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10 julho 2013

Valor do dinheiro

A Argentina lançou, ano passado, uma nota de 100 pesos, com a estampa de Evita. Mas os comerciantes estão com restrição em aceitar a nota, seja por desconhecimento ou por não gostar de Evita. Para resolver este problema, o Banco Central da Argentina lançou uma linha direta para que sejam feitas denúncias contra pessoas que recusam em aceitar a nota.

Rodízio

O PCAOB tentou implantar o rodízio de auditoria nos Estados Unidos. Mas nesta semana o congresso daquele país aprovou, por 321 a 62, o Audit Integrity and Job Protection Act. E teve apoio inclusive do AICPA: seu presidente afirmou que foi uma clara mensagem para o fim do debate sobre o rodízio.

As reações podem ser vistas aqui.

Evidenciação em Redes Sociais

A CVM está estudando o que fazer com a evidenciação nas redes sociais. A razão: grupo empresarial Eike Batista:

(...) Batista [acionista do grupo X] tinha atuação frequente no Twitter, onde costumava falar com otimismo sobre o desenvolvimento das obras e projetos das empresas do grupo. Em maio, após ressalva de que tinha restrições em sua comunicação com seus seguidores, chegou a dizer a um acionista que anunciaria em breve um novo plano de negócios para a OGX. Após o recrudescimento da crise, o empresário reduziu drasticamente a frequência com que interage na rede social.


CVM estuda monitorar redes sociais, após caso Eike - Nicola Pamplona - 9 de julho de 2013 - Brasil Econômico

Jogo combinado

Na disputa na sexta divisão do futebol da Nigéria, Police Machine e Plateau United Feeders disputavam o privilégio da promoção. Police jogaria contra Bubayaro e Plateau contra Akurba. Caso ambos vencessem, o critério de desempate seria o saldo de gols.

Os resultados foram "interessantes"

Police Machine 67 x 0 Bubayaro
Plateau 79 x 0 Akurba

Algo estranho? A Federação da Nigéria também achou e resolveu suspender os times. Outro detalhe: dos 146 gols, 133 ocorreram no segundo tempo de jogo, mais de um gol por minuto.

Basileia 3

O principal órgão global de supervisão bancária abriu a possibilidade de fazer mudanças para simplificar as novas regras sobre capital próprio dos bancos, estabelecidas no acordo de Basileia 3.

O Comitê de Basileia de Supervisão Bancária divulgou ontem um documento sobre as bases de discussão envolvendo complexidade, comparação e sensibilidade a riscos nas novas exigências impostas ao setor. "O comitê está perfeitamente consciente do presente debate sobre a complexidade do atual quadro regulamentar", afirmou em comunicado o presidente do comitê e presidente do Banco Central da Suécia, Stefan Ingves.

Segundo o grupo, manter um "equilíbrio razoável" entre simplicidade e sensibilidade aos riscos é essencial para o sucesso das regras. "Há evidência de que algumas partes do arcabouço sobre capital tornaram-se complexas demais e que os benefícios marginais de mais complexidade poderiam ser pequenos, ou mesmo negativos."

Em resposta à crise financeira, o Comitê de Basileia introduziu uma série de reformas para aumentar substancialmente a resiliência do sistema financeiro a choques, sobretudo reforçando o capital próprio dos bancos. As medidas incluem introdução de índice de alavancagem e exigência adicional de capital para bancos importantes demais para quebrar, entre outras.

Bancos dos Estados Unidos, sobretudo, não cessaram de pedir para as autoridades reduzirem a complexidade de Basileia 3. O Federal Reserve aprovou na semana passada um conjunto de regras para ajudar na aplicação do acordo.

Agora, o comitê abre caminho para a discussão. "O comitê pensa que se beneficiará de observações suplementares sobre essa questão crucial antes de decidir sobre o mérito de mudanças específicas na atual regulação", diz o texto.

Entre as questões para as quais o comitê espera retorno do mercado estão se o atual arcabouço, que leva em conta o capital ponderado pelo risco como principal item, fornece o equilíbrio apropriado ou se há outros objetivos que deveriam ser considerados na adequação do capital internacional. (Com agências internacionais)


Comitê admite rever Basileia 3 - Assis Moreira - Valor Econômico - 09/07/2013


09 julho 2013

Rir é o melhor remédio


Café

Viés em pesquisas acadêmicas

Um dos requisitos para galgar degraus na carreira acadêmica nos dias de hoje é a publicação de pesquisas em periódicos de renome. Esta pressão tem criado situações onde o cientista procura aumentar as suas chances de publicar seu artigo.

Sabemos que as pesquisas que trazem novidades apresentam mais chances de serem aceitas. Isto termina por incentivar os cientistas a buscarem os resultados que possam agradar mais aos pareceristas e editores dos periódicos.

Usando 641 artigos publicados em três periódicos de excelência na área de economia (American Economic Review, The Journal of Political Economy e Quarterly Journal of Economics) quatro pesquisadores investigaram os resultados dos testes estatísticos. Isto significou analisar mais de 50 mil testes estatísticos, já que cada artigo possui em média 78 testes e mais de três mil tabelas. Como os artigos foram publicados entre 2005 e 2011, a investigação corresponde ao estado da arte da pesquisa na área de economia.

O resultado não foi uma grande surpresa: uma vez que os periódicos gostam das pesquisas que rejeitam a hipótese nula, os resultados apresentam uma grande distorção. Os valores do “valor do p” que os pesquisadores encontraram parecem um desenho de um camelo, com muitos valores acima de 25%, um vale entre 10% e 25%. Isto parece indicar que os pesquisadores “inflam” os resultados, tornando-os mais próximo daquilo que se esperam os periódicos.

Leia Mais em BRODEUR, Abel et al. Star Wars: The Empirics STrike Back. Working Paper, Iza DP 7268, 2013.