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09 março 2013

Teste da Semana


Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão nos comentários.

1 – Esta empresa multinacional estava informando que contratava deficientes físicos. Uma investigação mostrou que os empregados com esta característica não existiam. A empresa ganhava isenção de tributos federais e agora poderá pagar uma indenização de 400 milhões de reais:
Ford
Sharp
Tim

2 – O Senado aprovou uma medida ampliando o número de empresas que poderá optar pelo
Lucro Presumido
Perdão fiscal
Simples

3 – A Ernst Young foi condenada a pagar o equivalente a 250 milhões de reais por planejamento tributário de pessoas ricas. A condenação aconteceu
Na França
No Reino Unido
Nos Estados Unidos

4 – Este país decidiu, por referendo, fixar regras para os pagamentos de executivos
Espanha
Rússia
Suíça

5 – Com um orçamento de quase 30 bilhões de reais, as universidade públicas e federais brasileiras gastam em investimentos:
15% do valor
25% do valor
8% do valor

6 – Com respeito ao resultado da Petrobrás, apesar da redução do lucro a empresa aumentou
A produção de petróleo
A utilização de componentes nacionais
As despesas com pessoal

7 – O Sistema CFC/CRC está convidando para um evento de “administração pública responsável”. O interessante é que o evento irá ocorrer
Em Buenos Aires
No Congresso Nacional
Num navio

8 – O Iasb divulgou a lista de prioridades para os próximos anos em termos de normas contábeis.  Entre os temas não se encontra
Contabilidade em ambientes de elevada inflação
Lucro por ação
Taxa de descontos

9 – Ao longo dos anos, os países dos BRICs estão contribuindo cada vez mais com a ciência. No caso do Brasil, as principais contribuições acontecem
Em astronomia, astrofísica e física teórica
Em ciências vegetais, agricultura e animal
Em medicina tropical, economia e direito

10 – Esta empresa reconheceu que a indústria nacional não terá condições de fornecer um percentual mínimo exigido pelos reguladores
ELX
Petrobras
Vale do Rio Doce

Fato da Semana

Fato: Proposta do Iasb para Instrumentos Financeiros

Qual a relevância disto? A crise financeira de 2008 mostrou que as regras contábeis para os instrumentos financeiros necessitavam de melhorias. O grupo de países G20 conclamou o Iasb e o Fasb a juntarem esforços no sentido da convergência de normas contábeis, incluindo as relacionadas a este assunto. Passados mais de quatro anos, o Iasb divulga uma proposta para o assunto, que deverá estar em debate até meados do ano. O Iasb pretende que as instituições financeiras reconheçam as perdas assim que existam sinais significativos de problemas. Seria uma simplificação dos modelos existentes atualmente.

A mudança poderá provocar efeitos sobre o tamanho do capital das instituições financeiras, que seria insuficiente para a aplicação da norma. Mas é interessante que a proposta é diferente daquele já divulgada pelo Fasb. Os bancos parecem gostar mais da proposta do Iasb; os investidores, do Fasb.

Positivo ou Negativo? – Segundo a The Economist, a proposta é o reconhecimento que apesar dos progressos da convergência contábil, as duas entidades “concordam em discordar”. Isto poderia ser considerado positivo. Entretanto, pode-se afirmar que é negativo, já que representa a impossibilidade da convergência no médio prazo.

Desdobramentos – Apesar do prazo para o fechamento da minuta ser em meados do ano, provavelmente o Iasb não conseguirá terminar a norma ainda em 2013. Outro aspecto é que os efeitos da norma sobre a necessidade de capital das instituições financeiras deverá gerar uma resistência na sua implantação.

Outros candidatos a fato da semana? As prioridades do Iasb quanto a normatização, a política da Suíça quanto a remuneração dos executivos e o pagamento da multa pela Ernst Young.

Fundo Partidário


As campanhas eleitorais brasileiras custam os olhos da cara, mas isso não tira o sono dos candidatos e seus partidos. Eles gastam literalmente o que têm e o que não têm, principalmente para pagar os publicitários e marqueteiros incumbidos, a peso de ouro, de mostrá-los ao eleitorado sob o ângulo mais favorável - uma proeza e tanto, em muitos casos, sendo o que é a qualidade da clientela para quem trabalham. Os políticos vão em frente na gastança porque sabem que as milionárias dívidas acumuladas na temporada de caça ao voto - cobertas apenas em parte pelas doações declaradas de grandes empresas e pelo recebimento de "recursos não contabilizados" do caixa 2 - serão saldadas, mais dia, menos dias, pelo desvalido contribuinte.
A gazua que lhes dá acesso aos cofres públicos para onde são carreados os impostos cobrados da população atende pelo nome de Fundo Partidário, que merecia ser chamado, isto sim, fundo perdulário. Em nome do fortalecimento do pluripartidarismo - portanto, da democracia e da promoção da igualdade de oportunidades eleitorais entre as siglas -, no período de 10 anos até 2012, o Estado nacional transferiu-lhe aproximadamente R$ 2 bilhões. Da dinheirama, 95% são distribuídos proporcionalmente à votação recebida pelas diversas legendas para a Câmara dos Deputados a cada pleito. O restante é rateado em partes iguais. Além disso, sempre que um partido aparece em rede nacional obrigatória de rádio e TV, o governo recompensa as emissoras pela publicidade comercial perdida no período, isentando-as do pagamento de impostos. No ano eleitoral de 2012, a renúncia fiscal chegou a R$ 606 milhões, apurou o repórter Daniel Bramatti, do Estado.
O maná do Fundo Partidário - reajustado com base na inflação e no crescimento do eleitorado - não sacia, porém, a fome da tigrada. Tanto que, nos dois últimos anos, ao tramitar no Congresso o Orçamento da União, deputados e senadores aprovaram um adicional de R$ 100 milhões ao total já corrigido. Vão repetir a dose agora em 2013, elevando o montante a R$ 293,7 milhões. Os políticos dizem abertamente que as campanhas estão cada vez mais caras, logo maiores as dívidas - e o País que arque com a dolorosa. Em dezembro, um membro da Comissão Mista de Orçamento, o deputado pernambucano Paulo Rubem Santiago, cometeu a imprudência de se opor à nova sangria. "Me olharam com cara de metralhadora", lembra. E, obviamente, a objeção de nada adiantou.
Como a noite que se segue ao dia, quanto maior o subsídio oficial à atividade política, tanto maior o número de interessados no butim. O Brasil, que já lidera o ranking das democracias que mais despendem recursos públicos para esse fim - foram R$ 6,8 bilhões a contar de 2003 -, é uma indigesta sopa de letrinhas partidárias. Em funcionamento, são 30 legendas. Em gestação, mais 23, entre eles um Partido dos Servidores Públicos e dos Trabalhadores da Iniciativa Privada do Brasil (qual seria a sua sigla?), um Partido dos Estudantes, um Partido Militar Brasileiro e um Partido da Mulher Brasileira. Por que seria diferente? O desempenho de uma agremiação nas urnas, por pior que seja, não a impede de tirar uma lasquinha do Fundo e do tempo de TV. Afinal, em má hora o Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional a cláusula de barreira que pelo menos limitaria o acesso dos mal votados ao erário. Confunde-se direito de organização partidária com oportunidade de sugar o Estado.
Uma reforma política para valer teria de reduzir os custos extravagantes dos ciclos eleitorais. O tempo de propaganda na TV poderia durar menos, para onerar menos o contribuinte. (O ideal seria acabar com a onerosa pirotecnia de imagens publicitárias, como desejava o saudoso governador Mário Covas, mas isso é utópico.) Já o Fundo Partidário, no mínimo, deveria ficar imune a acréscimos como os que o Congresso tem aprovado cinicamente. Do Estado, as agremiações deveriam receber não mais do que uma dieta de subsistência. Se querem se fartar, que tratem de ordenhar os seus filiados e mandatários, além dos eleitores que querem vê-las prosperar. Mas está para nascer - se é que nascerá - um Congresso que não vasculhe o bolso do povo.
[...]

Inadimplência dos bancos privados





 [...]
Quer se concorde ou não com a explicação da referida autoridade, o fato é que ela levanta um tema pouco discutido pelos analistas econômicos. O que explica o fato de a inadimplência dos bancos oficiais ser mais baixa do que a dos privados? É improvável que os bancos públicos sejam mais eficientes que os privados ao avaliar o risco de crédito. Uma segunda explicação - que preferimos desconsiderar - seria a existência de uma falha na mensuração da inadimplência dos bancos oficiais que refinanciariam, por alguma razão obscura, devedores incapacitados de honrar dívidas antigas reduzindo a medida de inadimplência.

Embora não acreditemos ser este fator relevante, há que se levar em conta que no passado esse expediente já foi utilizado. Entre 2000 e 2001 os financiamentos em atraso do Fundo Constitucional do Nordeste, administrado pelo Banco do Nordeste (BNB), saltaram de 0,52% para 31,29% dos recursos aplicados, para R$ 2,7 bilhões em valores nominais. Não porque tenha ocorrido uma súbita onda de inadimplência na região, mas porque o Banco Central obrigou o BNB a lançar as "operações em atraso, passíveis de negociação" como de fato em atraso. Até então elas eram refinanciadas e não contabilizadas como inadimplentes.

Uma terceira e mais provável explicação está no dilema enfrentado por uma empresa devedora, diante de uma dificuldade de caixa. Tendo que escolher entre honrar um empréstimo junto a um banco que lhe fornece crédito subsidiado, e outro que lhe cobra uma taxa de mercado, ela sabe que as portas para novos financiamentos se fecharão no primeiro banco, caso ele sofra sua inadimplência. A decisão empresarial mais sensata, então, é priorizar o serviço da dívida de menor custo, preservando essa fonte barata de recursos para futuros empréstimos, e atrasar o serviço da dívida mais cara que será objeto de renegociações e brigas judiciais futuras.

O comportamento das empresas com dificuldade de caixa descrito acima implica que, num ambiente econômico em que alguns bancos concedem empréstimos a taxas subsidiadas, o risco corrido pelos demais bancos é maior do que seria na ausência dos subsídios. Conhecendo os incentivos econômicos à inadimplência, a taxa dos financiamentos não subsidiados embutirá um prêmio de risco de modo a estimular a concessão de empréstimos. Parte dos financiamentos será objeto de renegociação, mas a maior taxa compensa as perdas. O equilíbrio de mercado é uma segmentação na qual os bancos com taxas subsidiadas terão menor inadimplência.

A ampliação da presença estatal na intermediação financeira brasileira, desencadeada a partir da crise dos subprime de 2008, além de não conseguir elevar o investimento e de ampliar o custo fiscal dos subsídios ao crédito, tem elevado o risco corrido pelos bancos privados. Estes, a fim de se protegerem, tendem a ser mais seletivos na concessão de financiamentos aos investimentos. Se o passado for um bom previsor do futuro, a retração do setor privado deverá estimular a ampliação estatal. Essa espiral, que poderá agradar setores mais nacionalistas e de esquerda, provavelmente não implicará em aumento do investimento da economia como um todo, mas simples realocação entre os dois setores.

Pedro Cavalcanti Ferreira e Renato Fragelli Cardoso são professores da Escola de Pós-graduação em Economia (EPGE-FGV)

Literatura Brasileira Contemporânea


Começando mais uma semana especial, que dessa vez é sobre literatura, aí está o nosso infográfico do mês. Ele foi baseado em pesquisas feitas pela Regina Dalcastagnè (UnB), que dedicou seus últimos 15 anos a estudar os modelos sociais construídos e validados pela literatura brasileira contemporânea.
Os pdfs das pesquisas podem ser vistos aquiaqui e aqui.

Fonte: aqui

Graviola

A propaganda a seguir divulga os poderes da Graviola na cura do câncer.


08 março 2013

Dicas para escritores

The writing life offers plenty of solitude. I love that on most days getting dressed for work means slipping on pajama pants and a sweatshirt. But sometimes I long for the company of other people. I want to put on real clothes and leave the house and talk about books and hear what other writers are thinking about. Oddly, I found my writing community when I started a writing group for young people in my city. The lessons they’ve taught me about writing and life fuel my work every day. Here’s just some of what I’ve learned from teaching and paying attention to young people:

1. Dedicate Space and Time to Writing.

In some ways, teaching writing to children is built on a single foundation: opening up time and space to write. For most of the young people I work with, their time is held captive by external stimulation: televisions, computers, cellphones, MP3 players, and more. If they don’t have these devices at home, they can easily find them at the library (where I teach).

[...]

My life changed for the better this year when once again I dedicated my morning time to writing. No more early morning Facebook sessions. No more talking with clients or checking email until noon. Instead, I write. I read. I research. I do what the children have taught me to do: open up space for writing.

2. Accept What Shows Up.

When I started Dream Keepers, my writing program for at-risk children in the city, I envisioned working with girls. And for the first two years I did. But then the program transitioned to the library—and boys started showing up, asking to write. (At first I thought it was the treats we served—and it may have been—but even now when we don’t have goodies, the boys keep coming.)

At one after-school library program, when it was raining so hard I thought no one would show up, nine boys bounced into the room, dripping wet and eager to write. At another event, a boy whom the teacher described as a slower learner, wrote an amazing poem with juicy words.

As a writer, it’s been the wildest ideas and assignments that have led to the most interesting projects. In 2004, I was asked to write a book with a friend in two weeks. We finished the project in nine days. A year later, that experience became the seed for my book on writing marathons, Write-A-Thon.

3. Honor Your Passion.
[...]

Like all writers, I will take on projects just for the paycheck. If the project does not connect in some way to my passion, I can struggle to get it done. Over the years, I’ve learned to be more selective about what I take on and found ways to better the projects that do not excite me. So writers: find a way to honor your passion in your writing. (Even if that means listening to music you love while you’re writing an article about the intricacies of tax policy.) - Por que ela usou escrever sobre política fiscal um exemplo de projetos que não são empolgantes? ఠ_ఠ

4. Prewriting.

At the beginning of every writing group meeting, before the students write poems or paragraphs, I invite them to make lists or mind maps. They jot down everything they know about the topic along with their ideas and memories. When I attended the Milwaukee Writing Project’s Summer Institute, several lessons focused on how prewriting can help students write with less fear. The students relax when they don’t have to worry about getting the right words in the right order. I do, too. Now, I start every one of my own morning writing sessions with mind mapping or some other prewriting tool.

5. The Golden Sentence.

When a group of us teachers work with students at the Milwaukee Art Museum, we end every session by having students choose and present their “Golden Sentence.” The Golden Sentence is a tool from Jim Vopat’s book, Micro Lessons in Writing.

A Golden Sentence is the most powerful sentence a student can find in his writing. On days when the students really struggle to come up with a product they like, the golden sentence reminds them they have the power to produce beautiful sentences.

There are days when I wonder why I am still doing this writing thing. Sometimes finding a golden sentence amidst the dregs helps me to move forward—or at least write again tomorrow.

About the Author: Rochelle Melander is an author, speaker, and certified professional coach. She is the author of ten books, including the National Novel Writing Month guide—Write-A-Thon: Write Your Book in 26 Days (and Live to Tell About It). She teaches professionals how to write good books fast, use writing to transform their lives, navigate the publishing world, and get published.