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04 abril 2013

Lucro das empresas em 2012

O lucro acumulado [1] das 325 empresas de capital aberto do País teve queda de 33,29% no ano passado, segundo levantamento da Economática. No total, o lucro dessas companhias caiu de R$ 192,5 bilhões em 2011 para R$ 128,4 bilhões em 2012. As empresas ligadas à área de commodities (petróleo, siderurgia, mineração e energia), as do segmento de construção e os bancos tiveram os piores resultados.

"Se tirarmos as principais estatais - Petrobrás, Eletrobrás e Banco do Brasil a queda é de 27,95% [2]", diz Einar Rivero, autor do levantamento e gerente de relacionamento institucional e comercial da Economática.

O lucro líquido caiu mais dramaticamente, em porcentagem, para o setor de construção civil: despencou do resultado positivo de R$ 3,4 bilhões em 2011 para um prejuízo de R$ 1,03 bilhão no ano passado, totalizando queda de 130,44% [3]. Os R$ 2,17 bilhões em perdas da PDG Realty puxaram para baixo os números do segmento [4].

"Os custos da construção subiram muito", explica Catarina Pedrosa, analista do Banco Espírito Santo (BES). "Antes de iniciar uma obra, as empresas fazem um orçamento. O que aconteceu é que, no momento da construção, os custos extrapolaram esse orçamento. Essa diferença pesa nos resultados das construtoras", diz Catarina.

As empresas de siderurgia e metalurgia, mineração, petróleo e energia também tiveram um ano ruim. As siderúrgicas tiveram queda média de 103% no lucro acumulado [1]. As de mineração amargaram diminuição de 76% e as de energia, de 61%.

O câmbio, segundo Catarina, foi um dos fatores que prejudicaram essas companhias. "O dólar começou o ano valendo R$ 1,87 e terminou a R$ 2,04. Só isso gera uma perda média de 10% [5] sobre qualquer dívida em dólar que essas empresas têm", afirma.

Dentre esses quatro setores - todos de commodities -, dois tiveram um ano de queda no lucro por conta de fatores ligados à piora nas condições do mercado externo. Foi o que impactou as empresas de mineração e siderurgia. Os outros dois segmentos - petróleo e energia - foram afetados por medidas do governo, que acabaram influenciando também o resultado ruim dos bancos. Embora tenham sido as empresas mais lucrativas do ano, com R$ 45,7 bilhões, o resultado dos bancos encolheu R$ 4,39 bilhões, ou 8,76% em relação a 2011.

"A redução das taxas de juros : pelo governo gerou um impacto negativo no resultado dos bancos", explica Rivero. "O governo também segurou o preço dos combustíveis e isso prejudicou principalmente a Petrobrás." Já as novas regras para o setor de energia afetou as elétricas, como a Eletrobrás, que teve no fim do ano passado o pior resultado trimestral de uma companhia aberta na história do mercado financeiro brasileiro: um prejuízo de R$ 10,49 bilhões.

Do outro lado. Os números negativos do levantamento da Economática, segundo o analista André Cleto Carvalhaes, da AC2 Investimentos, refletem o cenário ruim para as commodities. Mas, desconsiderando o resultado dessas companhias e as do setor financeiro, o panorama é um pouco mais animador. Nesse grupo estão 94 companhias, principalmente as do setor de bens de consumo e comércio.

"O lucro dessas empresas aumentou de R$ 43,8 bilhões para R$ 45,1 bilhões", disse Carvalhaes. A maior delas é a Ambev, que teve lucro 20% maior. Em seguida vêm Telefônica e Cielo (veja ao lado). Tiveram grandes altas no lucro empresas como a Kroton, de educação, que lucrou 540% mais, e IMC (de restaurantes), com crescimento de 950%. "Essas empresas estão mais ligadas à economia doméstica", disse o analista.


Lucro das empresa de capital aberto teve queda de 33% no ano passado - Lílian Cunha - O Estado de S. Paulo - 03/04/2013

[1] O termo melhor seria "o lucro somado". "Lucro acumulado" seria outra coisa.
[2] Isto mostra que o desempenho ruim não se deveu somente as estatais.
[3] Os cálculos percentuais estão corretos !
[4] Se não fosse o resultado desta empresa o setor teria lucro.
[5] Na verdade seria 9,1%

Accountability

O resultado dessa investigação revelou que no nosso país a administração pública NÃO ENXERGA no usuário dos serviços públicos O DIREITO de ser bem atendido. O funcionário público convencional, com raras exceções, trata a maioria dos cidadãos com desrespeito enquanto dispensa atenção especial para os “chegados” (efeito propina). Ou seja, no Brasil, os órgãos públicos estão absolutamente à vontade para pintar e bordar; fazer o que bem entender sem nenhuma preocupação com as consequências das suas atitudes, como se o universo da administração pública fosse uma terra sem lei. Os órgãos formais de controle até existem, mas nunca punem ninguém; concentram-se somente na teatralidade das formalidades da burocracia sofismática para inglês ver. (Difícil compreensão do “accountability”, Reginaldo de Oliveira)

03 abril 2013

Rir é o melhor remédio

Quem é quem na internet

A mente do Consumidor

Se você estudou marketing, provavelmente desconfiou como é fácil manipular o consumidor. Muitas pesquisas mostraram que fatores como cor, fotografias, disposição do produto, forma de abordagem afetam a decisão de comprar de um individuo. A cada dia somos surpreendidos por novas descobertas neste campo.

Roger Dooley, do blog neuromarketing, reuniu algumas maneiras que as empresas usam para influenciar a mente do consumidor. E publicou os textos num livro denominado, de maneira apropriada, Como influenciar a mente do Consumidor. São cem formas de influenciar, apresentadas em 14 partes, de maneira didática e sem complicação. O livro é muito interessante para o consumidor, o dono de uma empresa e o pesquisador. Para o consumidor, a leitura serve de alerta para não cair nas técnicas modernas usadas para venda. Para o dono da empresa, é um bom manual para ajudar a aumentar as vendas. E para o pesquisador, a leitura abre um grande leque de potenciais pesquisas. Ou seja, é um livro de grande utilidade.

Talvez pelo fato de expor muitas técnicas em pouco mais de 250 páginas, a sua leitura deve ser em pequenas doses. É o livro ideal para deixar no automóvel e ler alguns trechos enquanto espera alguém. Apresento a seguir alguns dos conselhos resultantes das pesquisas já realizadas.

Vale a pena? Sem dúvida.

Evidenciação: Este blogueiro adquiriu a obra numa livraria, não tendo sido induzido a fazer esta postagem pelas partes interessadas.

Melhor banco

A revista Euromoney premiou o Bank of Cyprus como o melhor de Chipre em 2012. O banco divulga isto. Ironia.

Eleição no Vaticano

Durante o conclave para eleição do novo papa foi noticiado que a Itália detinha 1/5 dos votos e que os EUA detinham 1/10. Um texto de um professor italiano, Nicolas Boccard, apresenta alguns cálculos curiosos sobre a disparidade entre o número de cardeais e o número de católicos.

Boccard lembra que o grande número de cardeais italianos é decorrente do passado, quando os meios de transporte e de comunicação eram ineficientes. Mas usando dados de população católica, Boccard mostra que o hemisfério norte está bem representado. Considerando a população de católicos destes países e o número de cardeais - uma relação de 9,3 milhões de católicos por cardeal - Boccard faz um exercício matemático, premiando cada país com 9,3 milhões com um cardeal.

O Brasil, com 5 cardeais, deveria ter 14, e seria o país com maior ganho em termos de cardeais. Isto significa, em outras palavras, que o país está mal representado no colégio dos cardeais. Já a Itália, com 28 atualmente, deveria ter 5. México e Filipinas também ganhariam com este critério (mais sete cardeais), enquanto a Índia perderia quatro.