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25 abril 2013

Erro de Reinhart e Rogoff

O erro de Reinhart e Rogoff foi alvo de muitas críticas. Dada a ignorância e a falta de conhecimento sobre o tema da pesquisa por partes dos críticos, os autores foram massacrados por causa de um simples erro no Excel. Gregory Mankiw, economistas e professor de Harvard, joga uma pá de cal e demonstra a sabedoria de um verdadeiro acadêmico:


Several people have asked me to comment on the coding errorfound in one of the Reinhart-Rogoff papers. I have avoided the topic, since I don't think I have a lot to add to the discussion.  But because so many people have asked, here are a few observations:

1. Everybody makes mistakes. I once made an analytic error in one of my published papers and, after it was pointed out to me, subsequently wrote a correction (published version).  Finding and correcting errors is a part of the research process.  Sure, errors are embarrassing, but there is nothing dishonorable about making them.

2.  Policy should not be based on the results of a single study.  And my experience is that it never is.

3. I believe that high levels of debt and deficits are a negative for the economy in the long run.  My views on this issue have not changed substantially since I wrote about it with Larry Ball almost twenty years ago.

4. I never thought there was a magic threshold for the debt-to-GDP ratio above which all hell breaks loose.  The world is more continuous than that.

5. The coding error in Reinhart and Rogoff has gotten a lot more media attention than it deserves.  Some people on the opposite side of the policy debate have taken advantage of this opportunity to pound the drum for their views.  But just because someone in Team A makes an inadvertent excel error does not mean that everything Team B believes is true.  To suggest otherwise would be a truly egregious mistake.

Borussia

A vitória espetacular do Borussia Dortmund sobre o poderoso Real Madrid pela Champions League pode ser analisada sob a ótica empresarial. Em 2005 o clube devia 130 milhões de euros, após pagar um absurdo para jogadores medianos. Um grupo de investidores decidiu colocar dinheiro no clube. Mas com a condição de desfazer dos altos salários, como dos jogadores Rosicky, Odonkor e Metzelder.

Para comandar o clube, contratou um técnico, Klopp, por um salário bem abaixo do que ele ganhava no clube anterior. Mas a contratação compensou e o time de Klopp conseguiu o quinto lugar em 2010. Mesmo assim, o clube continuou vendendo jogadores, como Petric e Frei. E venceu o campeonato alemão no ano seguinte, seis anos após quase ir à falência.

Mesmo com o desempenho recente, o clube continua vendendo. Nesta semana anunciou a saída de dois dos seus melhores jogadores: Gotze e Lewandowski. E o plantel consta de jogadores que foram adquiridos por valores reduzidos.

Para ler mais: How A Struggling German Soccer Club Got Out Of $170 Million In Debt And Became One Of The Best Teams In The World, Marcus Christenson, The Guardian

Dia da Contabilidade

No dia 25 de abril, comemora-se o Dia da Contabilidade. Neste dia, em 1926, o senador João Lyra Tavares, patrono da contabilidade no Brasil, defendeu a regulamentação da profissão contábil no Congresso Nacional. A regulamentação ocorreu através do Decreto nº 20.158, de 30/6/1931, que organizou o ensino comercial no Brasil. Cumpre destacar que 25 de abril não é o dia do profissional contábil, e, sim, o Dia da Contabilidade. Os profissionais contábeis celebram algumas datas comemorativas ao longo do ano, a saber: 22 de setembro - Dia do Contador; 20 de novembro - Dia do Técnico em Contabilidade; e 12 de janeiro - Dia do Empresário Contábil.

Salézio Dagostim, via Vladmir Almeida

24 abril 2013

Golden no Fasb 2

A posição do futuro Chairman do Fasb sobre a convergência com o Iasb é bastante favorável. Golden afirmou que irá finalizar quatro projetos conjuntos com o Iasb (Instrumentos Financeiros, Receita, Leasing e Seguros). Mais ainda, Golden afirma que pretende participar do fórum criado pelo Iasb (denominado ASAF).

Além disto, Golden lembrou da relevância das normas para as empresas de capital fechado, através do recente criado PCC. 

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Por que as nações fracassam


O leitor já deve ter escutado a frase, do livro de StefanZweig, que o Brasil é o país do futuro. Parece que estamos uma eternidade esperando por um país melhor, que possa aproveitar melhor o seu potencial.

Alguns países conseguiram, ao longo do tempo, aproveitar as oportunidades, enquanto outros fracassaram. Existem muitas teorias que tentam explicar o sucesso e o insucesso das nações. Fatores como clima, religião, origem da colonização, entre muitos outros, já foram discutidos numa enorme bibliografia sobre o assunto.

Daron Acemoglu e James Robinson, em Por que as Nações Fracassam (Campus, 2012) apresentam duas teses principais. Primeiro, que a estrutura política é mais relevante que os aspectos econômicos. Assim, a pesquisa sobre o assunto deve-se concentrar na forma como as nações se organizam em termos políticos.

Os autores classificam os países segundo o acesso que a população as riquezas que são produzidas. As nações que concentram a riqueza num pequeno grupo de pessoas são consideradas nações com instituições extrativistas. É o caso da Coreia do Norte, onde a família de Kim Il-Sung, através da ideologia juche, apropria da riqueza produzida naquele país. Outros exemplos são apresentados pelos autores, como o Zimbabwe de Mugabe, o sul dos Estados Unidos até o movimento de Luther King, a China do Partido Comunista, a Rússia dos Czares e dos sovietes, as famílias centenárias da Guatemala, os peronistas argentinos e os paramilitares da Colômbia. Os países que respeitam o direito de propriedade e permitem o acesso de um grande número de pessoas ao mercado de bens e serviços são nações com maior chance de dar certo. Entre os exemplos citados a época colonial da América do Norte e da Austrália, a Inglaterra após a revolução Gloriosa e, surpreendentemente, Botswana, o país de mais rápido crescimento do mundo.

A leitura das mais de 350 páginas cria uma expectativa sobre o Brasil. Afinal, nosso país atualmente concentra a extração da riqueza numa oligarquia interessada em obter benefícios próprios ou permite um acesso amplo a uma grande parcela da população ao mercado? A resposta para isto aparece somente no final do livro, quando os autores analisam, rapidamente, o nosso país.

Vale a pena? O livro possui uma teoria interessante e cita muitos exemplos para tentar convencer o leitor. A leitura é agradável. Para quem se interessa pelo assunto, vale a pena.

Evidenciação: a obra foi adquirida pelo blogueiro numa livraria comercial. 

Parceiros do blog:
Amazon Brasil
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Submarino

Golden no FASB

O Financial Accounting Foundation (FAF) anunciou ontem que a partir de julho o novo Chairman do Fasb será Russell Golden. Golden irá substituir Leslie Seidman. Segundo um comunicado do FAF, a escolha de Golden ocorreu entre quase cem candidatos. Trabalhando no Fasb desde 2004 e como membro do board desde 2010, Golden tem um grande conhecimento sobre o funcionamento da entidade, apesar de ter somente 42 anos de idade.

Antes de trabalhar no Fasb, Golden era funcionário da Deloitte e é graduado pela Washington State University. Na sua nova função, Golden deverá completar o novo padrão de reconhecimento da receita, as normas de arrendamento, instrumentos financeiros e seguros, trabalhar com o Private Company Council (entidade criada para normatizar a contabilidade de empresas fechadas) e ajudar a direcionar o debate sobre a convergência, ou não, dos Estados Unidos. O fato de ser do Fasb é um indício de que não haverá mudança significativa na política do Fasb. Uma das característica de Golden é sua calma e moderação.

O mandato de Golden irá terminar em 2017.