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11 setembro 2013

10 setembro 2013

Rir é o melhor remédio

Animais e fotografia




O Sinal e o Ruído

O livro O Sinal e o Ruido foi escrito por Natan Silver e recentemente traduzido para língua portuguesa pela Intrinseca. Silver ficou conhecido por ter acertado a previsão do resultado das eleições dos Estados Unidos nos cinquenta estados. Depois disto, aumentou o interesse pela forma como Silver consegue fazer boas previsões.

Com 13 capítulos, a obra possui uma leitura muito agradável. Os temas estão bem divididos e o assunto é apresentado com muitos exemplos. Silver dedica a discutir a questão da previsão em diferentes áreas, como meteorologia, terremotos, mercado acionário, pôquer, política, baseball, saúde, apostas, xadrez, aquecimento global e terrorismo. Particularmente, por não entender muito de baseball, achei este capítulo enfadonho, assim como os últimos. Mas isto não impede de recomendar esta obra para quem deseja refletir sobre o assunto.

Mas este é um blog de contabilidade e aparentemente o assunto não nos interessa, certo? Errado. Cada vez mais a contabilidade depende da previsão nas informações. Veja o caso do teste de recuperabilidade, que exige a projeção do fluxo de caixa dos ativos. Ou quem sabe a estimativa dos passivos trabalhistas de uma entidade. Ou a possibilidade de reversão de uma série de prejuízos, utilizando um imposto diferido. São três exemplos de como estudar a questão da projeção é relevante. E o livro é uma boa reflexão sobre o assunto.


As suas 460 páginas passam rápido (na verdade, mais de 500 com as notas). A forma como Silver explica overfitting é fantástica e considero o ponto alto do livro. Com o subtítulo “Por que tantas previsões falham e outras não”, Silver consegue expor os principais problemas que enfrentam aqueles que desejam ter uma bola de cristal na sua mesa. O conhecimento de Silver inclui métodos quantitativos, mas também uma grande dose de bom senso. Afinal, na projeção o que importa é acertar. 

P.S. O autor da resenha adquiriu a obra com seus recursos.

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Submarino

Premiação reduz produtividade

A medalha Fields é o prêmio mais relevante para os matemáticos. Vencer representa o reconhecimento dos seus pares. Mas uma pesquisa mostrou que a vitória traz acomodação. Os medalhistas, de vermelho, reduziram sua produtividade após a vitória. De azul, os cientistas que participaram, mas não venceram o prêmio. Neste caso, o comportamento é oposto. Parece que ao não vencer a medalha, os cientistas fazem mais esforço para ter o reconhecimento dos seus pares. 

Felicidade

As Nações Unidas consideraram que os dinamarqueses são os mais felizes do mundo. Os brasileiros estariam em 24o, conforme figura a seguir

Os poderosos

A revista Accounting Today faz uma lista das 100 personalidades mais poderosas da área contábil. Diversos executivos, reguladores e funcionários governamentais dos Estados Unidos são listados. Destes, 27 são mulheres (o mundo contábil parece machista) e um grande número gosta de assistir The Big Bang Theory (18 indicações) e Mad Man (15 votos).

Quando perguntado as 100 personalidades quem é o mais poderoso, 56 responderam Barry Melancon, do AICPA. O segundo colocado, Tom Hood (MACPA), e Mary Jo White (SEC), terceira, tiveram 16 e 12 votos.

Lehman Brothers e a contabilidade

A quebra da Lehman Brothers foi uma das consequências da crise financeira recente. Entre os aspectos relacionados com esta quebra, existiu a questão de uma contabilidade duvidosa por parte da entidade.

Num texto do New York Times (Inside the End of the U.S. Bid to Punish Lehman Executives) discute este assunto. Um dos pontos refere-se a posição do regulador dos EUA sobre o fato do executivo da Lehman saber ou não do que estava ocorrendo com as "práticas questionáveis da contabilidade". Os reguladores, no final, optaram por acreditar que os executivos da Lehman não sabiam destas práticas, apesar de existir evidências contrárias.

Uma posição sobre o assunto pode ser encontrada na Bloomberg.