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04 abril 2013

Rir é o melhor remédio

Café da manhã no império:

Instituição de Ensino e Plágio

O que tem em comum Tom Jobim, o presidente Putin, o filho de Kadhafi, Chris “Cauda Longa” Anderson e a revista Fortune? Todos já foram acusados de plágio.

Na universidade, o plágio é considerado um dos maiores problemas. Alguns sugerem uma punição severa, mesmo que a cópia seja de algumas linhas, com a reprovação ou a retirada de circulação do artigo publicado. Em certas instituições de ensino, somente após receber um certificado de originalidade é que o aluno recebe o título de graduado.

Apesar da existência de softwares que permitem a descoberta do plágio, o problema continua a acontecer.

Mas o que fazem as universidades? Elas possuem uma política clara sobre o assunto? Uma pesquisa de Marcelo Krokoscz, publicada na Revista Brasileira de Educação (e sugerida por Alexandre Alcantara, grato) faz um estudo comparativo entre as diversas instituições. Krokoscz escolhe três instituições de ensino classificadas como as melhores de cada continente e pesquisa para saber se existe uma política institucional contra o plágio. Usa, para fins comparativos, informações da USP, Unicamp e UFSC. O resultado é assustador. Enquanto as universidades dos EUA, Europa, Ásia e Oceania possuem medidas institucionais sobre o assunto, medidas preventivas e corretivas, as instituições brasileiras restringem sua política em algumas soluções preventivas e, no caso da USP, algumas medidas corretivas. E tão somente. Isto significa dizer que o problema do plágio não é atacado pelas nossas universidades, sendo objeto de algumas ações individuais.

Sendo avaliador de artigos científicos e professor universitário convivo com o plágio rotineiramente. No último semestre solicitei artigos para meus alunos. Mesmo avisando para não fazerem cópias, dos 30 trabalhos que recebi, cinco receberam nota zero por plágio. Isto apesar dos avisos em sala de aula e da minha fama de ser intolerante quanto ao assunto. Como avaliador, já tive a experiência de ler um texto para um periódico e ao final descobrir que o mesmo era uma tradução de um artigo publicado em língua inglesa.

Talvez seja necessário que os professores que acreditam que o plágio seja algo errado tenham um apoio das suas instituições de ensino. Que, pela pesquisa, parece não acontecer nos dias de hoje no Brasil.

Leia mais em: KROKOSCZ, Marcelo. Abordagem do plágio nas três melhores universidades de cada um dos continentes e do Brasil. Revista Brasileira de Educação. Volume 16, n. 48, 2011.

Turismo e perigo

O governo do Canadá publicou um mapa de orientação aos turistas classificando os destinos.



Os países em verde são aqueles onde o turista pode viajar sem preocupação (EUA, Chile, Uruguai, Europa, Austrália, Nova Zelandia e Botswana); de azul, a viagem pode ser feita com alguma cautela (Brasil, Argentina, China, entre outros); em amarelo os países onde você deve evitar algumas áreas (México, Peru, Colômbia, Venezuela, Russia, Índia); de laranja escuro, o turista deve evitar viagens não essenciais (Líbia, Congo, Paquistão, por exemplo); e de vermelho, não vá.

Concurso público

O Departamento de Contabilidade de Volta Redonda da UFF está abrindo vagas para professor:

1 vaga para professor de 40 horas de contabilidade tributária. As inscrições serão no período de 05/04/2013 A 29/04/2013, com prova escrita e didática nos dias 20/05/2013 A 24/05/2013.

1 vaga de professor substituto, 40 horas, para Contabilidade Geral e Custos, com inscrições no período de 02/04/2013 A 11/04/2013 e prova escrita e didática nos dias 16/04/2013 A 18/04/2013

Mais informações aqui

Evidenciação no Face e Twitter

Os anúncios financeiros empresariais poderão ser feitos a partir de agora em redes sociais como Twitter ou Facebook, enquanto os investidores souberem qual rede social será utilizada por cada empresa, anunciou nesta terça-feira o organismo regulador da bolsa americana (SEC).

A Securities and Exchange Comission (SEC, na sigla em inglês) publicou nesta terça-feira um relatório em que confirma que as empresas podem anunciar informações importantes nas redes sociais "como fazem em suas páginas na internet".

"A maior parte das redes sociais representam métodos de comunicação perfeitamente adaptados para os investidores, salvo se o acesso for restrito ou se os investidores não saibam (para qual) devem se dirigir para obter os últimos dados" publicados, detalhou George Canellos, diretor da aplicação de regulamentos da SEC.

O debate sobre a legalidade das informações financeiras publicadas nas redes sociais foi lançado depois de um anúncio no Facebook sobre dados referentes à rede de locação de vídeos pela internet Netflix.

A SEC tinha ameaçado na ocasião o Netflix com abrir um processo por violar uma regra que proíbe a duplicação seletiva de dados importantes com a finalidade de garantir um acesso idêntico à informação para todos os investidores, tanto individuais quanto institucionais.

Depois desta polêmica, a SEC reconheceu que houve "incerteza no mercado" e esclareceu nesta terça-feira as regras de publicação nas redes sociais.


Anúncios financeiros nos EUA poderão ser feitos no Facebook e no Twitter - Por AFP
NOVA YORK, 03 Abr 2013 (AFP) -

Leis

Hoje o dia foi emocionante para quem gosta de leis.

Primeiro, a presidente

sancionou nesta quarta-feira a lei que desonera a folha de pagamento de vários setores da economia. Com a medida, as empresas deixarão de recolher os 20% da contribuição previdenciária e passarão a pagar de 1% a 2% sobre o faturamento.

O benefício, no entanto, não abrangerá os 48 setores previstos no texto final da Medida Provisória 582, que deu origem à nova lei.(...)

Além da desoneração da folha de pagamentos, a lei sancionada nesta quarta-feira permite a depreciação acelerada de máquinas e equipamentos para as empresas tributadas com base no lucro real.


Sobre o lucro presumido

vetou a ampliação do número de empresas que podem optar por uma forma de tributação considerada menos burocrática e que pode permitir o pagamento de um imposto menor: o cálculo a partir do lucro presumido.

Finalmente

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou mais uma vez a decisão sobre a legalidade da cobrança de Imposto de Renda e da CSLL sobre lucros obtidos por empresas controladas ou coligadas no exterior. Durante toda a tarde desta quarta-feira, a Corte discutiu o assunto, mas o STF ainda não chegou a um consenso. O debate será retomado na quarta-feira da próxima semana, dia 10.

Lucro das empresas em 2012

O lucro acumulado [1] das 325 empresas de capital aberto do País teve queda de 33,29% no ano passado, segundo levantamento da Economática. No total, o lucro dessas companhias caiu de R$ 192,5 bilhões em 2011 para R$ 128,4 bilhões em 2012. As empresas ligadas à área de commodities (petróleo, siderurgia, mineração e energia), as do segmento de construção e os bancos tiveram os piores resultados.

"Se tirarmos as principais estatais - Petrobrás, Eletrobrás e Banco do Brasil a queda é de 27,95% [2]", diz Einar Rivero, autor do levantamento e gerente de relacionamento institucional e comercial da Economática.

O lucro líquido caiu mais dramaticamente, em porcentagem, para o setor de construção civil: despencou do resultado positivo de R$ 3,4 bilhões em 2011 para um prejuízo de R$ 1,03 bilhão no ano passado, totalizando queda de 130,44% [3]. Os R$ 2,17 bilhões em perdas da PDG Realty puxaram para baixo os números do segmento [4].

"Os custos da construção subiram muito", explica Catarina Pedrosa, analista do Banco Espírito Santo (BES). "Antes de iniciar uma obra, as empresas fazem um orçamento. O que aconteceu é que, no momento da construção, os custos extrapolaram esse orçamento. Essa diferença pesa nos resultados das construtoras", diz Catarina.

As empresas de siderurgia e metalurgia, mineração, petróleo e energia também tiveram um ano ruim. As siderúrgicas tiveram queda média de 103% no lucro acumulado [1]. As de mineração amargaram diminuição de 76% e as de energia, de 61%.

O câmbio, segundo Catarina, foi um dos fatores que prejudicaram essas companhias. "O dólar começou o ano valendo R$ 1,87 e terminou a R$ 2,04. Só isso gera uma perda média de 10% [5] sobre qualquer dívida em dólar que essas empresas têm", afirma.

Dentre esses quatro setores - todos de commodities -, dois tiveram um ano de queda no lucro por conta de fatores ligados à piora nas condições do mercado externo. Foi o que impactou as empresas de mineração e siderurgia. Os outros dois segmentos - petróleo e energia - foram afetados por medidas do governo, que acabaram influenciando também o resultado ruim dos bancos. Embora tenham sido as empresas mais lucrativas do ano, com R$ 45,7 bilhões, o resultado dos bancos encolheu R$ 4,39 bilhões, ou 8,76% em relação a 2011.

"A redução das taxas de juros : pelo governo gerou um impacto negativo no resultado dos bancos", explica Rivero. "O governo também segurou o preço dos combustíveis e isso prejudicou principalmente a Petrobrás." Já as novas regras para o setor de energia afetou as elétricas, como a Eletrobrás, que teve no fim do ano passado o pior resultado trimestral de uma companhia aberta na história do mercado financeiro brasileiro: um prejuízo de R$ 10,49 bilhões.

Do outro lado. Os números negativos do levantamento da Economática, segundo o analista André Cleto Carvalhaes, da AC2 Investimentos, refletem o cenário ruim para as commodities. Mas, desconsiderando o resultado dessas companhias e as do setor financeiro, o panorama é um pouco mais animador. Nesse grupo estão 94 companhias, principalmente as do setor de bens de consumo e comércio.

"O lucro dessas empresas aumentou de R$ 43,8 bilhões para R$ 45,1 bilhões", disse Carvalhaes. A maior delas é a Ambev, que teve lucro 20% maior. Em seguida vêm Telefônica e Cielo (veja ao lado). Tiveram grandes altas no lucro empresas como a Kroton, de educação, que lucrou 540% mais, e IMC (de restaurantes), com crescimento de 950%. "Essas empresas estão mais ligadas à economia doméstica", disse o analista.


Lucro das empresa de capital aberto teve queda de 33% no ano passado - Lílian Cunha - O Estado de S. Paulo - 03/04/2013

[1] O termo melhor seria "o lucro somado". "Lucro acumulado" seria outra coisa.
[2] Isto mostra que o desempenho ruim não se deveu somente as estatais.
[3] Os cálculos percentuais estão corretos !
[4] Se não fosse o resultado desta empresa o setor teria lucro.
[5] Na verdade seria 9,1%