A Petrobras encaminhou à Agência Nacional do Petróleo (ANP) carta na qual afirma que a indústria nacional não terá condições de cumprir o percentual de conteúdo local mínimo exigido pelo órgão para as atividades de exploração e desenvolvimento da produção nas áreas que serão oferecidas na 11ª Rodada de licitações que acontecerá em maio próximo. É a primeira vez que a Petrobras questiona publicamente os índices de conteúdo nacional impostos pela política do governo federal para a indústria petrolífera.
Na carta enviada durante a consulta pública do pré-edital da próxima rodada da ANP, a Petrobras solicita a redução de 43 itens para a exploração e a produção de petróleo e gás em terra e em águas rasas e profundas, citando a falta de capacidade do país. "Foram identificados que os percentuais do conteúdo local mínimo de alguns itens e subitens não são possíveis de serem atendidos pelo mercado fornecedor local".
[...]A Petrobras explicou que, em alguns itens, os certificados de conteúdo nacional já emitidos pelos fabricantes estão com percentuais abaixo dos valores estabelecidos no pré-edital e, por isso, recomendou à ANP uma nova análise. A estatal esclareceu que sua preocupação é em relação a possíveis multas que poderá sofrer caso o mercado nacional não consiga atender os percentuais. Garantiu que não há risco de atrasos e destacou não existir indicativo de incapacidade nacional a médio e longo prazos.
Fonte: Petrobras e o ‘item nacional’
Ramona Ordoñez e Bruno Rosa O Globo, 1/03/2013
07 março 2013
06 março 2013
Fraude
Uma das questões mais cruciais para contabilidade é a
detecção de fraudes. Isto interessa de perto ao auditor e ao usuário da
informação contábil. A questão é como construir um instrumento que permita separar
as empresas que estão manipulando seus resultados e aquelas que não estão.
O auditor possui um conjunto de medidas que permita
descobrir fraudes contábeis. Mas o usuário fica um pouco abandonado diante as
manipulações possíveis. Obviamente se uma empresa apresenta informações
contábeis com parecer de auditoria com observações, isto pode ser um indicio de
problemas com a qualidade da informação. Entretanto, o parecer não consegue
separar todos os casos.
Um dos primeiros modelos para detecção de fraudes foi criado
por Beneish no final da década de noventa. Enquanto os modelos de previsão de
falência já existiam há anos, a detecção de fraude não contava com um instrumento
especifico. Beneish selecionou uma amostra de 50 empresas que no período de
1982 a 1988 comprovadamente manipularam as informações contábeis. Para
comparar, ele usou 1708 empresas. Como não existe uma teoria de manipulação
contábil, Beneish trabalhou com base em alguns trabalhos acadêmicos da época
(Healy, Jones, Watts e Zimmerman, entre outros).
As variáveis que ele usou foram as seguintes: accruals sobre ativos, dias de vendas a
receber, margem bruta, qualidade do ativo, crescimento das vendas, índice de
depreciação, índice de despesas gerais e administrativas, e índice de
alavancagem. Somente os três últimos não apresentaram valores significativos. Dias
de vendas foi o índice com maior valor.
Um dos problemas com este tipo de modelo refere-se aos
erros. Quando se utiliza um modelo estatístico, podem-se cometer dois tipos de
erros: pode classificar uma empresa como não manipuladora, quando de fato ela
é; ou pode classificar uma empresa como manipuladora, quando de fato ela não é.
O primeiro caso é denominado na estatística de “erro tipo I” e o segundo caso
recebe o nome criativo de “erro tipo II”. Para quem está usando o modelo, o
erro tipo I é mais prejudicial. A vantagem é que o modelo usado permite reduzir
um erro e aumentar o outro.
O trabalho de Beneish deve ser usado com muita cautela: foi
construído num período diferente do nosso e utilizou dados de outro mercado. De
qualquer forma, em razão da importância da questão que ele tenta responder, a
reprodução do modelo poderá ser extremamente útil para os usuários das
informações contábeis.
BENEISH,
Messod. The Detection of Earnings Manipulation. 1999.
4 mentiras sobre as universidades
A VECES UN DIPLOMA NO ES EL CAMINO A LA PROSPERIDAD, SINO UNA PÉRDIDA DE TIEMPO - MOISES NAÍM
Cuando Karl Elsener andaba diseñando una navaja para el Ejército suizo, a finales del siglo XIX, no podía imaginar que, más de cien años después, su invento se habría convertido en una herramienta multiusos universal.
La navaja suiza nos saca de cualquier apuro. Sirve como destornillador, cortauñas, tijeras o abrelatas. ¿Olvidó el dentífrico? Aquí está el palillo de dientes. ¿Celebración imprevista? Oportuno sacacorchos.
Al igual que Elsener, los padres fundadores de las universidades en la Edad Media tampoco imaginaron que esos centros de sabiduría acabarían convirtiéndose en una herramienta universal para resolver los problemas del mundo. La educación, sobre todo la superior, es erróneamente tratada como la navaja suiza del cambio social, el progreso económico y la paz internacional. El remedio polivalente para los problemas más acuciantes, presentes y futuros. Del desempleo a la violencia. De la pobreza a la decadencia industrial y de la falta de probidad de políticos al conflicto armado.
Por supuesto que las universidades son fundamentales para un país. Pero al igual que sucede con la panacea universal, de la enseñanza superior se esperan resultados que no puede dar. Y además, las conversaciones sobre las universidades suelen incluir afirmaciones presentadas como verdades indiscutibles, pero que o ya no son ciertas o nunca lo han sido. Estas son cuatro de ellas:
La educación es prioritaria. Es difícil encontrar un candidato presidencial o un Gobierno en el mundo que no consagre la educación como una de sus prioridades. Pero a menudo la retórica se diluye a la hora de asignar recursos, dedicar esfuerzos o arriesgar capital político en las universidadades, que chocan con los intereses de quienes se benefician del statu quo. En muchos países, la consideración por las universidades se refleja más en los discursos que en las decisiones de quienes pueden hacerlas mejores.
La educación superior es la ruta hacia mayores ingresos. En muchos países sucede lo contrario. En EE UU o Chile, por ejemplo, los estudiantes y sus familias se endeudan para pagar estudios universitarios que les dan un diploma no muy valorado por el mercado laboral. Fontaneros y electricistas obtienen una tasa de retorno a su inversión en educación muy superior a la de sociólogos y psicólogos. El caso de España es muy revelador: es uno de los países europeos con más población universitaria y más graduados que el promedio de Europa. Pero el 40% de estos profesionales están subempleados. Y el 12% está sin trabajo (en Europa la media es 5,2%). Esto no quiere decir que un diploma universitario no sea deseable. Lo que quiere decir es que depende del diploma, de la universidad que lo otorga y del país. Y que en ciertos casos un diploma no es el camino a la prosperidad, sino una costosa pérdida de tiempo.
Las universidades tienen mucho que ofrecerle a la empresa privada. Para que las empresas privadas recurran a las universidades, deben tener incentivos para invertir en investigación y desarrollo. Las empresas no pueden pensar en I+D si están contra la pared, luchando por sobrevivir. También hay problemas del lado de la oferta: no todo profesor universitario hace cosas que interesen a la industria privada o tiene incentivos para hacerlo. Si lo que hace es muy interesante para la empresa, es probable que la empresa lo contrate y lo saque de la universidad. A nivel mundial, los casos en los que hay una provechosa colaboración entre academia y empresa son más la excepción que la regla.
Los estudiantes y los profesores universitarios son agentes de cambio social. A veces, sí. Pero lo normal es que sean poderosos obstáculos al cambio. Los académicos suelen ser muy revolucionarios con respecto a la sociedad en la que viven y muy conservadores con respecto a la organización que los emplea. Abogan por el cambio afuera y luchan aguerridamente por impedir que, por ejemplo, haya más competencia entre ellos o sus instituciones. En muchos países, los profesores que alcanzan cierto estatus obtienen garantías laborales que los adormecen —y que no se dejan quitar. Y basta acudir a muchas facultades públicas en América Latina o Europa para descubrir que, salvo excepciones, no son centros donde se premia la excelencia, sino lugares donde los profesores aburren a los estudiantes con el mismo curso a lo largo de los años. O que algunos departamentos son solo nostálgicos cementerios de ideologías fracasadas.
Todo esto va a cambiar. En la próxima década las universidades van a experimentar más transformaciones de las que han vivido desde el siglo XI. Internet y otras fuerzas sociales y económicas se encargarán de ello.
Fonte: Las universidades: cuatro mentiras - Moises Naím
Ciência dos BRICs
O gráfico mostra a evolução da produção científica de diferentes países. Os países do BRICs estão reduzindo a diferença em relação aos países desenvolvidos. Em 1973, segundo um relatório da Thomson Reuters, divulgado na The Economist, dois terços dos artigos científicos indexados eram dos países ricos (G7). Em 2011 caiu pela metade. Os trabalhos científicos brasileiros estão centrados nas ciências vegetais, agricultura e animal, segundo a revista.
Orçamento das universidades brasileiras
Apenas 8% dos R$ 28,7 bilhões previstos no orçamento de 2013 das universidades federais serão destinados a investimentos como reformas e compra de equipamentos. A Andifes, entidade que representa os reitores das instituições, diz que o valor (R$ 2,3 bilhões) "não atende às necessidades".
Para o secretário executivo da Andifes, Gustavo Balduíno, o próprio valor total do orçamento é "insuficiente". Ele afirma que, para sustentar a expansão de vagas, as 59 federais precisariam de um fluxo anual adicional de R$ 1,5 bilhão em investimentos nos próximos quatro anos.
Algumas das novas instituições - criadas num programa de expansão do governo federal - ainda não têm prédio próprio, laboratórios, salas de aula adequadas e em números suficientes. Por outro lado, 40% dos recursos estão concentrados em 10 universidades.
Enquanto as instituições reclamam da limitação de recursos para investimento, o Ministério da Educação (MEC) afirma que o valor repassado às universidade é "muito razoável". A pasta chega a ressaltar como "significativo" o aumento de 9% no orçamento em relação ao de 2012. “É praticamente o dobro da projeção de inflação no ano passado, ou seja, houve um ganho real. E somente com o programa de expansão das universidades, o Reuni, já foram investidos R$ 10 bilhões desde 2008", afirma Amaro Lins - ele concedeu entrevista quando ainda era secretário de Educação Superior do MEC, cargo que deixou ontem (leia mais abaixo).
A busca por mais recursos para as federais é alvo de crítica do economista Cláudio Moura e Castro, especialista em educação. "Elas já são muito caras e pouco eficientes. Mesmo com muitos professores em tempo integral dedicados à pesquisa ainda se produz pouco. É só ver as universidades que foram implantadas a grito pelo governo no interior do País."
Para o consultor educacional Celso Frauches, as federais sofrem de um mal: o “de um certo relaxamento com os custos”. “Na realidade, nas universidades públicas, não há a busca por resultados financeiros nem educacionais bem estabelecidos”, diz Frauches.
Fonte: aqui
Assinar:
Postagens (Atom)