A goma de mascar não ajuda a perder peso, conforme revelou um estudo. Na realidade, a goma induz as pessoas a comerem mais alimentos de baixa qualidade nutricional, como batata frita, biscoito ou doce. O sabor do mentol, presente na goma, reduz o desejo de comer frutas e legumes, uma vez que a goma altera o sabor dos alimentos.
Mas uma segunda pesquisa mostrou que o consumo pode ajudar na capacidade de concentração.
Fonte: Aqui
28 março 2013
27 março 2013
Proficiência em Inglês
O mapa apresenta os países segundo o índice de proficiência em inglês. Em azul, os países onde a população é muito proficiente. Basicamente a Escandinávia. Em vermelho, as pessoas são proficientes, representado pela Alemanha e vizinhos. De laranja, moderadamente proficiente, que inclui Argentina, Ibéria, França e Índia (mas esta foi colonizada pela Inglaterra). De verde, baixa proficiência, que está representado pelo México, Rússia, China, Peru, Uruguai, entre outros. De amarelo, muito baixa proficiência, que está o Brasil.
E iremos receber turistas na Copa e Olimpíadas.
E iremos receber turistas na Copa e Olimpíadas.
26 março 2013
Faleceu Lino Martins
Faleceu o professor Lino Martins. Especialista na área pública, Lino fazia parte do Conselho Editorial da RBC e do Conselho Científico da Repec, tendo participação expressiva nas discussões da área pública no Brasil. Era português de nascimento, mas brasileiro de coração, já que vivia desde os 7 anos no Rio de Janeiro. Foi professor do mestrado da UERJ, além de ter ministrado aulas na Gama Filho. Tem livro na área de contabilidade governamental, além de capítulos de livros e artigos.
E era blogueiro. Numa área tão carente, as postagens do professor Lino era uma luz numa área tão carente.
A notícia do falecimento pode ser encontrada aqui ou aqui. Um perfil dele, escrito por ele mesmo, aqui
E era blogueiro. Numa área tão carente, as postagens do professor Lino era uma luz numa área tão carente.
A notícia do falecimento pode ser encontrada aqui ou aqui. Um perfil dele, escrito por ele mesmo, aqui
Efeito Mateus
O termo “efeito Mateus” foi criado pelo sociólogo Merton na década de sessenta. A inspiração está numa história da bíblia (existente no Evangelho de Mateus - foto), contada por Jesus, onde o senhor deu a três empregados 5, 2 e 1 talento. O que recebeu mais conseguiu duplicar o dinheiro; aquele que recebeu 2 talentos também dobrou a quantia; mas aquele que recebeu 1 talento escondeu seu dinheiro embaixo da terra, com medo de roubarem. Ao pedir conta do dinheiro, o senhor repreende o servo que recebeu 1 talento, dizendo que ele foi mau e preguiçoso: “tirai este talento e daí ao que tem dez. Dar-se-á ao que tem e terá em abundância. Mas ao que não tem, tirar-se-á mesmo aquilo que julga ter”.
Merton usou esta parábola para caracterizar as situações onde pequenas diferenças iniciais são ampliadas no tempo. Malcolm Gladwell, no livro Outliers, conta o caso dos meninos que são selecionados para compor um time de futebol. Em geral esta seleção é feita por idade. Assim, os garotos de oito anos serão selecionados para formar um grupo de jogadores com esta idade. O problema é que o menino que nasceu em janeiro tem uma vantagem sobre o garoto que nasceu em dezembro de quase um ano. Esta pequena vantagem inicial faz com que a criança que nasceu em janeiro seja considerada como mais apta ao esporte que seu colega que tem dezembro como data de nascimento. Assim, os garotos que nasceram no início do ano acabam prevalecendo sobre os demais. Isto caracteriza o efeito Mateus.
Três pesquisadores tentaram verificar a existência do efeito Mateus na área acadêmica. Pierre Azoulay, Yanbo Wang e Toby Stuart usaram artigos científicos para verificar se os pesquisadores, e seus artigos, que foram premiados com o Howard Hughes Medical Investigator sofriam a influencia da fama. A resposta foi afirmativa. E o efeito Mateus é significante quando existe uma incerteza sobre a qualidade do artigo. Isto ocorre, por exemplo, quando estou na dúvida se um artigo é bom, mas diante de um nome conhecido, decido ler.
Apesar disto, os autores fazem um alerta: o efeito Mateus é superestimado na literatura. Isto justifica o título do artigo: efeito ou fábula?
Fonte: Azoulay, Pierre; Wang, Yanbo; Stuart, Toby. Matthew: Effect or Fable? Working paper, dez 2012,
Merton usou esta parábola para caracterizar as situações onde pequenas diferenças iniciais são ampliadas no tempo. Malcolm Gladwell, no livro Outliers, conta o caso dos meninos que são selecionados para compor um time de futebol. Em geral esta seleção é feita por idade. Assim, os garotos de oito anos serão selecionados para formar um grupo de jogadores com esta idade. O problema é que o menino que nasceu em janeiro tem uma vantagem sobre o garoto que nasceu em dezembro de quase um ano. Esta pequena vantagem inicial faz com que a criança que nasceu em janeiro seja considerada como mais apta ao esporte que seu colega que tem dezembro como data de nascimento. Assim, os garotos que nasceram no início do ano acabam prevalecendo sobre os demais. Isto caracteriza o efeito Mateus.
Três pesquisadores tentaram verificar a existência do efeito Mateus na área acadêmica. Pierre Azoulay, Yanbo Wang e Toby Stuart usaram artigos científicos para verificar se os pesquisadores, e seus artigos, que foram premiados com o Howard Hughes Medical Investigator sofriam a influencia da fama. A resposta foi afirmativa. E o efeito Mateus é significante quando existe uma incerteza sobre a qualidade do artigo. Isto ocorre, por exemplo, quando estou na dúvida se um artigo é bom, mas diante de um nome conhecido, decido ler.
Apesar disto, os autores fazem um alerta: o efeito Mateus é superestimado na literatura. Isto justifica o título do artigo: efeito ou fábula?
Fonte: Azoulay, Pierre; Wang, Yanbo; Stuart, Toby. Matthew: Effect or Fable? Working paper, dez 2012,
GRI: Global Reporting Initiative
Por Isabel Sales
Em "Canibais com Garfo e Faca" John Elkington afirma que um novo paradigma da transparência incluirá a comunicação aberta, baseada no direito de saber, que será acumulada na abordagem triple bottom line (TBL). A TBL envolve acessar os valores de uma entidade, suas estratégias e práticas, e como esses podem ser utilizados para atingir os objetivos econômicos, ambientais e sociais, sempre considerando uma forma de minimizar qualquer dano resultante de suas atividades. Enquanto relatórios financeiros tradicionais focam primariamente a lucratividade e outras performances financeiras, a dimensão econômica da TBL tem a intenção de capturar e apresentar uma visão compreensiva da interação da corporação com todos os stakeholders.
A Global Reporting Initiative (GRI) é uma instituição independente com o propósito de desenvolver e disseminar diretrizes para relatórios de sustentabilidade (sustainability reporting guidelines) globalmente aplicáveis. A GRI é pioneira no desenvolvimento e divulgação da triple bottom line (TBL) e é um centro de colaboração extraoficial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP).
As diretrizes para relatórios de sustentabilidade da GRI, que são revisadas e atualizadas a cada dois anos, se tornaram um dos mais respeitados guias para a abordagem TBL e parte do princípio que os stakeholders exigem informações sociais e ambientais que acrescentem credibilidade quanto a interação entre uma empresa e o meio-ambiente. Espera-se que com a adoção dessas haja redução de inconsistência nas informações de evidenciação ambiental.
Teoricamente, vários fatores direcionam essa mudança na forma de divulgação adotada pelas empresas. A comunicação eficiente com stakeholders exerce um papel importante em suas percepções, portanto acredita-se no poder de proteger e melhorar a reputação da empresa. Mais de 50% dos fiduciários de fundos de pensão britânicos buscam objetivos não financeiros – não necessariamente porque acreditam que estão seguindo o interesse dos usuários, mas também para proteger seus "bons nomes" do ataque de ativistas ("Ethical Investment: Deconstructing The Myth").
Além disso, um número crescente de investidores inclui fatores sociais e ambientais em seu processo decisório. A publicação de relatórios de TBL é uma forma de aumentar a atratividade a esse grupo ao assegurar que a empresa está aliando a sua comunicação e a sua atitude aos interesses desses acionistas. Ademais, acredita-se haver um efeito positivo no preço das ações.
Há ainda um crescente número de evidências que sugerem que as performances econômica, social e ambiental têm a capacidade de afetar as opiniões dos participantes do mercado sobre a exposição da empresa a riscos. Segundo o The Allen Consulting Group, o risco, nesse caso, não considera somente o de investimento, mas também a pressão política e da comunidade, além de ameaças ambientais.
Atualmente a TBL existe como uma forma de balanced scorecard que captura em números e palavras o grau em que uma companhia está, ou não, criando valor para seus acionistas e para a sociedade. O termo também é usualmente utilizado como sinônimo para sustentabilidade, em grande parte devido à referência da SustainAbility à relação entre os três aspectos da triple bottom line. As três linhas representam a sociedade, a economia e o meio-ambiente. A sociedade depende da economia – e a economia depende do ecossistema global, cuja saúde representa a linha máxima de resultado.
Em "Canibais com Garfo e Faca" John Elkington afirma que um novo paradigma da transparência incluirá a comunicação aberta, baseada no direito de saber, que será acumulada na abordagem triple bottom line (TBL). A TBL envolve acessar os valores de uma entidade, suas estratégias e práticas, e como esses podem ser utilizados para atingir os objetivos econômicos, ambientais e sociais, sempre considerando uma forma de minimizar qualquer dano resultante de suas atividades. Enquanto relatórios financeiros tradicionais focam primariamente a lucratividade e outras performances financeiras, a dimensão econômica da TBL tem a intenção de capturar e apresentar uma visão compreensiva da interação da corporação com todos os stakeholders.
A Global Reporting Initiative (GRI) é uma instituição independente com o propósito de desenvolver e disseminar diretrizes para relatórios de sustentabilidade (sustainability reporting guidelines) globalmente aplicáveis. A GRI é pioneira no desenvolvimento e divulgação da triple bottom line (TBL) e é um centro de colaboração extraoficial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP).
As diretrizes para relatórios de sustentabilidade da GRI, que são revisadas e atualizadas a cada dois anos, se tornaram um dos mais respeitados guias para a abordagem TBL e parte do princípio que os stakeholders exigem informações sociais e ambientais que acrescentem credibilidade quanto a interação entre uma empresa e o meio-ambiente. Espera-se que com a adoção dessas haja redução de inconsistência nas informações de evidenciação ambiental.
Teoricamente, vários fatores direcionam essa mudança na forma de divulgação adotada pelas empresas. A comunicação eficiente com stakeholders exerce um papel importante em suas percepções, portanto acredita-se no poder de proteger e melhorar a reputação da empresa. Mais de 50% dos fiduciários de fundos de pensão britânicos buscam objetivos não financeiros – não necessariamente porque acreditam que estão seguindo o interesse dos usuários, mas também para proteger seus "bons nomes" do ataque de ativistas ("Ethical Investment: Deconstructing The Myth").
Além disso, um número crescente de investidores inclui fatores sociais e ambientais em seu processo decisório. A publicação de relatórios de TBL é uma forma de aumentar a atratividade a esse grupo ao assegurar que a empresa está aliando a sua comunicação e a sua atitude aos interesses desses acionistas. Ademais, acredita-se haver um efeito positivo no preço das ações.
Há ainda um crescente número de evidências que sugerem que as performances econômica, social e ambiental têm a capacidade de afetar as opiniões dos participantes do mercado sobre a exposição da empresa a riscos. Segundo o The Allen Consulting Group, o risco, nesse caso, não considera somente o de investimento, mas também a pressão política e da comunidade, além de ameaças ambientais.
Atualmente a TBL existe como uma forma de balanced scorecard que captura em números e palavras o grau em que uma companhia está, ou não, criando valor para seus acionistas e para a sociedade. O termo também é usualmente utilizado como sinônimo para sustentabilidade, em grande parte devido à referência da SustainAbility à relação entre os três aspectos da triple bottom line. As três linhas representam a sociedade, a economia e o meio-ambiente. A sociedade depende da economia – e a economia depende do ecossistema global, cuja saúde representa a linha máxima de resultado.
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