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12 março 2013

10 piores escândalos contábeis

The 10 Worst Corporate Accounting Scandals of All Time
Source: Accounting-Degree.org

Jogos e Ambiente

Dois cartazes criativos de uma campanha ambiental: It´s not a game anymore


Chinês

Na língua chinesa (mandarim), algumas palavras são resultados de palavras menores. O mapa acima traz a tradução literal das províncias e países fronteiriços pelo significado das palavras menores. Assim, existe uma província que faz fronteira com a Coréia do Norte com o nome de Distant Peace (Paz Distante). Mas Coréia do Norte, em chinês, é Morning Calm.

Valor dos mecanismo de busca da internet

MEASURING the value of a good is much trickier than measuring the cost, since value inherently involves consideration of a hypothetical: what would your life be like without that good? 
Economists commonly use two measures to assign monetary value to some good or service: the "compensating variation" and the "equivalent variation". The compensating variation asks how much money we would have to give a person to make up for taking the good away from them while the equivalent variation asks how much money someone would give up to acquire the good in question. The term "consumer surplus" refers to an approximation to these theoretically ideal measures.
If we want to estimate "the value of Google search" we have to look at both the commercial and non-commercial aspects of search: users are searching for answers to questions (some of which are commercial in nature) and advertisers are searching for customers for (mostly) commercial transactions. So is useful to break the problem up into two pieces: the value of ads to advertisers and publishers, and the value of search results to users.
Suppose Google were to disappear tomorrow. In the first instance, advertisers and publishers would lose a lot of visitors to their web sites.  How much are those lost visitors worth to them? This is the question I tried to answer in the "value of Google" study. The tricky part is ascribing a value to the advertisers of those web site visitors, but it turns out there is a way to infer that value from advertising bidding behavior. This allows us to get a back-of-the-envelope estimate of the immediate loss in value from Google vanishing.
Of course, "if Google did not exist, man would have to invent it". So we would expect that as the weeks went on, users would start to use other search engines, and advertisers would spend advertising dollars in different ways, and publishers would find other ways to get ad dollars for their web sites. 
So the long-run loss in value would be substantially less than the immediate impact. Ultimately the lost value would be the difference between Google and the next best advertising alternative but that would be almost impossible to estimate given the available data.
Turning to the user side, we drew on the work of Yan Chen, Grace YoungJoo Jeon and Yong-Mi Kim of the University of Michigan to estimate the value of online search in general.
Some of us are old enough to remember what life was like before search engines. We had to look through a pile of reference books to find the answers to basic questions. Even small questions, like how to spell a word, or whether it was likely to the rain the next day, required some effort to answer. Even trivia was hardly trivial: finding obscure facts involved substantial research.
So one way to measure the value of online search would be to measure how much time it saves us compared to methods we used in the bad old days before Google. Based on a random sample of Google queries, the UM researchers found that answering them using the library took about 22 minutes while answering them using Google took 7 minutes. Overall, Google saved 15 minutes of time. (This calculation ignores the cost of actually going to the library, which in some cases was quite substantial. The UM authors also looked at questions posed to reference librarians as well and got a similar estimate of time saved.)
I attempted to convert this time to dollar savings using the average wage and came up with about $500 per adult worker per year. This may seem like a lot, but it works out to just $1.37 a day. I would guess that most readers of this blog get $1.37 worth of value per day out of their search engine use.
When doing this calculation, it is important to take account of the fact that since the cost of getting answers is now so low, we ask a lot more questions. When getting an answer involved a trip to the library and 22 minutes to answer an average question, we only attempted to get answers to important questions. Now that it involves only a few minutes at a search engine to answer questions, we ask many more—and a lot less valuable—questions.
Said another way, we wouldn't bother to even to go to the library unless we were willing to spend at least 22 minutes (on average) to find the answer. Now that it takes us only a few seconds or minutes to get an answer, we ask a lot of frivolous questions (along with the important ones, of course.)
Taking this effect into account involves estimating a "demand curve for questions" as a function of the "cost of getting answers". I don't know any serious research on this topic, so I made a rough approximation to that demand curve and came up with the $1.37 a day figure. It could be larger or it could be smaller, but I think that is the right order of magnitude.
There are many other ways to estimate the value of the internet and the services it provides. However, to the extent that they are based on current practices, they likely underestimate the long-term value of the internet. 
It is now possible for everyone on the planet to have access to all the information humans have ever produced.  The barriers to this utopian dream are not technological, but legal and economic.  When we manage to solve these problems, we will be able to unlock vast pools of human potential that have hitherto been inaccessible.  In the future this will be viewed as a turning point in human history, and economic advances generated by global access to all information will be recognised as the true value of the internet.
Fonte:aqui

Entrevista com Ricardo Paes de Barros

A erradicação da miséria cadastrada é um "ativo incrível" para o país -mas o governo simplificou conceitos ao anunciá-la. A opinião é de Ricardo Paes de Barros, 58, considerado internacionalmente um dos mais importantes formuladores de políticas públicas contra a desigualdade.

Servidor do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão ligado à Presidência da República, ele participou e continua participando decisivamente dos desenhos de programas sociais pensados tanto por governos tucanos quanto petistas -Bolsa Família incluso. Hoje, está na Secretaria de Assuntos Estratégicos da presidente Dilma Rousseff.

Em entrevista à Folha, Paes de Barros defende o que ajudou a construir, sem no entanto deixar de problematizar o estabelecimento de linhas de miséria e o não reajuste delas.

Em fevereiro, o governo anunciou um complemento de renda para que os últimos 2,5 milhões de inscritos no Cadastro Único (banco de dados de famílias de baixa renda) com renda mensal abaixo de R$ 70 -considerada a linha da miséria- saiam da extrema pobreza. A seguir, trechos da entrevista.
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Folha - Em que medida o fim da pobreza no cadastro reflete a erradicação da pobreza real?

Ricardo Paes de Barros - A pobreza é um negócio dinâmico. É como o desemprego: tem uma entrada a todo o momento e uma saída da pobreza a todo o momento. Não há nenhum país do mundo que possa dizer: "Hoje, eu não tenho nenhum pobre", porque sempre vai ter alguém que acabou de se separar, perder o emprego, ficar doente.

Qual a dimensão histórica do anúncio da semana passada?

Essa é mais uma medida numa sequência e não vai ser a última. Porque a pobreza, extrema pobreza, e várias outras questões sociais, vão perturbar a sociedade brasileira o tempo todo. Se vencermos essa pobreza estrutural, teremos agora que partir para essa pobreza mais volátil.
Acho que o que surpreende no Brasil da última década não é a queda na desigualdade e na pobreza. É o fato de que essa queda aconteceu todo ano.

Uma pessoa que passou a ganhar R$ 72 deixou a miséria?

Ninguém sabe onde exatamente começa a miséria, mas acho que ninguém chutaria muito mais do que R$ 100 e ninguém ia chutar alguma coisa perto de R$ 50. Então R$ 70 não é um número absurdo. Acho que o que importa no Brasil é dizer assim: "Ninguém neste país ganha menos do que R$ 70".

Amanhã, vamos garantir que ninguém ganhe menos do que R$ 80 e, depois de amanhã, vamos garantir que ninguém ganhe menos do que R$ 90. Depois, menos de R$ 100. Porque a gente sabe que miséria é relativa. Imagine um R$ 70 na região metropolitana de São Paulo. É completamente diferente de R$ 70 em Jordão, no Acre.

Essa linha não deveria ser corrigida pela inflação?

Certamente. Você dizer que R$ 70, ontem e hoje, é a mesma coisa não faz sentido. Agora, não indexar [a linha] dá à sociedade controle sobre o Bolsa Família. Se, no limite, você inventasse uma indexação no salário mínimo, na taxa de crescimento do PIB por trabalhador, a sociedade iria estar presa a um programa onde ela perdeu o controle.

Mas não soa falso dizer que em 2009 miséria é R$ 70 e que em 2013 miséria é R$ 70 ainda?
Acho difícil a argumentação de que a pobreza num ano é R$ 70, num outro ano é R$ 70 também e que você não está medindo uma pobreza diferente no outro ano. A questão é encontrar o equilíbrio entre regras de atualização e não congelar o programa.

Até que ponto o Cadastro Único é fiel à realidade?

O final da história é saber o seguinte: programas com base no cadastro estão bem focalizados? As pesquisas demonstram que programas que usam o Cadastro Único acabam beneficiando prioritariamente os pobres.
Em parte o cadastro precisa melhorar, em parte ele é excepcional. Um serviço feito pelo cadastro é dizer quem está dentro e quem está fora. E esse trabalho foi muito bem feito. Se você, dentro do cadastro, escolhesse aleatoriamente um cara para dar o Bolsa Família, você ia acertar com altas chances.

O que explica a contínua queda da miséria no país?

A primeira coisa é entender que só 20%, 25% disso é Bolsa Família. O restante é um conjunto de políticas que o governo fez quase que todo mês, toda semana. Inclusive seria bom que a gente soubesse o impacto desses programas e a gente não sabe.
Qual a diferença do governo tucano para o governo petista ao fazer política social?

Nos governos, o PSDB tinha talvez uma ideia de que a pobreza era uma coisa complexa, multidimensional, e só dar renda para as pessoas não funcionava, ou seja, que precisava de uma política bem sofisticada etc.
Quando entra o presidente Lula, ele entra com uma coisa do tipo: "Pobreza é uma coisa trivial, é ridículo, qualquer R$ 10 na mão do pobre faz uma tremenda diferença, vamos parar com isso, qualquer coisa serve e o que não servir depois a gente muda".
De repente você abre uma frente enorme, que não tem necessariamente uma grande arquitetura lógica. A gente todo dia faz uma política de combate à pobreza, essas políticas vão sendo acumuladas e a pobreza vai caindo.
O governo do PT então não é o único responsável pela queda na pobreza?

Claro. A desigualdade começa a despencar no ano 2000. Quer dizer, três anos antes do governo Lula ela despenca e cai à mesma velocidade que ela cai depois de 2003 [quando o PT chega ao poder]. E muitas dessas ações têm uma defasagem -você faz hoje e o seu impacto é três, quatro anos depois. Acho que a grande vantagem do Brasil é que tanto o governo do PT quanto o governo do PSDB sempre tiveram um comprometimento total [com o combate à pobreza].

Qual deve ser o próximo gargalo a ser atacado para diminuir a desigualdade?
Acho que o grande legado desses dez anos é um conjunto de brasileiros que abandonou uma estratégia de sobrevivência e passou a olhar para frente. É o cara que parou de pensar: "Será que vou ter comida amanhã?" e passou a perguntar para o filho: "Você fez o dever de casa de hoje?".
O grande desafio para a frente é o fortalecimento desses mecanismos de ascensão. Como eu, governo, promovo um ambiente meritocrático que induza o povo a se esforçar e pensar que eles vivem numa sociedade em que o cara que tem talento e botar esforço vai lá para cima?
E não adianta o cara estar muito bem preparado se o ambiente econômico não é um em que você tem grandes talentos, mas não bons postos de trabalho. Tirar o cara lá da superpobreza você faz sem grandes investimentos.
Daqui para frente, se você não tiver investimentos em capital físico, seja público seja privado, não tem política social que vá dar jeito. Acho que o grande desafio está aí.

Fonte: aqui

Finanças da Igreja Católica

O Papa Bento XVI abandona o barco em meio a sérios problemas financeiros. A investigação por lavagem de dinheiro do Banco do Vaticano, as indenizações pelos escândalos sexuais e o número decrescente de fieis e doações são alguns dos problemas que o próximo pontífice herdará. Ninguém sabe exatamente quanto gasta a Igreja Católica em nível mundial, mas segundo uma investigação da revista inglesa The Economist, publicada no ano passado com base em dados de 2010, a cifra rondaria os 170 bilhões de dólares. Em um livro sobre as finanças secretas da Igreja Católica, o jornalista Jason Berry, que investigou o tema nos últimos 25 anos, afirma que a estrutura financeira da igreja é “caótica” e “opaca”.

Em entrevista à Carta Maior, Berry falou das dificuldades econômicas do Vaticano que, para ele, remetem à guerra fria e à massiva injeção de dinheiro da CIA no Vaticano para neutralizar a ameaça do Partido Comunista Italiano, então o mais poderoso da Europa ocidental.

Carta Maior: Como é a estrutura financeira da Igreja Católica em nível mundial?

Jason Berry: A Igreja Católica é muito hierárquica, monárquica eu diria, com o Papa como líder e dioceses dirigidas por arcebispos e bispos em todo o globo. Mas, em virtude de seu próprio tamanho, é internamente caótica e ingovernável. Cada bispo trabalha em sua diocese como se estivesse comandando um principado.

CM: O que sabemos de concreto sobre a riqueza do Vaticano?

JB: Há uma absoluta opacidade nas contas. Quando o vaticano declara suas rendas e gastos anuais não inclui o Instituto para as Obras de Religião, o IOR, mais popularmente conhecido como o Banco do Vaticano, cujos fundos são estimados em cerca de 2 bilhões de dólares. O IOR tem sido administrado em um clima de absoluta falta de transparência, o que o converteu em um veículo perfeito para o trânsito de todo tipo de fundos. Mas agora, com a investigação do Banco Central da Itália sobre lavagem de dinheiro, isso está mudando.

CM: Segundo algumas informações, o Vaticano tem interesses em uma empresa de espaguete, no setor financeiro, aviação, propriedades e uma companhia cinematográfica. Diz-se, inclusive, que controla entre 7 e 10% da economia italiana. Mas, dada a opacidade de suas contas, até onde é possível confirmar essas informações?

JB: Há informação disponível a instituições que nos permite saber onde está o dinheiro do Vaticano. Na Itália, o Vaticano investiu muito no Banco de Roma, que foi fundamental na reconstrução da Itália depois do “Risorgimento” no século XIX. Também tem negócios na área dos transportes públicos. A isso deve-se somar propriedades na própria Itália, na Europa e nos Estados Unidos. O Vaticano chegou a ser um dos proprietários do edifício Watergate, do famoso escândalo que provocou a renúncia de Richard Nixon. O grande tema hoje em dia é averiguar até onde prestou serviços a clientes que o utilizam como um banco “off shore”.


[...]CM: Há uma longa história de escândalos nas finanças do Vaticano. Nos anos 80 houve o escândalo do Banco Ambrosiano e seu presidente, Roberto Calvi, que apareceu enforcado debaixo da ponte de Blackfriars em Londres. Calvi tinha fortes vínculos com o então presidente do Banco do Vaticano, o arcebispo estadunidense Paul Marcinkus. Há uma continuidade entre esses escândalos e os atuais problemas do banco?


JB: Creio que na realidade é preciso retroagir à Segunda Guerra Mundial quando a CIA começou a transferir grandes somas para o Banco do Vaticano. Em 1948, foi a primeira eleição na qual o Partido Comunista italiano, convertido no mais importante da Europa, buscava o poder. Neste momento houve uma grande campanha nos Estados Unidos, patrocinada pelo governo, da qual participou Frank Sinatra, para financiar a democracia cristã. Este foi o começo da história do dinheiro que círculos dos serviços de inteligência estadunidenses para o Vaticano. Uma geração depois, com Roberto Calvi e Marcinkus, o banco havia se convertido em uma via muito lucrativa para a passagem de dinheiro. No final dos anos 80, o banco teve que pagar uma multa de 250 milhões de dólares. Já ali o banco funcionava como uma “off shore” para seus clientes privilegiados. Mas ainda falta muito por documentar sobre essa história.


Fonte: aqui