Translate

01 outubro 2013

Estrutura Conceitual: Ativo - Parte 4

Controle

Na atual definição de ativo a questão de controle está presente quando afirma que se trata de um “recurso controlado pela entidade”.  Segundo Niyama e Silva (2013, p. 120) somente a entidade possui a habilidade de exercer os direitos dos benefícios econômicos. O Iasb evita usar o termo propriedade, optando pela essência sob a forma.

Entretanto, não existe na estrutura conceitual uma definição do termo controle. Mas alguns padrões isolados lidaram com este aspecto. Merece destaque a minuta sobre receita. Nesta minuta controle está associado à capacidade de usar e obter as vantagens de um ativo.

A proposta de estrutura conceitual propõe uma definição próxima a esta: uma entidade controla um recurso econômico quando tem a capacidade de determinar como será seu uso, de modo a obter benefícios econômicos que fluem do ativo. O Iasb pretende que esta definição seja ampla suficiente para incluir os casos onde uma entidade “controla” somente um pedaço do benefício econômico. Por exemplo, se uma entidade possui uma participação no benefício econômico gerado pelo ativo, isto caracterizaria o controle, mesmo que a participação seja reduzida.

Mas não se enquadra como ativo os direitos que qualquer entidade pode ter acesso. Este é o caso dos direitos autorais de uma obra literária que já caiu em domínio público. Isto não pode ser considerado um ativo, já que qualquer pessoa pode reproduzir esta obra. É também o caso do peixe num rio, onde todos podem pescar.


O Iasb, de maneira perigosa, faz uma analogia entre a questão do controle e da relação entre agente e principal. Quando a entidade atua como principal numa relação agente-principal, os benefícios econômicos podem ser considerados como ativo para entidade. Quando atual como agente, não seriam ativo. 

Referência
NIYAMA, Jorge Katsumi; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2013. 

Número do Jogo

Existe uma relação entre o esporte e os métodos quantitativos. Recentemente o sucesso do filme Moneyball chamou atenção para o uso de dados na determinação da melhor estratégia no baseball. Mas isto também é possível em outros esportes, inclusive no futebol.

As transmissões das partidas de futebol mais recentes enfatizam o percentual de posse de bola, o número de faltas cometidas, a quantidade de chutes a qual, os quilômetros percorridos por um jogador, entre outros dados. Os números chegaram ao jogo. O livro Soccernomics foi o primeiro a tentar justificar a importância de entender o futebol a partir dos números.

O livro “Os números do Jogo” segue nesta trajetória. Usando pesquisas realizadas pelos autores e por outros pesquisadores, o livro se propõe a informar que “tudo o que você sabe sobre futebol está errado”, conforme consta do subtítulo. Em doze capítulos, os autores discutem sobre o gol, a importância do técnico, a relação entre desempenho e dinheiro, entre outros aspectos.

Para quem gosta de futebol e de números, o livro é interessante. Entretanto, particularmente achei alguns capítulos confusos. Por exemplo, a discussão sobre a importância dos técnicos parece conduzir a conclusão de que não são relevantes. Mas a medida que o capítulo sobre o assunto se desenvolve, os autores conduzem alguns inferências no sentido contrário.

Existem algumas tiradas boas, mas no geral o livro decepciona.

Algumas conclusões interessantes:
=> os escanteios possui pouca chance de resultar em gol;
=> quando comparado com handebol, basquete, futebol americano e beisebol, o futebol é o esporte onde existe maior chance do favorito perder. Ou seja, é o esporte mais imprevisível;
=> o número de chutes a gol não garante vitória;
=> não existe muita diferença no futebol praticado nas principais ligas do mundo;
=> o gol mais valioso é o segundo, pois aumenta a previsão de pontos para uma equipe em 0,99;
=> nem sempre o time que marca mais gols vence um campeonato, nem o que sofre menos gols;

=> mais importante que o melhor jogador é o pior jogador de uma equipe, ou o elo fraco do time.

Leia Mais Os Números do Jogo. Chris Anderson e David Sally, Paralela, 2013

Marcas valiosas

O gráfico mostra a evolução recente das marcas mais valiosas. A Coca-Cola que dominou o ranking durante os últimos anos agora está em terceiro. A Microsoft que ficou durante anos em segundo, está em quinto. O ano trouxe as marcas Apple e Google nos primeiros lugares.

Patrocínio no Futebol

Sobre o patrocínio nos clubes de futebol:

O Corinthians foi o time brasileiro que mais arrecadou recursos com patrocínio em 2012, aponta o levantamento feito pelo consultor esportivo Amir Somoggi. O clube paulista arrecadou R$ 64,6 milhões com patrocínios, seguido pelo Santos que levantou R$ 70,3 milhões. No geral, os clubes nacionais arrecadaram R$ 767 milhões. Segundo Somoggi, crescimento em patamar bastante inferior ao registrado em anos anteriores.

Os maiores contratos de patrocínio do futebol brasileiro estão com a CBF, que sozinha representa quase um terço do mercado. Em 2003, essa fonte de receita gerava R$ 80 milhões e em 2012 atingiu R$ 236 milhões, evolução de 194%, ou 119% acima da inflação do período.


Aqui a relação dos maiores times por patrocínio:

1) Corinthians - R$ 64,6 milhões
2) Santos - R$ 50,3 milhões
3) Palmeiras - R$ 44,2 milhões
4) Flamengo - R$ 34,4 milhões
5) Internacional - R$ 32,3 milhões
6) Vasco - R$ 26,9 milhões
7) São Caetano - R$ 26,5 milhões
8) Grêmio - R$ 25 milhões
9) Atlético - R$ 21,9 milhões

É realmente estranho a presença do São Caetano. Mas este o valor que consta do balanço do clube. O clube é patrocinado pela Universo Tintas.

Mensagens

Uma pesquisa e um resultado surpreendente: as mensagens on-line não atrapalham na criação de amizades off-line
Os resultados mostram que o uso de mensagens instantâneas dos adolescentes aumentaram sua capacidade de iniciar amizades off-line ao longo do tempo. Além disso, o uso de mensagens instantâneas aumentou indiretamente a capacidade dos adolescentes para iniciar amizades off-line através da diversidade de seus parceiros de comunicação on-line. Estes resultados sugerem que os adolescentes podem praticar habilidades sociais on-line e aprender a se relacionar com uma variedade de pessoas que, ao longo do tempo, pode aumentar a sua capacidade de iniciar amizades off-line.

(via aqui)

Pirateando artigos acadêmicos

A polícia chinesa está combatendo um novo tipo de crime: produção de artigos acadêmicos falsos, incluindo versões falsificadas de revistas médicas com os artigos.

O cliente que compra este produto está interessado em promoção no seu trabalho.

Enap

A Enap completou recentemente 25 anos. Para comemorar este evento, foi convidado para uma palestra o professor Gileno Marcelino. Marcelino (foto) apresentou o tema “A Reforma Administrativa no contexto da Reforma Política”.

Com enfoque na evolução da administração pública no país, a palestra abordou o papel da reforma administrativa como elemento viabilizador da iminente reforma política debatida na Câmara dos Deputados. Para o professor, o contexto político atual mostra a necessidade de se discutir em profundidade o tema, aproveitando a oportunidade para dar resposta ao clamor da sociedade brasileira. “Precisamos propor um novo modelo de Administração Pública, repensá-la, que colabore com o êxito da reforma política, processo mais amplo e indissociável de mudanças estruturais no Estado brasileiro”, comentou.
O download da palestra na íntegra pode ser feito aqui