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04 outubro 2013

IFRS no Canadá

Um relatório da Certified General Accountants Association do Canadá analisou o impacto da adoção das normas internacionais de contabilidade naquele país. O estudo analisou 150 empresas de capital aberto que adotaram as IFRS em 2011. Segundo o relato, a adoção pode melhorar a comparabilidade das informações com outras empresas de outros países. Mas segundo Michel Blanchette, professor de contabilidade da Universidade de Quebec, através do Accounting Web, existe uma má notícia: há uma série de armadilhas para os analistas financeiros e outros usuários. Um dos pontos de destaque é a análise ao longo do tempo.

IFRS no Reino Unido

A entidade emissora das normas contábeis, o Iasb, possui sede em Londres, Reino Unido. O antigo presidente do Iasb era súdito da Rainha. O Reino Unido ter apoiado a criação do Iasb e sua adoção pela comunidade europeia. Apesar disto tudo, o Reino Unido tem sido apresentado uma grande resistência as normas de contabilidade. O principal motivo para a oposição de alguns setores: os efeitos das normas sobre as entidades.

Uma das polêmicas refere-se a legalidade das normas. Segundo alguns críticos, as normas do Iasb não se enquadram dentro do direito britânico.

O Financial Reporting Council (FRC), o principal regulador da contabilidade no Reino Unido, publicou um parecer jurídico defendendo a adoção. Mas isto não satifez os críticos que consideram que as normas internacionais de contabilidade não seriam prudentes o suficiente. Ou seja, a adoção do valor justo fez com que as entidades fossem agressivas e fizessem distribuição de dividendos de maneira agressiva. E no caso dos bancos, emprestassem mais dinheiro do que deveriam.

O questionamento da legalidade das normas e sua defesa pelo FRC não significa que este regulador está satisfeito com as IFRS - como as normas internacionais do Iasb são conhecidas. O FRC quer que o Iasb reconheça a necessidade da prudência na estrutura conceitual.

O Financial Times (UK looks to counter IFRS rules critics, Adam Jones, 3 de outubro de 2013) tentou uma resposta do Iasb e não obteve. Mas pela proposta de estrutura conceitual - que este blog está analisando detalhadamente - não existiria espaço para a inclusão da prudência. Ao final Jones esclarece:

O sistema IFRS também é usado para empresas listadas em outros países, incluindo Brasil, Canadá e Coréia do Sul .

Desempenho de Executivos

Um número assustador: uma pesquisa (via aqui) mostrou que 40% dos executivos mais bem pagos dos Estados Unidos ao longo dos últimos anos foram uma fraude. Ou foram demitidos, ou pagaram multas ou chegaram a um acordo relacionado com fraudes.

Um exemplo notório é Kenneth Lay, que foi um dos 25 executivos mais bem pagos durante quatro anos. Em 2001 sua empresa, a Enron, sucumbiu a fraude contábil, sendo Lay condenado por fraude.

Outro exemplo é Dick Fuld, que recebeu 466 milhões de dólares entre 2001 a 2007, por gerenciar a Lehman Brothers. A Lehman foi uma das instituições financeiras que mais sofreram com a crise. (Cartoon: aqui)

Valor: 60 milhões de dólares


O quadro acima, pintado por Andy Warhol, poderá ser vendido por 60 milhões de dólares. A obra é de 1962. Este não é o primeiro quadro de Warhol sobre o tema. Outra obra foi vendida por 35 milhões de dólares em 2010.

Profissionais desejados pelo mercado

Entre os sete, custos:

3. Cargo: Analista de custos

Habilidades específicas: espera-se para essa posição um profissional experiente e analítico, com conhecimentos em diversos formatos de apuração de Custos.

Habilidade comportamentais: esse profissional deve ser proativo, não esperar demandas de seus gestores e ter bom relacionamento interpessoal.

Salário médio: R$ 5.000,00

Domínio de idiomas: algumas multinacionais exigem inglês, que é cada vez mais importante para profissionais de nível sênior.

Formação e cursos de especialização requisitados: graduação em economia, administração, engenharia, ciências contábeis. Pós-graduação é um diferencial.

Plano de carreira: esse profissional pode ocupar um cargo de gerente de Custos ou seguir sua carreia nas áreas de Contabilidade e controladoria.

BP e seu passivo

A BP ganhou um recurso em um tribunal federal dos EUA para interromper pagamentos indevidos a empresários no caso do vazamento de petróleo no Golfo do México, em 2010. A petroleira alega que seria forçada a pagar bilhões de dólares a empresários que inflaram perdas ou que as inventaram.
Um painel de três juízes do 5º Tribunal Federal de Apelação cancelou a decisão do juiz Carl Barbier. O painel, que contou com o voto dissidente do juiz James Dennis, enviou o caso de volta a Barbier com a ordem de interromper alguns pagamentos e costurar um acordo para reconsiderar as acusações da BP e determinar quais pedidos de indenização são legítimos.
O porta-voz da BP, Geoff Morrell, declarou que a companhia está "extremamente satisfeita" com a decisão. Ele disse que isso reforça o que a BP vem dizendo, de que ela não deve pagar por perdas fictícias. "Nós estamos gratificados de que o pagamento sistemático de tais reivindicações agora deve chegar ao fim", afirmou.

BP ganha disputa legal para rever indenizações - Por AE

O caso da BP representa um bom estudo de caso sobre a questão da projeção de passivos.

Balanços dos Bancos

Às vésperas de começar a temporada de divulgação de balanços do terceiro trimestre do ano, as ações dos bancos médios estão refletindo o peso das dificuldades que enfrentam há mais de um ano, com aumento dos calotes e retração da demanda por crédito. Cinco desses bancos perderam, juntos, 13% de valor de mercado nos últimos 12 meses.

(...) Todos se especializaram em segmentos como veículos e middle market (onde os calores foram muito altos desde que a economia começou a desaquecer) ou crédito consignado, onde a concorrência dos grandes tirou parte do mercado. Os que estão sofrendo menos são o ABC, que tem como foco as grandes empresas; e o Panamericano, que tem como sócios dois bancos sólidos (Caixa e BTG Pactual). No mesmo período, o valor de mercado de Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander aumentou 12% - tirando o último da lista, a valorização dos outros três alcança 15%.

(...) Para Alexandre Albuquerque, analista da Moody's especializado no setor, o calote deixou esses bancos mais conservadores, mas a retração no crédito deixou mais capital disponível e reduziu as receitas, ao mesmo que tempo em que o aumento das provisões significa mais despesas. Por isso, precisa encontrar alternativas de receitas para recuperar a rentabilidade. (...)


Brasil Econômico