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20 março 2013

Rir é o melhor remédio


O mito do Valor do Acionista

O objetivo de uma empresa é adicionar valor para o acionista. Este é o mantra das finanças corporativas há décadas. Lynn Stout, num pequeno livro com um pouco mais de cem páginas (STOUT, Lynn. The Shareholder value myth. San Francisco, Berrett-Koehler, 2012), afirma que colocar os acionistas em primeiro lugar pode prejudicar os investidores, a empresa e o público. O livro possui oito capítulos.

Logo no inicio Stout refaz a história do pensamento sobre como adicionar valor ao acionista tornou-se um mantra. Logo a seguir, três capítulos discutindo como isto está errado em termos de direito, economia e na prática da empresa. A seguir, a autora discute a controvérsia entre o especulador, voltado para o curto prazo, e o investidor de longo prazo. Stout afirma que não existe único tipo de acionista e que seus interesses podem ser contraditórios. Assim como os fundos hedges e outros investidores. Em outras palavras, adicionar valor para o acionista ignora que diferentes acionistas possuem diferentes valores. Stout afirma que o foco no acionista é uma ideologia baseado num pensamento simplista, não na realidade.

O livro é fácil e rápido de ler. Possui alguns argumentos interessantes e questiona o pensamento dominante das finanças atuais. Entretanto, alguns trechos possuem um simplismo em excesso. Stout considera como argumento factível o fato de que o direito dos Estados Unidos, em nenhum momento, considera que adicionar valor ao acionista.

Em outro trecho, ao tentar explicar a teoria de agência de Jensen e Meckling, a autora afirma, de maneira preconceituosa, que ambos são economistas, não homens de negócios ou advogados.

Vale a pena? Não. O livro possui algumas poucas ideias que não são adequadamente desenvolvidas.

Evidenciação: Este blogueiro adquiriu a obra numa livraria, não tendo sido induzido a fazer esta postagem pelas partes interessadas.

Gustavo Franco: Proeza de relacionar

O economista Gustavo Franco não tem livros na cabeceira. Como sofre de insônia, segue o conselho dos médicos: perto da cama, só o remédio para dormir. Seria como continuar o expediente noite adentro, explica o sócio-fundador da Rio Bravo, que já passa o dia cercado de livros, desde os cinco anos de idade, quando ganhou, em um sorteio no colégio onde acabara de ingressar, a coleção O Mundo da Criança. "Estava em um auditório lotado e tive que subir ao palco para apertar a mão do padre, morrendo de vergonha", conta ele, bem humorado. "Aquilo me deu um senso de responsabilidade. Tinha que ler tudo."

Milhares de livros depois — reunidos na imensa biblioteca em que estão também os 14 volumes que ele próprio publicou —, o economista carioca voltou ao universo infantil. Está lendo O Mágico de Oz, clássico cheio de simbolismos de L. Frank Baum. A leitura tem relação com o projeto de seu próximo livro e mais do que isso ele não revela. Vale lembrar que, no currículo de escritor, Gustavo Franco exibe a proeza de relacionar assuntos econômicos às obras de autores como Fernando Pessoa, Shakespeare, Machado de Assis e Goethe. Em alguns dos livros, esbanja erudição. Em outros, como no último As Leis Secretas da Economia [aqui e aqui], inspirado nas ideias de Roberto Campos e Alexandre Kafka, usa também da fina ironia que tanto incomodou adversários em sua passagem pelo governo.

[...] "Tive uma trajetória bem sequencial: academia, governo e setor privado. Na minha geração, alguns escolheram começar pela academia, outros foram logo para o mercado financeiro. A vantagem de estar hoje no setor privado é que posso ter mais encontros com a minha ‘amante’", afirma. "A literatura é a minha paixão."

Formado e forjado pelo Departamento de Economia da PUC do Rio, no qual foi assistente de seu professor Edmar Bacha, e com doutorado em Harvard, Franco ainda dá aulas na universidade carioca uma vez por semana, conciliando a agenda com três dias de reuniões na sede da Rio Bravo em São Paulo. "Eu poderia ser executivo full time. Teria outro tipo de remuneração, mas não sobraria tempo para mais nada." Na empresa, que tem sob gestão R$ 10 bilhões de recursos de terceiros, ocupa o cargo de estrategista-chefe, além de presidente do conselho de administração.

Ele já foi mais solicitado pela imprensa para dar palpites sobre a política econômica, o que também fazia quando mantinha colunas em jornais. Mas agora a sua análise do noticiário está basicamente a serviço do trabalho: "Tenho que saber o que está acontecendo para investir o dinheiro dos outros, claro. Mas os comentários de conjuntura me ocupavam demais e preferi me dedicar a projetos de maior fôlego". Lembro-lhe, então, que ele era mais crítico em relação ao governo quando mantinha uma coluna no jornal. Não sente falta disso? "É, às vezes dá vontade de falar. Mas apesar de ter minhas antipatias ao que o governo faz, gostaria tanto que desse certo... nem sempre é o que acontece (risos)."

Pergunto-lhe se estaria envolvido com a elaboração de uma agenda econômica para o pré-candidato Aécio Neves, já que é filiado ao PSDB. "Andam me envolvendo. Mas, por enquanto, não. Alguns colegas estão ativos nesse assunto, o momento ainda vai esquentar. As próximas eleições serão mais competitivas do que as pessoas imaginam, e isso vai ser bom para o Brasil." E quanto a ele, seria ministro de Aécio?

Gustavo Franco havia passado por uma hora e meia de entrevista paciente e bem humorado. Quando ria, o fazia discretamente. Dessa vez, ele apenas baixa o rosto, como que constrangido com a pergunta. "Não. Não sei", responde. "Vi vários colegas antes de mim irem para o governo esperançosos e voltarem machucados. Era a mesma guerra contra a inflação. Ocorre que, no meu caso, não foi uma experiência de meses, que me daria o direito de voltar para a academia falando mal da política. Foram anos. E nós ganhamos a parada."

Se as pretensões políticas ficaram no ar, os fãs (sua disciplina é das mais disputadas na PUC, e seu livro, Cartas a um Jovem Economista, um sucesso comercial) poderão ao menos contar com mais livros de Gustavo Franco. Que venha, então, a sua versão das aventuras de Dorothy. Ou, quem sabe, o romance há anos repousando escondido na gaveta.

Fonte: Aqui

Microsoft investigada


A Microsoft está sendo investigada pelo governo dos Estados Unidos por sua relação com parceiros de negócios que supostamente subornaram funcionários de governos estrangeiros em troca de contratos de software. A informação foi revelada por pessoas familiarizadas com o assunto ao The Wall Street Journal.

O diário americano informa que advogados do Departamento de Justiça e da Securities and Exchange Commision (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos EUA, examinam as alegações de propina feitas por um ex-representante da Microsoft na China, bem como a relação da empresa com revendedores e consultores na Romênia e Itália. A investigação está em fase preliminar, e se nada for comprovado pode ser arquivada e não custar nada aos cofres da companhia.

Em nota, o vice-presidente e conselheiro geral da Microsoft, John Frank, manifestou-se sobre as acusações dizendo que a companhia coopera plenamente em todas as investigações feitas pelo governo. “Nossa responsabilidade é dar passos para treinar nossos colaboradores e para construir sistemas de prevenção e detecção de violações, e quando recebemos denúncias, investigá-las plenamente e tomar as medidas adequadas”, declarou.

Tempo de deslocamento casa-trabalho

Eis um estudo do Ipea sobre o tempo de deslocamento casa- trabalho no Brasil no período de 1992 e 2009. Primeiro, a sinopse da pesquisa, alguns gráficos e, em seguida, uma reportagem da Folha que cita o mesmo estudo do Ipea.


Este texto tem como objetivo analisar o tempo que a população gasta em deslocamentos  urbanos casa-trabalho no Brasil no período compreendido entre 1992 e 2009. A análise  enfatiza as diferenças encontradas entre as nove maiores regiões metropolitanas (RMs)  do país mais o Distrito Federal (DF), além de destacar como estas diferenças variam de  acordo com níveis de renda e sexo. O estudo se baseia nos dados da Pesquisa Nacional  por Amostra de Domícilios (PNAD), gerados pelo Instituto Brasileiro de Geografia  e Estatística (IBGE), uma fonte de dados até hoje pouco explorada em estudos sobre
transporte urbano no Brasil. A PNAD não é uma pesquisa desenhada com o propósito  de investigar a fundo o tema do transporte urbano; no entanto, esta é a única pesquisa  amostral de larga escala feita no país com informações sobre o tempo de deslocamento  casa-trabalho disponíveis anualmente – desde 1992 – tanto para o nível nacional quanto para o subnacional (estados e regiões metropolitanas). Destacam-se cinco principais  resultados: 

i) o tempo de deslocamento casa-trabalho, que no ano de 2009 era 31% maior nas RMs de São Paulo e Rio de Janeiro se comparado às demais RMs;

ii) os trabalhadores de baixa renda (1o  decil de renda) fazem viagens, em média, 20% mais longas  do que os mais ricos (10o  decil), e 19% dos mais pobres gastam mais de uma hora de  viagem contra apenas 11% dos mais ricos; 

iii) esta diferença de tempo de viagem entre  ricos e pobres varia entre as RMs, sendo muito maior em Belo Horizonte, Curitiba e  no DF, e quase nula em Salvador, Recife, Fortaleza e Belém; 

iv) os dados apontam para  uma tendência de piora nas condições de transporte urbano desde 1992, aumentando os
tempos de deslocamento casa-trabalho; no entanto, esta piora tem sido mais intensa entre as pessoas do 1o
 decil de renda e especialmente entre a população mais rica (entre 7o e 10o decil), diminuindo as diferenças de tempo de viagem entre faixas de renda no período analisado; e

v) a diferença do tempo médio gasto nos deslocamentos casa-trabalho entre homens e mulheres diminuiu consideravelmente desde 1992, com pequenas diferenças ainda presentes nos grupos extremos de renda. Observa-se neste trabalho que as tendências observadas no Brasil não seguem necessariamente aquelas observadas em  países desenvolvidos. Destaca-se também que análises que se concentram nas tendências nacionais tendem a ocultar importantes diferenças regionais. Sob uma perspectiva de política pública, este texto aponta o potencial de utilização dos dados da PNAD para o monitoramento das condições de mobilidade nas principais regiões metropolitanas do Brasil, uma vez que as variações anuais nos tempos de viagem casa-trabalho podem  contribuir para a avaliação dos efeitos de determinadas políticas e investimentos sobre as condições de transporte.



Moradores das metrópoles brasileiras enfrentam trajetos de casa para o trabalho entre os mais demorados do mundo -e, na maior parte dos casos, em tendência de piora.
Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) constata que a Grande São Paulo passou a ter o trajeto mais demorado do país, ultrapassando a região metropolitana do Rio de Janeiro.

Em média, paulistanos e seus vizinhos gastam 42,8 minutos no deslocamento para o trabalho, excluídos da conta residentes em áreas rurais e empregados no setor agrícola ou em serviços noturnos. No Rio, são 42,6 minutos.

A diferença é pequena, mas a distinção das evoluções é visível: no Rio, os números são ligeiramente menores que os do início dos anos 90; em São Paulo, a tendência de aumento é clara. O número engloba transporte público e particular.

Em outras sete metrópoles analisadas e no Distrito Federal, a demora é bem menor, mas em geral crescente -a única exceção é Porto Alegre.

Fonte: aqui

10 regras de investimento de Bob Farrell


One of the most relevant lists of rules, from a legendary Wall Street veteran, is also among the least known. Beginning in the late 1950s, Bob Farrell pioneered technical analysis, which rates a stock not only on a company's financial strength or business line but also on the strong patterns and line charts reflected in the shares' trading history. Farrell also broke new ground using investor sentiment figures to better understand how markets and individual stocks might move.
Over several decades at brokerage giant Merrill Lynch & Co., Farrell had a front-row seat to the go-go markets of the late 1960s, mid-1980s and late 1990s, the brutal bear market of 1973-74, and October 1987's crash. Out of those and other experiences came Farrell's 10 "Market Rules to Remember."
These days, Farrell lives in Florida, and efforts to contact him were unsuccessful. Still, the following rules he advocated resonate during volatile markets such as this:


1. Markets tend to return to the mean over time

When stocks go too far in one direction, they come back. Euphoria and pessimism can cloud people’s heads. It’s easy to get caught up in the heat of the moment and lose perspective.

2. Excesses in one direction will lead to an opposite excess in the other direction

Think of the market baseline as attached to a rubber string. Any action to far in one direction not only brings you back to the baseline, but leads to an overshoot in the opposite direction.
3. There are no new eras — excesses are never permanent

Whatever the latest hot sector is, it eventually overheats, mean reverts, and then overshoots. Look at how far the emerging markets and BRIC nations ran over the past 6 years, only to get cut in half.
As the fever builds, a chorus of "this time it’s different" will be heard, even if those exact words are never used. And of course, it — Human Nature — never is different.

4. Exponential rapidly rising or falling markets usually go further than you think, but they do not correct by going sideways

Regardless of how hot a sector is, don’t expect a plateau to work off the excesses. Profits are locked in by selling, and that invariably leads to a significant correction — eventually.  comes.

5. The public buys the most at the top and the least at the bottom

That’s why contrarian-minded investors can make good money if they follow the sentiment indicators and have good timing.
Watch Investors Intelligence (measuring the mood of more than 100 investment newsletter writers) and the American Association of Individual Investors survey.

6. Fear and greed are stronger than long-term resolve

Investors can be their own worst enemy, particularly when emotions take hold. Gains "make us exuberant; they enhance well-being and promote optimism," says Santa Clara University finance professor  Meir Statman. His studies of investor behavior show that "Losses bring sadness, disgust, fear, regret. Fear increases the sense of risk and some react by shunning stocks."

7. Markets are strongest when they are broad and weakest when they narrow to a handful of blue-chip names

Hence, why breadth and volume are so important. Think of it as strength in numbers. Broad momentum is hard to stop, Farrell observes. Watch for when momentum channels into a small number of stocks ("Nifty 50" stocks).

8. Bear markets have three stages — sharp down, reflexive rebound and a drawn-out fundamental downtrend

I would suggest that as of August 2008, we are on our third reflexive rebound — the Januuary rate cuts, the Bear Stearns low in March, and now the Fannie/Freddie rescue lows of July. 
Even with these sporadic rallies end, we have yet to see the  long drawn out fundamental portion of the Bear Market.

9. When all the experts and forecasts agree — something else is going to happen

As Stovall, the S&P investment strategist, puts it: "If everybody’s optimistic, who is left to buy? If everybody’s pessimistic, who’s left to sell?"
Going against the herd as Farrell repeatedly suggests can be very profitable, especially for patient buyers who raise cash from frothy markets and reinvest it when sentiment is darkest.

10. Bull markets are more fun than bear markets

Especially if you are long only or mandated to be full invested. Those with more flexible charters might squeek out a smile or two here and there.

Fonte: aqui