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20 novembro 2012

19 novembro 2012

Rir é o melhor remédio

Teorema: 4 = 3

Prova:
Suponha que a + b = c.
Reescreva isso como 4a - 3a + 4b - 3b = 4c - 3c.
Reorganizando: 4a + 4b - 4c = 3a + 3b - 3c
Deixe as constantes em evidência: 4 (a + b - c) = 3 (a + b - c)
Cancele (a+b-c) dos dois lados:
4 = 3

Fonte: Cálculo, ano 2, n. 22, nov. 2012, p. 66

Convergência

Uma boa notícia para os defensores da convergência internacional. Pesquisa com 493 investidores dos Estados Unidos realizada pela ACCA e revista Forbes mostrou que este grupo de usuários acreditam que a adoção das IFRS poderá ser benéfica para economia dos EUA. A pesquisa foi realizada no primeiro semestre (em dois momentos distintos).

Muitos investidores estão convencidos dos méritos dos padrões internacionais, confiando que a adoção, apesar de exigir um grande investimento em capital humano e um período de quatro anos e meio para adoção plena. Além disto, a confiança nos padrões irá aumentar substancialmente quando os investidores e analistas tornarem familiarizados com as normas internacionais.

Mas uma parcela expressiva dos respondentes revelou um desconhecimento quando questionado sobre a qualidade da evidenciação das IFRS quando comparada com as normas dos EUA: 28% da amostra. Outro aspecto curioso é que os respondentes afirmaram que as empresas que adotarem inicialmente as normas internacionais terão um “prêmio IFRS”. São os aspectos negativos captados pela pesquisa.

Por outro lado, 57% acreditam que a SEC tornará obrigatório o uso da IFRS (versus 12% que disseram não e 31% que não sabem). Mais ainda, 41% acham que os benefícios superam os custos (29% disseram que não e 30% que não sabem). Mas 55% acham que haverá melhorias na comparabilidade.

Os respondentes avaliaram os principais problemas do IASB, com destaque para o processo de normatização, sua independência e financiamento e a perda de influência dos Estados Unidos no processo de padronização. Entre as mudanças esperadas: de sistemas (44%), treinamento (44%) e custos de implementação (37%).

Pequeno erro

Um partner de uma grande empresa de auditoria, Stephen Cougle [foto], foi banido, temporariamente, do trabalho de auditoria, por estar envolvido num pequeno engano: a empresa auditada classificou uma dívida de 2,1 bilhões de dólares como não corrente, quando era na realidade de curto prazo. Ocorreu na Austrália.

Multinacionais e impostos 2

Na semana passada a notícia que a França estava investigando mais de perto as multinacionais. Agora é o Reino Unido:

O governo do Reino Unido está incomodado com o valor do imposto pago por algumas grandes multinacionais. Nas últimas semanas, companhias como Starbucks, Amazon e Google foram colocadas no centro de um amplo debate público sobre o uso de brechas da legislação tributária.

O alvo inicial foi a maior rede de cafeterias do mundo, a Starbucks. Com quase 20 mil endereços no mundo, a empresa virou sinônimo de café e de internet grátis. Na Grã-Bretanha, o sucesso veio rápido desde o primeiro endereço em 1998 e, atualmente, há mais de 700 lojas no país.

Em 14 anos de Reino Unido, a multinacional vendeu mais de £ 3 bilhões (quase R$ 10 bilhões). Nesse período, no entanto, a Starbucks pagou apenas £ 8,6 milhões em impostos (R$ 28 milhões). Os números foram apresentados na Comissão de Contas Públicas da Câmara dos Comuns do Parlamento britânico - equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil. O número causou indignação, já que é mais ou menos uma alíquota de 0,29% sobre o faturamento.

A situação ficou ainda mais esquisita com a constatação dos membros do Parlamento de que a Starbucks teve receita de £ 1,2 bilhão só nos últimos três anos. Apesar da cifra bilionária, a companhia reportou lucro zero ao Fisco, o que a livrou de pagar impostos sobre a renda ou lucro.

No mesmo período, o McDonald's vendeu £ 3,6 bilhões em hambúrgueres e pagou £ 80 milhões em impostos. Já o KFC faturou £ 1,1 bilhão com pedaços de frango e repassou £ 36 milhões em tributos sobre o lucro.

Falhas nas normas

Um grupo de investidores ingleses escreveram um documento criticam as normas contábeis internacionais que

ao esconder empréstimos pobres, os lucros podem ser aumentados, por sua vez, permitindo que os bancos paguem maiores salários e bônus.

Além do problema com o lucro, a marcação a mercado é criticada pela volatilidade.

A volatilidade ofusca a nossa visão de desempenho e faz com que seja difícil para nós, para determinar de forma confiável a posição da empresa de capital.

Elétricas

A renovação das concessões do setor elétrico poderá parar na Justiça caso o governo insista em manter as condições da Medida Provisória 579 e não aceite negociar com as concessionárias. Apesar de o ministro da Fazenda Guido Mantega desafiar o setor a mostrar irregularidades na MP, algumas empresas já encomendaram pareceres jurídicos questionando o valor das tarifas, as indenizações e todo rito processual, considerado ilegal pelos advogados por causa da pressa para resolver a questão.

As companhias ainda apostam numa atuação firme do Congresso Nacional para conseguir emplacar alguma mudança na MP, que já tem 400 emendas. É a esperança, por exemplo, do governo do Estado de São Paulo para os casos da Cesp e Emae. O secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, já declarou que antes de qualquer decisão vai manter a tentativa de diálogo com o governo federal para tentar mudar alguns pontos da MP que podem inviabilizar a operação e manutenção das usinas.

Mas o governo federal tem deixado claro que não vai permitir nenhuma alteração significativa nas regras. "Se até 4 de dezembro (prazo para a assinatura dos aditivos do contrato de concessão) não tiver uma solução, há a possibilidade de uma judicialização", destaca o advogado David Waltenberg, sócio da Advocacia Waltenberg.


Fonte: Aqui