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02 outubro 2013

Relatório de Capital Humano: Brasil 57o

Países da Amostra

O Fórum Econômico Mundial publicou o primeiro Relatório de Capital Humano. Foram avaliados 122 países, tendo a Suíça ficado em 1o lugar. O Japão ficou em 15o, Estados Unidos em 16o, França em 21o, Espanha em 29o, Portugal em 30o, China em 43o, Grécia em 55o e, finalmente, o Brasil em 57o.

O conselheiro do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, declara que a chave para o futuro de qualquer país e qualquer instituição está no talento, aptidão e capacidade do seu povo. Com a projeção da escassez de talento se demonstrando severa tanto no mundo desenvolvido, quanto no em desenvolvimento, e imperativo voltar as atenções para como essa escassez pode ser suprida em curto prazo e prevenida a longo termo.

O arquivo, disponível em .pdf, é caprichoso, rico, interessante, informativo, assustador e um tanto deprimente. Acredito que várias pesquisas possam nascer dali. Não há só a classificação dos países, como também um perfil de cada nação, assim como a metodologia utilizada. Recomendo a leitura, ou ao menos uma olhada por alto. Salvem em seus computadores. Quem sabe a sua próxima pesquisa não brote dali?

Em rankings detalhados, o Brasil ficou em:

Geral: 57o
Educação: 88o  Ծ_Ծ
Saúde e bem-estar: 52o
Empregabilidade e força de trabalho: 45o
Ambiente estrutural: 52o

BRICS

Banco do Vaticano divulga balanço

O Banco do Vaticano ou IOR publicou suas demonstrações contábeis anuais (Aqui, em PDF). O total do ativo quase chega a 5 bilhões de euros. O lucro aumentou de 20,3 milhões de euros, em 2011, para 86,6 milhões, em 2012.

Segundo Quartz, a principal razão foi as taxas de juros. E o seu principal ativo está relacionado com títulos de dívida. Segundo o Vaticano, o IOR não é um banco tradicional, pois está centrado na gestão de fundos religiosos e de caridade. Segundo a AFP:

Pela primeira vez, o banco divulgou seus resultados em um relatório anual publicado em seu novo site na internet, uma demonstração da nova política de transparência que o Vaticano deseja para um banco muito criticado por sua opacidade no passado.

O IOR administra milhares de contas, principalmente de sacerdotes, religiosos, bispos, congregações, que atualmente são controladas por consultores externos.

O banco também serve para fazer circular os fundos necessários para as obras da Igreja no mundo. Mas a falta de transparência permite que o dinheiro sujo, especialmente o da máfia, seja lavado no IOR.


Atualização: Aqui o relatório de 2014.

Estatística e dança

(Via Boeing Boeing)

Deloitte é a maior

A Deloitte obteve uma receita de 32,4 bilhões de dólares. Como a PwC gerou receita de 32,1 bilhões, isto coloca a Deloitte como a maior empresa de auditoria do mundo. Informação do WSJ (via aqui)

OGX decide não pagar

A petroleira OGX, do empresário Eike Batista, optou por não pagar juros sobre bônus no exterior que venceriam nesta terça-feira, no primeiro passo do que pode vir a ser o maior calote da história por uma empresa latino-americana.

(...)O não pagamento dos juros referentes à dívida de US$ 1,1 bilhão em bônus com vencimento em 2022 já era amplamente esperado, diante da crítica situação de caixa da petroleira.

O bônus possui, entretanto, cláusula que dá ao emissor prazo de 30 dias para honrar o compromisso, como havia antecipado reportagem do Broadcast com fontes, ontem. Depois desse prazo, a empresa está sujeita à aceleração do pagamento de outras dívidas, especialmente as bancárias, e pode ser levada à falência. No final de junho, a dívida da OGX com bancos somava R$ 8,7 bilhões, de acordo com o balanço da companhia.


Fonte: Estadão

Basileia 3 está chegando

O acordo da Basileia refere-se a um acerto entre os bancos centrais de várias nações do mundo. Lida basicamente com regras para determinar o nível mínimo de capitalização. Começa hoje uma mudança importante:

A mudança diz respeito à aceitação, pelo Banco Central, de dívidas subordinadas como parte do Patrimônio de Referência (PR) das instituições, conceito de capital usado para efeitos de cobrança e cumprimento do mínimo regulamentar. Os bancos terão de retirar gradualmente do cômputo do PR as dívidas que foram admitidas como parte dele com base nas regras antigas, vigentes até fevereiro.

No primeiro momento, 90% do saldo de dívidas equiparadas a capital próprio com base nas velhas regras poderá continuar sendo computado, depois de considerados os abatimentos que já eram obrigatórios. De 2014 em diante, o limite cairá mais 10% ao ano, sempre em 1º de janeiro, até ser zerado em janeiro de 2022. Assim, no máximo até lá, todos os instrumentos de dívida usados para reforçar capital regulatório do sistema financeiro do Brasil estarão de acordo com as novas exigências.

A principal dessas exigências é a inclusão, nos contratos com credores, de cláusula prevendo extinção permanente da dívida em determinadas situações. Esse critério já vale desde 1º de março deste ano para a consideração de novos instrumentos de dívida na composição do PR. O credor precisa concordar de antemão em desistir do seu crédito sem possibilidade de contestação, caso as situações previstas no contrato se configurem.


Fonte: Valor Econômico / Mônica Izaguirre - 01.10.13 - via aqui