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02 março 2013

Estreia: Basileia 3 e uso de crédito tributário

O Brasil permitirá que os bancos utilizem créditos tributários e letras financeiras em períodos de crise para compor o capital prudencial, dentro do cronograma de implementação de Basileia 3, atendendo demanda de grandes instituições do setor do país.

Segundo autoridades regulatórias, no entanto, o sistema bancário tem capital suficiente por pelo menos mais dois anos. Diante da gradual aderência às regras internacionais, alguns bancos do país precisariam levantar cerca de 15 bilhões de reais entre 2017 e 2019.

A necessidade de maior patrimônio de referência, o chamado capital de nível 1, subirá dos atuais 8 por cento para entre 10,5 e 13 por cento.

Em contrapartida, o governo permitirá que os bancos usem cerca 60 bilhões de um total de 110 bilhões de reais de créditos fiscais como capital em uma eventual situação de estresse financeiro.

Além disso, em períodos de estresse os bancos poderão converter títulos de dívida chamados de letras financeiras em ativos semelhantes a capital próprio, como ações. O estoque de letras financeiras em mercado é de cerca de 230 bilhões de reais.

A conversão é válida a partir desta sexta-feira, mas somente para papéis com cláusulas específicas para isso, explicou o secretário-adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira.

O setor financeiro do Brasil discute há vários meses a implantação das regras de Basileia 3, criadas para aperfeiçoar a capacidade das instituições financeiras de absorver choques e evitar a repetição da crise internacional de 2008 e 2009.

Segundo o diretor de Regulação do Sistema Financeiro do BC, Luiz Awazu, como um todo o sistema financeiro não terá de levantar capital até 2019. "Na análise individual, nenhum banco precisará levantar capital entre 2013 e 2015", disse Awazu.

Segundo o chefe do departamento de Normas do BC, Sérgio Odilon dos Anjos, o cronograma apresentado nesta sexta-feira compõe um quadro mais flexível de implementação de Basileia 3.

"A ideia é fazer uma regulação (...) que não seja rígida, ou seja, em períodos de crescimento exigirá mais dos bancos para, em períodos de contração, ser mais flexível", disse Odilon.

A reação do mercado ao anúncio das medidas era positivo, embora o entendimento seja de que não há mudanças importantes no curto e médio prazos, devido à interpretação de que os bancos brasileiros estão bem capitalizados.

"As medidas (...) lançam as condições fundamentais para o crescimento do investimento, do crédito de longo prazo e da expansão da atividade econômica", disse em nota o presidente-executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco.

Em nota, a equipe de análise do Goldman Sachs considerou as medidas positivas, mas sem potencial para catalisar as ações do setor.

"Nós nunca vimos o capital como uma preocupação para os bancos brasileiros", comentou a equipe do Goldman liderada por Carlos Macedo.

De todo modo, o setor bancário era o de melhor performance na bolsa paulista nesta sexta-feira.

Às 15h35, Banco do Brasil subia 2,24 por cento. A unit do Santander Brasil tinha ganho de 1,04 por cento, enquanto as preferenciais de Bradesco e Itaú Unibanco tinham alta de 0,85 e de 0,29 por cento, respectivamente. O Ibovespa caía 0,89 por cento.

Basileia 3 é parte de um acordo global para padronizar as regras de adequação de capital e de risco de liquidez no setor bancário. No mês passado, União Europeia e Estados Unidos fizeram um acordo para implementar as novas regras logo que possível.


(Por Luciana Otoni, Maria Carolina Marcello e Aluísio Alves)

Copyright Thomson Reuters 2011

Negócio Nebuloso: refinaria de Pasadena

A representação contra a Petrobrás apresentada ao Tribunal de Contas da União (TCU) pelo procurador do Ministério Público junto ao TCU, Marinus Marsico, pedindo que seja investigada a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, pode ser o primeiro passo de um processo formal a respeito desse negócio tecnicamente injustificável e que, pelas informações disponíveis, e não contestadas pela empresa, pode resultar em prejuízo bilionário para o País.

Além de provocar a ação do Ministério Público, o caso - sobre o qual o Estado vem há tempos publicando reportagens - já vem sendo acompanhado por congressistas, entre os quais o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), que pediu investigação da Procuradoria-Geral da República. Pode, por todas as evidências já conhecidas, tornar-se um caso de polícia.


Depois de coletar, nos últimos meses, informações a respeito da compra, pela Petrobrás, de metade do controle acionário da refinaria texana em 2006 e, depois, da totalidade das ações por meio de acordo extrajudicial com a antiga sócia, o procurador Marinus Marsico decidiu encaminhar ao ministro José Jorge, relator da questão no TCU, pedido para que apure as responsabilidades da empresa nesse negócio, de grandes proporções e nenhuma transparência. 


Na opinião do procurador, houve gestão temerária e prejuízo aos cofres públicos nessa compra. Caso o ministro aceite o pedido, técnicos do TCU examinarão a questão e poderão identificar responsáveis. O relatório técnico será depois julgado em plenário.


Ao anunciar a aquisição da refinaria de Pasadena, a Petrobrás - cujo Conselho de Administração era presidido pela então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff - afirmou que, desse modo, iniciaria sua participação no mercado de refino de petróleo e comercialização de derivados no mercado americano. A meta então anunciada era de, por meio de novos investimentos, duplicar a capacidade da refinaria, que, na época, podia processar 100 mil barris de petróleo por dia. Era parte de seu plano estratégico, que previa também investimentos em pesquisa e produção de petróleo em áreas do Golfo do México.


Quando se conheceram os números do negócio, porém, o valor "estratégico" da refinaria para a empresa brasileira começou a ser contestado. A refinaria de Pasadena fora adquirida no início de 2005 pela empresa belga Astra Oil Company por apenas US$ 42,5 milhões. Os entendimentos da Astra com a Petrobrás começaram alguns meses depois e foram concluídos em setembro de 2006, quando a estatal brasileira confirmou a compra de 50% da refinaria por US$ 360 milhões.


Ou seja, a Astra - da qual um ex-funcionário da Petrobrás era um dos principais executivos - recebia esse valor pela metade da refinaria, que lhe custara US$ 21,25 milhões. Seu ganho, portanto, fora de praticamente 1.600%. O negócio já seria totalmente injustificado se tivesse ficado só nisso. Mas não ficou.
Desentendimentos entre os sócios levaram a parte belga a recorrer à Justiça americana para obrigar a Petrobrás a comprar sua parte. Depois de perder na Justiça, a Petrobrás decidiu fazer um acordo extrajudicial com os belgas. Fechado em junho do ano passado, esse acordo previu que, para encerrar todos os litígios, deveria pagar mais US$ 820 milhões. Em resumo, a Astra vendeu para a Petrobrás, por US$ 1,18 bilhão, uma refinaria que lhe custara US$ 42,5 milhões.


O plano estratégico de 2012-2016 da Petrobrás prevê a venda de US$ 14 bilhões de ativos, sobretudo no exterior, operação indispensável para equilibrar suas finanças e executar o ambicioso plano de investimentos no pré-sal. A Refinaria de Pasadena estava entre os ativos que a estatal pretendia vender para fazer caixa, mas seu valor de mercado certamente é muito menor do que o desembolsado para adquiri-la. 
Vendê-la pelo valor oferecido pelos poucos interessados implicaria à Petrobrás o reconhecimento de pesadas perdas financeiras, razão pela qual a empresa agora diz que fará investimentos para torná-la mais atraente. As perdas poderão aumentar. E quem é o responsável por essas perdas?


Fonte: 28 de fevereiro de 2013 | 2h 10
Editorial O Estado de S.Paulo

Prejuízo recorde não abala a Vale

A Vale registrou prejuízo líquido de R$ 5,62 bilhões no quarto trimestre de 2012. Foi o pior resultado trimestral da história da mineradora e uma das maiores perdas em um trimestre de uma empresa brasileira, segundo a consultoria Economática. Em função desse resultado, o lucro líquido da empresa em 2012 despencou, caindo 74,2% na comparação com 2011. E, mesmo assim, as ações da mineradora continuam fazendo sucesso entre os analistas.

Especialistas em mineração das corretoras do Bradesco BBI, BB Investimentos (Banco do Brasil), Itaú Unibanco, Planner e XP destacaram o “excepcional desempenho” da Vale na venda de minério de ferro, o que resultou em um sólido resultado operacional. Em relatórios enviados a clientes, todas essas instituições recomendam compra dos papéis da Vale e apontam tendência de desempenho acima da média do mercado.

Segundo o analista Alan Glezer, do Bradesco BBI, os resultados da Vale no quarto trimestre mostram uma melhora significativa no mercado de minério de ferro. As receitas com a venda do minério aumentaram 27% nos últimos três meses de 2012, “de carona no pacote de estímulos que acelerou a economia da China”.

Em relatório, o analista do BB Investimentos Victor Penna afirma que a mineradora soube aproveitar a tendência de alta nos preços do minério no fim do ano passado. Essa tendência de alta se manteve no começo de 2013, com o minério de ferro chegando ao maior valor desde outubro de 2011. “Acreditamos que a Vale deverá reportar resultados consistentes no primeiro trimestre de 2013, caso seu desempenho operacional não seja muito prejudicado pelo excesso de chuvas característico do primeiro trimestre.”

Além disso, Penna ressalta que a China divulgou recentemente dados macroeconômicos mais favoráveis, mostrando que “a segunda maior economia do mundo está ganhando força”. O nível dos estoques de minério de ferro no país está no patamar mais baixo dos dois últimos anos. Esses dois fatores devem continuar estimulando o setor de mineração, na opinião do analista.

O analista Alan Glazer, do Bradesco BBI, tem recomendação de “outperform” (desempenho acima da média do mercado ou, em português claro, compra) para as ações preferenciais série A (PNA) da Vale, com preço justo de R$ 54,00 por ação. Já Victor Penna, do BB Investimentos, coloca como preço justo o valor de R$ 44,40, também com recomendação de “outperform”.

A corretora Planner tem recomendação de compra para as ações PNA da Vale, e o preço justo calculado é de R$ 45,00 por ação. A indicação do analista Marcos Assumpção, da Itaú Corretora, é de “outperform” para os papéis, os quais, segundo ele, têm potencial de alta, embora o preço alto do minério de ferro já esteja incluído no valor atual das ações. O preço justo estimado pelo analista para Vale PNA é de R$ 42,00.

A corretora XP Investimentos segue recomendando compra dos papéis da Vale, com preço justo de R$ 48,80. As ações PNA da Vale na BM&FBovespa estavam, às 14h20, cotadas a R$ 36,03, em alta de 1,66%, o que dá uma ideia do potencial de ganho previsto pelas corretoras.

Vale lembrar que esses preços justos calculados pelos analistas têm como base estimativas de resultados das empresas ao longo dos próximos trimestres. É preciso, contudo, que certas condições de oferta e procura pelas ações sejam cumpridas para que os preços se concretizem.


Fonte: Aqui

As 10 empresas mais admiradas



De acordo com a Fortune:

1) Apple
2) Google
3) Amazon
4) Coca-Cola
5) Starbucks
6) IBM
7) Southwest Airlines
8) Berkshire Hathaway
9) The Walt Disney Company (AMO)
10) FedEx

Fonte: Aqui







01 março 2013

Rir é o melhor remédio


Remuneração de executivos

O Parlamento Europeu e a União Europeia concluíram nesta quinta-feira (28) um acordo que prevê colocar um teto aos bônus que os grandes bancos concedem a seus diretores, para evitar que se repita uma crise financeira como a de 2008.

O objetivo é colocar mais controle sobre os incentivos milionários que os diretores de bancos possuem.

Os salários milionários e os controversos bônus dos diretores de bancos estiveram no olho do furacão desde a explosão da crise financeira de 2009, após o colapso que provocou a queda de Bear Stearns e Lehman Brothers.

A medida - contemplada no acordo de regulação bancária Basileia III - deverá ser debatida na próxima terça-feira (5) durante a reunião de ministros das Finanças da União Europeia (UE).

Votação de royalties - antes do Orçamento

Os presidentes do Senado e da Câmara acertaram que a votação do veto sobre royalties do petróleo será realizada antes da decisão sobre o Orçamento de 2013. A sessão do Congresso para debater os dois temas foi convocada para a noite da próxima terça-feira, dia 5 de março.


[...]

Renan Calheiros justificou a decisão argumentando que o processo legislativo não pode ficar pela metade e já foi aprovada urgência para votação do veto sobre os royalties. Ele afirmou que somente após resolver esses dois temas a Casa irá se debruçar sobre o estoque de mais de 3 mil vetos que aguardam votação. O presidente do Senado, porém, afirmou que quase a metade deles estão prejudicados porque as leis foram substituídas por outras normas, e, portanto, não precisariam ser votados.

O veto que será colocado em votação foi feito pela presidente Dilma Rousseff para evitar uma mudança na distribuição dos royalties que alterasse as regras para os campos já licitados. A medida protegeu Rio de Janeiro e Espírito Santo, estados produtores, que teriam suas receitas congeladas em volumes semelhantes aos obtidos em 2010. Se o veto for derrubado, os recursos passariam a ser divididos por critérios que aumentariam a receita dos outros estados e municípios.


Fonte: Aqui