Translate

15 março 2013

Desoneração tributária não combate a inflação


[...]

Trocando em miúdos, o BC começou a reduzir os juros de forma atabalhoada, com base num diagnóstico equivocado, e só foi perceber o buraco em que havia se metido no começo deste ano, mas com as mãos ainda atadas por sua promessa (a quem?) de manter as taxas de juros inalteradas por muito tempo. Só podia terminar onde terminou.
Mas esse não é o fim da história. Está mais do que claro que o governo começou a sentir o incômodo; só não o suficiente para fazer a coisa certa.

O pânico é aparente na decisão de desonerar a cesta básica. Não que eu tenha qualquer coisa contra tributos mais baixos, mas, se há quem acredite que isso se trata de política anti-inflacionária, é melhor rever seus conceitos.

É uma medida pontual, que pode ter algum efeito no sentido de reduzir temporariamente os índices de preços (e tentar evitar a ultrapassagem do teto já em março), mas não toca, nem de longe, nas raízes do problema.

A história registra inúmeras tentativas de conter processos inflacionários atacando diretamente os preços, nenhuma com sucesso. Não é difícil concluir que mais um fiasco se avizinha.

A inflação só voltará a ser controlada quando (e se) o BC finalmente assumir a responsabilidade pela estabilidade de preços, a ele conferida pelo decreto 3.088/99. Tê-la abandonado é a verdadeira razão desse fracasso anunciado.

Fonte: aqui

Frase


14 março 2013

Reader

Ao contrário da postagem da Isabel, eu estou apavorado com a morte do Google Reader. Para quem não sabe, a empresa Google - onde este blog está hospedado - anunciou hoje que irá descontinuar o produto Reader. Para quem não sabe, o Reader é um leitor de RSS. Numa linguagem mais simples, se quero manter atualizado o que ocorre na internet, o Reader facilita e muito minha vida agregando todas as alterações que ocorreram nos endereços cadastrados.

Para se ter uma ideia, o Seeking Alpha apresenta mais de 200 postagens por dia; o Business Insider idem e assim por diante. Se eu tivesse que pesquisar cada atualização do Seeking Alpha e outros endereços perderia muito tempo. Mas com o Reader, toda atualização é colocada no único local e posso selecionar o que irei ler por palavra ("accounting" por exemplo). Para este blogueiro, é muito prático e útil. É meu instrumento básico para construir postagens do Contabilidade Financeira. Diariamente o Reader agrega mais mil postagens, que serão separadas para postagem ou leitura posterior.

Tentei não ficar apavorado e cliquei algumas das alternativas apresentadas na postagem da Isabel. Num existia um limite de cadastramento de endereço; noutro, não tinha o instrumento de pesquisa por palavra; outro, você tinha que cadastrar endereço a endereço. Em resumo: fiquei mais apavorado.

Agora li que não estou sozinho. Eis algumas manchetes dos endereços que acompanho:

Morte do Google Reader é terrível para os iranianos, que usam para evitar censura
Forbes: Como o fim do Reader ameaça a Internet
Business Insider: Eu sou uma pessoa normal e estou furiosa com a morte do Reader
Forbes: Google Reader está morto; Longa vida ao Google Reader
Business Insider: Google Reader, por favor não vá. Eu preciso de você para fazer meu trabalho
Business Insider: Milhares de usuários pedem para não desligar sua fonte de notícia
Forbes: Google estranha o ataque de blogueiros e do público da interne: a reação contra o fechamento
Forbes: Fechamento do Reader é um lembrete que "nossa" tecnologia não é nossa

Google Reader: Não se apavore

por Tatiane Rosset

Quem tem conta no Google Reader, provavelmente tomou um susto quando abriu a página hoje e encontrou a mensagem acima (“Google Reader não estará mais disponível depois de 1º de julho de 2013″), informando o fim do leitor de RSS – o que é horrível, afinal ele guarda seus sites favoritos e os organiza para você.
[...]
É claro que a internet não demorou a reagir. Para começar, o tradicional vídeo do Hitler inconformado (que serve tanto para assuntos sérios, como para os graves) foi usado em uma divertida montagem, em inglês.
Também não demorou para um tumblr aparecer para contar os sentimentos dos agora órfãos usuários do Google Reader. Veja alguns dos gifs que expressam a indignação dos internautas:


[...] Veja aqui cinco leitores de RSS para testar até o dia 1º de julho e, quem sabe, achar um “substituto” para o em breve finado Google Reader.
 
The Old Reader - para web // Pulse – web, Android e iOS. // FeedDemon – Windows // NetVibes - para web. // Newsblur - para web, Android, iOS

E você, o que achou? Usava o Google Reader? Tem alguma dica? Nunca tinha ouvido falar nisso até hoje? Não entende por que diabos as pessoas estão falando tanto disso?

Leia mais em: Agregador de feeds

E lembre-se: o feed do nosso blog é:

http://contabilidadefinanceira.blogspot.com/feeds/posts/default

________________________________________

Em tempo: Eu, assim como o professor Alexandre Alcântara, utilizamos o Outlook. mas apenas para os blogs de "lazer", que me pedem um pouco menos de atenção e tempo. Para os demais, utilizo o Google Reader e acredito no que o Paulo comentou: "até o encerramento pode surgir alguma alternativa à altura (com nuvem, integração desktop e mobile)"

-------------------------------------------------------

E finalizo com as palavras do Alex Hern:

The market for news aggregators might get a kick up the arse from the exit of a corporate behemoth which had previously been smothering all innovation with an abandoned, yet still good-enough, free product. As Gawker's Max Read wrote, it kind of excites me, "in the same way i am excited at the prospect of navigating a postapocalyptic urban landscape".
We might end up better after the fall, but it's going to be a struggle to get there.


Rir é o melhor remédio

Influência do Celular 3

CBF

Os balanços [1] da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) juntamente com 21 das 27 federações de futebol que disponibilizam seus dados, somaram [2] faturamento [3] de R$ 392,3 milhões [4] e lucro líquido de R$ 80,5 milhões, fechando o ano com patrimônio líquido de R$ 349,1 milhões.

A pesquisa, que cruza os dados disponíveis no site das entidades, foi realizada pela consultoria Pluri e identificou que o quadro geral da CBF é considerando excepcional, “tanto pelo porte quanto pela confortável situação de liquidez”.

Já no caso das federações estaduais, a situação não é tão boa. Com exceção de São Paulo e Rio Grande do Sul, a maioria está em condição negativa [5].

Sozinha, a CBF teve em 2011 um faturamento de R$ 313,4 milhões e lucro líquido de R$ 73,6 milhões, fechando o ano com patrimônio líquido de R$ 258,4 milhões e também sem endividamento líquido, sendo credora [6] no valor de R$ 177,1 milhões.

As 21 federações somadas tiveram em 2011 um faturamento de R$ 78,9 milhões e lucro líquido de R$ 6,9 milhões fechando o ano com patrimônio líquido de R$ 90,7 milhões e endividamento líquido de R$ 46,3 milhões.

CBF faturou R$ 313,4 milhões em 2011, diz pesquisa - Fonte: Aqui

[1] Na realidade "demonstrações contábeis"
[2] Como boa parte do "faturamento" das federações estaduais é dinheiro repassado da CBF, não faz muito sentido a soma
[3] Receita seria melhor
[4] Anual? Semestral? Trimestral? Pelo título parece anual
[5] o que seria isto?
[6] ???

Mensurando os benefícios econômicos da internet

When her two-year-old daughter was diagnosed with cancer in 1992, Judy Mollica spent hours in a nearby medical library in south Florida, combing through journals for information about her child’s condition. Upon seeing an unfamiliar term she would stop and hunt down its meaning elsewhere in the library. It was, she says, like “walking in the dark”. Her daughter recovered but in 2005 was diagnosed with a different form of cancer. This time, Ms Mollica was able to stay by her side. She could read articles online, instantly look up medical and scientific terms on Wikipedia, and then follow footnotes to new sources. She could converse with her daughter’s specialists like a fellow doctor. Wikipedia, she says, not only saved her time but gave her a greater sense of control. “You can’t put a price on that.”

Measuring the economic impact of all the ways the internet has changed people’s lives is devilishly difficult because so much of it has no price. It is easier to quantify the losses Wikipedia has inflicted on encyclopedia publishers than the benefits it has generated for users like Ms Mollica. This problem is an old one in economics. GDP measures monetary transactions, not welfare. Consider someone who would pay $50 for the latest Harry Potter novel but only has to pay $20. The $30 difference represents a non-monetary benefit called “consumer surplus”. The amount of internet activity that actually shows up in GDP—Google’s ad sales, for example—significantly understates its contribution to welfare by excluding the consumer surplus that accrues to Google’s users. The hard question to answer is by how much.

Shane Greenstein of Northwestern University and Ryan McDevitt of the University of Rochester calculated the consumer surplus generated by the spread of broadband access (which ought to include the surplus generated by internet services, since that is why consumers pay for broadband). They did so by constructing a demand curve. Say that in 1999 a person pays $20 a month for internet access. By 2006 the spread of broadband has lowered the real price to $17. That subscriber now enjoys consumer surplus of $3 per year, even as the lower price lures more subscribers. The authors reckon that by 2006 broadband was generating $39 billion in revenue and $5 billion-$7 billion in consumer surplus a year. Based on its share of online viewing, Mr Greenstein thinks Wikipedia accounted for up to $50m of that surplus.

Such numbers probably understate things. The authors’ calculations assume internet access meant the same thing in 2006 as it did in 1999. But the advent of new services such as Google and Facebook meant internet access in 2006 was worth much more than in 1999. So the surplus would have been bigger, too.

More important, consumers may not incorporate the value of free internet services when deciding what to pay for internet access. Another approach is simply to ask consumers what they would pay if they had to. In a study commissioned by IAB Europe, a web-advertising industry group, McKinsey, a consultancy, asked 3,360 consumers in six countries what they would pay for 16 internet services that are now largely financed by ads. On average, households would pay €38 ($50) a month each for services they now get free. After subtracting the costs associated with intrusive ads and forgone privacy, McKinsey reckoned free ad-supported internet services generated €32 billion of consumer surplus in America and €69 billion in Europe. E-mail accounted for 16% of the total surplus across America and Europe, search 15% and social networks 11%.

Another way to infer consumer surplus is from the time saved using the internet. In a paper partly funded by Google, Yan Chen, Grace YoungJoo Jeon and Yong-Mi Kim, all of the University of Michigan, asked a team of researchers to answer questions culled from web searches. The questions included teasers like: “In making cookies, does the use of butter or margarine affect the size of the cookie?” On average, it took participants seven minutes to answer the questions using a search engine, and 22 minutes using the University of Michigan’s library. Hal Varian, Google’s chief economist, then calculated that those savings worked out to 3.75 minutes per day for the typical user. Assigning that time a value of $22 per hour (the average wage in America), he reckons search generates $500 of consumer surplus per user annually, or $65 billion-$150 billion nationally.

Twitter: the defence

Yet another technique is to assign a value to the leisure time spent on the web. Erik Brynjolfsson and Joo Hee Oh of the Massachusetts Institute of Technology note that between 2002 and 2011, the amount of leisure time Americans spent on the internet rose from 3 to 5.8 hours per week. The authors conclude that in so far as consumers must have valued their time on the internet more than the alternatives, this increase must reflect a growing consumer surplus from the internet, which they value at $564 billion in 2011, or $2,600 per user. Had this growth in surplus been included in GDP, it would have raised economic growth since 2002 by 0.39 percentage points on average.

These are impressive figures, but they also merit scepticism. Would consumers really pay $2,600 for the internet? Shouldn’t other free leisure activities, such as watching television or—heaven forbid—playing with your children, have just as much value? And in other ways the internet subtracts value: the productivity destroyed by incessant checking of Twitter, the human interactions replaced by e-mail. Ms Mollica says people in hospital waiting rooms used to develop a camaraderie rooted in their shared experiences. “But now everyone stares into their phone because they’re texting or e-mailing.”

Fonte: aqui