Translate

05 agosto 2013

7 setores avançam

A demanda fraca está travando o avanço da indústria. Segundo analistas, o crescimento de alguns ramos tem ocorrido mais por questões pontuais - como o incentivo do governo ao setor automotivo - do que por fatores consistentes, que beneficiariam todo o setor industrial.

Estudo feito pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) revela que apenas sete setores da indústria, de 25 pesquisados, estão com tendência de melhora. Oito setores foram classificados como ruins. Os demais estão numa faixa intermediária, que engloba oscilação, baixo crescimento e melhora após grande queda. A classificação tem como base os dados de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A indústria está muito heterogênea. Cada setor está funcionando de um jeito. Alguns estão em queda, outros melhoram. Tudo isso indica que não existe um componente de demanda forte que esteja puxando todo mundo ao mesmo tempo", diz Cristina Reis, consultora do Iedi. "Há pontos locais que contribuem para um determinado setor, como um incentivo do governo, por exemplo", acrescenta ela. Segundo o Iedi, a tendência geral é de fraco crescimento da produção industrial este ano.

A demanda fraca converge com o pessimismo do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, do primeiro relatório de mercado de 2013 para o último, a expectativa de crescimento econômico caiu de 3,26% para 2,28%. O mesmo caminho fez a previsão para a produção industrial: recuou de 3% para 2,1%.

Estoques

Pelo estudo do Iedi, setores que tiveram melhora após grande queda na produção estão sentindo mais essa variação da demanda, o que dificulta uma previsão dos estoques e, consequentemente, do ritmo da produção. Nessa lista estão, por exemplo, os setores de calçados e artigos de couro e vestuário e acessórios.

"As indústrias produzem e depois o mercado não responde, o que acaba criando essa oscilação", afirma Cristina. A produção do setor de vestuário recuou 2,3% em abril e 5% em maio. Em junho, avançou 5,1%. "Não é um fator para grande comemoração. É uma recuperação do que foi perdido."

O desempenho de alguns setores - como o de alimentos - também tem oscilado por causa do aumento da inflação e da perda de fôlego da renda e do mercado de trabalho.

Em 12 meses encerrados em junho, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 6,7%, acima do teto da meta do governo. "No primeiro semestre de 2012 a produção industrial caiu 3,8%. Neste ano, o avanço é de 1,9%. O quadro é melhor, mas ainda não é grande coisa", diz Julio Gomes de Almeida, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

Demanda fraca trava crescimento mais consistente da indústria. Luiz Guilherme Gerbelli - O Estado de S. Paulo

Banco Schahin e o dinheiro sumido na Suíça

Eis um texto da Folha de S Paulo. Parece incrível a história abaixo:

O Banco Schahin é investigado sob suspeita de ter desviado o equivalente a R$ 156 milhões que mantinha na Suíça antes de se tornar insolvente em 2011, segundo documentos sigilosos do Banco Central que fazem parte de um inquérito da Polícia Federal, obtidos pela Folha.

O dinheiro fora enviado legalmente para o banco Clariden, em Zurique, e aparecia no balanço do Schahin.

A conta foi zerada pelos suíços, mas o Schahin não tomou nenhuma medida legal contra o banco para reaver o valor, segundo o relatório.

Ao ser questionado pelo BC sobre a omissão, o Schahin respondeu que se absteve de "tomar medidas formais de cobrança contra o Clariden".

À Folha o Schahin não negou o sumiço do dinheiro.

Uma das hipóteses investigadas pela polícia é que o recurso foi usado para pagar débitos do grupo no exterior ou empréstimo com o Clariden. Em qualquer caso, não há dúvida de que houve desvio, segundo três especialistas em crimes financeiros ouvidos pela reportagem.

O valor que evaporou equivalia a 68% do lucro fictício que o Banco Schahin registrou em 2010. Em abril do ano seguinte, o Schahin estava quebrado quando foi vendido para o BMG por R$ 230 milhões. Em 2012, o BMG descobriu que o rombo chegara a R$ 1,1 bilhão.

ONZE CRIMES

O sumiço dos R$ 156 milhões é um dos 11 possíveis crimes que o departamento de fiscalização do BC diz ter encontrado no Schahin.

Há maquiagem de balanço, transferência de créditos podres para empresa dos Schahin, empréstimos para outros negócios do grupo, o que é proibido pelo Banco Central, e geração de lucros artificiais em operações cruzadas com cinco bancos.

Todos os negócios supostamente irregulares visavam passar a impressão de que o banco estava saudável, e não quebrado, de acordo com os técnicos do BC.

A elevação artificial de resultado, de acordo com os documentos do BC, foi de R$ 325 milhões em 2009 e 2010.

Desde 2004, pelo menos, o BC tinha uma série de indícios de que o Schahin violava as normas de funcionamento dos bancos, como os empréstimos para empresas do próprio grupo.

O Banco Schahin foi criado em 1989 pelo grupo que atua nas áreas imobiliária, de engenharia e petróleo. Seu foco era o crédito para empresas médias e o financiamento de carros usados. Com a queda dos juros, carro usado tornou-se um péssimo negócio e arruinou o banco.

Quando foi vendido, em 2011, ocupava a 134ª posição no ranking do BC em resultado operacional e só tinha duas agências -a maior parte dos negócios era feita por agentes autônomos.

O banco foi vendido ao BMG com intermediação do Fundo Garantidor de Crédito, depois que o BC ordenou a essa instituição que nenhum banco poderia quebrar, segundo a Folha apurou.

O temor do BC era que a quebra do banco afetasse as classes C e D, os principais tomadores de crédito para a compra de carro usado e um público caro ao então presidente Lula.

Uma outra preocupação do BC era que a eventual derrocada do banco contaminasse a Schahin Engenharia, que tem contratos de cerca de US$ 2 bilhões com a Petrobras, e afetasse o fluxo de recursos externos.
SIMULAÇÃO

Entre as simulações que o Schahin teria feito, o BC cita operações "de cessão de créditos cruzados" com outros bancos para aparentar que dava lucro -um simula emprestar para o outro, para dar a impressão de que tem mais recursos a receber. É o que se chama no mercado de "troca de chumbo".

O Schahin usou esse artifício em negócios com os bancos Panamericano, Mercantil do Brasil, ABC, Ficsa e Semear. Conseguiu com essas operações simular resultados positivos de R$ 99,5 milhões.

Com uma securitizadora da família, a Continental, o banco vendeu R$ 172 milhões em créditos difíceis de receber para evitar que tivesse que provisionar esse valor, "visando elevar artificialmente o resultado".

A operação era tão grosseira que o banco não repassava à securitizadora os valores que recebia.

OUTRO LADO
O grupo Schahin declarou em nota que o caso investigado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal se tratava de uma operação de hedge [espécie de proteção de ativos contra possíveis perdas em flutuações cambiais] que foi liquidada com documentos que não eram do banco.

Assim, o Schahin afirma que continua contestando o suposto desaparecimento dos recursos, mas não informou em que órgão ou instância.

A operação, afirma a nota, havia sido contratada em 2006. De acordo com o banco, a operação não foi liquidada em seu vencimento, "tendo sido apresentados ao Banco Schahin, como justificativa para tanto, documentos que não haviam sido contratados pelo Banco Schahin e que foram consequentemente por ele contestados".

Os recursos da operação, de acordo com a nota, não foram pagos ao Schahin nem a nenhuma outra empresa do grupo.

O banco ABC diz que desconhece qualquer inquérito da PF sobre a instituição e que realiza a compra de carteiras de créditos seguindo a legislação. A assessoria do banco afirma que não poderia comentar a operação citada pelo BC por questões de sigilo bancário.

O Banco Bracce, nome atual do Lemon, diz que o BC solicita informações sobre suas operações com carteiras de crédito e "nada de irregular foi apurado, por tratar-se de operações tradicionais e muito comuns".

O Banco Ficsa afirmou que toda operação realizada pela instituição "é feita de forma legal e estritamente dentro da legislação vigente".

Disse também que não pode comentar a operação para não violar o sigilo bancário.

O Mercantil do Brasil (e sua financiadora) e o Banco Semear não se pronunciaram.

O advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, que defende Rafael Paladino, ex-presidente do Panamericano, diz que não pode comentar a suspeita do BC porque defende ex-executivos do Schahin em outro processo.

Banco Schahin é investigado por desvio de R$ 156 milhões - JOSÉ ERNESTO CREDENDIO - MARIO CESAR CARVALHO - Folha de S Paulo, 4 de Agosto de 2013

Detroit: meio século de socialismo



A análise abaixo é muito simplista. Existem outros fatores que levaram a derrocada de Detroit.
Pedro Correia

O que todos os prefeitos de Detroit desde 1962 têm em comum? Jerome Cavanagh, Roman Gribbs, Coleman Young, Dennis Archer, Kwame Kilpatrick, Kenneth Cockrel, Jr. e o atual Dave Bing são todos do mesmo partido que, depois de 51 anos seguidos, conseguiu falir um dos ícones da história americana.
Em 1960, Detroit tinha a mais alta renda per capita do país e hoje tem a mais baixa. Repetindo: até a última administração republicana, Detroit tinha a mais alta renda per capita dos EUA e, depois de meio século de feitiçarias de esquerda, tem a mais baixa. Tente discutir com esse dado ou culpar o capitalismo por isso.
A falência de Detroit está longe de ser surpresa para qualquer analista atento e honesto, mas é emblemática. A bancarrota da “motor city” coloca mais fogo no debate que quer a comparação direta entre os resultados obtidos pelos modelos oferecidos pelos dois grandes partidos do país. Estes modelos são aplicados também nos dois maiores estados dos EUA, o socialista na Califórnia e o de livre mercado no Texas, como num enorme teste de laboratório. E esta comparação não é apenas um debate econômico, é a versão revista e atualizada da Guerra Fria, só que agora em pleno território americano.
Não se deixe enganar: antes de avaliar a situação da economia americana atual, separe primeiro os estados “azuis” (democratas) e “vermelhos” (republicanos) e veja o que está dando certo e o que não está. Ver Barack Obama se vangloriar de dados da economia inflados pelos resultados dos estados “vermelhos” como o Texas, administrado por republicanos desde 1995 e que gerou 1/3 dos novos empregos do país na última década, é simplesmente ultrajante.
A maior cidade do Michigan foi enviada sem escalas para níveis de pobreza raros no mundo ocidental, o que pode ser comprovado em números divulgados recentemente pelo The Wall Street Journal:
- 47% dos adultos da cidade são considerados analfabetos funcionais (contra 20% da média do país)
- Apenas um terço das ambulâncias está em condições de sair da garagem
- 40% dos postes de luz das ruas estão apagados
- O tempo médio de resposta de um policial a um chamada ao 911 é de 58 minutos (média nacional: 11 minutos)
- Um terço das edificações da cidade está abandonado (78 mil prédios fantasmas)
- 210 dos 317 parques públicos estão fechados.
- 2/3 da população deixou a cidade desde os anos 60
- Menos de 5% dos carros do país são montados hoje na cidade
A cidade, onde as armas legais foram praticamente banidas como manda o manual esquerdista, é tão violenta que é impossível andar com segurança pelas ruas, você é logo aconselhado a pegar táxi. As escolas estão entre as piores do país, os serviços públicos mais básicos são negligenciados e tudo que envolve a prefeitura, como a licença para abrir um novo negócio, é um inferno burocrático terceiro-mundista, típico de qualquer lugar administrado por socialistas. Como definiu o jornal britânico “The Telegraph”, uma cidade assassinada por mau-caratismo e estupidez”.
Em Detroit, os prefeitos gastavam dinheiro público como “drunk sailors” e mergulhavam a administração municipal em escândalos de corrupção, subornos e clientelismo diretamente associados à expansão do governo. Kwame Kilpatrick, prefeito de 2002 a 2008, chegou a ser preso depois de condenado na justiça por mais de 25 crimes ligados à sua gestão.
Os sindicatos tiraram completamente a competitividade da cidade, mergulhando a economia local no caos. Enquanto torpedeavam qualquer tentativa da indústria automobilística de se modernizar, outras cidades atraíam as novas plantas e os empregos fugiram, assim como os investimentos. E o declínio da indústria da cidade era respondido pelos sindicatos com mais greves que exigiam ainda mais aumentos, proteções, regulações e subsídios, tudo com apoio explícito dos prefeitos democratas.
Hoje 15.000 metalúrgicos da ativa contribuem para fundos que pagam a aposentadoria de 22.000 pensionistas, com um déficit anual estimado de US$ 5,5 bilhões. Os EUA continuam fazendo bons carros, como o melhor SUV do mundo (eleito pela revista Motor Trend), o Mercedes-Benz Classe GL, só que agora ele é montado no Alabama. Parabéns, sindicatos!
No vizinho Wisconsin, o governador republicano Scott Walker resolveu enfrentar os poderosos sindicatos e chegou a ter seu mandato colocado em risco num “recall” ano passado, em que foi reeleito e agora promove uma verdadeira revolução no estado. Mas o futuro de Detroit ainda é incerto porque, evidentemente, você nunca vai ouvir a esquerda dizendo que errou.
Se existe algo certo na vida é o resultado de meio século de socialismo em qualquer lugar, mesmo no país mais rico do mundo. O Partido Democrata e os sindicatos faliram Detroit. Que sirva ao menos de lição.

Tania Luna: Como uma moeda me fez sentir milionária

Quando era ainda uma criança, Tania Luna deixou sua casa na Ucrânia após o acidente de Chernobyl para procurar asilo nos Estados Unidos. E um dia, no chão do abrigo para sem-teto em Nova Iorque onde ela e sua família viviam, ela achou uma moeda. Ela nunca se sentiu tão rica. Uma meditação sobre as alegrias doces e amargas da infância -- e como mantê-las na memória.

Frase

O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como sendo seu maior patrimônio.

Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal

04 agosto 2013

Rir é o melhor remédio




Este cartaz eu já antes em algum lugar...

5 mitos sobre o estresse

Apesar de ele estar na boca - e na mente - do povo, controlá-lo não é uma tarefa tranquila. SAÚDE vai além do senso comum e, baseada na ciência, aponta as medidas que acalmam pra valer.

1 - NÃO SE PROGRAME
A língua portuguesa é ambígua em alguns casos. No dicionário Houaiss, por exemplo, a palavra relaxado caracteriza tanto os indivíduos descontraídos como aqueles negligentes. E até por causa desse encontro de significados muita gente crê piamente que a displicência é sinônimo de calmaria. Todavia, isso não poderia estar mais longe da realidade. "Priorizar certos assuntos, organizar-se e manter uma agenda dos eventos são passos importantes para manter a serenidade", revela Ana Maria Rossi, psicóloga da Clínica de Stress e Biofeedback, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Afinal, aí estão enumerados jeitos simples de se preparar para enfrentar o que vem ao longo do dia e, então, evitar surpresas desagradáveis ou instantes embaraçosos, dois fatores capazes de alavancar os níveis de adrenalina no organismo. Mas que fique claro: a disciplina precisa ser acompanhada de flexibilidade. "Ficar engessado também atrapalha, porque qualquer imprevisto pode desencadear nervosismo", esclarece Ana Maria.

2 - MEDITE!
A tal arte milenar oriental, assim como a ioga ou até o tai chi chuan, é preconizada como um dos alívios mais eficazes para a tensão excessiva. Ela realmente tem seu valor, porém somente para quem a aprecia. Forçar alguém reconhecidamente elétrico a ficar imóvel enquanto se concentra em seu próprio corpo, além de não adiantar nada, contribui para o surgimento de uma sensação precursora do estresse: a ansiedade. "Determinados pacientes relaxam mais com exercícios físicos, outros com a leitura, e há quem aposte nas músicas", elenca a psicóloga Selma Bordin, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A regra, portanto, é investir no que você gosta. Mas para toda norma há uma exceção. "Um jogo de cartas, se ficar muito competitivo, torna-se igualmente estressante", exemplifica Esdras Vasconcellos. "É importante valorizar a diversão nesses momentos em vez de se concentrar somente na vitória ou na derrota", acrescenta.

3 - FALE ATÉ FICAR ROUCO!
Discutir a perda de um emprego ou a de um ente querido auxilia a superar o trauma. Entre outras coisas, o próprio ato de falar exige uma organização prévia do pensamento — premissa essencial para passar por cima das pedras que atravessam o seu caminho. Acontece que, em contrapartida, a insistência no assunto quase sempre culmina em nervos exaltados. "A mente não trabalha com tempos diferentes. Um evento passado, se relembrado, vem para o presente", explica a psicóloga Ana Maria Rossi. Isso quer dizer que remoer tópicos desagradáveis de tempos atrás com os amigos costuma terminar em irritação. O pior é que isso não ocorre só porque a questão continua a rondar as conversas do sujeito. Na verdade, as próprias palavras dos companheiros às vezes causam desconforto por se oporem ao raciocínio do estressado do momento. Por isso, os especialistas aconselham buscar parceiros de papo que sejam bons ouvintes e que busquem apenas aprofundar o debate. "Ajuda mais quem não emite opiniões. Caso contrário, aquele processo de estruturação das ideias é inibido", relata Selma Bordin.

Nossa fadiga é frequentemente causada não pelo trabalho,
mas pela preocupação, frustração e rancor.
Dale Carnegie
4 - NUNCA DURMA NERVOSO
Em um mundo ideal, as preocupações ficariam restritas ao período em que o sol dá as caras. Mas, na realidade, cada vez mais elementos interferem no equilíbrio do dia — e muitos deles não têm medo do escuro da noite. Por isso, sejamos sinceros: aquela velha máxima de não levar problemas para a cama é difícil de ser aplicada ao pé da letra. E, mais do que isso, se trocamos horas de sono para resolver pendências, o risco de o estresse despertar junto com você aumenta. "Há estudos que relacionam um sono inadequado à secreção de hormônios como o cortisol, ligado ao estresse", aponta Rafael Freire, psiquiatra da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Uma estratégia que traz bons resultados é, em vez de resolver o que o atormenta na calada da madrugada, traçar um planejamento do que realizar ao amanhecer para solucionar a situação. Essa luz no fim do túnel serve como calmante e, de quebra, agiliza a resolução de fatores enervantes.

5 - SEMPRE RECORRA AOS FAMILIARES
As pessoas da sua família, até pela intimidade, servem como válvula de escape em muitas ocasiões. E a ciência realmente comprova que uma boa estrutura em casa reduz a inquietação excessiva. Agora, há momentos e momentos para apelar à mãe, ao pai... Na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, pesquisadores observaram que, durante uma atividade aflitiva, voluntários colocados ao lado do seu animal de estimação apresentavam a frequência cardíaca e a pressão sanguínea mais controladas do que os participantes que ficavam junto do marido ou da mulher. Isto é, se um irmão ou mesmo um primo podem até servir como um bom ouvido, aquele companheiro peludo e de quatro patas funciona melhor para atenuar os efeitos do estresse. "O bicho é afetivo, não cobra nada e ainda tira o foco do tormento", declara a psicóloga Valquíria Trícoli. Sem contar que a proximidade entre indivíduos com o mesmo sobrenome gera, em certos temas, exigências que só intensificam o desassossego.

RESPIRE FUNDO!
Pôr oxigênio para dentro e gás carbônico para fora não é tão fácil quanto parece. Ao longo da vida — e inclusive por causa de traumas ou acontecimentos emocionalmente marcantes —, a respiração vai ficando apressada. Isso, por sua vez, não contribui em nada quando os circuitos cerebrais já estão funcionando sob alta tensão. É por essas e por outras que os especialistas são unânimes: usar e abusar do diafragma, o músculo responsável por encher e esvaziar os pulmões, ajuda demais a manter a paciência. "Na hora de lidar com um desafio estressor, respirar profundamente oxigena as células cerebrais e serve como elemento tranquilizador", afirma a psicóloga Marilda Lipp, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, no interior paulista.

Revista Saúde, por Theo Ruprecht