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23 maio 2013

Futuro do Capitalismo: Chicago Mercantile Exchange


IN THE competition for most inauspicious introduction to finance, Terrence Duffy, the executive chairman of CME Group, must surely be the winner. Soon after convincing his mother in 1981 to borrow $50,000 so he could buy a seat to trade futures on what was then known as the Chicago Mercantile Exchange, he lost $150,000 because of a misheard order.
The anecdote holds a number of lessons: how quickly money can evaporate in the futures market; how trivial the cause can be; and how important it is to honour an agreement (at least in this area of finance). But the most important lesson became apparent only belatedly: a disastrous trade can be offset by a big bet gone right. In Mr Duffy’s case that was joining an institution which has become one of the finance industry’s brightest stars.
It did so largely unnoticed by the public. Tourists continue to line up outside the historic building of the New York Stock Exchange on Wall Street, hoping to see the inner workings of capitalism—even as the NYSE is becoming increasingly irrelevant.
The magnitude of CME’s success is easy to miss. Its quarterly earnings, reported on May 2nd, were mixed. Profits dipped. The fear that prompts firms to purchase futures (the contracts traded on the CME to protect firms against changes, for instance, in the level of a currency and the price of energy) was less acute. A little more havoc would have been good for business.
Yet CME’s growth in recent years has been nothing short of spectacular (see chart). It now boasts a market valuation of more than $20 billion, nearly twice as much as Intercontinental Exchange (ICE), another rising star in the financial firmament. The NYSE is, meanwhile, now worth less than $10 billion.
When Mr Duffy joined the Chicago Merc, relationships with key companies were considered a financial firm’s most important asset. That was certainly true for J.P. Morgan, Dillon Read and Morgan Stanley, then among the leading banks, and for the NYSE. But the fate of these firms shows that such relationships may not help much: two of the banks were absorbed in semi-distress sales; the NYSE will soon be swallowed by ICE. Morgan Stanley survives, but is in search of a viable strategy.
In contrast, the Chicago Merc’s business was tied to products, not customers. At first, it was eggs and butter, then cattle and pork bellies. The Chicago Board of Trade across town, once the more successful exchange, dominated trades in wheat and corn. The two did not really compete because product-oriented exchanges in particular benefit from strong “network effects”. These mean that more members are better: the more trades exchanges handle, the more liquidity they can provide and the more activity they attract.
The CME managed to benefit from the same virtuous cycle in futures. It was not the first to offer contracts on currencies, but it had the best timing. Leo Melamed, the Chicago Merc’s chairman from 1968 to 1973, had learned firsthand about the value of currency trading from the black markets in Tokyo, where he lived briefly as a refugee from Nazi Germany. When the Bretton Woods system of fixed exchange rates fell apart in 1972, CME was quick to offer currency futures. Contracts tied to the London Interbank Borrowing Rate (LIBOR) and the Standard & Poor’s 500 index followed.
This allowed CME to lead the creation of an entirely new class of securities, explains Michael Gorham of the Stuart School of Business at the Illinois Institute of Technology. Between 1972 and 1982 futures, which once locked in prices only of physical commodities, were increasingly used for financial products. These types of futures have since experienced staggering growth and today makes up more than 80% of the business.
The CME also negotiated the shift to electronic trading better than its competitors. It was not particularly quick to convert, but it did move once it faced a genuine threat from European competitors. Other American exchanges, such as the once larger Chicago Board of Trade (CBOT) and the NYMEX, which then dominated energy trading, were slower to change. They were taken over by CME.
Leading the pack, the CME was able to benefit from powerful network effects, just as it did in its old business of handling trades in cattle and pork bellies. These effects are even stronger in the case of futures tied to copyrighted indices such as the S&P 500 and because of “proprietary clearing”, meaning contracts initiated on one futures market cannot be transferred to another—much as apps written for the iPhone only run on Apple’s devices. In contrast, options and equities can be traded on any exchange. This explains why the NYSE’s share-trading franchise has many rivals and lost much of its value.
Ordinarily, a big market share supported by strong network effects—which help deter competitors—would attract the wrath of trustbusters. But CME has been left alone so far. In fact, it may now benefit from new regulation, passed in reaction to the financial crisis. Clauses in the Dodd-Frank act require more products to be cleared on exchanges, which will push business CME’s way.
CME does face long-term competition: others may innovate around it. But, as in the case of Apple, the CME’s main problem is to develop new markets. It has begun offering niche products tied to areas like a single harvest or debt with an unusual term structure, such as four years rather than five or ten. That may seem trivial, but such iterations add up to something bigger: CME is evolving into an ever more sophisticated institution that plays a key role in many sorts of financing. If tourists want to get a glimpse of the inner workings of capitalism, they now have to make a trip to the lovely city of Chicago.
Fonte: aqui

Submarinos espanhóis

Depois de gastar 680 milhões de dólares para desenvolver e construir quatro submarinos, a Espanha descobriu um problema no projeto dos engenheiros: eles são muito pesados que se afundam. O peso, de 100 toneladas a mais, é suficiente para afundar os submarinos. Agora a Espanha tem duas opções: refaz os submarinos, mais leves, ou torna-os mais longos. Isto significa que o orçamento original, de 3 bilhões de dólares, será ultrapassado, assim como o cronograma.

Incentivos e Leasing

Uma das regras básicas da economia diz que os agentes reagem aos incentivos. Isto é a mais pura verdade sobre o comportamento das pessoas.

Recentemente o Iasb e o Fasb propuseram uma minuta que irá alterar a forma de contabilizar o leasing nas empresas. Isto foi bastante discutido aqui neste blog, mas basicamente os contratos de leasing serão ativados (e reconhecidos no passivo). Haverá diversas consequências para as empresas, entre as quais o aumento do endividamento. Existe uma exceção a regra: os contratos com menos de doze meses.

Antevendo a mudança, as empresas já estão procurando adaptar-se as mudanças. São os incentivos agindo. Segundo a Bloomberg (New Accounting May Prompt Shift to Short-Term Leases, Fitch Says, Charles Mead, 21 de maio de 2013), uma das possibilidade são os acordos de leasing de curto prazo. Isto evitaria ativar os acordos. Na medida que este tipo de acordo popularizar, o objetivo da nova norma não será atingido.

Excesso ou falta de informação

Ao contrário do que alegam muitas empresas quando não querem falar, a maioria das multas aplicadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM, também conhecida como "xerife" do mercado de capitais) aos executivos responsáveis pelas áreas de relações com investidores é por falta de informação, e não pelo excesso dela.

Levantamento feito pelo escritório Souza, Cescon, Barrieu, & Flesch Advogados, a pedido do Brasil Econômico, mostra que desde 2007 foram julgados 248 processos pela CVM, dos quais 78 contra diretores de RI.

E as causas mais recorrentes das penalidades são a não prestação de informações periódicas e eventuais e/ou a não prestação de informações intempestivas (36 casos).

Em segundo lugar, aparecem a falta de publicação de ato ou fato relevante (24 casos). O próprio presidente da CVM, Leonardo Pereira, já foi vítima dessa acusação, em julho do ano passado, quando era diretor de RI da Gol.

Duas semanas antes de ser indicado a novo xerife do mercado, Pereira assinou termo de compromisso e pagou multa de R$ 200 mil.

Mas os processos contra RIs que chegam a julgamento estão diminuindo - seja pelo aumento da assinatura de termos de compromisso, seja porque estão mais acostumados a cumprir exigências da CVM.

Os casos chegaram a 18 em 2009, caíram a 14 em 2010, para 4 em 2011 e 8 no ano passado - neste ano, até abril, somam 3. Mas se por um lado, os RIs estão menos visados, por outro eles nunca mais escaparam da condenação. Desde 2011 nenhum deles foi absolvido.

Outro levantamento, feito pelo escritório Levy & Salomão, mostra que as multas aplicadas em processos julgados - e não apenas a diretores de RI - somaram R$ 3,9 milhões neste ano, até abril. Se o ritmo for mantido, o ano fecha com multas totais de R$ 11,7 milhões.

Em 2012, foram R$ 97,7 milhões e em 2011, R$ 16,9 milhões. Daniel Tardelli, sócio do Levy & Salomão, recomenda cuidado com a projeção, mas admite que as infrações vem diminuindo, na medida em que os participantes do mercado ficam mais conscientes das regras.

"As companhias têm investido mais nos departamentos jurídicos para evitar correr riscos muitas vezes desnecessários, por falta de conhecimento", diz.

"Parte dessas multas que foram aplicadas nos últimos anos tem a ver com a entrada em vigor do formulário de referência, muito trabalhoso para fazer, muito difícil de ler e muito fácil de encontrar falhas", diz Carlos Agusto Junqueira, sócio do Sousa, Cescon.

"Legalmente, não existe período de silêncio. As empresas não podem falar nada sobre os resultados, em qualquer momento, antes de eles serem publicados. Mas podem continuar falando de todo o resto, a qualquer momento", esclarece Geraldo Soares, vice-presidente do conselho de administração do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri).

Soares, porém, é bastante crítico e acredita que, no Brasil, ainda falta muito para que as empresas abertas alcancem padrão mundial. "Tem muitas que são abertas apenas no papel", diz. Mas ele também acredita que falta cobrança. "A CVM faz a parte dela, e está muito aberta ao diálogo. Mas o investidor deveria pensar duas vezes antes de comprar uma ação de uma empresa que sofreu um processo, foi julgada e pagou multa".

Neste ano, foram julgadas e multadas as empresas Mesbla, Telemig Celular, Brasil Telecom Participações, RJCP Equity, Guarama, Fiação e Tecelagem São José e Camargo Correa Desenvolvimento Imobiliário.Procurada, a CVM informou, por email, que os processos sancionadores tem uma "função pedagógica" e que os recursos arrecadados com as multas são destinados à manutenção de recursos materiais e humanos necessários a suas atividades.


CVM multa mais por falta que por excesso - Léa De Luca - Brasil Econômico - 22/05/13

22 maio 2013

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Refinaria da Petrobrás

Sobre a refinaria que a Petrobras comprou nos Estados Unidos e tenta vender - como prejuízo - notícia da Folha de S Paulo

A Petrobras descartou vender, neste momento, a refinaria de Pasadena, nos EUA, por dois motivos: a investigação do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre suspeitas de irregularidade na compra e a expectativa de recuperação nas margens de lucro da unidade.

A refinaria de Pasadena fazia parte do plano de desinvestimento da estatal para levantar cerca de US$ 15 bilhões, mas foi retirada no início deste ano sem explicações por parte da empresa.

De acordo com o TCU, a belga Astra/Transcor comprou a refinaria por US$ 42,5 milhões em 2005. Em 2006, repassou metade da unidade à Petrobras, por US$ 360 milhões. A outra metade foi vendida depois de divergências entre os sócios. A estatal pagou mais US$ 820,5 milhões para encerrar o litígio e ficar com 100% da unidade.

"Não consideramos [a possibilidade de] venda enquanto o TCU estiver trabalhando dentro da Petrobras, procurando entender e mapear a operação", disse a presidente da Petrobras, Graça Foster.

De acordo com a presidente, Pasadena também volta agora ao patamar de US$ 9 por barril, o mesmo registrado quando a refinaria foi comprada.

Segundo Foster, a crise financeira foi responsável por fazer essas margens caírem, chegando a ficar negativas por um tempo. (JULIA BORBA)

Basileia 3

Em março, em meio à divulgação das normas de Basileia 3, o BC comunicou também que passaria a exigir menos capital dos bancos para fazer frente a operações de crédito imobiliário, consignado e financiamento a grandes empresas já a partir daquele mês.

Segundo dados do BC, os bancos do sistema financeiro encerraram o primeiro trimestre deste ano com um índice de Basileia consolidado de 17,07%. Sem as novas regras editadas em março, ficariam com 16,43%, ou 0,64 ponto percentual a menos, mas ainda com larga folga em relação ao mínimo de 11% exigido pela autoridade. Na prática, isso significa que os bancos ganharam neste começo de ano mais espaço no balanço para emprestar aos clientes. Chega-se ao índice de Basileia dividindo os ativos do banco (ponderados por um fator de risco definido pelo BC de acordo com a modalidade do crédito) pela quantidade de capital do banco. (...)


NOVAS NORMAS DÃO AOS BANCOS FOLGA DE CAPITAL - Por Carolina Mandl | De São Paulo - Valor Econômico - 21/05/2013