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22 abril 2013

História da Contabilidade: Ensino Prático e Teórico

Uma das grandes discussões educacionais do ensino de contabilidade refere-se a dicotomia entre o ensino prático e o ensino teórico. Esta polêmica é bastante antiga na nossa história.

Em meados da década de 20, do século XX, a Escola Pratica de Commercio Avalfred fazia questão de distinguir-se das demais por ser uma “escola prática”. Num anúncio publicado no Almanaque Tico-Tico (provavelmente de 1926), a instituição de ensino comentava:

Fundada em Janeiro de 1921, na futurosa capital do Estado do Paraná, a primeira escola “Avalfred”, sob a idônea direcçao dos Srs. Dr. Avelino Lopes e João Alfredo Silva, grangeou a mesma, já pelo programa original pra o Brasil, já pelo methodo e processos nunca anteriormente empregados no ensino nacional, o mais relevante conceito no sul do paiz. Tendo razões, por conseguinte, de implantar-se sem demora na Capital do Brasil, a sucursal fundada no Rio de Janeiro no inicio de 1923, conseguiu desde logo a mais invejável aceitação afirmada pelo aumento sucessivo de suas matriculas. As instalações didacticas, que na matriz, que na filial, são de montagem caprichosa e impressionam optimamente: reaes secretarias de commercio substituem as carteiras escolares comuns; os quadros negros são traçados como se fossem livros de contabilidade; escriptorios technicos – comercial, industrial e bancário – obedecem as exigências modernas; archivos, machinas de escrever, machinas de calcular, mimeógrafos, prensas, grampeadores, carimbos, bem como livros apropriados de escripturação e os mais variados impressos, permitem aos alumnos, após tempo relativamente curto, ficarem aptos ao exercício consciente e pratico da profissão de guarda-livros e correspondente.

O texto prossegue afirmando que num prazo de um ano o aluno estaria apto da trabalhar em qualquer casa de comercio, “dispondo de conhecimentos práticos”. 

Proposta do Fasb para Perdas com Empréstimos


O Fasb, entidade que regula a contabilidade das empresas de capital aberto dos Estados Unidos, propôs uma nova contabilidade para os créditos das instituições financeiras. A proposta que está sujeita a comentários até o final de maio de 2013, altera substancialmente a forma como se reconhece as dívidas com dúvidas na sua liquidação. Em lugar da "perda incorrida" adota-se a "perda esperada".

Na prática isto significa que as instituições financeiras deverão fazer uma estimativa, no momento da concessão do crédito, sobre o valor que não irá receber. A proposta está sendo criticada pelo receio de que as instituições financeiras possam suavizar o resultado. Além disto, a nova regra aumenta o grau de subjetividade das demonstrações contábeis, sendo um convite para manipulação.

Já as pessoas favoráveis a proposta chamam a atenção para a necessidade de reconhecimento, o mais rápido possível, das perdas com créditos. Isto foi um sério problema durante a crise financeira e seria corrigido agora, com a proposta. Mas alguns críticos defendem a expansão do valor justo, uma proposta que o Fasb já tinha feito anteriormente, mas recuou.

A estimativa é que dificilmente a nova regra entrará em vigor antes de 2015.

Leia Mais em Is making U.S. banks foresee trouble more trouble than it's worth?, Dena Aubin, Reuters

Mulheres e homens no volante


Em termos estatísticos, as mulheres dirigem melhor que os homens

21 abril 2013

Rir é o melhor remédio

Fotografias antigas e engraçadas da era Vitoriana:





Contador Terrorista 2

Em 2010 Faisal Shahzad, um paquistanês naturalizado estadunidense, foi acusado do atentado em um carro bomba em Nova Iorque. Faisal estudou numa universidade de Bridgeport e conseguiu emprego na função de contador.

Tamerlan Tsarnaev, um dos participantes no atentado de Boston, foi estudante de contabilidade numa escola de Charlestown, onde fez três semestre (de 2006 a 2008).

Lavagem de dinheiro

O acórdão resumido do julgamento do mensalão divulgado nesta sexta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sustenta que, a partir da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República, foram identificadas e comprovadas 46 operações de lavagem de dinheiro realizadas por meio do Banco Rural. Por essas operações de ocultação ilícita de recursos, a Corte condenou oito pessoas, sendo quatro ligadas ao chamado "núcleo publicitário" e três do "núcleo financeiro". O documento diz que integrantes dos dois núcleos cometeram os crimes com atuação conjunta e com divisão de tarefas, sendo que cada um tinha determinada função. "O sucesso da associação criminosa" dependia do desempenho dos envolvidos, aponta o acórdão.

Pelo "núcleo publicitário", foram condenados pelas 46 operações ilegais Marcos Valério, o operador do mensalão, e seus sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz. O STF condenou pelo "núcleo financeiro" a acionista do Banco Rural Kátia Rabello e os ex-dirigentes da instituição José Roberto Salgado e Vinícius Samarane. No acórdão, consta a condenação por um único crime de lavagem de dinheiro cometido por Rogério Tolentino, advogado das empresas de publicidade de Valério.

No documento consta que o esquema de lavagem de dinheiro ocorreu mediante "três grandes etapas". A primeira consiste na fraude da contabilidade das agências de Valério e no próprio Banco Rural. Em seguida, a simulação de empréstimos bancários e a utilização de mecanismos fraudulentos para encobrir o caráter simulado dessas operações. Por último, e principalmente, o repasse dos valores por meio do Rural à margem dos controles do Banco Central e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) dos verdadeiros beneficiários do dinheiro, proveniente de crimes contra a administração pública e o sistema financeiro nacional. A destinação desses recursos eram políticos ligados à base do governo.

Gestão fraudulenta

O acórdão também destaca o esquema de gestão fraudulenta operado pela cúpula do Rural. Ele se configurou pela seguinte engrenagem: a) a rolagem da dívida mediante sucessivas renovações dos empréstimos sucessivos fictícios; b) a incorreta classificação de risco das operações; c) a desconsideração da falta de capacidade financeira dos tomadores dos empréstimos e das garantias apresentadas por ele e aceitas pelo banco; e d) a não observância das normas reguladoras desses empréstimos, até mesmo com o fato de não terem levado em conta os avisos das áreas técnica e jurídica do banco.

Os crimes foram identificados, afirma o acórdão, por perícias do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal e pelo Banco Central. Pela gestão fraudulenta, foram condenados Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane.
Nesta semana, o STF decidiu ampliar o prazo para a defesa dos réus recorrer da sentença. A partir da terça-feira, os advogados terão dez dias para preparar os recursos - o prazo vai até dia 2 de maio. O prazo só começa a contar na terça-feira porque o acórdão completo só será publicado na segunda-feira no Diário da Justiça, etapa necessária para a efetiva contagem do prazo. O julgamento condenou 25 réus.

STF comprovou 46 operações de lavagem, diz acórdão - Por Ricardo Brito

Evidenciação

Desde que eu comecei a estudar contabilidade e soube da obrigatoriedade da divulgação dos relatórios em jornais, passei a me questionar sobre o porquê de as empresas terem que publicar nos jornais.

Ora, vivemos na Era da Internet. Um investidor que não usa a internet não tem como alocar seus recursos de forma minimamente racional. Se para termos informações sobre as empresas e se para comprarmos ou vendermos as ações, nós precisamos de internet, por que a divulgação das informações financeiras tem que ser publicadas, obrigatoriamente, em jornais?

Eu até iniciei a ideia geral para escrever um artigo criticando isso, mas devido aos meus outros projetos acabei deixando de lado, mas sempre que posso eu toco nesse assunto, seja aqui no blog, no facebook ou nas aulas.

Levando em consideração a racionalidade e a eficiência dos gastos da empresa, não faz sentido publicar em jornal . Eu, como acionista, se tivesse a opção, não gostaria de ter as demonstrações publicadas em meio físico, já que o custo é alto (principalmente após a adoção das IFRS - veja aqui um exemplo) e eu tenho a internet e leitores de PDF para ter acesso de forma muito mais rápida e fácil de ler (uso muito o "control + F" para me ajudar nisso).

Além disso, imaginem o custo ambiental que é produzido todo início de ano para a publicação de um monte de páginas que poderiam ser acessadas pela internet? Deve ser bem alto! (...)

Fonte: Aqui

São questões interessantes. Sobre os custos, sugiro a página 7 do livro de Teoria da Contabilidade, em co-autoria com Jorge Katsumi. Como leitor de jornal, acho que deveria ser opcional a divulgação.