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15 janeiro 2013

Influencia brasileira ...

Os piolhos pubianos estão desaparecendo, informou a Bloomberg. E a depilação pode ser a razão disto.

Desde os anos noventa, quando um salão em Manhattan, comandado por sete irmãs brasileiras (J Sister Saloon de Jonice, Jocely, Janea, Joyce, Juracy, Jussara e Judeseia, todas de Vitória), popularizou uma técnica de depilação pubiana, muitas pessoas passaram a remover todos, ou a maioria, dos pelos. O salão possui 200 clientes por dia, incluindo Sarah Jessica Parker.

Calcula-se que 80% dos estudantes universitários dos EUA usam a remoção de cabelos.

Tesouro e informação 3

Quando faltavam apenas quatro dias para o fim de 2012, o governo federal lançou mão de um remanejamento de despesas do Orçamento, feito à última hora, para incluir novos projetos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Portaria da Secretaria de Orçamento Federal (SOF) do Ministério do Planejamento, de 28 de dezembro, acrescentou R$ 3,2 bilhões de nova dotação de despesas que se enquadram nos critérios previstos no PAC, que são investimentos considerados prioritários e, se tiverem sido efetivamente pagos, poderão ser abatidos para o cumprimento da meta fiscal do ano passado.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2012 permite ao governo abater até R$ 40,6 bilhões de despesas realizadas do PAC para cumprir a meta de superávit primário das contas do setor público, que é a economia feita para o pagamento das despesas com juros. Ou seja, quanto maior for o volume de despesas pagas do PAC, mais espaço fiscal tem o governo para o cumprimento da meta de R$ 139,8 bilhões do ano passado.

Até novembro, as despesas do PAC somavam R$ 28,4 bilhões, mas fecharam 2012 em torno de R$ 38 bilhões, segundo estimativa preliminar divulgada oficialmente esta semana pelo Ministério da Fazenda. Se confirmados os números oficiais, o pagamento das despesas do PAC foi próximo a R$ 10 bilhões somente em dezembro, um volume muito mais alto do que nos meses anteriores.

O Tesouro Nacional explicou que não há nada de excepcional na portaria e que o remanejamento é feito todos os anos, desde a época do Projeto Piloto de Investimento (PPI), programa precursor do PAC e originário de negociação com o Fundo Monetário de Internacional (FMI). O fato de ter a dotação, destaca o Tesouro, não significa que a despesa foi efetivamente paga. Os valores pagos de abatimento só serão conhecidos no final de janeiro, quando o Tesouro divulgar o resultado das contas públicas de dezembro.

Em entrevista à Agência Estado, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, negou que a inclusão de novas despesas na lista do PAC tenha sido feita para garantir o cumprimento da meta de superávit. Questionado sobre a possibilidade de abatimento, respondeu: "É, pode (o abatimento). Mas, no caso, não será necessário para abater. Houve algumas mudanças ao longo de 2012".

Segundo ele, o PAC antes de mais nada é um programa de monitoramento de despesas estratégicas para o governo. Na avaliação do secretário, o que o governo fez para cumprir a meta foi usar R$ 12,4 bilhões de recursos que estavam no Fundo Soberano do Brasil (FSB), que é uma poupança pública.

Pela portaria da SOF, as despesas remanejadas são dos Ministérios da Educação (R$ 2,775 bilhões) e de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (R$ 440 milhões). Elas incluem projetos de infraestrutura para a educação básica, de apoio ao transporte escolar e acesso à água para a produção de alimentos.


Governo agora manobra o PAC - Estado de S Paulo - 11 de janeiro de 2013

Tesouro e informação 2

Um incauto que quisesse conhecer as contas do governo poderia crer que uma fonte usual de receita do Tesouro é uma certa "cessão onerosa para exploração do petróleo".

Afinal, essa rubrica consta de todos os relatórios mensais dos resultados do Tesouro e de uma planilha oficial que registra a evolução dos principais componentes da receita e da despesa federal desde janeiro de 1997.

Mas, quando se observam os dados com mais atenção, percebe-se que o valor arrecadado com a tal "cessão onerosa" é zero em 190 dos 191 meses do período. Só em setembro de 2010 aparecem espetaculares R$ 74,8 bilhões.

A rubrica e a sucessão de zeros na estatística são parte de um esforço quase heroico para dar aparência de normalidade a uma insólita manobra para camuflar o estouro das contas federais.

O dinheiro foi pago ao Tesouro pela Petrobras, que recebera títulos da dívida federal para engordar seu caixa. De tão extravagante, a operação não se encaixava nos itens da contabilidade pública -foi preciso introduzir um novo.

As consequências vão além da anedota. A análise da política fiscal, fundamental para as previsões de endividamento público e inflação, depende da solidez dos dados.

Os números oficiais indicam, por exemplo, piora da receita em 2011 -ocorreu o contrário. Da mesma forma enganosa, 2010 e 2012 parecem períodos de austeridade nos quadros do Tesouro.

A maquiagem não se restringe aos truques necessários para cumprir as metas fiscais. As estatísticas mostram também um forte aumento dos investimentos do governo em 2012, a despeito da estagnação na infraestrutura.

Para tanto, subsídios do Minha Casa, Minha Vida passaram a ser contabilizados ao lado das obras públicas. O gasto com investimentos subiu, literalmente, por decreto -assinado por Dilma para sacramentar a reclassificação dos subsídios.


Artifícios distorcem austeridade e investimento - GUSTAVO PATU - Folha de S Paulo - 12 de janeiro de 2013

Tesouro e informação

A criatividade do Tesouro Nacional para fechar suas contas, com o uso de sucessivas manobras contábeis e brechas legais, criou no Brasil uma contabilidade paralela à oficial que coloca em risco a credibilidade fiscal da gestão Dilma Rousseff.

Bancos e consultorias passaram a expurgar receitas e depurar gastos para calcular um superavit "puro" e poder estimar o impacto na economia e fazer suas projeções.

Nesses cálculos, a economia do setor público para pagar juros da dívida foi no mínimo 35% menor que a oficial em 2012. O descrédito em relação aos números do Tesouro já assusta integrantes da equipe do ministro Guido Mantega (Fazenda).

A crise teve seu auge nas últimas semanas, quando se tornou pública a triangulação com bancos públicos e o Fundo Soberano para fechar os números de 2012.

O dado do ano, que só será divulgado no fim deste mês, foi apelidado de "superavit elfo", numa referência ao conto de Natal publicado em um dos blogs do jornal britânico "Financial Times".

No texto, a presidente Dilma é uma das renas do trenó do Papai Noel e perde o posto para o presidente do México. O ministro Guido é um elfo que defende Dilma e cujas previsões são consideradas muito otimistas.

ARGENTINA

Dentro do governo, receia-se que surjam comparações com a Argentina, onde as estatísticas oficiais perderam a credibilidade. Para um interlocutor do governo, essa não é uma avaliação justa, pois no Brasil é possível refazer os cálculos, justamente porque todos os números estão disponíveis para o público.

"As pessoas podem não concordar com a medida do governo, mas as outras informações são divulgadas também", argumenta.

A Folha ouviu cinco instituições financeiras, entre bancos, corretoras e consultorias, que fazem o expurgo. Para alguns, a prática era limitada a 2010 em razão de uma manobra feita com a Petrobras. Agora, foi ampliada.

Gabriel de Barros, economista da FGV (Fundação Getulio Vargas), desconta as receitas extraordinárias e contábeis há dois anos e diz que, desde 2008, o resultado primário está superestimado em cerca de R$ 145,6 bilhões.

"O superavit era uma boa medida do impacto da política fiscal na demanda. Isso deixou de ser verdade, quando o governo passou a usar a contabilidade criativa."

O Itaú divulgou nesta semana relatório retirando dos resultados oficiais receitas extraordinárias e operações contábeis. No caso dos dividendos, o banco estima um repasse atípico de R$ 47,3 bilhões desde 2009.

"A ideia [de fazer o ajuste] é tentar capturar o esforço fiscal propriamente dito para extrair seu impacto na demanda", observa o economista do banco Marcelo Oreng.

A consultoria LCA faz um ajuste mais simples, abatendo as receitas com capitalização da Petrobras em 2010 e o dinheiro do Fundo Soberano. O objetivo dos cálculos próprios "é deixar a medida de superavit primário mais 'pura'" para avaliar o impacto na inflação, diz o economista-chefe Bráulio Borges.

A Quest Investimentos está concluindo os cálculos da sua estimativa "pura". A corretora Convenção Tullett Prebon divulgou ontem relatório com o resultado ajustado de 2012, sem o impacto das operações feitas no final do ano. 


Sem manobra, economia pública é 65% da anunciada, avalia mercado - 12 de Janeiro de 2013 - Folha de São Paulo -SHEILA D’AMORIM e MARIANA SCHREIBER

14 janeiro 2013

Rir é o melhor remédio


Derivativos

"Charlie {Munger] e eu pensamos como uma só pessoa em relação às operações com derivativos, usadas nos mercados futuros e de opções. Nós as vemos como bombas-relógios, tanto para quem as usa como para o sistema econômico. [...] Em nossa visão, os derivativos são armas financeiras de destruição em massa, trazendo perigos que, embora não sejam latentes, são potencialmente letais."
- Warren Buffet

Metro no mundo


THE world’s first underground train, on the world’s first metro system, travelled the three-and-a-half miles from Paddington to Farringdon on January 9th 1863. Then, as now, Londoners queued to get aboard the packed carriages. In October that year The Economist ran an editorial arguing that more such lines under the capital were needed to relieve its congested streets. It concluded that such a network, if well run, would surely be profitable.
We were right on the first point: London would have ground to a halt long ago without its “Tube”. But we were too optimistic on the second. Although fares on the Underground are now among the most expensive of any metro system worldwide—a one-stop ride costs up to £4.50, or $7.34—the system is no money-spinner. Last year, the £2 billion of fares revenue, added to the smaller amounts from selling advertising space and suchlike, only just covered running costs, at £2.2 billion.
Another 29 years passed before Chicago became the second city to boast a metro (its first line ran on stilts rather than underground—any high-frequency, high-capacity urban system separated from other traffic counts as a metro). But metro-building accelerated from the 1960s, in reaction to the growth of sprawling mega-metropolises around the world. Now almost 190 cities have metros, with more to come amid a fresh spurt of construction in developing countries. In 2012 the Chinese cities of Suzhou, Kunming and Hangzhou opened theirs, as did Lima in Peru. Among the proud new owners of a metro in 2011 was Algiers, only the second African capital (Cairo is the other) to gain one.
Existing metro systems are also being expanded at a rapid pace. On December 30th Beijing opened 70km of new lines, bringing the total to 442km and making the Chinese capital’s system the world’s longest, overtaking Shanghai’s (see table). London would still be champion if its Overground (a revamped network of surface-rail lines, completed in December), Docklands Light Railway and tramways were included in the total. But Beijing will not be outdone: it plans to expand its network to 1,000km by 2020.
China’s investment in high-speed intercity railways is tailing off but it is still pumping money into subways. So is India: Bangalore’s metro opened two years ago and Mumbai’s should open soon, following the customary delays and squabbles between the government and contractors. Smaller cities, such as Bhopal and Jaipur, have plans on the drawing-board. Brazil is expanding the inadequate metro systems in its two main cities, Rio de Janeiro and São Paulo, while building new ones in smaller ones such as Salvador and Cuiabá.
Metros are being built in all sorts of unlikely places, such as the Gulf: Dubai’s system opened in 2009 and Mecca’s a year later. Now Abu Dhabi, Doha, Bahrain, Riyadh and Kuwait City have plans in progress; that they have plenty of oil to fuel their cars is not stopping them from trying to become greener. Future candidates for “city you would least expect to have a metro system” include sleepy Asunción in Paraguay and Kathmandu in Nepal.
Many of the developing world’s congested cities have spent years dreaming of a metro system but making little progress towards building it. Algeria’s 1991-2002 civil war helps excuse the long gestation period of its capital’s metro; in other cases, sluggish and corrupt bureaucracies are the main obstacle. Indonesia’s traffic-choked capital, Jakarta, abandoned its attempt to build a monorail in 2008, leaving a collection of rusting stumps; it then built a successful busway as a stopgap, and now the city’s governor is promising to start work soon on an underground metro.
A recent study by Roland Berger, a consultancy, found that government stimulus programmes in the wake of the financial crisis have been boosting investment in railways of all kinds. The world market for railway infrastructure and equipment has been growing at 3.2% a year through the global downturn, and is set to grow at around 2.7% a year until 2017. Spending on metro rail systems should grow faster still, at perhaps 6-8%.
This is promising news for firms that build metro trains and equipment, such as Bombardier of Canada (which also has trainmaking facilities in Europe), Siemens of Germany and Alstom of France. They have ambitious Chinese and South Korean firms chasing them for market share, but for now they can look forward to order-books packed like the Tokyo subway.