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09 novembro 2013

Fato da Semana

Fato: A questão da utilização do Bitcoin como moeda de pagamento. Esta semana a cotação da moeda bateu recorde, chegando a 300 dólares. Ao mesmo tempo em que começam a surgir mais casos de empresas e pessoas que aceitam a moeda digital como meio de troca, uma pesquisa acadêmica mostrou que a moeda está sujeita a manipulação de desonestos, o que coloca em dúvida sua credibilidade.

Qual a relevância disto? O Bitcoin poderá representar uma revolução no mercado. Ao invés de ser emitida por uma autoridade do governo, geralmente o Banco Central de cada país, o Bitcoin é criada por usuários de computadores, apesar de estar sujeita a regras bem definidas. Desde sua criação, o Bitcoin tem sido considerado com ressalvas, por não ter o respaldo legal. Entretanto, novos usuários estão aumentando a demanda pela moeda, o que a torna cada vez mais valorizada perante o dólar.

Ainda assim, existe muita desconfiança sobre a moeda. Seria mais um caso de pirâmide? A não aceitação legal será um obstáculo a sua adoção? A existência de regras fixas para “mineração” da moeda irá restringir seu uso? Tudo são questões importantes. Para a contabilidade, a discussão sobre o Bitcoin interessa, já que se trata de uma “moeda”. Como será que isto irá alterar a nossa visão de liquidez dos ativos? E a questão do respaldo legal deve ser incluindo na discussão sobre as características de um elemento patrimonial?

Positivo ou Negativo?  A conferir. É muito difícil imaginar se existe algo positivo ou negativo nesta atual fase. Talvez estejamos diante de um produto que irá revolucionar as transações econômicas. Talvez seja mais uma mudança radical que não ocorreu.

Desdobramentos : A cotação parece ultrapassar os patamares históricos. Já se fala em novos valores. A procura está aquecida em razão da China. Mas até quando isto irá?

Outros eventos relevantes da semana: as notícias sobre a convergência, incluindo a provável aprovação pelo Fasb do projeto de reconhecimento da receita; o grande número de atrasos na informação entregue para CVM; ou as questões relacionadas ao grupo do empresário Eike Batista. Optamos por escolher algo “novo” . 

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão ao final.

1. Que a empresa OGX está em dificuldade financeira, todo mundo já sabia. Entretanto, noticiou-se que a empresa está devendo até o dinheiro do

Cafezinho
Papel higiênico
Taxi

2. Esta atividade ilegal rendeu, entre 2005 e 2012, entre 339 a 413 milhões de dólares

Pirataria no norte da África
Utilização de sinal de TV a cabo do vizinho no Brasil
Venda de software ilegal na China

3. Este banco está sendo investigado por manipulação no câmbio

Bank of America
HSBC
Santander

4. O presidente da Russell Golden, do Fasb, num discurso, informou que a prioridade é:

Obrigar a utilização do XBRL pelas empresas
Terminar os projetos conjuntos com o Iasb em 2014
Trabalhar na estrutura conceitual do Fasb

5. A China tem usado este ativo na sua diplomacia, como um “presente” para os países que conseguiu acordo comercial

Esculturas de barro
Pedação do tijolo da Muralha da China
Urso panda

6. Divulgou-se que as empresas com ações negociadas na bolsa do Brasil estão apresentando suas informações

Com atraso
Com uma grande antecedência
No prazo correto

7. Parece que pirataria está associada à China. Descobriu um caso esdrúxulo esta semana:

Cópia falsificada e errada das normas internacionais
Criação de uma cataratas artificial como a do Iguaçu
Janela falsa num prédio

8. Esta empresa propôs para CVM um acordo com os minoritários

Banco do Brasil
Eletrobras
Petrobras

9. O resultado acumulado das empresas aéreas, nos últimos dois anos, foi de

1 bilhão de reais, negativo
1 bilhão de reais, positivo
5 bilhões de reais, negativo

10. O Fasb sinalizou que irá aprovar o seguinte processo de normatização, em conjunto com o Iasb, talvez ainda este ano:

Estrutura Conceitual
Leasing
Reconhecimento da receita

Acertando 9 ou 10 questões = medalha de ouro; 7 ou 8 = prata; 5 ou 6 = bronze

Respostas: (1) Cafezinho; (2) Pirataria; (3) HSBC; (4) Terminar os projetos (5)

Urso panda; (6) atraso; (7) Janela falsa num prédio; (8) Petrobras; (9) 5 bilhões (10) Reconhecimento da receita

CVM: para 2014

Uma série de medida da CVM não ficaram prontas no ano e somente deverão ser aprovadas no próximo:

A autarquia abriu 11 audiências públicas em 2013, entre elas a que trata da revisão na Instrução CVM nº 358, que regula a prestação de informações por companhias abertas, para propor a divulgação de atos e fatos relevantes em portais de notícias na internet. Esta é uma das medidas que têm como objetivo reduzir o custo das empresas e aumentar a atratividade do mercado de capitais como alternativa de financiamento. Hoje, as companhias abertas são obrigadas a publicar informações em jornais de grande circulação, o que tem um custo alto.

"No final de dezembro teremos uma reunião com o colegiado para definir as metas de regulação para 2014. A intenção é focar em todos os projetos que entraram em audiência pública, ou seja, concluir os processos iniciados em 2013", afirmou a Superintendente de Desenvolvimento de Mercado da CVM, Flavia Mouta.

A prestação de informações por companhias abertas foi um tema recorrente este ano, especialmente após o caso da LLX Logística, do empresário Eike Batista, que entrou no crivo da CVM por suposto uso de informações privilegiadas para atuar no mercado, o que viola a Instrução nº 358. Os acionistas minoritários da petrolífera OGX também acusaram o empresário de uso de informações privilegiadas e de fraude ao divulgar projeções muito otimistas sobre as reservas de petróleo, reclamando da falta de uma atuação rápida da CVM e da BM&FBovespa. A CVM, entretanto, não comenta casos específicos.

Na lista de projetos deste ano estão incluídos também os que tratam da concorrência no mercado de Bolsas para negociações de ações no Brasil - hoje monopólio da BM&FBovespa - e as regras sobre depósito centralizado, custódia e escrituração de valores mobiliários, que envolvem a estrutura do mercado, que precisa se preparar para um aumento de demanda graças às novas tecnologias.

Segundo a superintendente da CVM, ambos estão em fase de análise, mas o segundo tema, que diz respeito à Instrução nº 89, está mais avançado e pode começar a ser discutido com o colegiado ainda este ano, para aproveitar o expertise do diretor da autarquia, Otávio Yazbek, cujo mandato termina agora em 2013. "Esse é um tema que está em estudo há muitos anos e já amadureceu. E queremos aproveitar a experiência do diretor no assunto."

A série de modernizações proposta pela CVM tem como objetivo também adequar as regras à nova realidade do mercado interno e internacional, principalmente depois da crise financeira de 2008, desencadeada a partir da quebra do banco americano Lehman Brothers.

"A gente sempre aprende com as crises. E a atualização das normas para se adequar ao mercado internacional é uma preocupação constante. Não se trata de copiar e colar, mas de analisar as tendências locais e internacionais."

Outro tema que deverá ser apresentado como prioritário para o próximo ano na reunião do colegiado, segundo Flavia, é o das assembleias virtuais. Hoje, as companhias podem oferecer aos acionistas a possibilidade de participar das assembleia pela web, mas ainda não há uma exigência nem uma regulamentação para isso. Esta seria uma forma de aumentar a participação dos minoritários nas assembleias das companhias abertas, que hoje são muito ausentes.

Outro tema prioritário, de acordo com a superintendente, é a regulamentação dos certificados de Operações Estruturadas (COE), também chamados de notas estruturadas, que serão emitidos por bancos múltiplos, comerciais, de investimento e pela Caixa Econômica Federal. O instrumento já foi regulamentado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mas ainda precisa da regulamentação da CVM.

Em relação a tão discutida reclassificação dos fundos de investimentos, Flavia disse que a discussão já avançou bastante dentro da autarquia e junto aos participantes do mercado, mas que ainda não está maduro o suficiente para ter uma minuta e entrar em audiência pública ainda este ano.


Fonte: Aqui

Para o Ignobil

Um grupo de físicos da Brigham Young University está estudando as propriedades de certo jato de líquido deixado pelos homens no banheiro (e no chão, no vaso, etc). O objetivo é reduzir a quantidade de líquido fora do local. Vide um resumo do estudo aqui, com direito a um vídeo.

A estratégia errada das auditorias

A revista The Economist comenta a decisão das empresas de auditoria em mudar sua estrategia. Conforme é possível perceber pelo gráfico, a participação da área de consultoria na receita das grandes empresas aumentou substancialmente nos últimos anos.


O problema apontado pela revista envolve a perda de consultores, o conflito de interesses e a atenção despertada pelos reguladores.

Em janeiro a Deloitte comprou a Monitor. Em outubro a PwC adquiriu a Booz. Além disto, também começaram a comprar empresas para lidar com a grande quantidade de dados, particularmente associado a necessidade de mensuração na área de publicidade.

Emissão de carbono

Ao contrário da maioria dos países, o Brasil está emitindo menos carbono, segundo informação de um relatório recentemente divulgado (aqui para o link). Enquanto em outros países esta emissão é proveniente do uso de energia, no nosso caso a principal causa é a terra. Ou seja, queimada. Mas medidas tomadas desde 1995 reduziram a área anualmente queimada, o que influenciou na emissão.

Isto é uma boa notícia. Alguém ouviu sobre este assunto nos nossos jornais ou em outras fontes de informação?

Lucratividade das empresas de tecnologia

O gráfico mostra a evolução do lucro para diferentes empresas da área de tecnologia. Uma forma criativa de mostrar que está lucrando e quem não está.