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05 março 2013

Salários dos diplomatas brasileiros


Oito meses após o governo divulgar os salários do funcionalismo federal, o Itamaraty liberou sexta-feira à noite a consulta aos vencimentos dos diplomatas que estão no exterior. Levantamento feito pelo GLOBO a partir dos dados divulgados mostra que toda a cúpula da diplomacia brasileira recebe salário maior do que a presidente da República.

A Constituição estabelece que o teto dos servidores públicos deve ser o de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje equivalente a R$ 26.723,13, mesmo valor recebido pela presidente Dilma Rousseff. No total, são pelos menos 132 diplomatas nessa situação. Mas o número pode ser maior porque o levantamento considerou apenas os ministros de primeira classe do Itamaraty e que, no exterior, atuam como embaixadores ou comandam escritórios em organismos internacionais e chefiam consulados-gerais. O mais alto salário é de R$ 58,9 mil pagos em janeiro deste ano ao embaixador Paulo Americo Veiga Wolowski, que está em Brazzaville, capital da República do Congo.

Outros doze diplomatas brasileiros receberam mais do que R$ 50 mil em janeiro. São embaixadores brasileiros em países como Iraque, Japão e Angola. O mais baixo salário da lista de 132 embaixadores lotados no exterior é de R$ 31,8 mil, pago ao representante do Brasil no consulado-geral em Buenos Aires.
Para montar o ranking dos mais altos salários da diplomacia brasileira no exterior foram considerados no cálculo tanto o salário bruto básico como as verbas indenizatórias informadas pelo Itamaraty no portal da transparência da Controladoria Geral da União (CGU). Segundo a própria CGU, no caso dos diplomatas no exterior, a verba indenizatória inclui o pagamento de valores referentes a representação no exterior e também ao “fator de correção cambial”. Esse fator varia de acordo com o posto ocupado pelo diplomata, seguindo o custo de vida na cidade onde está lotado. O GLOBO não incluiu na conta férias recebidas por alguns dos embaixadores, benefício legal que não é limitado pelo teto constitucional.

Se fosse considerado apenas o salário bruto pago em dólar, dos 132 diplomatas que estão no topo da pirâmide salarial do Itamaraty 28 ainda teriam rendimento acima do que ganha a presidente da República. O mais alto deles foi pago ao embaixador Ánuar Nahes, que está no Iraque. No caso do embaixador Paulo Americo Veiga Wolowski, o maior vencimento da diplomacia em janeiro, o salário básico em dólar foi de US$ 15,2 mil (R$ 31 mil). Somados a outros US$ 13,6 mil, a título de verba indenizatória, ele chegou ao salário final de R$ 58,9 mil.

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Fonte: aqui

04 março 2013

Rir é o melhor remédio

Vamos resolver isto como adultos.

Contador em 1843

O ano de 1843 marca os primeiros momentos do segundo reinado. O Brasil já tinha 21 anos de nação independente. Mesmo com pouco tempo de vida, a sociedade brasileira já sabia a relevância da contabilidade. No jornal O Commercio, editado na Bahia, com quatro páginas em cada edição, um comentário sobre a Casa da Santa Misericordia mostra este aspecto:

Primeiro que tudo, cumpre dizer, que a Casa não tem uma escripturação regular, sem a qual, como bem se sabe, não póde marchar com segurança uma administração qualquer, e por isso a que existe não offerece a necessária luz para bem entrar-se no conhecimento exacto do verdadeiro estado da mesma Casa.

O curso superior de contabilidade somente seria criado décadas depois, mas já nesta época o termo contador já era bastante utilizado. Uma demonstração publicada no Commercio, em 20 de julho de 1842, traz a assinatura de Christovam Pessoa da Silva, assinando como “servindo de contador”. Nas páginas deste jornal, muitas informações sobre a contabilidade pública. É possível perceber a existência de prestação de contas da província, a discussão sobre créditos suplementares, entre outras situações, como é o caso apresentado a seguir:

Na área privada, a leitura do Commercio mostra na última página muitos classificados relacionados aos escravos (venda e anúncio de fuga, principalmente). A figura a seguir mostra um pouco disto: na primeira parte sobre um escravo que fugiu e a potencial recompensa. Depois, um caso de uma dívida e os ativos do devedor: casa, escravo, trastes.

Mas os serviços contábeis não eram comuns nos classificados. Existe um caso, apresentado a seguir:

Quem precisar de um caixeiro de escripta, com boa letra e entendendo de contabilidade, à rua direita do Collegio, casa n. 8 se dirá que a´isso se propõem, sendo nos dias de serviço das 2 horas as 6 da tarde, e nos feriados e santos das 8 em diante.

Observem que a caligrafia era um aspecto relevante para o profissional da área. O profissional afirma ser um “caixeiro de escripta”, não um guarda-livros ou contador.

Argentina e a dívida externa

Felix Salmon comenta sobre o caso da dívida da Argentina. Este país promoveu um acordo sobre sua dívida externa, trocando os títulos por outros com deságio. Entretanto, um pequeno grupo de investidores não concordou com a troca e entrou na justiça exigindo que o país vizinho cumpra os compromissos. A Argentina insiste no acordo e o caso está sendo julgado pela justiça dos Estados Unidos. Na semana passado o processo foi analisado e a decisão preliminar deverá sair esta semana.

Elliott Associates, um fundo hedge que detem 1,4 bilhão de dólar da dívida argentina. Salmon analisa o que ocorreu nos tribunais e a sua análise mostra que a situação não é nada boa para a Argentina: os tribunais não devem permitir que o fundo hedge tenha prejuízo. O interessante é que o valor pode ser pago por Cristina Kischner, que faz ameaças sobre os efeitos que o resultado negativo pode ter no mercado.

O tribunal foi conduzido pela juíza Reena Raggi, que não demonstrou nenhuma simpatia com as estratégias da Argentina. Ela afirmou que a Argentina é contumaz. E não gostou de ser chantageada pelos advogados da Argentina.

EY paga 123 milhões

Um acordo entre o governo dos Estados Unidos e a empresa de contabilidade Ernst Young resultou num pagamento de 123 milhões de dólares e a admissão de uma conduta errada da empresa e seus partners e empregados. O caso refere-se ao período de 1999 a 2004, quando a EY ajudou pessoas ricas a escapar da tributação, segundo informou a Forbes.

Imposto

A medida provisória aprovada ontem pelo Senado amplia o número de empresas que podem optar por uma forma de tributação considerada menos burocrática e que permite o pagamento de um imposto menor: o cálculo a partir do lucro presumido.

Por esse sistema, a empresa estima um lucro com base na aplicação de alguns percentuais sobre a receita bruta --daí o nome "presumido".

Isso facilita a contabilidade e reduz custos. Além disso, dependendo do faturamento da empresa, resulta num imposto menor.

A maior parte das empresas que estão no regime de lucro presumido recolhe 3% de Cofins e 0,65% de PIS. No sistema de cálculo pelo lucro real, as alíquotas são 7,6% e 1,65%, respectivamente.

Pela lei em vigor, poderiam escolher o sistema de lucro presumido as empresas que faturassem até R$ 48 milhões, valor que não era reajustado desde 2002.

O projeto aprovado praticamente dobra o teto, para R$ 72 milhões anuais, o que amplia o número de empresas beneficiadas, mas pode levar a uma perda de arrecadação de R$ 1 bilhão por ano.

O texto segue para sanção da presidente Dilma, que deve sancioná-lo, segundo o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM).

Fonte: Aqui

Ford contrata "falsos" deficientes

A Ford do Brasil foi condenada a pagar uma indenização de R$ 400 milhões por contratação irregular de funcionários terceirizados supostamente deficientes na unidade de Tatuí, interior de São Paulo, onde mantém um centro de desenvolvimento e pista de teste de automóveis. A sentença, em primeira instância, é do Tribunal Regional do Trabalho da 15.ª Região e cabe recurso.

Assinada no dia 20, a sentença do juiz Marcus Menezes Barberino estabelece ainda a recontratação, desta vez diretamente pela Ford, de 280 funcionários antes terceirizados e que estão afastados desde agosto. A montadora tem prazo de 60 dias para iniciar a recontratação, sob pena de multa diária de R$ 500 mil.

A ação envolve também a Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência (Avape), que indicou os funcionários para a montadora. Segundo o TRT, a entidade é beneficiada pela isenção de tributos federais por contratar pessoas deficientes, mas nenhum dos funcionários que estava na Ford tem deficiências.


Fonte: Aqui