02 novembro 2012
Relação com Investidores: Disney e LucasFilm
Eu já fiquei super contente quando li, aqui no blog, que a Disney comprou a LucasFilm. (Ah!!! O potencial!!!) Hoje eu estava conversando com o Ednilto Júnior (amigo e leitor do blog) sobre como será legal se eles dedicarem uma área à LucasFilm nos parques (afinal, a Disney Hollywood Studios criou uma parte dedicada à Pixar. Nada mais justo). Atualmente existe o simulador “Star Tours”... mas né! Dá pra dar uma investida mais considerável!
Desligamos o telefone e como toda Disneyana-Star-Wars-Fanatic fui dar uma olhada pelo espaço cibernético a procura de mais alguma informação sobre a aquisição... Sim! A primeira coisa que eu li foi: “Star Wars fará parte de Parque Temático”. Ah!!! Ok, a gente já sabia. Mas é tão bom poder ler ali, aquelas belas letrinhas que nos permitem sonhar com o mundo mágico Disney preparando um Império Galáctico. Ah!!! Suspiro.
Mas fui na página de relação com investidores da The Walt Disney Company e, olha que legal:
- Inicialmente, para quem não sabia (e não foi meu aluno porque eu vivo dando um jeito de falar sobre as informações financeiras da Disney em sala de aula), além da LucasFilm, a Disney inclui em seu portfolio a ESPN, a Pixar, a Marvel e a ABC.
- Nos termos do acordo e com base no préço acionário das ações da Disney em 26 de outubro de 2012, o valor da transação é US$ 4,05 bilhões, com a Disney pagando aproximadamente metade do montante em dinheiro e emitindo aproximadamente 40 milhões de ações. A consideração final será sujeita a ajustes costumeiros pós fechamento de balanço.
- A Aquisição combina "duas marcas de entretenimento familiar extremamente compatíveis e reforça o duradouro relacionamento entre elas", que já inclui a integração com sucesso de conteúdos de “Star Wars” nos parques da Disney em Anaheim, Orlando, Paris e Tóquio.
Por hoje valeu, querida The Walt Disney Company. Mas aguardamos mais informações!
Corrupteca
Fruto de parceria inédita entre a Universidade de São Paulo e o jornal O Estado de S. Paulo, a partir desta quinta-feira, 1, todo cidadão brasileiro com acesso à internet poderá frequentar a Corrupteca - traduzindo, a maior biblioteca digital especializada em corrupção do mundo.
E não só: ao ingressar via online na biblioteca, o usuário poderá acessar tudo o que foi publicado sobre o tema corrupção no Estado desde a fundação do jornal, em 1875. Além da parceria entre universidade e o jornal, o terceiro pilar deste acervo documental é a Open Archives Initiative (OAI), entidade que se dedica a interligar conteúdos digitais do meio acadêmico, subvencionada por instituições americanas como a Andrew W. Mellon Foundation, a Coalition for Networked Information, a Digital Library Federation e a National Science Foundation.
Voltada para um fenômeno de alta incidência no Brasil e em várias partes do mundo, a Corrupteca nasceu em discussões acadêmicas no Núcleo de Pesquisas em Políticas Públicas da USP (Nupps), por sua vez ligado à reitoria da universidade e dirigido pelo cientista político José Alvaro Moisés. Portanto, será por meio do endereço eletrônico do núcleo -nupps.usp.br/corrupteca - que o ingresso será feito, a partir desta quinta. Ao entrar no site, o usuário da biblioteca também poderá ser direcionado ao Acervo Estadão, com acesso irrestrito para assinantes.
Fonte: aqui
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Nome de proa na ciência política da Universidade de São Paulo (USP), José Álvaro Moisés lançará em breve A desconfiança política e o seu impacto na democracia (Edusp), fruto de pesquisa sobre a evolução da polícia e do Judiciário no quadro institucional brasileiro. Dedica pelo menos quatro capítulos do livro à análise da corrupção. Na entrevista a seguir, o professor conta como concebeu a ideia de criar um acervo digital sobre o tema.
Marcio Fernandes/Estadão
Corrupção custa ao País R$ 10 bi ao ano, avalia Moisés
O que o levou a investigar a qualidade da nossa democracia?
O Brasil se consolidou, nos últimos 25 anos, como uma das maiores democracias de massas do mundo. Ciclos eleitorais se sucedem normalmente, garantindo a alternância do poder. Somos mais livres hoje, com direitos políticos e sociais mais garantidos. Ainda assim, distorções continuam afetando o funcionamento da democracia. O abuso do poder e a corrupção são os exemplos mais visíveis. A competição eleitoral sob forte influência do poder econômico, dando origem ao caixa 2, é outro aspecto a considerar. Mulheres ainda têm menos de 10% da participação no parlamento e nos partidos. O executivo domina a agenda do parlamento e este, por sua vez, encontra-se limitado em suas funções de fiscalização e controle. Contabiliza-se 1 milhão de pessoas assassinadas no País nos últimos 27 anos. E continuamos a ser um dos países mais desiguais do mundo. Tudo isso mostra que temos democracia no Brasil, mas a sua qualidade está em questão.
Qual seria a amplitude da corrupção na sociedade brasileira?
Embora esteja se consolidando no País um sistema mais rigoroso de fiscalização, como demonstra a atuação do Ministério Público, da Polícia Federal, da Controladoria-Geral da União e também do Supremo Tribunal Federal, a nossa conclusão é a de que a corrupção perpassa todas as esferas da vida política e administrativa no Brasil. Hoje calcula-se que o ônus anual da corrupção no País esteja na casa dos R$ 10 bilhões. O que, por si só, já dá uma ideia das políticas sociais que deixam de ser realizadas por causa disso.
Por que montar uma Corrupteca a partir do Brasil?
Há tempos vínhamos considerando que, para avaliar o impacto da corrupção na vida política do País, seria necessário ampliar a base de conhecimento empírico do fenômeno. Nas últimas décadas, os escândalos se sucederam, mas nem sempre a mídia e a academia conseguiram acompanhar o desenvolvimento dos inúmeros casos, a sua natureza, os processos judiciais e o seu desfecho. Na medida em que a corrupção afeta, por exemplo, os investimentos do Estado em políticas públicas, é importante saber o que aconteceu nos diferentes episódios, se houve condenações, se os responsáveis estão devolvendo o dinheiro roubado, enfim, tudo isso é fundamental para qualificar as escolhas do cidadão e assegurar que ninguém está acima da lei. Por isso tivemos a ideia de criar uma ferramenta capaz de municiar pesquisadores, jornalistas e formadores de opinião, com dados e análises. Já existem exemplos de casos de corrupção no Brasil que passaram por apuração, investigação, julgamento, condenação e resultaram no retorno de boa parte dos recursos subtraídos, como aquele vinculado à construção de um tribunal em São Paulo e o desvio de milhões do INSS, anos atrás. Mas em geral não se sabe que tais casos foram apurados até o fim e que os desvios estão sendo corrigidos. Fica sempre a impressão da impunidade total.
Fonte: aqui
Desenvolvimentistas, ex-alcoólatra e cerveja
Os desenvolvimentistas ficaram longe do comando da política econômica no país da volta das eleições livre até o fim do governo Lula, com exceção do relâmpago governo Itamar e suas políticas pró-fusquinhas.
Nesse período, talvez justamente por causa disso, o país conseguiu realizar dois importantes avanços: econômico, com a estabilidade macroeconômica, e social, com uma melhora na distribuição de renda e no padrão de vida do brasileiro médio.
Mas, no governo Dilma, infelizmente eles voltaram. Não é difícil entender como conseguiram, mas é fácil ver que é algo a se lamentar.De fato, com a crise mundial, vários governos passaram a adotar políticas impensáveis há pouco tempo.
O governo suíço estabeleceu um piso para a sua moeda. O Fed (banco central americano) escolhe setores a serem beneficiados através da compra de papéis diretamente no mercado. O governo americano assumiu a gestão de empresas para evitar a falência. O governo argentino persegue consultorias com previsões de inflação diferentes das oficiais, expropria empresas e impõe controles comerciais e cambiais.
Parece que, de repente, todos os experimentos econômicos, por mais esdrúxulos, são permitidos para substituir o fracasso do mercado. No Brasil, os desenvolvimentistas voltaram com o seu receituário para resolver os problemas do país.
Eis: basta desvalorizar a moeda, reduzir a taxa de juros para padrões internacionais e com isso obter maiores taxas de crescimento, mesmo com a inflação mais alta. Basta escolher os setores da indústria a serem beneficiados com crédito subsidiado, aumento das alíquotas de importação, redução selecionada de impostos, estabelecimento de um mínimo de conteúdo nacional na compra governamental.Voltar com essa mesma combinação de políticas fracassadas no passado é esquecer as lições da história.
Em primeiro lugar, o Banco Central do Brasil deveria continuar com um único mandato: baixa inflação. Num país com tradição de taxas de inflação elevadas, brincar com a inflação é um crime. É oferecer uma cervejinha para um ex-alcoólatra. É arriscar com a volta da indexação da economia, com consequências nefastas para os ganhos sociais dos últimos anos. Política monetária simplesmente não é capaz de gerar crescimento econômico sustentado.
O argumento de que até o país mais desenvolvido do mundo, os EUA, tem um duplo mandato para a política monetária (e que portando deveríamos imitá-lo) é um equívoco.
Os EUA estão em guerra contra a depressão econômica. Numa guerra vale muita coisa. Mas essa certamente não é a situação brasileira.
Desenvolvimentistas se inspiram nas experiências asiáticas para justificar a escolha de setores prioritários da indústria. Mas mesmo os burocratas considerados mais competentes do mundo, os japoneses, escolheram, em geral, empresas "losers" em vez de "winners" na implantação da sua política industrial. Na Coreia, os setores beneficiados não registraram taxas de crescimento da produtividade maiores do que os demais, e várias empresas beneficiadas simplesmente faliram. Uma leitura mais apropriada é que os países foram bem sucedidos apesar da intervenção dos seus burocratas.
Mesmo que burocratas asiáticos soubessem escolher os setores de forma apropriada, os nossos não sabem. A nossa experiência atesta que quem se beneficia das benesses governamentais, em geral, são empresas grandes, com poder de pressão e lobby, e em setores com déficit comercial, sem relação com eficiência.
Quem paga a conta são os consumidores e os produtores (que se tornam ineficientes), obrigados a comprar, respectivamente, produtos e insumos caros e de baixa qualidade.
O peruano Álvaro Vargas Llosa escreveu os livros "Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano" (Bertrand Brasil) e "A Volta do Idiota" (Odisseia), este se referindo ao retorno do velho populismo na região, com Hugo Chávez, Evo Morales e Néstor Kirchner. O termo é ofensivo, talvez apropriado para os políticos. No caso dos desenvolvimentistas, cabe lamentar a volta do perfeito fracassado brasileiro.
EDUARDO DE CARVALHO ANDRADE, 45, doutor em economia pela Universidade de Chicago, é professor da faculdade Insper
Livros: balcão de informações e bicho estranho
Os estudantes de Arquitetura - Universidade de Tecnologia de Delft - criaram um balcão de informações com livros.
Crianças cutucando o "bicho estranho":
Fonte: Arquitêta
Crianças cutucando o "bicho estranho":
Fonte: Arquitêta
01 novembro 2012
Dificuldade de contratação na área de finanças
Do G1, em São Paulo. Indicado por Glauber Barbosa, a quem agradecemos.
A escassez de profissionais qualificados na área financeira tem se agravado no Brasil, de acordo com pesquisa global da Robert Half, empresa de recrutamento especializado - 90% dos CFOs brasileiros estão preocupados com a perda de colaboradores de alto desempenho nos próximos 12 meses. Os executivos brasileiros lideram o “ranking de preocupação à frente de outros 14 países e grandes centros participantes. No início deste ano o mesmo levantamento mostrou apenas 71% dos executivos do país preocupados.
Além da preocupação com a retenção de profissionais ter se agravado, os CFOs do país também estão com mais dificuldades de contratar. De acordo com 95% dos entrevistados, encontrar mão de obra qualificada na área financeira está ao menos um pouco desafiador. No levantamento realizado no início deste ano o índice era de 77%.
Entre os cargos com maior demanda estão gerente contábil, contador, gerente fiscal e diretor financeiro.
Segundo Marcela Esteves, gerente da divisão de finanças e contabilidade da Robert Half, a preocupação é fruto da constante expansão das equipes financeiras nos últimos anos. “O crescimento da economia, aliado ao número de empresas investindo no Brasil, tem resultado na busca contínua por profissionais qualificados”, diz a executiva. “Os melhores talentos acabam sendo disputados pelas empresas, gerando inflação salarial e atenção com a retenção, já que é cada vez mais difícil contratar e repor as ‘peças’”.
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