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31 outubro 2012

Capital organizacional

Os ativos intangíveis podem ser divididos em intangíveis de descoberta e aprendizado; intangíveis relacionados ao cliente; intangíveis de recursos humanos; e capital organizacional. Enquanto as pesquisas relacionadas aos três primeiros tipos mencionados são volumosas, a discussão sobre o capital organizacional é considerada pouco desenvolvida. Assim, com base na necessidade de se discutir e avaliar aspectos sobre o capital organizacional, foi elaborado o trabalho “Organization Capital” dos autores Baruch Lev, Suresh Radhakrishnan e Weining Zhang publicado no periódico Abacus, volume 45, número 3 de 2009.

Essa pesquisa abordou uma medida específica baseada na empresa que capturou a habilidade fundamental da empresa em gerar performance anormal. Para isso, após a introdução, foram apresentados os conceitos sobre capital organizacional; depois foi tratada uma estimativa de capital organizacional voltada para a empresa – para isso, foi utilizada como exemplo a empresa Dell. No item seguinte os autores relacionaram o capital organizacional à performance futura da entidade. Posteriormente o capital organizacional foi relacionado à compensação do executivo. Por fim, foram apresentadas as conclusões doas autores. Acrescenta-se que como capital organizacional, os autores consideram o aglomerado de processos e sistemas administrativos, assim como a cultura organizacional ímpar que permitem com que a empresa converta fatores de produção em resultados mais eficientes que os apresentados pelas entidades concorrentes.

Como metodologia os autores utilizaram a desenvolvida em 2005 por Lev e Radhakrishnan para estimar o capital organizacional específico da empresa, incorporando inclusive a capacidade da entidade em poupar custos operacionais. Todavia, Lev, Radhakrishnan e Zhang (2009), acrescentaram a essa medida de capital organizacional o potencial da companhia em gerar receitas supranormais tanto quanto de gerar contenções nos custos. A medida foi validada com base no exame da associação com as medidas de desempenho futuro das empresas, tal como crescimento do lucro operacional, crescimento nas vendas e retornos anormais. Após medir alguns fatores, foi encontrado que as medidas de capital organizacional das empresas são associadas a cinco anos de performance operacional futura e de retorno acionário.Assim, conclui-se que a avaliação de mensuração do capital organizacional da empresa realmente captura o conceito da habilidade da firma em manter sua posição competitiva.

O estudo também abordou a associação entre o capital organizacional com a recompensa dos executivos. A base para isso parte do princípio que o capital organizacional de sucesso é um reflexo das habilidades administrativas já que os gerentes são responsáveis pela criação e manutenção desse ativo. Compensar os executivos é um mecanismo de incentivo, assim como uma mensuração das habilidades que deveriam se manifestar nos processos e sistemas administrativos, ou seja, a forma de se levar os negócios. Concluiu-se que a compensação dos gerentes é associada positivamente à medida dos autores para o capital organizacional. Isso é importante por sugerir o capital organizacional como proxy para o conceito evasivo de “qualidade gerencial”. Deste modo, o comitê de compensação da Administração pode utilizar para os propósitos de recompensa a medida de capital organizacional como uma proxy agregada para a qualidade e habilidade administrativa.

Folha de pagamento e salário

O livro Soccernomics apresenta uma relação interessante entre desempenho de clubes ingleses e pontos obtidos no campeonato. O resultado é uma correlação forte entre as duas variáveis: os clubes que pagam melhores salários ganham mais pontos no campeonato.

O sítio Terra divulgou a folha salarial dos clubes brasileiros. O gráfico a seguir ilustra a relação entre as variáveis:

A correlação entre as variáveis é elevada e significativa. Uma regressão linear mostra o seguinte resultado:

Pontos = 28,832 + 4,141 Salário

Construção Civil


A Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que, embora o desaquecimento persista, houve leve melhora do desempenho do setor em setembro. Chama a atenção o esforço das construtoras para elevar a produtividade, pois nem lucros nem faturamento são tidos como satisfatórios.
Este é o terceiro semestre consecutivo de atividade fraca, mas o futuro é visto com algum otimismo - as pequenas e médias empresas alimentam expectativas favoráveis quanto ao nível de atividade, mas as grandes estão menos confiantes.
O uso da capacidade, por exemplo, é de 72% nas pequenas empresas, 70% nas médias e de apenas 64% nas grandes. Algumas companhias, em dificuldades para fechar as contas, foram capitalizadas. Em geral os sócios dispõem de recursos para isso.
Assim, a situação financeira foi avaliada como adequada, melhorando em relação ao trimestre abril-junho. Mas a retomada depende de melhoria da gestão, o que se nota no caso de algumas incorporadoras, que, apesar do cenário adverso, continuam muito lucrativas.
O crescimento esperado virá, notadamente, da construção de edifícios e obras de infraestrutura. Entre janeiro e setembro, a Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou aumento de 36,4% do montante financiado, em relação ao mesmo período de 2011. Nos últimos 12 meses, os bancos que captam recursos via cadernetas de poupança emprestaram R$ 79,7 bilhões para 458,8 mil unidades. O Conselho do FGTS acaba de liberar recursos para reformas de casa. Se as construtoras julgam difícil o acesso ao crédito, é provável que isso se deva às obras de infraestrutura.
Numa perspectiva de longo prazo, o setor da construção vive uma fase de ajustes, caracterizada pela acomodação dos negócios num patamar ainda bastante elevado. Passada a euforia, é hora de um controle cada vez mais rígido dos custos e do aumento da produtividade. Indiretamente, isso já se nota no emprego: entre dezembro de 2011 e abril de 2012, segundo o Sinduscon-SP, foram abertas 42,2 mil vagas na construção, mas, desde maio, a evolução foi muito lenta. Entre agosto e setembro, foram cortados 1,2 mil postos. Em âmbito nacional, os dados da CNI confirmam os do Sinduscon.
As grandes empresas pretendem cortar mais pessoal, em busca de produtividade. Mas, para que a fase de transição seja superada, o setor depende da capacidade das famílias de aceitar os preços pedidos pelos imóveis e de os governos conseguirem investir mais em novas obras.

TAM e CBF

Em matéria publicada nesta segunda-feira (29), o jornal Folha de S.Paulo afirma que a Tam decidiu romper o contrato de patrocínio com a seleção brasileira. Segundo a publicação, a comunicação será feita pela empresa aérea nos próximos dias. A intenção da Tam é não ter mais a sua marca vinculada à confederação em 2013. A companhia não informou oficialmente o motivo da rescisão do contrato.

No domingo (28), a Folha revelou que quatro empresas de propriedade de um amigo do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira foram indicadas pela entidade como beneficiárias do contrato de patrocínio da seleção com a Tam.

Pelo documento, a confederação apontou as empresas do Grupo Águia, de propriedade de Wagner Abrahão, para receber o valor das cotas mensais do patrocínio. Segundo o contrato, a Tam paga US$ 7 milhões (R$ 14,1 mi) por ano à confederação para patrocinar a seleção brasileira. As cotas são mensais.

De acordo com um dos artigos do documento firmado entre as duas instituições, a CBF informa à Tam que o pagamento mensal poderá ser feito na conta de uma das quatro empresas do grupo de Abrahão e as lista. São elas: a Pallas Operadora Turísticas Ltda, a Iron Tour Operadora Turística Ltda, a One Travel Turismo Ltda e a Top Service Turismo Ltda. A TAM e a confederação acrescentaram uma cláusula de confidencialidade para manter o artigo em sigilo.


Fonte: Aqui

A TAM é uma empresa com ações negociadas na bolsa. Mas até ontem, nenhum fato relevante tinha sido comunicado ao mercado. Como será que ela registrou o evento? Despesa operacional?

Disney compra Lucas Film

A Disney anunciou a compra da empresa Lucasfilm Ltd. Para isto a empresa pagou 4,05 bilhões dólares em dinheiro e ações. A empresa comprada é do diretor George Lucas, que no início do ano anunciou interesse em sair do negócio.

Para a Disney é um bom negócio: já anunciou uma sequência de Star Wars, que deverá chegar no cinema em 2015. Além disto, a Disney poderá explorar os personagens da série.

Imagem daqui

30 outubro 2012

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Logística reversa

A logística reversa significa todas as operações relacionadas à reutilização de produtos e materiais. Mais especificamente voltada para a área logística, diz respeito ao fluxo de materiais que voltam à empresa por algum motivo (devolução de clientes, retorno de embalagens, retorno de produtos, e/ou materiais para atender a legislação).

O trabalho “Oportunidade de Redução de Custos com a Análise da Logística Reversa e Gerenciamento da Cadeia Integrada de Valor: Um Estudo de Caso de Uma Empresa do Setor de Refrigerantes” dos autores Cecílio Elias Daher; Edwin Pinto de La Sota Silva, Adelaida Pallavicini Fonseca foi publicado no X Congresso Brasileiro de Custos no Espírito Santo em 2003. O artigo se inicia com a logística de uma forma geral e em seguida trata a logística reversa, que envolve todas as atividades logísticas de coletar, desmontar e processar produtos e materiais e peças usados a fim de se assegurar uma recuperação sustentável. Fala-se, ainda, sobre a administração de recuperação de produtos – PRM, que tem como objetivo a recuperação, tanto quanto possível, de valor econômico e ecológico dos produtos, componentes e materiais.

Com a pesquisa foi possível observar o desenvolvimento da logística reversa e sua importância na redução de custos das empresas. O estudo de caso se mostrou importante para que as entidades vejam que esse tipo de abordagem é não apenas sustentável, como também economicamente favorável. Com isso fica clara a sua relevância como uma forma de vantagem competitiva para a empresa.

Há de se observar que a inclusão de um sistema de logística reversa requer o tratamento do custeio do ciclo de vida total, tendo em vista que o retorno do produto a empresa acarreta a responsabilidade por ele até o fim da vida útil. Com isso haverá a evidenciação de todo o conjunto de receitas e despesas associadas a cada produto e o destaque do percentual de custos totais incorridos nos primeiros estágios, permitindo que as relações entre as categorias de custo da atividade se sobressaiam. Existem poucos sistemas de informação já desenvolvidos e específicos para lidar com a logística reversa, portanto justifica-se a necessidade do foco em abordagens que envolvam melhorias em sistemas de informações internos.

Quanto ao gerenciamento da cadeia de suprimentos a pesquisa demonstra sua importância tendo em vista que o conhecimento adequado de toda a cadeia na qual se encontra não só a empresa, como também todos os membros com participação ativa e consciente é ponto crítico para o desenvolvimento da logística reversa.

Os conceitos foram então aplicados ao setor de refrigerantes com base na metodologia de estudo de caso. Foram encontradas oportunidades de melhoria, de forma com que o maior entrosamento entre as partes envolvidas em todo o processo de fabricação, distribuição e venda dos produtos, além da ampliação dos controles gerenciais, se tornarão não apenas imprescindíveis para o bom andamento das entidades como também altamente lucrativos.