Hoje é o dia do Contador. Não no Brasil, já que temos duas outras datas. Mas, segundo Alexandre Alcantara
O Prof. Dr. David Albrecht lamenta não haver um dia dedicado aos contadores nos EUA, mas ao discorrer sobre qual deveria ser este dia em nenhum momento cogita questões fiscais e tributárias. Ele propõe o dia 10 de novembro (Accounting Day) porque neste dia, no ano de 1494, foi publicado o Volume 2 do marco na história da contabilidade, a "Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalita" (Summa de Aritmética, Geometria, Proporções e Proporcionalidade), do Frei Luca Pacioli.Um justa e correta homenagem.
Imagem: daqui
10 novembro 2012
Governança Corporativa: Novo Mercado
A partir da análise das Notas Explicativas das 106 companhias listadas no Novo Mercado da BM&FBovespa, nível que reúne as empresas comprometidas com as melhores práticas de
governança corporativa no Brasil, o estudo objetivou verificar como as companhias abertas brasileiras estruturaram o formato de evidenciação de informações por segmento. Em termos metodológicos, trata-se de uma pesquisa documental, de caráter descritivo, que conjuntou o emprego da técnica de análise de conteúdo e de testes não paramétricos de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para verificar o grau de intensidade da divulgação de informações por segmento, conforme metodologia utilizada por Guthrie et al. (1999). Os achados sinalizaram que a divulgação voluntária de informações por segmento ainda é incipiente no cenário brasileiro. Identificou-se que as companhias auditadas por uma das Big Four apresentaram menor grau de intensidade na divulgação dos impactos futuros da aplicação das orientações normativas sobre informações segmento. Considerando o universo das 106 companhias analisadas, destaca-se que as informações segmentadas por área geográfica e ainda, por tipo de produtos ou serviços, mostraram-se mais recorrentes; informações por clientes foram escassas. Nenhuma empresa evidenciou o fluxo de caixa por segmento, e 39 companhias não mencionaram que o CPC 22 trará impacto às futuras Demonstrações Contábeis. Assim, os resultados sugerem que a Comissão de Valores Mobiliários e as empresas de auditoria devem ficar alerta às primeiras publicações contábeis relativas ao ano de 2010.
EMPRESAS BRASILEIRAS DO NOVO MERCADO E SUAS PRÁTICAS DE EVIDENCIAÇÃO VOLUNTÁRIA DE INFORMAÇÕES POR SEGMENTO
Ana Paula Capuano da Cruz, Esmael Almeida Machado, Anderson Feitosa Pereira, L. Nelson Carvalho
V Congresso ANPCont
governança corporativa no Brasil, o estudo objetivou verificar como as companhias abertas brasileiras estruturaram o formato de evidenciação de informações por segmento. Em termos metodológicos, trata-se de uma pesquisa documental, de caráter descritivo, que conjuntou o emprego da técnica de análise de conteúdo e de testes não paramétricos de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para verificar o grau de intensidade da divulgação de informações por segmento, conforme metodologia utilizada por Guthrie et al. (1999). Os achados sinalizaram que a divulgação voluntária de informações por segmento ainda é incipiente no cenário brasileiro. Identificou-se que as companhias auditadas por uma das Big Four apresentaram menor grau de intensidade na divulgação dos impactos futuros da aplicação das orientações normativas sobre informações segmento. Considerando o universo das 106 companhias analisadas, destaca-se que as informações segmentadas por área geográfica e ainda, por tipo de produtos ou serviços, mostraram-se mais recorrentes; informações por clientes foram escassas. Nenhuma empresa evidenciou o fluxo de caixa por segmento, e 39 companhias não mencionaram que o CPC 22 trará impacto às futuras Demonstrações Contábeis. Assim, os resultados sugerem que a Comissão de Valores Mobiliários e as empresas de auditoria devem ficar alerta às primeiras publicações contábeis relativas ao ano de 2010.
EMPRESAS BRASILEIRAS DO NOVO MERCADO E SUAS PRÁTICAS DE EVIDENCIAÇÃO VOLUNTÁRIA DE INFORMAÇÕES POR SEGMENTO
Ana Paula Capuano da Cruz, Esmael Almeida Machado, Anderson Feitosa Pereira, L. Nelson Carvalho
V Congresso ANPCont
09 novembro 2012
Um milhão de amigos...
Prezado Leitor, desde que colocamos o contador, o mesmo não para de avançar. Já são mais de um milhão de visitas. Para um blog técnico, nada mal. Grato a todos.
O Declínio dos Programas de Doutorado nos EUA
O gráfico abaixo mostra o número quinquenal médio de
doutores formados nos programas de contabilidade dos Estados Unidos.
No final da década de 1980 quase 200 novos doutores eram
titulados naquele país. Dez anos depois este número começou a cair, atingindo
uma média de 116 novos doutores em 2003. A partir daí um pequeno crescimento,
chegando a titular 140 novos doutores em 2008.
É bem verdade que o número ainda é expressivo; fazendo uma
comparação, o Brasil deve ter algo em torno de 250 doutores, o que significa
dois anos de titulação dos programas dos Estados Unidos. Mas a economia daquele
país é sete vezes maior que a nossa. E eles possuem 103 programas, ativos e inativos,
de doutorado (nós temos cinco).
O fato é que se observou, no longo prazo, uma redução no número
de novos doutores naquele país; é ruim, pois pode comprometer a pesquisa
contábil futura. Além disto, a profissão perde status. Fogarty e Holder fizeram uma análise histórica e mostraram
que os programas mais conceituados tiveram uma pequena perda, mas que os
programas menos conceituados titularam novos doutores. Ou seja, os programas
com qualidade mediana foram aqueles que mais perderam durante o período.
No caso brasileiro, provavelmente o número de novos doutores
deve aumentar nos próximos anos. Afinal, existe uma grande demanda reprimida de
professores que desejam esta titulação e de faculdades que precisam do status
de um doutor. Mas no mestrado aparentemente haverá uma redução na demanda nos
próximos, uma vez que os atuais programas já conseguem absorver os candidatos. Ou
seja, hoje os candidatos ao mestrado são alunos que saíram recentemente da
graduação e desejam enveredar pela pesquisa contábil.
Leia mais
em FOGARTY, T; HOLDER, A. Exploring accounting doctoral program decline. Issues in Accounting Education, v. 27,
n. 2, p. 373-397.
Espionagem
A Polícia Federal descobriu que funcionários do Banco Central estavam sendo espionados pelo banco Cruzeiro do Sul, segundo informou o Estado de S Paulo:
A PF trabalha com duas hipóteses: as gravações podem ter sido feitas pelo próprio aparato de segurança do banco ou por uma empresa especialmente contratada para essa finalidade, que teria usado um sistema remoto para interceptar e-mails e telefonemas dos auditores.
Caíram na malha dos grampos funcionários do BC, interventores e os próprios administradores originais. Para a PF, alguns diálogos mostram antigos administradores do Cruzeiro do Sul tentando burlar ou ludibriar a fiscalização do BC.
A PF verificou que as interceptações foram realizadas enquanto os técnicos do BC agiam nos escritórios do Cruzeiro do Sul. Eles ficaram sob vigilância durante praticamente todo o período da inspeção, até que suspeitaram da trama. O BC avisou à PF. Alguns e-mails revelam claramente o plano para despistar a auditoria.
A investigação mostra que os arapongas sabiam rigorosamente tudo o que os inspetores faziam, passo a passo da fiscalização. Tinham conhecimento com exatidão dos documentos que estavam sendo analisados e para onde caminhavam os trabalhos. Alguns grampos telefônicos capturados pela PF revelam claramente a intenção de ocultar informações do BC.
A PF trabalha com duas hipóteses: as gravações podem ter sido feitas pelo próprio aparato de segurança do banco ou por uma empresa especialmente contratada para essa finalidade, que teria usado um sistema remoto para interceptar e-mails e telefonemas dos auditores.
Caíram na malha dos grampos funcionários do BC, interventores e os próprios administradores originais. Para a PF, alguns diálogos mostram antigos administradores do Cruzeiro do Sul tentando burlar ou ludibriar a fiscalização do BC.
A PF verificou que as interceptações foram realizadas enquanto os técnicos do BC agiam nos escritórios do Cruzeiro do Sul. Eles ficaram sob vigilância durante praticamente todo o período da inspeção, até que suspeitaram da trama. O BC avisou à PF. Alguns e-mails revelam claramente o plano para despistar a auditoria.
A investigação mostra que os arapongas sabiam rigorosamente tudo o que os inspetores faziam, passo a passo da fiscalização. Tinham conhecimento com exatidão dos documentos que estavam sendo analisados e para onde caminhavam os trabalhos. Alguns grampos telefônicos capturados pela PF revelam claramente a intenção de ocultar informações do BC.
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