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27 novembro 2013

Argentina e a compensação para Repsol

Parece que o governo argentino e a empresa espanhola Repsol estão chegando a um acordo sobre a compensação para a encampação da Repsol Argentina, realizada por Cristina Kirchner em 2012. A Repsol perdeu dois terços de sua produção mundial de petróleo e metade das reservas.

Naquele ano fizemos uma análise do evento, onde as demonstrações contábeis da empresa espanhola não tinha feito nenhum alerta sobre os riscos da operação no país hermano. Em meados deste ano, a Repsol rejeitou uma oferta de 5 bilhões de dólares, não caixa, pelos ativos: exigia 10 bilhões em dinheiro.

A nova notícia fala numa indenização de 5 bilhões em títulos garantidos. Para Repsol, o acordo representa um ativo agora contra a possibilidade de esperar anos até conseguir um acordo nos tribunais internacionais. O governo argentino tem interesse em retomar os investimentos internacionais no setor de petróleo, principalmente no campo de Vaca Muerta. As reservas de xisto da Argentina devem estar entre as maiores do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e China. O acordo também interessa a estatal Pemex, do México, pois esta empresa possui uma participação expressiva na Repsol.

Petróleo do Equador é chinês

Segundo a Reuters, os chineses tomaram o controle do setor de petróleo do Equador. O país estava em dificuldade de obtenção de recurso no exterior; então, fez um acordo para ter acesso ao dinheiro chinês e em troca garante 90% do petróleo equatoriano nos próximos anos. O acordo foi considerado pelo presidente Correa como um triunfo da sua política em conseguir novos aliados para o comércio.

26 novembro 2013

Justifique o seu voto


Para quem não votou nas Eleições 2013 dos CRCs há a chance de evitar a multa justificando a sua ausência. O procedimento é similar ao do voto. Basta entrar com a sua senha provisória (se você não tiver, entre no site, peça uma nova, será enviada para o seu e-mail), colocar uma senha definitiva. Depois de confirmar dados e senhas (lembre-se de ter em mãos o número do seu CRC) você irá justificar. Simples assim.

Para justificar clique aqui.
Dúvidas? Clique aqui.

Rir é o melhor remédio

(Enviado por Claudia Albuquerque, grato)

Roubando Bitcoin

A valorização recente da moeda digital Bitcoin trouxe um efeito colateral ruim: o aparecimento de ladrões virtuais. Diversos casos surgiram relatando perdas, algumas até de 1 milhão de dólares. Quem possui um bitcoin tem, na realidade, uma chave de critpografia, esclarece o Quartz (As bitcoin booms, so does bitcoin bank robbery). Esta chave está associada a um endereço de internet. Os ladrões precisam descobrir a chave privada e o endereço público, para transferir a moeda para suas contas.

No mundo digital do Bitcoin, as transferências são irrevogáveis. Além disto, o sistema protege a identidade do usuário. O fato do Bitcoin ser recente também ajuda os criminosos, que estão descobrindo maneiras de explorar os pontos fracos.

Impostos e o Google Street View

O fisco do Reino Unido, através do HM Revenue and Customs (HMRC), está usando o Google Street View como uma ferramenta para pegar sonegadores de impostos da rainha, informou o The Telegraph. O uso do Google Street View permite verificar se a vida da pessoa corresponde ao rendimento declarado. Isto inclui observar o padrão da casa e os carros estacionados na garagem. É uma alternativa barata para "visitar" a casa de alguém.

Além do Google Street View, os funcionários do HMRC utilizam também as redes sociais para verificar o estilo de vida. Segundo estimativa da administração fiscal, a diferença entre o imposto pago e o imposto devido foi de 35 bilhões de libras em 2011-2012. O porta-voz do fisco disse que o Google Street View possui um papel pequeno nas investigações. (Cartoon: aqui)

Concessão ou privatização?

Um debate sobre o significado e o alcance da palavra “privatização” se tornou recorrente na política nacional e certamente estará presente nas eleições do próximo ano.

Trata-se de saber se concessões de serviços públicos, que o governo petista de Dilma Rousseff tem feito em proporções crescentes, são privatizações, abominadas nas campanhas eleitorais do partido.

Há, é óbvio, uma diferença entre vender empresas estatais, como foi feito com a Telebrás e a Vale, e transferir por tempo determinado a administração de bens públicos, como Dilma fez com os aeroportos do Galeão, no Rio, e de Confins, em Minas.

As duas operações, no entanto, podem ser chamadas de privatizações.

O dicionário Houaiss, por exemplo, diz que privatizar é: “1) realizar a aquisição ou incorporação de (empresa do setor público) por empresa privada; 2) colocar sob o controle de empresa particular a gestão de (bem público)”.

A lei que criou o programa de privatização _desestatização é o nome oficial_ também contempla a modalidade de concessão.

“Considera-se desestatização”, diz a legislação, ao listar suas modalidades, “a transferência, para a iniciativa privada, da execução de serviços públicos explorados pela União, diretamente ou através de entidades controladas”.

Mais importante que filigranas semânticas e jurídicas, tanto na venda de uma empresa como na concessão de uma rodovia há uma escolha de trocar a administração estatal pela de uma empresa privada _o que propicia um debate ideológico mais profícuo.


Fonte: Folha de S Paulo