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05 abril 2013

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Entenda como atua as áreas de uma empresa: o balanço

10 dicas para identificar o plágio

Além dos programas de caçam plágio, um leitor poderá desconfiar que um texto seja plagiado a partir de algumas dicas. Apresento, a seguir, uma lista incompleta de alguns dos indícios:

1. O nível do texto é superior à capacidade do autor – Isto pode ocorrer quando você conhece quem escreveu o texto. Se o trabalho que você estiver lendo tiver uma qualidade muito acima do que você esperaria daquela pessoa, isto pode ser um sinal de plágio;
2. O texto mudou de estilo e de qualidade – O texto segue um estilo normal e, de repente torna-se muito técnico. O novo trecho tem grande chance de ter sido copiado de alguém. Outra situação próxima a esta é a mudança brusca de assunto.
3. A análise dos dados para num ano sem uma explicação plausível – Li um artigo este ano em que os autores fizeram uma análise de algumas demonstrações financeiras no ano de 2010. Não existia nenhuma razão de fazer a análise para 2010 se existiam informações disponíveis de 2011.
4. Citações difíceis de serem obtidas – Existem algumas obras que dificilmente as pessoas conseguem acesso, como artigos antigos e livros com edições esgotadas.
5. Não existe vínculo entre as partes – Alguns textos parecem Frankenstein: as partes não estão interligadas, a análise de dados não tem uma coerência com o referencial teórico e assim por diante.
6. Citações defasadas – Quando não existe nenhuma obra recente sobre o assunto no trabalho: isto pode ser um sinal de que o autor buscou em terceiros sua citação.
7. Tradução em citações literais – Alguns textos possuem citações literais de obras em outras línguas. Em geral que faz ele próprio a tradução, informa que a tradução é própria.
8. Tema pouco usual na literatura acadêmica brasileira – Há meses fui convidado a avaliar um artigo encaminhado para um periódico nacional. O assunto era pouco usual na nossa literatura, assim como a abordagem usada – baseada excessivamente em modelagem. O texto era uma tradução de um artigo publicado em língua inglesa.
9. Gráficos com baixa resolução – Se no trabalho aparecer uma figura, um gráfico, uma tabela ou fórmula com baixa resolução visual desconfie. Pode ter sido usado o Control C + Control V.
10. A formatação difere das regras pré-estabelecidas – Eis um caso típico: foi solicitado expressamente para usar as normas da ABNT na citação e o texto traz citações pelas normas da APA. Qual a razão para o autor desobedecer as normas?

Preço e valor

Eis um exemplo de diferença entre preço e valor:

Uma das frases lapidares do lendário empresário brasileiro Jorge Paulo Lemann é que “pensar grande e pensar pequeno dá o mesmo trabalho.” Nada mais salutar para quem transformou a envelhecida e estagnada Brahma, comprada por ele e seus parceiros, Marcel Telles e Beto Sicupira, em 1989, na AB InBev, a maior cervejaria do mundo. Na semana passada, Lemann pensou grande, de novo. O fundo Innova, que tem entre seus cotistas o homem mais rico do Brasil, comprou 20% da Diletto, pequena sorveteria com faturamento de R$ 30 milhões, fundada em 2007 pelo empresário paulista Leandro Scabin. De acordo com alguns relatos, Lemann e Verônica Serra, filha do ex-governador de São Paulo José Serra e candidato derrotado à Presidência da República, em 2002 e 2010, que administra o fundo, avaliaram a empresa em R$ 500 milhões.

Daí terem pago R$ 100 milhões para adquirir uma fatia minoritária da pequena sorveteria. Na verdade, DINHEIRO apurou que a dupla desembolsou metade desse valor, avaliando a Diletto em R$ 250 milhões.
(Isto é Dinheiro, Ele vale mesmo R$500 milhões, Rodrigo Caetano, 22 de marco de 2013)

Dois aspectos relevantes na questão:

a) existe um prêmio pelo controle. Isto pode ajudar a explicar a diferença entre o valor (500 milhões) e o preço pago (R$250 milhões, proporcional)

b) O acordo de aquisição pode ter envolvido cláusulas próximas a opções reais. Neste caso, o valor pode ser maior em razão do "preço pela flexibilidade".

Ex-executivo da Enron pode sair da prisão

Segundo a CNBC (via aqui), o ex-CEO da Enron, Jeffrey Skilling, tem chance de sair mais cedo da prisão por conta de um acordo com o governo dos EUA para reduzir a pena. Skilling foi condenado a 24 anos de cadeia pelo escândalo e seus advogados estão pensando em solicitar um novo julgamento por problemas processuais. Assim, para evitar um novo julgamento, o governo poderia fazer o acordo.

O escândalo da Enron é um dos eventos recentes mais marcantes da história contábil. A empresa de energia manipulava seus resultados, aparentemente com o conhecimento da empresa de auditoria, Anderson. A quebra da empresa conduziu ao fechamento da auditoria, a criação do PCAOB para fiscalizar as auditorias, a aprovação da Sarbox para regular o controle interno. Em 2006 o executivo, com 52 anos, foi condenado. Em 2009 um tribunal manteve a sentença.

(in) Experiência

Veja que figura interessante, do sítio Quartz. Alguns dos maiores bancos do mundo e o board. De branco, o executivo; roxo, membros sem experiência em finanças ou instituições financeiras; de preto, com experiência em regulação ou banco central; e cinza com experiência na área. Qual a cor que predomina? A inexperiência dos membros do conselho. Uma explicação para isto? Acredito que a presença de pessoas sem experiência faz com que as decisões não sejam questionadas.

Tributos em Coligadas

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional a cobrança de Imposto de Renda e de Contribuição Social do Lucro Líquido (CSLL) sobre lucros obtidos por empresas sediadas no Brasil que possuam controladas no exterior ou estejam coligadas com outras firmas fora do País. No entanto, o tribunal não proclamou o resultado do julgamento da ação direta de inconstitucionalidade (ADI) e mantém em suspenso o destino do caso. (...)

Os ministros decidiram adiar o julgamento para a próxima semana na tentativa de achar uma solução para o caso. Se os ministros considerarem que não há maioria para concluir o julgamento da ADI, o tribunal deixaria a ação de lado e passaria a julgar os recursos extraordinários.

O assunto interessa a grandes companhias, como a Vale, que trava na Justiça uma briga contra a cobrança de cerca de R$ 30 bilhões junto à Receita Federal. A causa deve representar R$ 36,6 bilhões em impostos, segundo cálculos da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional vistos como subestimados, já que apenas a mineradora Vale possui valor próximo a esse em disputa.


STF julga sem concluir tributo de lucro de coligadas - Por Felipe Recondo e Mariângela Gallucci