Dona de um dos maiores passivos ambientais do Rio de Janeiro, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) poderá gastar em torno de R$ 800 milhões para enquadrar suas operações às exigências das autoridades fluminenses. O valor inclui as ações previstas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o governo em 2010, após um vazamento de óleo no Rio Paraíba do Sul, e de outras complementares. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) estima que só o valor previsto no TAC dobrará para R$ 500 milhões.
"A própria CSN está propondo novos investimentos cuja necessidade foi detectada ao longo da execução do TAC. Eles têm estimativa preliminar de que terão de investir mais de R$ 800 milhões para que a empresa atenda a todos os padrões ambientais", disse ao Estado a presidente do Inea, Marilene Ramos. A CSN não comentou o assunto.
Fonte: Aqui
11 março 2013
10 março 2013
Usando métodos quantitativos – parte 3
Nas postagens anteriores, comentamos sobre o uso de editor
de texto para formatar adequadamente um trabalho e como escolher o método que
deve ser usado. Nesta postagem tentaremos responder a seguinte questão: o que é
relevante em métodos quantitativos? Quando você abre um livro de métodos
quantitativos (de estatística, por exemplo) existem muitos capítulos. Mas será
que algum é mais relevante que outro?
A resposta desta pergunta é um “depende”. Em algumas áreas
do conhecimento, a análise de séries temporais é muito usada; em outras, não.
Iremos cometer uma heresia em elencar três métodos mais usados nos trabalhos
acadêmicos na área de contabilidade.
1 – Estatística descritiva
Tudo deveria começar pela estatística descritiva. Este grupo
de medidas mostra, de uma maneira geral, como se comportam os dados. Em lugar
de perder muito tempo argumentando sobre como os dados se apresentam, entregar
ao leitor os valores da média, mediana, desvio-padrão, assimetria e curtose é
muito mais informativo. Além destas medidas, também se pode apresentar os
valores mínimos e máximos e os quartis. Mesmo trabalhos sofisticados,
publicados em periódicos de ponta, usam esta ferramenta.
2 – Regressão
A regressão pode ser usada tanto para estudar a relação
entre variáveis, quanto o efeito do tempo. Esta técnica é mais complexa que a
estatística descritiva e envolve um tempo de estudo maior. Além disto, os
riscos de usar mal este instrumento são grandes. Existem suposições que
precisam ser respeitadas e algumas “dicas” que podem melhorar o resultado
final.
3 – Teste de Média
O teste de média permite comparar duas amostras em termos da
sua média. Se temos dois conjuntos de dados, com médias diferentes, só podemos
afirmar que realmente são diferentes após usar este tipo de teste. Existem
também testes para variâncias e medianas, mas o teste de média é o mais usado
na prática.
É interessante notar que as três técnicas descritas acima
podem ser usadas numa planilha eletrônica disponível no mercado, ao contrário
de ferramentas mais sofisticadas, que possuem pouca utilidade.
Inadimplência dos bancos públicos x privados
Nas últimas semanas, foram
divulgados os resultados dos balanços dos bancos referentes a 2012. O que torna
esses números importantes é que estamos no meio de uma alteração na maneira de
funcionamento desse mercado.
O mercado de bancos comerciais
brasileiro é composto por cinco grandes instituições -além das pequenas e
médias-, duas delas públicas, Banco do Brasil e Caixa, e três privadas, Itaú
Unibanco, Bradesco e Santander.
Um dos elementos da política
econômica da presidente Dilma é reduzir os juros básicos da economia e reduzir
os juros cobrados pelos bancos comerciais na concessão de crédito. Para tal é
necessário reduzir o "spread" bancário, que é a diferença dada pela
taxa com que os bancos remuneram seus depositantes, conhecida por taxa de
captação e próxima da taxa básica de juros, e a taxa cobrada aos tomadores de
empréstimos.
O Banco Central promoveu de
agosto de 2011 até o segundo semestre de 2012 forte redução da taxa básica de
juros, a Selic, trazendo-a para 7,25% ao ano após reduzir 5,25 pontos
percentuais. Adicionalmente, instruiu a diretoria dos bancos públicos, BB e
CEF, a iniciar um forte processo de redução dos "spreads" com vistas
a reduzir o custo de crédito e estimular a demanda.
Subjacente a essa iniciativa
há uma particular interpretação dos motivos dos elevados "spreads"
observados em nossa economia. Normalmente, os economistas e os bancos atribuem
os elevados "spreads" aos altos custos da intermediação bancária. Os
"spreads" seriam elevados pois a carga tributária e os depósitos
compulsórios são muito altos no Brasil, além da inadimplência e, principalmente,
do custo jurídico de reaver um crédito não pago ser elevadíssimo no Brasil. Ou
seja, os elevados "spreads" seriam consequência do ambiente
institucional subjacente ao funcionamento do sistema financeiro nacional.
[ Meu comentário: no Brasil, os spreads bancários não são elevados. ]
Parece que a presidente,
quando estimula os bancos públicos a baixarem "na marra" os
"spreads", tem outro diagnóstico. Os "spreads" seriam
elevados porque os bancos explicitamente ou tacitamente-se comportam como um
cartel, reduzindo artificialmente a quantidade concedida de crédito e, consequentemente,
elevando artificialmente o custo do crédito.
Se o diagnóstico da presidente
estiver correto, o resultado será a forte elevação da participação dos bancos
públicos no mercado de intermediação bancária, elevação dos lucros totais dos
bancos públicos e redução da taxa de lucratividade dos bancos públicos e
privados, fruto da redução do "spread".
O risco da política do governo
é o primeiro diagnóstico ser o correto, e os bancos públicos, ao longo do
tempo, colherem fortíssima elevação da inadimplência, reduzindo muito os lucros
e, no limite, gerando forte prejuízo, que teria que ser coberto por recursos do
Tesouro.
Dirigentes dos bancos públicos
argumentam que a inadimplência é menor do que a dos bancos privados e,
portanto, não há esse risco. A dificuldade com o argumento
dos dirigentes dos bancos públicos é que em parte a inadimplência dessas
instituições é baixa pois a maior parte de sua intermediação ocorre no segmento
de crédito direcionado, principalmente crédito ao investimento, com o BNDES, crédito
agrícola, com o BB, e crédito imobiliário, com a CEF.
Como os recursos que lastreiam
créditos dessa natureza são compulsoriamente captados na sociedade, os bancos
públicos concedem essa modalidade de crédito a taxas muito menores. E, de fato,
as taxas de mercado são maiores devido em parte ao fato de essa
"captação" ser compulsória.
Com dados do BC (e fazendo
algumas hipóteses), calculamos a taxa de inadimplência dos bancos públicos no
crédito livre, aquele que é concedido em condições de mercado. Nossas
estimativas apontam para taxas de inadimplência nos créditos livres
significativamente maiores que as dos bancos privados.
Essa constatação sugere que a
forte elevação da participação da carteira de créditos livres nos créditos
totais dos bancos públicos deve elevar em alguns anos a inadimplência (que hoje
estaria artificialmente baixa pela elevada participação dos créditos
direcionados).
O temor é que o Tesouro
Nacional tenha que arcar com enormes prejuízos como foi o caso do empréstimo de
R$ 700 milhões do BNDES ao Lácteos Brasil. Por outro lado, se o diagnóstico da
presidente estiver correto, haverá queda permanente do custo do dinheiro no
Brasil. Temos que aguardar.
Puxadinho sem fronteiras
O Ciência sem Fronteiras tem como objetivo internacionalizar o ensino superior no País, por meio da concessão de bolsas de estudo em universidades competitivas no exterior. A intenção, alardeia o governo, é "investir na formação de pessoal altamente qualificado nas competências e habilidades necessárias para o avanço da sociedade do conhecimento". Ainda se espera que esse objetivo seja alcançado, porque esse é um dos fatores dos quais depende o pleno desenvolvimento do Brasil, mas multiplicam-se evidências de que, por trás do palavrório repleto de boas intenções e metas ousadas, viceja a conhecida inépcia da administração lulopetista.
Um exemplo escandaloso disso é a decisão do governo de diminuir a exigência de conhecimento de alemão, francês, inglês e italiano para seleção de bolsistas, de modo que os candidatos com nenhum domínio desses idiomas poderão participar do programa. Com a medida, o governo pretende conseguir cumprir sua promessa de enviar 101 mil bolsistas ao exterior até 2015 - até agora, graças em grande parte ao obstáculo do idioma, apenas 22% dessa meta foi atingida. O governo oferecerá aulas intensivas de idiomas, de até dois meses, para tentar compensar a deficiência dos candidatos, mas especialistas salientam que isso não basta, já que os cursos na área tecnológica, principal foco do programa, exigem pleno domínio da língua em que são dados. Em dois meses, é improvável que os bolsistas possam atingir esse nível de proficiência.
O governo reduziu a tal ponto a exigência de domínio do inglês que, no caso da seleção de alunos dos Institutos Federais de Educação Tecnológica e das Faculdades de Tecnologia (Fatecs) para estudar nos Estados Unidos, o candidato ganhará a vaga mesmo se não conseguir manter uma conversação básica. Não é possível imaginar que um bolsista com essas credenciais consiga ser bem-sucedido nas melhores universidades americanas e europeias.
Ante a evidente limitação de muitos candidatos, vários deles têm optado por concorrer a bolsas para estudar em Portugal, para driblar o obstáculo da língua. O problema é que a maioria dos bolsistas optou por universidades portuguesas que são consideradas mais fracas que as brasileiras, apesar do Ciência sem Fronteiras propagandear que tem convênios com "as melhores universidades do mundo". Um desses estudantes, ouvido pelo Estado (5/3), disse que o importante não era o curso em si, mas o "contato com a cultura europeia" - uma espécie de turismo à custa dos cofres públicos.
Para tentar contornar o problema, a Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes) ofereceu a esses alunos em Portugal a oportunidade de estudar nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha e em outros países com universidades de ponta - sem necessidade de passar por teste de proficiência.
A precariedade do Ciência sem Fronteiras não é uma novidade. Entre 2011 e 2012, muitos dos estudantes enviados ao exterior receberam da ajuda prometida apenas a passagem aérea, e ficaram um bom tempo sem dinheiro para pagar o aluguel, a alimentação, os livros, o plano de saúde e o transporte.
[...]Não se esperava que um programa com essa magnitude fosse isento de problemas e contratempos. No entanto, é notável que, na cartilha da administração petista, quando se trata de corrigir falhas e rumos, recorre-se, como regra, ao improviso. Enquanto isso, o Ciência sem Fronteiras, numa flagrante contradição em termos, seguirá formando esforçados monoglotas.
Bairros mais caros do Brasil
Os preços são de janeiro de 2013 e referem-se à média dos valores de metro quadrado dos imóveis anunciados no portal Zap. A pesquisa que dá origem ao índice FipeZap é feita todo mês em 16 cidades do país.
Leblon, Ipanema, Lagoa, Gávea, Jardim Botânico. Os cinco bairros mais desejados da Zona Sul carioca são também os que têm os maiores preços de metro quadrado e não só no Rio. Segundo dados do FipeZap, as vizinhanças badaladas estão no topo dos valores nacionais. Nem em bairros nobres de São Paulo, como Jardins e Vila Nova Conceição, a média de preços é tão alta.
Em janeiro deste ano, enquanto a média do metro quadrado no Jardim Botânico (o quinto no ranking carioca) era de R$ 13.818, Vila Nova Conceição (o mais caro bairro paulista) tinha metro quadrado valendo em média R$ 12.100. Claro que há imóveis com preços mais altos, tanto lá como cá. O metro quadrado mais caro de São Paulo está justamente numa área de Vila Nova Conceição, a Praça Pereira Coutinho, e gira em torno dos R$ 20 mil. Valor só comparado ao Leblon, que fechou janeiro com média de R$ 20.451. Esse, contudo, está longe de ser o metro quadrado mais caro do bairro, que em pontos da orla chega a bater o dobro disso. Ipanema, que ocupa o segundo lugar no ranking nacional fechou janeiro com metro quadrado médio de R$ 17.720, seguida pela Lagoa (R$ 14.908) e Gávea (R$ 14.803).
O alto padrão no Rio está praticamente todo concentrado nessa região da Zona Sul. Esses bairros se tornaram oásis naturais e como não têm mais capacidade de expansão, cria-se uma pressão que, neste caso, aparece no aumento dos preços de metro quadrado. Então, de uma certa forma, a geografia da cidade contribuiu para que os preços ali ficassem tão elevados — diz Eduardo Schaeffer, diretor geral do Zap Imóveis, portal que tem seus anúncios como base para a análise dos preços do FipeZap. — Em São Paulo, as áreas nobres são mais afastadas umas das outras, o que possibilita o crescimento de várias regiões e faz com que o mercado acabe estabelecendo novos pontos de alto padrão.
[...]
[...]
Fonte: Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/imoveis/os-cinco-bairros-mais-caros-do-pais-estao-na-zona-sul-do-rio-7677088#ixzz2My4qKOTC
© 1996 - 2013.
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