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26 fevereiro 2013

Elétricas pesam mais no balanço do BNDES

Apesar de o BNDES ter sentido o impacto da LBR no balanço de 2012 apresentado hoje, o setor de energia acabou pesando mais, segundo o banco. A provisão total para potencial perda de valor de ativos chegou a 3,3 bilhões de reais, sendo que 2,4 bilhões de reais do setor de energia. O valor total equivale a cerca de 3% da carteira de participações societárias, segundo o BNDES.

[...]

O BNDES apresentou uma queda de 9,6% no seu lucro de 2012 (8,2 bilhões de reais) em relação ao do ano anterior. A explicação do BNDES para a queda é simples: as empresas foram afetadas pela desaceleração global, causando impacto negativo no resultado da BNDESPAR que, por sua vez, afetou o lucro do BNDES.

A BNDESPAR registrou um lucro liquido de 298 milhões de reais em 2012, o que indica uma queda de 93,1% em relação aos cerca de 4 bilhões de reais obtidos em 2012. Três fatores levaram a isso: a provisão para potencial perda de valor de ativos, o resultado de equivalência patrimonial para ativos em que o BNDES tem mais de 20% de participação e os dividendos de empresas em que o BNDES não tem mais de 20% de participação.

A LBR apresentou dois impactos: a baixa contábil de 657 milhões de reais e uma perda entre 100 e 200 milhões de reais no resultado de equivalência patrimonial para ativos em que o BNDES tem mais de 20%. Esse valor é calculado com base no balanço da empresa, levando em consideração o percentual de participação do BNDES no patrimônio da empresa. No caso, o patrimônio foi momentaneamente reduzido, segundo Carlos Frederico Rangel, chefe de departamento de contabilidade.


Fonte: Aqui

Lucro BNDES

Uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) no fim de dezembro de 2012 elevou contabilmente o lucro anual do BNDES em R$ 2,380 bilhões. Mesmo assim, o ganho foi de R$ 8,183 bilhões, 9,6% inferior ao de 2011 (R$ 9,048 bilhões), na segunda queda consecutiva. Se a regra contábil do BNDES fosse a mesma dos demais bancos, o lucro teria sido de R$ 5,803 bilhões, 35,9% menor.

“O lucro líquido individual e consolidado do exercício e semestre, findos em 31 de dezembro de 2012, está aumentado em R$ 2.380 milhões, após os efeitos tributários”, diz nota da KPMG, que fez a auditoria do resultado do BNDES, considerando a regra geral. Mas a instituição afirma que, pela nova norma, os números do banco são corretos.

Com a resolução do CMN, 25% das ações que o BNDES tem em caixa e são classificadas como “disponíveis” não precisarão mais ter valores de referência atualizados quando houver variação grande nas cotações na Bolsa — o banco tem papéis de Petrobras e Eletrobrás, que sofreram muito em 2012. As ações disponíveis são investimentos de longo prazo, não negociadas no dia a dia do banco, mas servem para o cálculo do patrimônio líquido do BNDES e de referência para seus empréstimos.

Selmo Aronovich, superintende da Área Financeira do banco, lembra que o BNDES atende às normas do CMN e que a resolução se aplica só ao banco pois ele tem características diferentes dos demais, por focar no longo prazo. Ele conta que os papéis, que sempre representaram 40% dos lucros, geraram só 6% do resultado no ano passado.

— O resultado da BNDESPar (subsidiária de participações acionária), que não é afetado pela resolução do CMN, caiu de R$ 4,307 bilhões em 2011 para R$ 298 milhões no ano passado.
Senador quer explicação de Mantega

O banco passou de um lucro de R$ 700 milhões para um déficit de R$ 320 milhões na rubrica provisões financeiras, apesar da inadimplência cair de 0,14% para 0,06%, a mais baixa da história.

— Em 2011 tivemos forte recuperação de valores e na classificação de ativos. Em 2012 fizemos provimentos normais — disse Carlos Frederico Rangel, chefe do Departamento de Contabilidade do BNDES. Segundo ele, o resultado baseado em operações de crédito e repasse subiu 26% sobre 2011, atingindo R$ 9,5 bilhões antes de impostos.

Aronovich disse, ainda, que o BNDES repassou ao Tesouro R$ 12,4 bilhões como dividendos em 2012. Além de parte do lucro auferido em 2011, houve R$ 4,5 bilhões de antecipação do resultado de 2012. O BNDES pagou ao governo dividendos do ano enquanto o resultado final ainda não havia sido calculado, com base no lucro do primeiro semestre. Os recursos entram no caixa do governo e melhoram o seu superávit primário. E o Tesouro emitia dívida para capitalizar o banco, que no ano passado desembolsou R$ 156 bilhões.

Fonte: O Globo

Frase

“The IRS! They're like the Mafia, they can take anything they want!”
― Jerry Seinfeld

MP dos Portos

Porto de Paranagua
Os operadores portuários privados, a exemplo dos representantes das empresas exportadoras, demonstraram apoio ao governo em relação à Medida Provisória 595, a polêmica MP dos Portos, em tramitação no Congresso Nacional. “Elogiamos a medida porque ela estabeleceu algumas definições que pacificam as questões do setor portuário”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, nesta segunda-feira (25/2), ao sair do Palácio do Planalto depois de se reunir com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o ministro titular da Secretaria Especial de Portos, Leônidas Cristino.

Enquanto os sindicalistas criticam a MP dos Portos e dizem que ela é um retrocesso nos direitos trabalhistas, na avaliação de Manteli, a nova lei não acarreta em perdas para os portuários uma vez que deixará facultativo aos operadores a obrigatoriedade da contratação dos trabalhadores pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo). Para ele, a MP permitirá que os operadores privados tenham mais liberdade para contratar a mão de obra avulsa e esta precisará ser mais bem qualificada. [...]

De acordo com o presidente da ABTP, entidade que reúne 85 empresas que operam 160 terminais privados e arrendados, o governo não vai ceder para os trabalhadores. “Temos uma situação atual que a MP repete todas as condições que regulam o trabalhador portuário que estão na Lei 8.630/93 (antiga Lei dos Portos, que foi revogada com a nova MP 595). Não tem nada que prejudique o trabalhador. Nenhum direito foi retirado da lei”, afirmou. “É preciso encontrar uma saída civilizada para esse trabalhador. Tanto a Lei dos Portos, embora revogada, quanto a convenção da OIT Organização Internacional do Trabalho), estabelecem os caminhos. O que não pode é criar no Ogmo um monopólio”, afirmou. “O mais importante é que para o terminal, a vantagem econômica é fantástica porque o custo é menor”, emendou.

Para Manteli, o importante, é que a isonomia entre os terminais privados antigos e os novos que serão contratados por meio das concessões tenham as mesmas regras. “Os marcos regulatórios têm que ser iguais para todos os investidores dos portos. Ele não pode estabelecer uma diferença”, declarou. Os operadores deverão se reunir na dentro de 15 dias com o presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade do Governo Federal, Jorge Gerdau, e representantes de empresas exportadoras para alinharem o discurso e apresentarem uma proposta de emenda à MP dos Portos. “Viemos nos colocar à disposição para nos reunir com os demais setores da indústria para harmonizarmos o pleito empresarial para a MP”, disse. De acordo com fontes do governo, os atuais operadores e cujos contratos estão vencendo, poderão optar pelo novo regime no qual não pagarão outorga mas farão os contratos por menor preço e maior volume.

As concessões do setor portuário são as que mais preocupam o setor privado, segundo fontes palacianas. Enquanto o texto da MP 595 ainda precisa passar pelo Congresso, as primeiras licitações, dentro do novo modelo, começarão ainda neste semestre pelos portos de Santos, em São Paulo, e Belém, no Pará. Os estudos de viabilidade serão feitos em 159 terminais, sendo 42 novos e 117 em áreas cujos contratos de arrendamento já venceram ou estão para vencer até 2017.

Mandeli criticou a paralisação de seis horas dos trabalhadores portuários na última sexta-feira (22) e disse que ela foi antipatriótica e que os prejuízos ainda não foram calculados. “Não tem sentido parar os portos quando esta tramitando congresso nacional um verdadeiro processo democrático. Não tem razão de paralisação. O governo está aberto à negociação e, portanto, não tem sentido qualquer greve. Eu diria que a paralisação não foi patriótica”, afirmou. Segundo o empresário, já existem boatos de que os importadores chineses vão comprar soja de outros países porque aqui existe ameaça de greve no Brasil. “Hoje, a velocidade dos portos, o pleno funcionamento, o preço e qualidade do serviço são fundamentais para a competitividade”, afirmou ele acrescentando que os trabalhadores precisam pensar mais no Brasil. “O país precisa avançar muito e temos uma excelente oportunidade de aumentar o nosso comércio exterior, gerar mais riqueza e mais emprego. Não podemos perder essa oportunidade. Todos, e não é só empresário e o governo, mas os trabalhadores também precisam ser mais competitivos porque estamos em uma economia globalizada”, completou.

Os ministros Gleisi e Cristino se reúnem, às 19h desta terça-feira (26/2), com o relator da MP 595, senador Eduardo Braga (PMDB-AM) e o presidente da Comissão mista da MP dos Portos, deputado José Guimarães (PT-CE). A nova paralisação dos trabalhadores portuários, de seis horas e prevista para amanhã, foi suspensa. Na sexta-feira, 36 portos pararam entre públicos e privados. A próxima reunião do governo com os trabalhadores será na sexta-feira (1º).

Free float

Free float é a quantidade percentual de ações livres à negociação no mercado - não pertencem a acionistas estratégicos - como: controladores e diretores da companhia e acionistas que detenham mais de 5% do capital total da empresa.

A princípio, quanto maior o free float de uma companhia, maior sua liquidez no mercado e maior a facilidade com que os investidores minoritários podem adquirir e vender livremente suas ações.

Novo Mercado e Nível 1 de governança: manutenção em circulação de parcela mínima de ações, representando 25% do capital.



25 fevereiro 2013

Rir é o melhor remédio

Uma proposta de casamento sob a forma de um paper de física. Incrivelmente original. Clique na imagem para ver melhor.

1895 e a Educação Contábil no Brasil

O Annuario do Ensino foi publicado em 1895 e só teve um número publicado. Entretanto esta publicação revela como era o ensino de contabilidade no final do século XIX no Brasil. É verdade que não existia um curso específico, mas conteúdo de escrituração, que era ensino dentro de cursos relacionados ao comércio.

Em 1894 foi criado pelo prefeito do Distrito Federal, na época localizada na cidade do Rio de Janeiro, o Instituto Commercial. Este Instituto era destinado ao ensino teórico e prático dos que se dedicam ao comércio. Entre as aulas, “cadeiras” de escrituração mercantil, além de outras como caligrafia. A escrituração era ensinada no primeiro ano, juntamente com português, Francês, caligrafia e outras. Existia uma “cadeira” denominada de “terminologia, escripta e pratica commercial”, que era ministrada no primeiro e segundo ano. Como os dois primeiros anos era considerado o curso fundamental (e os dois últimos o curso integral), a parte contábil era ensinada logo de início.

O Instituto estava localizado na Rua Evaristo da Veiga 28, onde hoje funciona a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. As aulas eram ministradas pelo Bacharel Luiz Pedro Drago.