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06 agosto 2013

Memorização

Have smartphones in every pocket made memorization obsolete?
Scientific American, August 2013

When my father was growing up, his father offered him 25 cents to memorize the complete list of U.S. presidents. “Number one, George Washington. Number two, John Adams …”
A generation later my dad made the same deal with me, upping the reward to $5. (The prize had grown, he explained, “because of inflation and because there are more presidents now.”)
This year I offered my own son $10 to perform the same stunt. My son, however, was baffled. Why on earth should he memorize the presidents?
Nowadays, he argued, “everybody has a smartphone” and always will. He'll probably turn out to be correct; 2013 is a tipping point, in which, for the first time in history, smartphones will outsell plain ones.
In other words, having a computer in your pocket is the norm. Google is always one tap away. So there's very little sense, as far as my son is concerned, in memorizing anything: presidents, the periodic table of the elements, the state capitals or the multiplication tables above 10.
Now, parents in my generation might have a predictable reaction: dismay and disappointment. “Those young kids today! Do we have to make everything easy?” we say. “If they don't have enough facts in their heads, they won't be able to put new information into context.”
That's an understandable argument. On the other hand, there is a powerful counterargument: As society marches ever forward, we leave obsolete skills in our wake. That's just part of progress. Why should we mourn the loss of memorization skills any more than we pine for hot type technology, Morse code abilities or a knack for operating elevators?
Maybe memorization is different than those job skills. Maybe having a store of ready information is more fundamental, more important, and thus we should fight more fiercely to retain it.
And yet we've confronted this issue before—or, at least, one that is almost exactly like it. When pocket calculators came along, educators and parents were alarmed about students losing the ability to perform arithmetic using paper and pencil. After hundreds of generations of teaching basic math, were we now prepared to cede that expertise to machines?
Yes, we were. Today calculators are almost universally permitted in the classroom. You are even allowed to use one—encouraged, in fact—when you are taking the SAT.
In the end, we reasoned (or maybe rationalized) that the critical skills are analysis and problem solving—not basic computation. Calculators will always be with us. So why not let them do the grunt work and free up more time for students to learn more complex concepts or master more difficult problems?
In the same way, maybe we'll soon conclude that memorizing facts is no longer part of the modern student's task. Maybe we should let the smartphone call up those facts as necessary—and let students focus on developing analytical skills (logic, interpretation, creative problem solving) and personal ones (motivation, self-control, tolerance).
Of course, it's a spectrum. We'll always need to memorize information that would be too clumsy or time-consuming to look up daily: simple arithmetic, common spellings, the layout of our hometown. Without those, we won't be of much use in our jobs, relationships or conversations.
But whether we like it or not, we may as well admit that the rest of it will probably soon go the way of calligraphy, the card catalogue and long division. Whenever we need to access abstruse facts, we'll just grab our phones—at least until we implant even better technologies right into our brain.

SCIENTIFIC AMERICAN ONLINE
Six ways that brains trump tech: ScientificAmerican.com/aug2013/pogue
Smartphones Mean You Will No Longer Have to Memorize Facts:


This article was originally published with the title The Last Thing You'll Memorize.

CEO da Amazon comprará o Washington Post

A Washington Post Co. concordou em vender sua unidade de jornais para o executivo-chefe da Amazon.com, Jeff Bezos, por US$ 250 milhões. O principal da empresa, o Washington Post, deixará de ser controlado pela família Graham depois de quatro gerações. Bezos vai adquirir a unidade de jornais do Washington Post como indivíduo, e não na qualidade de CEO da Amazon.com.

A transação não incluirá as revistas Slate e Foreign Policy e o site TheRoot.com. O grupo de mídia Washington Post Co. continuará no ramo, mas adotará um novo nome em até 60 dias após a transação.

O chairman e CEO da Washington Post Co., Donald Graham, disse que a companhia decidiu vender o negócio "apenas depois de anos de os desafios diante da indústria familiar de jornais nos fazer imaginar se não haveria um novo proprietário que seria melhor para o 'Post'". Segundo ele, "a tecnologia e o gênio para negócios de Bezos, seu ponto de vista de longo prazo e sua decência pessoal o tornam um novo proprietário unicamente bom para o 'Post'".

Bezos disse entender "o papel crítico que o 'Post' desempenha em Washington e em nosso país, e os valores do 'Post' não vão mudar". Ele anunciou que Katharine Weymouth continuará como CEO e editora do Washington Post, enquanto Stephen Hills continuará como presidente e gerente-geral, Martin Baron como editor executivo e Fred Hiatt como editor da página de opinião.

No texto em que anuncia a transação, o jornal informa que sua receita operacional teve uma queda de 44% nos últimos seis anos. A circulação do jornal impresso teve uma queda de 7% no primeiro semestre deste ano.

De acordo com a revista Forbes, o valor líquido de Bezos é US$ 25,2 bilhões - ele está comprando o Post por menos de 1% de sua fortuna.

Adaptado da Agência Estado e da NBC News

05 agosto 2013

Rir é o melhor remédio

Relógio de um matemático

História da Contabilidade Instituto Brasileiro de Contadores Fiscaes

A década de 1910 foi bastante importante para contabilidade brasileira. Três eventos importantes ocorreram naquele período: a criação da Revista Brasileira de Contabilidade, a adoção das partidas dobradas na contabilidade pública e a criação das primeiras entidades profissionais atuantes no Brasil.

Com respeito ao último aspecto, a primeira das entidades a congregar profissionais que trabalhavam na área coube ao Instituto Brasileiro de Contadores Fiscaes, conforme grafia da época. No primeiro manifesto indicava que a iniciativa tentava reproduzir associações similares de outros países (1):

Por iniciativa de um grupo distinto de contadores (2) e professores de ciências comerciais, será, brevemente, fundado nesta capital (3), à semelhança do ‘Chartered Accountants’ da Inglaterra, um Instituto especialmente destinado ao estudo das questões que se relacionam com os interesses particulares ou coletivos, envolvidos nas empresas mercantis.

A sociedade, além de advogar a utilidade moral e imaterial da corporação, será o centro do estudo das disciplinas relativas à fiscalização das diversas instituições comerciais, criando, nesta conformidade, uma eficaz assistência de que muito depende a natural segurança dessas instituições.

O Instituto vai trazer, pois, conveniente e nova elucidação ao problema da fiscalização imposto pela lei das sociedades anônimas, problema que será esclarecido e cujas aplicações se desenvolverão, naturalmente, ao amparo do respeito e do consenso públicos.”


A seguir listam os fundadores do instituto, que inclui Horacio Berlink, da Escola de Comercio Alvares Penteado, Carlos de Carvalho, chefe da contabilidade do Tesouro do Estado, e Francisco D´Auria. A primeira sede do Instituto ficava na Escola de Comercio Alvares Penteado, tendo sido eleito o Conselho e a Comissão fiscal no dia 5 de fevereiro de 1916 (4). Horário Berlink foi eleito seu presidente (5). Após a data de sua constituição, diversos profissionais foram incorporados ao Instituto, inclusive o senador João Lyra (6). O Instituto, nos seus primeiros anos, promoveu prêmios para melhores alunos (7).

Num texto do jornal O Paiz (8) fica claro que o Instituto foi precursor do Ibracon:

Os membros desta sociedade, que devem ser contadores de reconhecida capacidade, exercerão as funções de síndicos, liquidatários e assistentes dos conselhos fiscais das sociedades anônimas e, especialmente a de verificadores de balanços e contas.

Mais adiante:

Os sócios classificam-se em duas categorias: auditores e aspirantes, sendo que só os primeiros são elegíveis para o conselho.

(1) Conforme publicado O Estado de S Paulo, 15 de novembro de 1915. Existe uma controvérsia quanto ao nome, já que o jornal O Paiz indicava Instituto Brazileiro de Contadores Fiscaes, na sua edição 11488, p 6, 21 de março de 1916.
(2) Observe que usou-se aqui o termo contadores
(3) Cidade de São Paulo.
(4) O Estado de S. Paulo, 4 de fevereiro de 1916, p. 12.
(5) Conforme convite para assembleia geral em 1919 publicado em O Estado de S. Paulo, 10 de dezembro de 1919, p. 10.
(6) Correio Paulistano, 25 de novembro de 1919, p. 5.
(7) Idem. Vide também Correio Paulistano, 23 de dezembro de 1919, p. 1.
(8) O Paiz 21 de março de 1916, p. 6

História da Contabilidade Revista Brasileira de Contabilidade

Em 1911 foi constituída a Sociedade Anonyma Revista Brasileira de Contabilidade, que editaria a Revista Brasileira de Contabilidade, intitulada “periodico de Contabilidade, Finanças, Industria e Commercio” (1). O primeiro número foi anunciado para o dia 1º. De janeiro de 1912.

O que impressiona, ainda hoje, é o fato de a sua periodicidade ser mensal. Quando foi lançada havia planos de assinaturas anuais, além da venda de números anteriores (2). Os assuntos tratados eram diversos. Eis uma amostra:

Ano 4, número 3 - seguros, correspondência comercial, contabilidade pública, entre outros (3).
Ano 4, número 5 – origem das partidas dobradas, contabilidade pública, preço de custo, títulos em liquidação, princípios de correspondência comercial, formação de um capital por meio de anuidades constantes (4).
Ano 6 número 6 – escrituração por partidas dobradas na Delegacia Fiscal de São Paulo, sociedades, o preço de custo na contabilidade, contabilidade industrial, a letra de câmbio na contabilidade (5)
Ano 6 número 9 – contabilidade industrial, redesconto, honorários dos peritos em contabilidade, debentures nas falências, decreto 1329, de 9 de janeiro de 1905 (6)

Deve-se destacar que no ano passado, quando do centenário do lançamento da Revista, a RBC publicou um número especial sobre a mesma, inclusive reproduzindo o primeiro número da mesma.

(1) O Estado de S. Paulo, 31 de dezembro de 1911. P. 11. É importante destacar que pesquisei em outros jornais da época e este era aquele que mais divulgou sobre a Revista. Uma explicação para isto é que a sede da Revista estava em São Paulo.
(2) Vide anúncio no O Estado de S. Paulo, 14 de março de 1915, p. 11.
(3) idem
(4) O Estado de S. Paulo, 9 de maio de 1915, p. 9. Neste mesmo jornal, na mesma data, existia um extrato de um texto publicado na Revista Brasileira de Contabilidade referente a obra Estudos de Contabilidade, de Carlos de Carvalho
(5) O Estado de S. Paulo, 29 de junho de 1917.
(6) O Estado de S. Paulo, 18 de setembro de 1917, p. 5

História da Contabilidade: O caso da São Paulo Northern Railroad Co

A Estrada de Ferro de Araraquara foi autorizada em 1895. A estrada foi inaugurada um ano depois. Em 1909 foi eleita uma nova diretoria, sob a presidência de Álvaro de Menezes (1). O novo presidente tomou empréstimos no exterior e fez vários investimentos. Mas a expansão não trouxe um aumento nas receitas, que entrou em crise financeira. Menezes foge para os Estados Unidos e a empresa entra em falência (2). A empresa tinha sérios problemas administrativos e não apresentou nenhum balanço em 1910 a 1912 (3).

No leilão foi arrematada pela The São Paulo Northern Railroad Co, uma empresa criada nos Estados Unidos para esta finalidade. Existia a suspeita que a empresa era fachada para que os banqueiros que tinham passivos na empresa pudesse reaver parte dos empréstimos.

Em 1919 os funcionários entraram em greve, que durou um mês inteiro. Em razão da falta de investimento e a falta de condições para continuidade da empresa, o presidente do Estado de São Paulo (o então governador da época) decidiu desapropriar.

A história desta empresa possui muitos elementos relacionados à contabilidade: a ausência de evidenciação contábil durante o longo período anterior a crise financeira é um dos elementos; a falta de informação sobre a origem do controlador da empresa; a falta de entrega de informações contábeis para o regulador, no período anterior a intervenção e a própria intervenção.

Nos momentos anteriores à intervenção por parte do governo do estado de São Paulo a empresa tentou obter um reajuste nas tarifas. Segundo a empresa, o seu foi o único pedido negado. O Decreto 3.107, do estado, permite que o interventor tome posse do caixa da empresa e dos livros contábeis. Isto seria um ato que feria, segundo a empresa (4) o então Código do Commercio, no seu artigo 17, que afirmava:

Nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, debaixo de pretexto algum, por mais especioso que seja, pôde praticar ou ordenar alguma diligencia para examinar se o comerciante arruma ou não devidamente seus livros de escripturação mercantil, ou nelles tem commettido algum vicio


Este assunto foi tão relevante para a época que Rui Barbosa atuou como advogado de defesa do administrador da empresa.

Em suma, talvez tenha sido o primeiro grande escândalo contábil ocorrido no Brasil.

(1) Ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrada_de_Ferro_Araraquara
(2) Ver O Caso daNorthern nos devidos Eixos. São Paulo, Seção de Obras d´”O Estado de São Paulo”, 1921. A leitura desta obra pode ser feita no seguinte endereço: http://www.archive.org/stream/ocasodanorthern00gordgoog#page/n4/mode/2up. Esta obra é uma reunião de textos publicados neste jornal, sob o pseudônimo de Epaminondas.
(3) Ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrada_de_Ferro_Araraquara. E também http://historiadaefa.net/paginas/historia/historia.htm
(4) Estado de S Paulo, 11 de novembro de 1919, p. 10. Carta aberta da empresa ao presidente de São Paulo.
(5) Vide Casa Rui Barbosa http://www.casaruibarbosa.gov.br/interna.php?ID_S=43&ID_M=377 sobre o tema:
Este tomo reúne os trabalhos forenses de Rui Barbosa na ação de desapropriação da São Paulo Northern Railroad Company, arrematante do acervo da Estrada de Ferro Ararauqara, levada a efeito pelo Estado de São Paulo, bem como a petição de habeas corpus impetrada em favor de Paul Deleuze, incorporador daquela companhia norte-americana.

"Plano B" para as concessões

Nem bem conseguiu dar uma forma final ao seu ambicioso programa de concessões na área de infraestrutura, o governo federal já costura nos bastidores um plano alternativo para "remendar" o projeto de melhoria de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos do País. [...]

Setores do governo admitem, de forma muito reservada, problemas já no primeiro leilão de rodovias, previsto para setembro. Depois desse "primeiro teste", que tem "grande chance" de resultar em um revés, segundo essa avaliação, o governo seria obrigado a revisar os editais, principalmente as taxas de retorno. Para as rodovias, esse índice foi estabelecido em 7,2%. Nas ferrovias, ficou entre 7,5% e 8,5%. [...]

O Ministério da Fazenda mantém a aposta no sucesso dos leilões para acelerar os investimentos e empurrar o crescimento da economia. Mas sabe-se do incômodo provocado pelas posições do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, sobretudo na decisão de reduzir a taxa de retorno dos investimentos.

Fontes graduadas apontam uma ação irredutível de Augustin como fator de desgaste e fonte permanente de tensão com executivos do setor. [...]

Lançado há um ano, o Programa de Investimentos em Logística, cujo valor global deve somar R$ 133 bilhões até 2037, prevê leilões para a concessão de 7,5 mil quilômetros de rodovias federais e a construção de 10 mil km de ferrovias. Pelo cronograma inicial, o primeiro edital de licitação, referente à BR-116, deveria ter saído em novembro de 2012. O pregão estava previsto para dezembro e a assinatura do contrato, para março.

Governo já estuda ‘plano B’, prevendo possível fracasso nas concessões. Mauro Zanatta, de O Estado de S. Paulo