26 janeiro 2013
Fato da Semana
Fato: A nomeação de Mary Jo White para SEC
Qual a relevância disto? A SEC é o regulador do mercado de
capitais da maior economia do mundo. Esta agência irá determinar se os Estados
Unidos irão adotar ou não as normas internacionais de contabilidade, emitidas
pelo Iasb, em lugar das normas do Fasb. Em meados do ano passado, uma equipe da
SEC divulgou um relatório sobre o assunto, com críticas a convergência e sem um
plano temporal para a adoção das normas internacionais. No final do ano, a
presidente da SEC renunciou, assumindo uma interina.
Passada a
eleição, Obama nomeia Mary Jo White para o cargo de presidente da SEC. O New Yorker lembrou que o primeiro presidente da SEC, nomeado por Roosevelt, foi Joe
Kennedy, pai do JFK. Aposta em Joe na SEC foi como “colocar a raposa para
cuidar do galinheiro”, pois este conhecia as malandragens do mercado. E foi um
excelente presidente da SEC. Mary Jo White ser “colocar um policial para bater”,
conforme a New Yorker. Havia uma percepção que a SEC estava sendo muito frouxa com Wall Street.
A razão
disto é o currículo de Mary Jo White. Atualmente com 65 anos, White ficou
conhecida pela agressividade como promotora. Ajudou a colocar nas grades um mafioso, lidou com o ataque terrorista de Bin Laden,
entre outros casos. Apesar de ser conhecida no combate ao terrorismo, a
nomeação de Obama deve-se ao conhecimento de White do crime do
colarinho branco. Mas nos últimos anos Mary Jo White estava exercendo a
advocacia defendendo executivos de Wall Street.
Um último
aspecto sobre White: seu marido é um veterano na
SEC, tendo sido chefe da divisão de Finanças Corporativas.
Positivo ou Negativo? – Indefinido. Não se sabe a posição
de White com respeito a convergência. Mas a expectativa de Obama é que Mary
seja realmente uma policial na SEC; tempos duros para os malandros de Wall
Street.
Desdobramentos – Teremos que aguardar a posição de
Mary Joe. Ela deverá tomar a decisão da convergência, mas talvez isto não
ocorra de imediato. Ou seja, deverá levar alguns meses.
Outros candidatos fortes a fato da
semana: A compra de 566 mil cartões telefônicos pelo Cruzeiro do Sul paradesviar dinheiro;
a Caterpillar sendo enganada pelos chineses;
e o estudante de 89 anos em contabilidade
Teste da Semana
Este
é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do
mundo contábil. As respostas estão nos comentários.
1
– Cartões de telefone foram usados para desviar dinheiro de um banco para os
controladores. Este banco é:
BVA
Cruzeiro
do Sul
Santos
2
– Em razão dos problemas com seu novo jato, a empresa Boeing terá uma série de
despesas. Estas despesas serão consideradas no resultado da empresa
Ao
longo dos próximos anos
Imediatamente
Já
foram levadas ao resultado no passado
3
– Na série escândalos contábeis da semana a Caterpillar. A empresa de máquinas
agrícolas anunciou uma amortização de 580 milhões de dólares por conta dos
estoques
De
uma empresa adquirida na China
De
uma filial na Índia
Em
elaboração, na matriz
4
– Já a ATT anunciou baixa de 10 bilhões de dólares em razão
Da
queda na venda dos iPhones
Do
aumento da taxa de juros
Dos
planos de aposentadoria
5
– Este clube de futebol, ex-campeão espanhol, anunciou que está quebrado
Atlético
de Madrid
La
Coruña
Valência
6
– Uma pesquisa mostrou que empresas auditadas pelas Big Four
Estão
mais sujeitas a fraudes contábeis
Fornecem
informação de mais qualidade
Geram
mais lucro ao longo do tempo
7
– Será realizado em abril uma conferência sobre normas contábeis, com a
participação do presidente do Iasb. Qual cidade brasileira irá receber esta
conferência?
Brasília
Rio
de Janeiro
São
Paulo
8
– O estudante de contabilidade Deoclides Maciel Oliveira foi destaque nesta
semana:
Por
ser o estudante mais velho aprovado no Enem
Por
ter acertado mais questões no Enad
Por
ter sido o primeiro colocado no exame de suficiência
XBRL
XBRL é a sigla de eXtensible Business Reporting Language. Corresponde a um padrão computacional
para as informações financeiras. Pela sua importância, os órgãos reguladores
procuram estabelecer taxonomias adequadas aos padrões contábeis adotados em
cada país, como os princípios contábeis dos Estados Unidos ou as normas do
Iasb.
O processo de desenvolvimento do XBRL é antigo. Existe uma
esperança de que o XBRL seja amplamente adotado. Entretanto, uma pesquisa daColumbia University é pessimista quanto a este assunto. O relatório, realizado por Trevor S. Harris
e Suzanne Morsfield, afirma que o padrão corre o risco de se tornar obsoleto antes de ser beneficiar os
usuários. Apesar dos recursos investidos para desenvolver o XBRL e dos usuários
gostarem da filosofia do XBRL, analistas e investidores estão rejeitando o
padrão em razão dos erros e do fato de não ser possível escolher facilmente os
dados necessários. Os pesquisadores têm dúvidas se o XBRL será um sucesso em
termos de formato.
Apple 2
No mês passado,saíram reportagens que diziam que a Apple está trabalhando em um iPhone menor e mais barato. Mas os últimos números de venda não dão a entender que a Apple precise criá-lo.
O iPhone teve 47,8 milhões de unidades vendidas, ante 37 milhões do ano anterior
-aumento de 29%.
Analistas prestaram atenção em um detalhe sobre o iPhone: o preço médio global. A teoria diz que, se tal valor pendesse para baixo, indicaria que os iPhones mais velhos estivessem vendendo mais que o iPhone 5.
Isso indicaria que a Apple teria o dever de vender um iPhone mais barato, direcionado à renda mais baixa.
Mas o preço médio de venda do iPhone, no último trimestre, foi de US$ 641
(R$ 1.300).
Isso sugere que o iPhone 5, que custa desbloqueado US$ 650 nos EUA, foi responsável pela ampla maioria das vendas de iPhones.
Tero Kuittinen, analista do mercado de dispositivos móveis, diz que o iPhone 5 não pode ter sido responsável por menos de 70% das vendas de smartphones da Apple no último trimestre, baseando-se no preço médio de venda.
"Isso quer dizer que o iPhone barato não é necessariamente uma necessidade", disse Kuittinen.
BRIAN X. CHEN - DO "NEW YORK TIMES"
O iPhone teve 47,8 milhões de unidades vendidas, ante 37 milhões do ano anterior
-aumento de 29%.
Analistas prestaram atenção em um detalhe sobre o iPhone: o preço médio global. A teoria diz que, se tal valor pendesse para baixo, indicaria que os iPhones mais velhos estivessem vendendo mais que o iPhone 5.
Isso indicaria que a Apple teria o dever de vender um iPhone mais barato, direcionado à renda mais baixa.
Mas o preço médio de venda do iPhone, no último trimestre, foi de US$ 641
(R$ 1.300).
Isso sugere que o iPhone 5, que custa desbloqueado US$ 650 nos EUA, foi responsável pela ampla maioria das vendas de iPhones.
Tero Kuittinen, analista do mercado de dispositivos móveis, diz que o iPhone 5 não pode ter sido responsável por menos de 70% das vendas de smartphones da Apple no último trimestre, baseando-se no preço médio de venda.
"Isso quer dizer que o iPhone barato não é necessariamente uma necessidade", disse Kuittinen.
BRIAN X. CHEN - DO "NEW YORK TIMES"
Apple 1
Desde 21 de setembro, quando foi cotada a US$ 705, o papel AAPL sofre queda de 36%, fazendo com que a empresa tenha perdido cerca de US$ 200 bilhões em valor de mercado daquele momento até agora. Na quarta-feira, 23, os resultados foram divulgados, e os temores se confirmaram. No quarto trimestre de 2012, que corresponde ao primeiro trimestre no calendário fiscal da empresa, as vendas somaram US$ 54,5 bilhões. Embora o valor seja 18% superior ao do mesmo período de 2011, ficou 0,7% abaixo das previsões dos analistas. Outra ressalva com o balanço foram as vendas do iPhone, somando todas as versões, que chegaram a 47,8 milhões de unidades no trimestre.
Apesar de terem sido recordes, elas ficaram abaixo das estimativas iniciais de 50 milhões. O que também desapontou o mercado foi o fato de o lucro da Apple, embora respeitável, não ter aumentado e ficado em US$ 13,1 bilhões, o mesmo patamar registrado em igual período do ano anterior. A reação do mercado foi imediata: na quinta-feira 24, a ação caiu 12%, fechando a US$ 450. O resultado abaixo das expectativas eleva a pressão sobre Cook. Além de perceber a Samsung em seu encalço, a tensão se explica também pela sombra provocada pelo antecessor genial: o fundador Steve Jobs, morto em 2011, o cérebro responsável por uma série de produtos de sucesso. Na tentativa de imprimir sua marca no comando da empresa, Cook se atrapalhou em alguns momentos.
No ano passado, por exemplo, a Apple passou vergonha em razão de seu sistema de mapas próprio ter apresentado vários problemas. Logo ao estrear, em setembro de 2012, o serviço Maps confundia aeroportos com fazendas e sugeria caminhos inexistentes para os seus usuários, o que levou a uma avalanche de críticas e piadas nas redes sociais. O que Jobs, conhecido pelo zelo obsessivo com os produtos, diria de um episódio como esse? O caso fez com que Cook pedisse desculpas públicas e recomendasse aos clientes que usassem os serviços de concorrentes. O escorregão com o sistema provocou um efeito colateral. Scott Forstall, um dos arquitetos dos sistemas operacionais móveis da Apple, saiu da empresa por supostamente não ter concordado em assinar a carta de desculpas.
FORÇA ASIÁTICA Enquanto a Apple patina, a Samsung, do chairman Lee Kun-Hee, que faturou US$ 188,2 bilhões, em 2012, coleciona bons momentos. A maré favorável teve seu ponto mais alto em maio do ano passado, quando a dona da linha de celulares Galaxy ultrapassou a Apple como líder no mercado de smartphones. O crescimento da empresa tem sido vertiginoso. Segundo a consultoria americana ABI Research, a participação no mercado global de celulares da Samsung cresceu de 8%, em 2010, para acima de 30% em 2012. Segundo previsões da mesma empresa, a Apple vai atingir um pico de 22% de participação em 2013 e se manter estável até 2018.
A consultoria multinacional Strategy Analytics, por sua vez, registrou que, no terceiro trimestre do ano passado, a Samsung vendeu 56,9 milhões de smartphones, mais que o dobro dos 26,9 milhões de unidades da Apple. “Exceto por um improvável colapso nos negócios da Samsung, a Apple terá de correr atrás, em 2013 e no futuro, da liderança da empresa coreana em tecnologia, software e dispositivo”, diz o analista da ABI, Michael Morgan. A diversificação de portfólio é uma das estratégias que fizeram a Samsung crescer no mercado de smartphones, que deve movimentar US$ 259 bilhões em 2015, de acordo com a Markets and Markets.
(...) A Apple, por sua vez, segue o caminho oposto. Em smartphones, ela prefere concentrar forças no iPhone, produto responsável por uma margem de lucro elevada, entre 49% e 58%, mas com preço proibitivo para boa parte da pop ulação dos países do BRICs. O preço de partida do aparelho costuma ficar em torno de R$ 2,5 mil. Destinado a um consumidor das classes A e B, o iPhone responde por quase dois terços do faturamento da Apple, o que cria uma dependência excessiva de um único produto. Em outras palavras: se por um lado essa estratégia proporciona uma lucratividade invejável, o problema é que assim os ovos da Apple ficam na mesma cesta.
Para comparar: as receitas de US$ 188 bilhões da Samsung, não apenas são 20% superiores às da concorrente americana, mas estão distribuídas por uma ampla gama de produtos e categorias, que vão dos smartphones aos notebooks, passando por eletrodomésticos da linha branca, televisores, entre outros. Um grande trunfo da Apple é o fato de que ainda é a mais rentável das duas: no ano fiscal de 2012, seu lucro chegou a US$ 41 bilhões, quase o dobro dos US$ 22,3 bilhões obtidos pela Samsung, o maior de sua história. Com um portfólio tão restrito, a necessidade da Apple de surpreender é ainda maior. E não tem sido o caso. A última versão de seu smartphone, o iPhone 5, não trouxe nenhuma grande inovação.
O destaque do equipamento foi a tela, que aumentou de tamanho. No caso da Samsung, o aumento da tela e a diminuição da espessura caíram nas graças do público. O Galaxy S III, com tela de 4,8 polegadas e 8,6 mm de espessura, foi o celular mais vendido do mundo, no terceiro trimestre de 2012, segundo a Strategy Analytics. Foram 18 milhões de unidades comercializadas naquele período, enquanto o iPhone 4S vendeu 16,2 milhões. “A Apple se beneficia da margem espetacular obtida por unidade de iPhone vendida, enquanto a Samsung alcança um público mais amplo, nas camadas da classe média emergente, algo que a Apple não busca”, afirma Ivair Rodrigues, sócio da consultoria IT Data.
O cenário, como se vê, é formado por dois gigantes da tecnologia que lutam a partir de estratégias e condições distintas. Tal como numa luta de boxe, a Samsung, a desafiante, parte para o ataque com vigor, desferindo golpes certeiros e se movimentando com agilidade no ringue. A Apple, por sua vez, é o alvo a ser batido, o pugilista cuja missão é defender o cinturão. Ainda é cedo para saber quem vai levar a melhor. Mas uma coisa está clara: a destreza dos jabs e cruzados da companhia asiática já colocou – quem diria? – a todo-poderosa do Vale do Silício na defensiva. Aguardemos os próximos assaltos.
Pancada na Apple - Por Clayton MELO e João VARELLA - Isto é Dinheiro
Apesar de terem sido recordes, elas ficaram abaixo das estimativas iniciais de 50 milhões. O que também desapontou o mercado foi o fato de o lucro da Apple, embora respeitável, não ter aumentado e ficado em US$ 13,1 bilhões, o mesmo patamar registrado em igual período do ano anterior. A reação do mercado foi imediata: na quinta-feira 24, a ação caiu 12%, fechando a US$ 450. O resultado abaixo das expectativas eleva a pressão sobre Cook. Além de perceber a Samsung em seu encalço, a tensão se explica também pela sombra provocada pelo antecessor genial: o fundador Steve Jobs, morto em 2011, o cérebro responsável por uma série de produtos de sucesso. Na tentativa de imprimir sua marca no comando da empresa, Cook se atrapalhou em alguns momentos.
No ano passado, por exemplo, a Apple passou vergonha em razão de seu sistema de mapas próprio ter apresentado vários problemas. Logo ao estrear, em setembro de 2012, o serviço Maps confundia aeroportos com fazendas e sugeria caminhos inexistentes para os seus usuários, o que levou a uma avalanche de críticas e piadas nas redes sociais. O que Jobs, conhecido pelo zelo obsessivo com os produtos, diria de um episódio como esse? O caso fez com que Cook pedisse desculpas públicas e recomendasse aos clientes que usassem os serviços de concorrentes. O escorregão com o sistema provocou um efeito colateral. Scott Forstall, um dos arquitetos dos sistemas operacionais móveis da Apple, saiu da empresa por supostamente não ter concordado em assinar a carta de desculpas.
FORÇA ASIÁTICA Enquanto a Apple patina, a Samsung, do chairman Lee Kun-Hee, que faturou US$ 188,2 bilhões, em 2012, coleciona bons momentos. A maré favorável teve seu ponto mais alto em maio do ano passado, quando a dona da linha de celulares Galaxy ultrapassou a Apple como líder no mercado de smartphones. O crescimento da empresa tem sido vertiginoso. Segundo a consultoria americana ABI Research, a participação no mercado global de celulares da Samsung cresceu de 8%, em 2010, para acima de 30% em 2012. Segundo previsões da mesma empresa, a Apple vai atingir um pico de 22% de participação em 2013 e se manter estável até 2018.
A consultoria multinacional Strategy Analytics, por sua vez, registrou que, no terceiro trimestre do ano passado, a Samsung vendeu 56,9 milhões de smartphones, mais que o dobro dos 26,9 milhões de unidades da Apple. “Exceto por um improvável colapso nos negócios da Samsung, a Apple terá de correr atrás, em 2013 e no futuro, da liderança da empresa coreana em tecnologia, software e dispositivo”, diz o analista da ABI, Michael Morgan. A diversificação de portfólio é uma das estratégias que fizeram a Samsung crescer no mercado de smartphones, que deve movimentar US$ 259 bilhões em 2015, de acordo com a Markets and Markets.
(...) A Apple, por sua vez, segue o caminho oposto. Em smartphones, ela prefere concentrar forças no iPhone, produto responsável por uma margem de lucro elevada, entre 49% e 58%, mas com preço proibitivo para boa parte da pop ulação dos países do BRICs. O preço de partida do aparelho costuma ficar em torno de R$ 2,5 mil. Destinado a um consumidor das classes A e B, o iPhone responde por quase dois terços do faturamento da Apple, o que cria uma dependência excessiva de um único produto. Em outras palavras: se por um lado essa estratégia proporciona uma lucratividade invejável, o problema é que assim os ovos da Apple ficam na mesma cesta.
Para comparar: as receitas de US$ 188 bilhões da Samsung, não apenas são 20% superiores às da concorrente americana, mas estão distribuídas por uma ampla gama de produtos e categorias, que vão dos smartphones aos notebooks, passando por eletrodomésticos da linha branca, televisores, entre outros. Um grande trunfo da Apple é o fato de que ainda é a mais rentável das duas: no ano fiscal de 2012, seu lucro chegou a US$ 41 bilhões, quase o dobro dos US$ 22,3 bilhões obtidos pela Samsung, o maior de sua história. Com um portfólio tão restrito, a necessidade da Apple de surpreender é ainda maior. E não tem sido o caso. A última versão de seu smartphone, o iPhone 5, não trouxe nenhuma grande inovação.
O destaque do equipamento foi a tela, que aumentou de tamanho. No caso da Samsung, o aumento da tela e a diminuição da espessura caíram nas graças do público. O Galaxy S III, com tela de 4,8 polegadas e 8,6 mm de espessura, foi o celular mais vendido do mundo, no terceiro trimestre de 2012, segundo a Strategy Analytics. Foram 18 milhões de unidades comercializadas naquele período, enquanto o iPhone 4S vendeu 16,2 milhões. “A Apple se beneficia da margem espetacular obtida por unidade de iPhone vendida, enquanto a Samsung alcança um público mais amplo, nas camadas da classe média emergente, algo que a Apple não busca”, afirma Ivair Rodrigues, sócio da consultoria IT Data.
O cenário, como se vê, é formado por dois gigantes da tecnologia que lutam a partir de estratégias e condições distintas. Tal como numa luta de boxe, a Samsung, a desafiante, parte para o ataque com vigor, desferindo golpes certeiros e se movimentando com agilidade no ringue. A Apple, por sua vez, é o alvo a ser batido, o pugilista cuja missão é defender o cinturão. Ainda é cedo para saber quem vai levar a melhor. Mas uma coisa está clara: a destreza dos jabs e cruzados da companhia asiática já colocou – quem diria? – a todo-poderosa do Vale do Silício na defensiva. Aguardemos os próximos assaltos.
Pancada na Apple - Por Clayton MELO e João VARELLA - Isto é Dinheiro
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