Uma forte crise de confiança tem abalado o setor elétrico brasileiro e colocado em risco investimentos na expansão do parque gerador. Desde a edição da Medida Provisória 579, em setembro, com as regras de renovação das concessões, o governo publicou uma série de decretos, resoluções e portarias envolvendo mercado livre, distribuidores e geradores que podem ter efeito negativo em várias áreas, afirmam especialistas.
A turbulência atingiu em cheio as ações do setor. Levantamento da empresa de informação financeira Economática mostra que, após a MP, as elétricas já perderam R$ 34 bilhões do valor de mercado, sendo R$ 8,7 bilhões da Eletrobrás e R$ 8,4 bilhões da Cemig.
Até 2021, a capacidade instalada no País terá de ser ampliada em 58%, para 182 mil MW
O resultado preocupa diante da necessidade de investimentos do setor nos próximos anos, afirma o analista de um grande banco de investimentos, que prefere não se identificar. Até 2021, a capacidade instalada no País terá de ser ampliada em 58%, para 182 mil MW.
Desde 2004, quando o modelo elétrico foi implementado pela presidente Dilma Rousseff, então ministra de Minas e Energia, o setor não vivia sob tanta pressão. "Hoje o setor está muito instável. Algumas medidas têm motivações que não necessariamente seguem a lógica econômica, mas política", afirma o sócio da comercializadora Compass, Marcelo Parodi.
Em parte das decisões, um dos objetivos foi evitar que a queda média de 20% nas tarifas obtida com a renovação das concessões fosse corroída, por exemplo, pelo alto custo das térmicas a óleo —essas unidades tiveram de aumentar a produção por causa do baixo volume de chuvas que derrubou o nível dos reservatórios.
Desde a MP, o setor vive um vaivém de medidas sem fim. A redução das tarifas é legítima. O problema é que as decisões apenas vão adiar o repasse ao consumidor, avaliam especialistas.
Estado de S Paulo, via aqui
08 abril 2013
07 abril 2013
Risco de 44 bilhões
No julgamento do STF sobre tributação do lucro de controladas e coligadas no exterior estão em jogo pelo menos R$ 43,5 bilhões de 13 companhias abertas brasileiras. O montante foi identificado em levantamento feito pelo Valor em notas explicativas de balanços das maiores empresas do país referentes a dezembro de 2012.
Mas na maior parte dos casos as autuações se referem aos resultados apurados até o exercício de 2008 - o que significa que outras ainda podem surgir. A própria Vale informou ontem que sua disputa pode chegar a R$ 49,4 bilhões até 2012 se novas autuações forem feitas - ante um valor de R$ 31 bilhões já oficialmente requerido pelo Fisco.
Depois da Vale, aparecem no levantamento os casos de Petrobras e Ambev, com R$ 3,4 bilhões e R$ 2,6 bilhões em discussão, respectivamente. Ainda com processos superando a casa do bilhão surgem CSN (R$ 2,0 bilhões), Fibria (R$ 1,5 bilhão) e Gerdau (R$ 1,3 bilhão).
Das 13 companhias identificadas no levantamento, apenas o Itaú, que disputa um valor de R$ 515 milhões, possui provisão para perda. Pela regra do Banco Central, a instituição precisa tratar a cobrança como obrigação legal e constituir a reserva, mesmo que considere a cobrança ilegal e tenha chances de vencer o processo.
Todas as demais tratam os casos como de perda possível (não provável), o que exige apenas divulgação em nota explicativa, sem provisão. Isso significa que, se os resultados dos julgamentos (que têm repercussão geral) forem contrários aos contribuintes e levarem a uma mudança na expectativa de perda das empresas, de possível para provável, elas terão que constituir a provisão. Esse registro entraria como uma despesa no balanço, embora não signifique desembolso imediato de caixa.
A mudança de expectativa, contudo, não está ligada diretamente ao julgamento do STF. Depende da avaliação das próprias companhias e de seus consultores jurídicos sobre o caso específico e a jurisprudência.
O ministro relator Joaquim Barbosa, por exemplo, apresentou ontem um conceito novo na disputa, de que o Imposto de Renda e a CSLL seriam devidos apenas se a controlada no exterior estiver em paraíso fiscal. Se a tese prevalecer no tribunal, isso pode levar empresas a ter resultados e avaliações distintas, já que algumas possuem efetivamente unidades no exterior e outras detêm controladas em países com tributação favorecida apenas para planejamento fiscal.
Fonte: Valor Econômico, via aqui
Mas na maior parte dos casos as autuações se referem aos resultados apurados até o exercício de 2008 - o que significa que outras ainda podem surgir. A própria Vale informou ontem que sua disputa pode chegar a R$ 49,4 bilhões até 2012 se novas autuações forem feitas - ante um valor de R$ 31 bilhões já oficialmente requerido pelo Fisco.
Depois da Vale, aparecem no levantamento os casos de Petrobras e Ambev, com R$ 3,4 bilhões e R$ 2,6 bilhões em discussão, respectivamente. Ainda com processos superando a casa do bilhão surgem CSN (R$ 2,0 bilhões), Fibria (R$ 1,5 bilhão) e Gerdau (R$ 1,3 bilhão).
Das 13 companhias identificadas no levantamento, apenas o Itaú, que disputa um valor de R$ 515 milhões, possui provisão para perda. Pela regra do Banco Central, a instituição precisa tratar a cobrança como obrigação legal e constituir a reserva, mesmo que considere a cobrança ilegal e tenha chances de vencer o processo.
Todas as demais tratam os casos como de perda possível (não provável), o que exige apenas divulgação em nota explicativa, sem provisão. Isso significa que, se os resultados dos julgamentos (que têm repercussão geral) forem contrários aos contribuintes e levarem a uma mudança na expectativa de perda das empresas, de possível para provável, elas terão que constituir a provisão. Esse registro entraria como uma despesa no balanço, embora não signifique desembolso imediato de caixa.
A mudança de expectativa, contudo, não está ligada diretamente ao julgamento do STF. Depende da avaliação das próprias companhias e de seus consultores jurídicos sobre o caso específico e a jurisprudência.
O ministro relator Joaquim Barbosa, por exemplo, apresentou ontem um conceito novo na disputa, de que o Imposto de Renda e a CSLL seriam devidos apenas se a controlada no exterior estiver em paraíso fiscal. Se a tese prevalecer no tribunal, isso pode levar empresas a ter resultados e avaliações distintas, já que algumas possuem efetivamente unidades no exterior e outras detêm controladas em países com tributação favorecida apenas para planejamento fiscal.
Fonte: Valor Econômico, via aqui
Vida díficil
Uma série denominada de "vida difícil": Amor (cozinhar, futebol, acordar, comprar, ler ...) é difícil
Energia eólica
As estimativas das reservas de petróleo e gás natural são polêmicas, mas estão facilmente disponíveis há anos. Mas as reservas de energia renováveis são difíceis de serem mensuradas. Um projeto recente da Bloomberg New Energy Finance propôs uma metodologia para quantificar estas reservas renováveis. O gráfico a seguir mostra o método aplicado ao Brasil:
Ou seja, as reservas de biocombustíveis e de hidrelétricas são mais relevantes que as reservas de petróleo, carvão e gás. E as reservas de energia eólica, apesar do grande potencial, ainda são reduzidas. Mas o gráfico mostra que a tendência a valorizar excessivamente as reservas de petróleo, por exemplo, não faz sentido diante do potencial das energias renováveis. No método de cálculo considera-se os projetos existentes e os projetos planejados.
Mas outro estudo mostrou uma verdade inconveniente: a geração de energia eólica é menor que a energia consumida na produção dos painéis utilizados. A boa nova é que existe uma tendência de reverter este quadro.
Ou seja, as reservas de biocombustíveis e de hidrelétricas são mais relevantes que as reservas de petróleo, carvão e gás. E as reservas de energia eólica, apesar do grande potencial, ainda são reduzidas. Mas o gráfico mostra que a tendência a valorizar excessivamente as reservas de petróleo, por exemplo, não faz sentido diante do potencial das energias renováveis. No método de cálculo considera-se os projetos existentes e os projetos planejados.
Mas outro estudo mostrou uma verdade inconveniente: a geração de energia eólica é menor que a energia consumida na produção dos painéis utilizados. A boa nova é que existe uma tendência de reverter este quadro.
Exportação de ar
Em razão do grande deficit comercial dos Estados Unidos, metade dos contêineres exportados que saem do porto de Los Angeles estão vazios. Como aquele país exporta menos que importa e muitas empresas usam novamente os contêineres, estes recipientes são enviados de volta para os mercados exportadores. O gráfico mostra a evolução da exportação de ar neste porto:
Educação on-line
Um longo artigo do sítio Quartz debate a educação on-line (The dirty little secret of online learning: Students are bored and dropping out). Inicialmente o texto lembra que os cursos on-line são ainda experimentos e que realmente não possuem uma influencia grande sobre os alunos. Isto é polêmico, já que somos levados a acreditar que existe uma experiência consolidada de ensino à distância. E temos uma série de respeitáveis universidades usando os cursos on-line.
Outro aspecto relevante é que as quadro principais plataformas de ensino ((Coursera, EDX, Udacity e Udemy) possuem mais de 4 milhões de seguidores no momento. Um curso destas plataformas possuem em média entre 30 a 50 mil matrículas. Mas somente 10% dos alunos irão terminar cada curso. Ou seja, a evasão dos cursos são maiores que o ensino tradicional.
Qual a razão disto ocorrer? Para Todd Tauber, o autor do artigo, um dos problemas é que as pessoas que fazem a educação on-line estão ainda pensando em sala de aula. Apesar de existir uma conversa de que o ensino incorpora "anos de pesquisa" sobre o aprendizado, o mundo sofreu grandes transformações. A presença dos smartphones aumentou o número de vezes que as pessoas acessam a internet. Segundo Tauber, "os métodos de ensino do século XX simplesmente não funcionam tão bem para os alunos ocupados e distraídos do século 21".
A estrutura de um curso on-line ainda consiste de leitura, vídeos e exercícios. E possuem a estrutura de um semestre letivo.
Apesar dos avanços da educação on-line, parece que ainda falta muito o que fazer.
Outro aspecto relevante é que as quadro principais plataformas de ensino ((Coursera, EDX, Udacity e Udemy) possuem mais de 4 milhões de seguidores no momento. Um curso destas plataformas possuem em média entre 30 a 50 mil matrículas. Mas somente 10% dos alunos irão terminar cada curso. Ou seja, a evasão dos cursos são maiores que o ensino tradicional.
Qual a razão disto ocorrer? Para Todd Tauber, o autor do artigo, um dos problemas é que as pessoas que fazem a educação on-line estão ainda pensando em sala de aula. Apesar de existir uma conversa de que o ensino incorpora "anos de pesquisa" sobre o aprendizado, o mundo sofreu grandes transformações. A presença dos smartphones aumentou o número de vezes que as pessoas acessam a internet. Segundo Tauber, "os métodos de ensino do século XX simplesmente não funcionam tão bem para os alunos ocupados e distraídos do século 21".
A estrutura de um curso on-line ainda consiste de leitura, vídeos e exercícios. E possuem a estrutura de um semestre letivo.
Apesar dos avanços da educação on-line, parece que ainda falta muito o que fazer.
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