia cada vez mais frequente entre as operadoras brasileiras para rentabilizar sua infraestrutura. Juntas, Oi e Vivo negociaram - desde dezembro do ano passado - pelo menos R$ 4,56 bilhões em ativos, montante que inclui vendas de torres de celular e do direito de uso de torres de telefonia fixa. As operações tratam da estrutura física da torre e não dos serviços de telecomunicações.

(...) Segundo a Oi, do ponto de vista financeiro a transação de venda de torres tem custo de financiamento mais atrativo do que uma captação no mercado financeiro, além de permitir à companhia economizar em investimentos e no pagamento de tributos.


Neste caso, a empresa de telefonia reduz o seu ativo ("economizar investimento do texto"). Mas a economia de pagamento de tributos é questionável, já que as torres não "geram" receita, somente despesa.

O reflexo dessas operações no caixa da empresa não é imediato. (...)

Também é questionável, já que depende da forma como for realizada a venda. Venda prazo a frase está correta, mas a venda à vista pode trazer influencia sobre o caixa.

Governança Corporativa

A legislação que rege as companhias abertas não tem acompanhado o ritmo de evolução e sofisticação do mercado acionário, por isso a governança corporativa está se tornando cada vez mais necessária para minimizar riscos e garantir a segurança aos acionistas, sobretudo aos minoritários. A avaliação é do membro coordenador do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) no Rio de Janeiro, Aloisio Macário, para quem as boas práticas de governança cobrem essa defasagem. "O mercado vai evoluindo, ficando mais sofisticado, e nem sempre a legislação acompanha essas mudanças no ritmo necessário", afirma.

(...) "O grande desafio da governança é sempre implementar boas práticas que garantam proteção aos investidores minoritários, dando a eles condições mínimas em termos de segurança", acrescenta. Ele destaca que a governança exige a transparência, isto é, a divulgação de forma mais rápida possível das informações sobre as empresas, para evitar que detentores destas informações tome partido delas.

Segundo Macário, o Brasil se destaca em governança no mundo e uma das vantagens do mercado brasileiro é a adoção do voto múltiplo, que dá maiores condições de os minoritários elegerem representantes nos conselhos de administração das companhias durante assembleias. "Por este instrumento, cada ação é multiplicada pelo total de membros do conselho que será eleito. Ou seja, se há 5 vagas, cada ação terá cinco votos, e o acionista pode concentrar seus votos em um nome só, o que aumenta a chance dele eleger um conselheiro", explica ele, acrescentando que esse tipo de mecanismo não existe, por exemplo, nos Estados Unidos, onde o nome do conselheiro tem que que ser submetido a um comitê de nomeação.

Por outro lado, segundo o coordenador do IBGC, obter representatividade nas assembleias de acionistas aqui no Brasil ainda é muito difícil. Na avaliação dele, deveria ser permitido aos minoritários eleger por maioria simples dos votos dados em uma reunião na qual há quorum presente uma vaga nos conselhos das empresas. "Com isso, eles poderiam participar dos debates das companhias. Seria uma ferramenta importante. Isso não significa que o controlador não vai tomar a decisão, mas que aumentará o debate, porque quando são eleitas apenas pessoas indicadas pelos controladores, é mais difícil haver divergências.

Macário observa que as boas práticas de gestão também ajudam a preservar a existência das companhias, pois evitam que elas assumam riscos incompatíveis com seus negócios. "Isso é importante para os investimentos de longo prazo, por ser difícil vislumbrar o que acontecerá em 3, 4 anos. Muitas vezes, no longo prazo, só conseguimos enxergar os riscos estruturais", conclui. Segundo ele, se olharmos os principais índices das bolsas no mundo, observamos que depois de 10 anos, em geral, 50% das empresas permanecem neles. Num horizonte de 20 anos, o percentual cai para entre 15% e 20%.


Fonte: Aqui

09 dezembro 2013

Rir é o melhor remédio


História da Contabilidade: O Observador Economico e Financeiro

Este periódico existiu entre 1936 a 1962 e era editado por Valentim Bouças, representante da IBM no Brasil e fundador da Hollerith (1). Apesar de ser uma publicação econômica, em diversos números existem trabalhos de interesse da contabilidade. Recentemente postamos sobre um estudo de Medeiros, publicado no Observador, sobre valor justo. Além disto, nas páginas do Observador é possível localizar demonstrações contábeis da época. Alguns números chegaram a ter mais de 260 páginas, um feito para uma publicação deste tipo.

Dos textos publicados, fizemos uma seleção de alguns interessantes.

Edição 10 de 1936 – O preço de venda  - neste texto aparece os conceitos de custos fixos e variáveis.
Edição 12 de 1936 – A situação financeira do Brasil – discurso do ministro da fazenda, com um longo debate sobre diversos aspectos da contabilidade pública, incluindo citação de autores e discussão sobre conceitos contábeis.
Edição 27 de 1938 – Padronização Orçamentária – artigo de Ovídio de Abreu
Edicão 38 de 1939 – A Fazenda de Santa Cruz – Uma reportagem de Nobrega da Cunha sobre a ocupação de terras no estado do Rio de Janeiro por parte de 50 mil pessoas. O texto mostra o livro caixa da Fazenda de 1822.
Edição 41 de 1939 – A Economia de uma Penitenciária – com a descrição da Penitenciaria de Neves, situada perto de Belo Horizonte. O texto inclui comentários sobre como era feita a contabilidade da entidade.
Edição 47 de 1939 – Educação Profissional – de Cecilia Meirelles – Em que a autora relata uma pesquisa com crianças sobre o que gostariam de ser quando crescer. De 172 meninas consultadas, 6 escolheram “peritas-contadoras” e uma contabilidade.  (Outros escritores brasileiros de renome também escreveram para este periódico, como Jorge Amado ou Guilherme Figueiredo).
Edição 54 de 1940 – A Conferência Fazendária – de Frederico Herrmann Junior – o autor apresenta um longo relato do encontro ocorrido entre os secretários de fazenda dos estados. Entre os assuntos, a padronização dos balanços.
Edição 69 de 1941 – Estudos Econômicos – o interessante deste texto são quatro parágrafos com o subtítulo “Economia não se resume em contabilidade”. Naquele momento histórico, o curso de economia começava a ganhar força no Brasil, diante do ensino tradicional da contabilidade.
Edição 125 de 1946 – História do Banco do Brasil – escrito por Afonso Arinos de Melo Franco, apresenta inclusive uma figura de uma ação desta entidade emitida em 1818. O foco são os primeiros anos da instituição financeira.
Edição 160 de 1949 – A Batalha da Padronização – sem assinatura do autor, o texto descreve a história da padronização da contabilidade pública, que iniciou com a primeira Conferência de Técnicos em Contabilidade Pública e Assuntos Fazendários, em 1939. A principal vitória foi a redução de 2.185 rubricas de receita que existiam até então para 57. (números posteriores, omo a edição 164, também tratou deste assunto)
Edição 255 de 1956 – Regulamentação da Contabilidade dos Serviços de Utilidade Pública – de Océlio Medeiros. O texto defende a necessidade de padronização contábil neste setor. Traz um histórico da padronização nos Estados Unidos, discute as vantagens da uniformização e defende a aplicação no Brasil. O texto possui muitas citações de autores estrangeiros.