03 fevereiro 2013
Banco Central da Itália
Um grupo de consumidores que está processando o Banco da Itália devido sua atuação na crise do Monte Paschi pediu neste sábado que o presidente do banco central renuncie e que um administrador seja nomeado para comandar o problemático banco da região da Toscana.
As exigências foram feitas ao mesmo tempo em que um tribunal de Roma adiava para 20 de fevereiro uma audiência sobre a aprovação do Banco da Itália de um apoio estatal de 3,9 bilhões de euros (5,34 bilhões de dólares) para o Monte Paschi, o banco mais antigo do mundo.
A audiência em Roma ocorreu enquanto importantes jornais italianos informavam que os magistrados de três cidades que investigavam o banco estavam prontos para intimar mais testemunhas a falar sobre as atividades do Monte Paschi.
O banco está sob investigação devido a uma série de derivativos e contratos financeiros estruturados entre 2007 e 2009, que deram um prejuízo de 720 milhões de euros e deixaram a instituição dependente de ajuda estatal.
Fonte: Aqui
As exigências foram feitas ao mesmo tempo em que um tribunal de Roma adiava para 20 de fevereiro uma audiência sobre a aprovação do Banco da Itália de um apoio estatal de 3,9 bilhões de euros (5,34 bilhões de dólares) para o Monte Paschi, o banco mais antigo do mundo.
A audiência em Roma ocorreu enquanto importantes jornais italianos informavam que os magistrados de três cidades que investigavam o banco estavam prontos para intimar mais testemunhas a falar sobre as atividades do Monte Paschi.
O banco está sob investigação devido a uma série de derivativos e contratos financeiros estruturados entre 2007 e 2009, que deram um prejuízo de 720 milhões de euros e deixaram a instituição dependente de ajuda estatal.
Fonte: Aqui
Índice Big Mac
Versão interativa: aqui
The Big Mac index was invented by The Economist in 1986 as a lighthearted guide to whether currencies are at their “correct” level. It is based on the theory of purchasing-power parity (PPP), the notion that in the long run exchange rates should move towards the rate that would equalise the prices of an identical basket of goods and services (in this case, a burger) in any two countries. For example, the average price of a Big Mac in America at the start of 2013 was $4.37; in China it was only $2.57 at market exchange rates. So the "raw" Big Mac index says that the yuan was undervalued by 41% at that time.
Burgernomics was never intended as a precise gauge of currency misalignment, merely a tool to make exchange-rate theory more digestible. Yet the Big Mac index has become a global standard, included in several economic textbooks and the subject of at least 20 academic studies. For those who take their fast food more seriously, we have also calculated a gourmet version of the index.
This adjusted index addresses the criticism that you would expect average burger prices to be cheaper in poor countries than in rich ones because labour costs are lower. PPP signals where exchange rates should be heading in the long run, as a country like China gets richer, but it says little about today's equilibrium rate. The relationship between prices and GDP per person may be a better guide to the current fair value of a currency. The adjusted index uses the “line of best fit” between Big Mac prices and GDP per person for 48 countries (plus the euro area). The difference between the price predicted by the red line for each country, given its income per person, and its actual price gives a supersized measure of currency under- and over-valuation.
User guide:
The 'Select base currency' button allows you to choose from five base currencies: the yuan, the euro, the yen, sterling and the US dollar. You can also choose to see the index in its original 'raw' form, or adjusted for GDP per person. By default, the panel at the bottom displays a scatter chart plotting the local price of a Big Mac (expressed in the current base currency) against GDP per person in that country. Select individual points for details.
As you explore the map, the scatter chart will be replaced by a line chart plotting the highlighted country's under- or over-valuation against the current base currency over time. On a desktop or laptop (except in Internet Explorer), you can click on the map to 'freeze' the country, allowing you to mouse over the line chart and see detailed indicators over time. To 'unfreeze' the map, click on the highlighted country again. (On mobile devices, you can achieve the same by tapping.)
Fraude acadêmica em Harvard
A Universidade Harvard, nos Estados Unidos, anunciou a suspensão de dezenas de estudantes depois de concluir uma investigação sobre 125 alunos considerados suspeitos de fraude no exame final de um dos seus cursos. A semelhança entre as respostas levantou a suspeita de que alunos teriam “colado” na prova.
Os estudantes podiam levar a prova para casa, mas assinaram um termo de não colaboração para resolver a tarefa. A suspeita é de que eles teriam criado grupos para trocar informações por email e entregaram os testes com respostas muito parecidas. Em maio, um instrutor de classe notou semelhanças entre as respostas.
Michael D. Smith, reitor da Faculdade de Artes e Ciências, enviou um e-mail para a comunidade acadêmica na sexta-feira no qual afirma que “a faculdade deve redobrar os nossos esforços para comunicar de forma clara e inequívoca aos nossos estudantes sobre a integridade acadêmica”.
E aí eu te pergunto: no Brasil isso seria tratado como fraude?
Os estudantes podiam levar a prova para casa, mas assinaram um termo de não colaboração para resolver a tarefa. A suspeita é de que eles teriam criado grupos para trocar informações por email e entregaram os testes com respostas muito parecidas. Em maio, um instrutor de classe notou semelhanças entre as respostas.
Michael D. Smith, reitor da Faculdade de Artes e Ciências, enviou um e-mail para a comunidade acadêmica na sexta-feira no qual afirma que “a faculdade deve redobrar os nossos esforços para comunicar de forma clara e inequívoca aos nossos estudantes sobre a integridade acadêmica”.
E aí eu te pergunto: no Brasil isso seria tratado como fraude?
02 fevereiro 2013
Fato da Semana
Fato: Atraso no pagamento a fornecedores
da Petrobras
Qual a relevância disto? A Petrobras vem sendo usada pelo
governo – seu principal acionista – há tempos. Nos últimos anos, a empresas teve
o preço interno da gasolina congelado pela equipe econômica, impedindo de
repassar ao consumidor o aumento nos custos. Além disto, as duas últimas
gestões aumentaram substancialmente o número de funcionários, as despesas não
essenciais, enquanto reduzia as despesas com manutenção e evitava dar baixa em
ativos improdutivos.
Esta semana
a Reuters verificou que diversos fornecedores não estavam recebendo no prazo.
Isto traz consequências para a cadeia produtiva, gerando corte em investimentos
e desconfianças dos parceiros.
Positivo ou Negativo? – Negativo. Tratar mal os
fornecedores, atrasando os pagamentos, é uma atitude de empresa em sérias
dificuldades financeiras. Isto é um
prenúncio de desespero da gestão financeira da empresa.
Desdobramentos – Os fornecedores da empresa irão
descontar, na margem de lucro em futuras negociações, o fato da Petrobras não
ser uma empresa pontual e correta com os seus pagamentos. Além disto, os
financiadores tenderão – diante da bagunça financeira da empresa – colocar
clausulas nos contratos que pode ou aumentar o custo do financiamento ou
restringir os pagamentos a terceiros.
Esta semana não foi muito prodiga em
fatos. As diversas amortizações (Deutsche, Vale e Anglo), os problemas de
auditoria na OMC, o lucro do Bradesco e a vitória da Ernst&Young seriam
outras possibilidades.
O sentido profundo das coisas
Uma sociedade que deixa de se questionar sobre o sentido profundo das coisas está fadada ao retrocesso
Nos últimos 400 anos, milhares de homens e mulheres usaram o método científico para construir um corpo de conhecimento único que transformou a humanidade. Baseado na formulação de hipóteses e nos seus testes empíricos, o método oferece um processo de construção progressiva, em que descrições cada vez mais abrangentes dos fenômenos naturais são obtidas.
Da física de Newton, que descreve a gravidade como uma ação à distância entre corpos com massa, à relatividade de Einstein, que descreve a gravidade como resultado da curvatura do espaço em torno de objetos com massa, uma quantidade cada vez maior de fenômenos naturais foi compreendida.
O mesmo ocorre com a mecânica newtoniana e sua extensão para a mecânica quântica, que descreve os átomos e suas partículas. Ou da biologia com Darwin e a subsequente revolução na genética. Dessa compreensão e de suas aplicações vem a tecnologia, parte indissolúvel de nossas vidas.
Esse acúmulo de conhecimento não ocorreu ao acaso. Ideias, por mais belas e convincentes que possam parecer, só se tornam parte do corpo de conhecimento científico após serem testadas no laboratório.
Mais precisamente, uma teoria só é aceita enquanto não for provada errada ou incompleta. Não existem explicações finais; apenas descrições satisfatórias dentro do que podemos testar. Com o avanço da tecnologia, esses testes tornam-se cada vez mais refinados. É justamente dessa maior precisão que falhas nas teorias aceitas podem surgir. Sem o constante refinamento das tecnologias usadas, ficamos sem meios de testar novas ideias. E o avanço do conhecimento estagna.
Essa é uma preocupação constante dos cientistas, especialmente daqueles cujas ideias e teorias envolvem testes que empregam tecnologias avançadas e, em geral, caras. Quem não fica maravilhado com as imagens espetaculares de galáxias e nebulosas distantes do Telescópio Espacial Hubble ou de um dos telescópios gigantes no topo de montanhas no Havaí e no Chile? E a descoberta do bóson de Higgs, a tal "partícula de Deus"?
Galáxias a 10 bilhões de anos-luz ou partículas subatômicas que existem por menos de um bilionésimo de segundo parecem ser realidades distantes do nosso dia a dia, com contas a pagar, trânsito, questões sociais e políticas diversas. Há quem diga que são essas as questões fundamentais, que investir no conhecimento mais abstrato é perda de tempo e de insumos fiscais.
Não há dúvida de que problemas sociais e políticos precisam de nossa atenção. Não há dúvida também de que projetos científicos de larga escala são caros. Porém, a resposta não precisa ser "isso ou aquilo". Não precisa e não deve.
Se deixarmos de questionar o sentido profundo das coisas e nos dedicarmos apenas ao imediato, abandonaremos um dos aspectos mais nobres da humanidade: a necessidade de nos questionar sobre o mundo, sobre nosso papel nele e nossas origens. Deixaremos de construir pontes entre as várias vertentes do conhecimento, que enriquecem nossa visão de mundo. Uma sociedade que deixa de se indagar sobre as grandes questões está fadada ao retrocesso. O espírito humano precisa do novo para crescer.
MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor de "Criação Imperfeita".
Indicado por Bruno Ramos, a quem agradecemos.
Nos últimos 400 anos, milhares de homens e mulheres usaram o método científico para construir um corpo de conhecimento único que transformou a humanidade. Baseado na formulação de hipóteses e nos seus testes empíricos, o método oferece um processo de construção progressiva, em que descrições cada vez mais abrangentes dos fenômenos naturais são obtidas.
Da física de Newton, que descreve a gravidade como uma ação à distância entre corpos com massa, à relatividade de Einstein, que descreve a gravidade como resultado da curvatura do espaço em torno de objetos com massa, uma quantidade cada vez maior de fenômenos naturais foi compreendida.
O mesmo ocorre com a mecânica newtoniana e sua extensão para a mecânica quântica, que descreve os átomos e suas partículas. Ou da biologia com Darwin e a subsequente revolução na genética. Dessa compreensão e de suas aplicações vem a tecnologia, parte indissolúvel de nossas vidas.
Esse acúmulo de conhecimento não ocorreu ao acaso. Ideias, por mais belas e convincentes que possam parecer, só se tornam parte do corpo de conhecimento científico após serem testadas no laboratório.
Mais precisamente, uma teoria só é aceita enquanto não for provada errada ou incompleta. Não existem explicações finais; apenas descrições satisfatórias dentro do que podemos testar. Com o avanço da tecnologia, esses testes tornam-se cada vez mais refinados. É justamente dessa maior precisão que falhas nas teorias aceitas podem surgir. Sem o constante refinamento das tecnologias usadas, ficamos sem meios de testar novas ideias. E o avanço do conhecimento estagna.
Essa é uma preocupação constante dos cientistas, especialmente daqueles cujas ideias e teorias envolvem testes que empregam tecnologias avançadas e, em geral, caras. Quem não fica maravilhado com as imagens espetaculares de galáxias e nebulosas distantes do Telescópio Espacial Hubble ou de um dos telescópios gigantes no topo de montanhas no Havaí e no Chile? E a descoberta do bóson de Higgs, a tal "partícula de Deus"?
Galáxias a 10 bilhões de anos-luz ou partículas subatômicas que existem por menos de um bilionésimo de segundo parecem ser realidades distantes do nosso dia a dia, com contas a pagar, trânsito, questões sociais e políticas diversas. Há quem diga que são essas as questões fundamentais, que investir no conhecimento mais abstrato é perda de tempo e de insumos fiscais.
Não há dúvida de que problemas sociais e políticos precisam de nossa atenção. Não há dúvida também de que projetos científicos de larga escala são caros. Porém, a resposta não precisa ser "isso ou aquilo". Não precisa e não deve.
Se deixarmos de questionar o sentido profundo das coisas e nos dedicarmos apenas ao imediato, abandonaremos um dos aspectos mais nobres da humanidade: a necessidade de nos questionar sobre o mundo, sobre nosso papel nele e nossas origens. Deixaremos de construir pontes entre as várias vertentes do conhecimento, que enriquecem nossa visão de mundo. Uma sociedade que deixa de se indagar sobre as grandes questões está fadada ao retrocesso. O espírito humano precisa do novo para crescer.
MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor de "Criação Imperfeita".
Indicado por Bruno Ramos, a quem agradecemos.
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