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28 fevereiro 2013

Rir é o melhor remédio


Ambiente de negócios chileno

Quanto tempo é necessário para abrir uma empresa no Brasil? 119 dias. Se você acha muito, espere para ver quanto tempo leva para fechar uma empresa! 
O custo de abertura também é salgado. Em média, R$ 2.038. Isso é uma ducha fria para qualquer empreendedor, especialmente aqueles interessados em internet. 
Já nosso vizinho, o Chile, acaba de dar um olé no Brasil. Os hermanos aprovaram uma nova lei em que a abertura de empresas passa a ser feita em um único dia. Tudo pela internet, sem papelada. 


E, para completar, a custo zero. O Chile percebeu que a melhor forma de promover o desenvolvimento é apostar na dobradinha empreendedorismo e inovação. 
Outro exemplo de medida adotada por lá é o programa "Start-up Chile". Concede até R$ 80 mil para pessoas de qualquer lugar que queiram desenvolver uma boa ideia empresarial no país. 
Até a obtenção de vistos é facilitada, tudo para atrair talentos globais. Os resultados são eloquentes: 600 start-ups criadas, originadas em 50 países diferentes. 
Há alguns dias visitei a incubadora de empresas 21212 (o nome mistura o prefixo do Rio com o de Nova York), no Rio de Janeiro. 


Fiquei surpreso com garotos e garotas, muito jovens, todos mandando ver em suas pequenas empresas de tecnologia. Conversando com o fundador do projeto, Benjamin White, concordamos que os jovens brasileiros têm a ambição de empreender na internet. 
O problema é que ficam desapontados assim que percebem o tamanho da encrenca da burocracia do país. Nesse quesito, o Chile está ganhando de goleada do Brasil.


Os gastos para se abrir uma empresa no Brasil são absurdos diante da celeridade conferida pelo meio da internet nos dias de hoje. Além disso, muito bem lembrado que, não bastasse o tempo excessivo para a abertura de uma empresa, ainda se leva mais tempo para fechar a mesma. A combinação da promulgação do Marco Civil da Internet com a redução drástica da burocracia têm em muito a nos favorecer no quesito inovação e incentivo aos empreendedores brasileiros. Aqui têm muita gente precisando disso.


Fonte: aqui

Argentina: calote técnico?

Advogados, economistas e executivos de bancos estão preocupados com a decisão que a Justiça dos Estados Unidos vai tomar sobre a disputa entre a Argentina e os credores de títulos não reestruturados, denominados holdouts. O país se prepara para apresentar suas alegações em audiência nesta quarta-feira para três juízes da Câmara de Apelações do Segundo Distrito de Nova York. A decisão dos juízes de segunda instância pode definir o perfil da dívida argentina nos próximos anos e até levar o país a um calote técnico, depois da histórica moratória declarada em 2001.

A Argentina declarou moratória de uma dívida de US$ 122 bilhões em dezembro de 2001. O país apresentou então proposta de reestruturação com desconto de 67% no valor nominal dos títulos e prazo de 20 anos para pagamento. Obteve um nível de aceitação de 93% dos credores. Alguns detentores de títulos, no entanto, não aderiram.

Agora, fundos como NML Capital, Aurelius e Blue Angel, chamados pelo governo de "abutres", e outros 13 investidores tentam obter o pagamento integral da dívida por meio da Justiça e de embargos de ativos argentinos no exterior.

A Câmara de Apelações vai realizar audiência para tratar o assunto em uma causa no valor de US$ 1,3 bilhão movida por esses três fundos. O tribunal de apelações de Nova York terá de decidir se ratifica decisão anterior de que a Argentina precisa pagar 100% da dívida em títulos não repactuados. Essa decisão pode ter um efeito cascata e envolver o total da dívida não reestruturada, que é de US$ 6,5 bilhões de capital principal. Somado aos juros calculados pelo governo, o montante chegaria a US$ 11 bilhões, incluindo o valor do processo que será analisado hoje.

O governo de Cristina Kirchner se nega a pagar os chamados holdouts. Se a Justiça definir contra o governo argentino, os ativos que o país deposita para pagar os credores que aderiram à reestruturação sofrerão embargos para garantir o pagamento aos holdouts e isso se configuraria em calote técnico para a Argentina.

Apoio americano. Nessa causa, a Argentina tem o apoio de bancos emissores, de credores que aceitam a reestruturação de títulos, de corretoras e até do Tesouro e do Departamento de Estado americano, que se apresentaram como parte interessada no processo. O apoio visa à necessidade de preservar as emissões internacionais de bônus feitas com a legislação e sob a jurisdição de Nova York, um negócio que proporciona comissões aos bancos emissores e pagadores.

Se a Argentina for obrigada a pagar a esses credores o que negou aos que aceitaram a renegociação, todas as demais reestruturações de dívidas soberanas estariam comprometidas. "Ninguém mais verá sentido em aceitar uma reestruturação com desconto e prazos longos, enquanto a Justiça garante o pagamento de 100% do valor, imediatamente e em cash", ponderou recentemente o ministro de Economia da Argentina, Hernán Lorenzino. Após a audiência, o Tribunal de Apelações pode demorar entre dois e quatro meses para anunciar sua decisão, passível de recurso à Corte Suprema.


Fonte: Aqui

Capitalização do BNDES

A capitalização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em negociação desde o ano passado, ganhou o consenso no governo com a queda do lucro da instituição em 2012. Para manter o ritmo de crescimento da carteira de crédito e dos desembolsos, o banco deve ter um reforço no patrimônio no segundo semestre. Segundo fontes do governo, o aporte deverá ficar entre R$ 5 bilhões e R$ 8 bilhões. 

A capitalização faz parte de uma "conversa permanente" entre o banco e seu acionista integral, o Tesouro. Ao anunciar o resultado de 2012 anteontem, o BNDES revelou que um "plano de capital" de longo prazo estava em discussão com o governo. 


O valor da capitalização pode parecer pequeno diante dos recentes repasses do Tesouro ao banco (R$ 285 bilhões de 2009 a 2012), mas tem função e efeitos diferentes. Os repasses são empréstimos do Tesouro ao banco. E servem como fonte de recursos para o BNDES, criando uma alternativa ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). 


Já uma capitalização é uma injeção direta de recursos no patrimônio líquido (soma de todos os bens, descontadas as obrigações da instituição), cujo saldo em 2012 foi de R$ 52,2 bilhões. O reforço, uma contribuição direta, não um empréstimo, permitiria ao banco manter uma base financeira sólida. Ou seja, o índice de Basileia, indicador internacional que mede a proporção de capital próprio e recursos emprestados, continuaria estável. 


[...]Além do recuo no índice de Basileia, o economista João Augusto Salles, da consultoria Lopes Filho, destacou a baixa participação, comparado com bancos privados, de fontes de recursos mais estáveis (capital nível 1) na composição do Patrimônio de Referência. "Quanto maior o capital de nível 1, mais bem-visto é o banco em termos de risco", disse Salles. 
Considerando apenas capital de nível 1, o índice de Basileia do BNDES está em 8,35%. O Itaú tem 10,9%; o Bradesco, 11%; e o Santander, 19,3%. Nos bancos públicos, considerando só o nível 1, o Banco do Brasil (BB) tem 10,55% e a Caixa, 6,6%. "O melhor seria alcançar 11% apenas com o nível 1", disse Salles. 

O mínimo de índice de Basileia exigido pelo Banco Central é 11%, considerando os dois níveis. Por isso, para o professor de Finanças da Faculdade de Economia e Administração de Ribeirão Preto, da USP, Alberto Borges Matias, não há problemas quanto à solidez do BNDES. "O patrimônio do banco está em níveis bem acima dos exigidos."
Porém, no longo prazo e mantida a tendência de crescimento dos bancos públicos para "gerar desenvolvimento no País", disse Matias, "é natural que o índice (de Basileia) seja reduzido e haja necessidade de capitalizações". 

Fonte: aqui

Bud: Cerveja com água

Uma reportagem publicada pelo Portal G1 nesta quarta-feira (27) afirmou que consumidores americanos estão acusando a multinacional Anheuser-Busch Inbev (AB Inbev), de controle belgo-brasileiro, de diluir com água dez de suas marcas de cerveja, entre elas a Budweiser e a Michelob. A denúncia é baseada em relatos de ex-funcionários.

De acordo com a reportagem, os consumidores acusam a empresa de ter intensificado a prática de adicionar água a bebidas após ser comprada por gigante belgo-brasileiro. O motivo seria a redução de custos. Por causa disso, eles pedem uma indenização de US$ 5 milhões. A justificativa é que o teor alcoólico das cervejas supostamente não é igual ao indicado em seus rótulos.

Fonte: Aqui.

Executivos do Banestado condenados pela CVM

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) condenou 11 ex-executivos e funcionários do antigo Banco do Estado do Paraná (Banestado), de um total de 28 acusados por atos ilegais na instituição financeira, em operações realizadas entre maio de 1996 e novembro de 1998. As multas somam R$ 2,9 milhões.

[...]

A investigação na CVM foi aberta em 2000 a partir de denúncia apresentada por Marisa Stedile, conselheira de administração do Banestado, que apontou indícios de irregularidades na administração. As denúncias se dividiam em três grupos de operações: Algaci, DM e Xingu. A CVM condenou os acusados apenas no primeiro caso, por considerar que as operações para as construtoras DM e Xingu eram operações ordinárias.

Em relações às chamadas "Operações Algaci" a CVM considerou que os diretores violaram o dever de diligência da Lei das S.A., além de praticar desvio de poder e ato de liberalidade às custas da companhia. O caso envolve o favorecimento de quatro empresas ligadas ao radialista e então deputado estadual Algaci Túlio, por meio da liquidação irregular de dívidas com descontos excessivos e uso de precatórios do Estado do Paraná.

O problema envolveu 17 operações de crédito, somando R$ 3,3 milhões (a valores de 1998). Segundo a CVM, as operações foram negociadas pela Casa Civil do Estado do Paraná e o Banestado, apesar de as empresas não terem condições de honrar as obrigações assumidas. O objetivo era o financiamento de campanha política de Algaci.

Para Luciana Dias, diretora da CVM e relatora do caso, ficou provado que as operações não obedeciam a uma lógica comercial e subvertiam os trâmites internos do Banestado para aprovação de crédito - que incluíam aprovações por gerências regionais e uma série de comitês. "Nenhuma das operações Algaci foi realizada em benefício do Banestado", disse, o que configura desvio de poder.

Os outros dois grupos de operações investigadas supostamente visavam a favorecer a DM Construtora e a Xingu Construtora. As empresas amortizaram dívidas em troca de créditos originários de precatórios. O Banestado não exigiu garantias e avaliou os precatórios por seu valor de face, superior ao valor de mercado. As operações - de R$ 20 milhões para a DM e R$ 23 milhões para a Xingu - contrariavam pareceres do jurídico do Banestado.

Apesar disso, as duas empresas eram clientes do banco e as operações passaram por todo o rito de análise exigido. A CVM considerou que eram operações comuns do banco e que não caberia a ela questionar a qualidade das decisões comerciais da diretoria.

Em outubro de 2000, o Banestado entrou no rol de privatizações de bancos estaduais ao ser adquirido por R$ 1,6 bilhão pelo Itaú. Mais tarde, o Banestado foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou um esquema de evasão de divisas, com envio irregular de bilhões de dólares a paraísos fiscais por meio de contas CC5 - circular do Banco Central que permitia a abertura de contas especiais mantidas por brasileiros que moram no exterior. A CPI foi encerrada sem aprovações dos relatórios finais no Congresso.