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26 outubro 2012

Bunheads

A série Bunheads é sobre Michelle Simms,  uma ex-bailarina de Las Vegas, que aceita a proposta de casamento de um admirador e muda para cidade de Paradise. Logo que chega na cidade, o marido morre num acidente de carro e deixa para Michelle a casa, com uma escola de balé, onde dá aula a sogra de Michele chamada Fanny.

A série foi criada por Amy Sherman-Palladino, a mesma de Gilmore Girls. Bunheads tem muita semelhança com Gilmore Girls: diálogos rápidos, com muitas tiradas e centrada nas mulheres. A professora de Balé Fanny foi atriz de Gilmore Girls. E Michelle, a bailarina, lembra muito Lorelai, até fisicamente.

No quinto episódio da primeira temporada Michelle descobre que a escola de balé é uma bagunça em termos administrativos. E resolve ir procurar um CPA para entender o que está ocorrendo. A cena a seguir, de dois minutos, mostra quando Michelle descobre o que realmente está acontecendo na escola de balé:





Aqui uma tradução rápida

CPA: Embora seja uma contabilidade incomum, não tenho informações necessárias para análise do capital bruto... se pudesse achar os débitos B2C ou B3C.
Fanny: Ei, você me fez vir até aqui.
Michelle: Desculpe, voltei. Continue com o...
CPA: Certo. Com respeito as despesas mais importantes de capital, separei em duas partes. Não podemos ignorar o significado das despesas com os prejuízos líquidos.
Fanny: Quanta classe!
CPA: Não concordam?
Michelle: Perdão.
CPA: Estou falando muito rápido?
Michelle: Não. Como queria que ele falasse mais rápido. Quer dizer, estou entediada. Você não está?
Fanny: Não entendi nenhuma palavra depois do “oi, meu nome é Bob”.
CPA: Eric. Meu nome é Eric.
Fanny: Oh.
CPA: Vamos direto ao ponto. Revisei tudo e seus problemas não são a péssima organização contábil. Seu problema é a receita.
Michelle: O que isto significa?
CPA: vocês precisam ter alguma. Vocês já sentaram e avaliaram como as coisas funcionarão? Certo, vamos começar pela Michele.
Michelle: Espera, como me pôs no problema?
CPA: Seu marido deixou propriedades, dois carros, um funcionando, dois CDs, uma conta bancária que se administrar sabiamente conseguirá manter por um bom tempo, mas não para sempre. Você precisa de alguma receita.
Michelle: A escola de balé ajuda, certo?
CPA: Ajudaria se tivesse algum aluno.
Michelle: Do que está falando? Aquele lugar está cheio, as turmas estão lotadas.
CPA: Perdão, pagantes. Segundo os registros, a maioria não paga.
Michelle: Não pagam? É isto mesmo, Fanny?
Fanny: Acho que sim. Se você nos trouxe a um contador decente.
Michelle: Por que eles não pagam?
Fanny: Existem bolsas de estudos.
Michelle: quantas?
Fanny: Não tenho certeza.
Michelle: São quantos alunos?
CPA: 75
Michelle: E quantos pagam?
CPA: 9
Michelle: 9?
CPA: 9
Michelle: Nove? Nove? Nove?
Fanny: Você parece um alemão
Michelle: Nove?
Fanny: Terminamos?
Michelle: Nove?
Fanny: Vamos
Michelle: Nove!
Fanny: Diga adeus ao adorável contador.
Michelle: Nove? Nove?

O bom a cena é que o contador passa uma imagem de eficiência: descobriu rapidamente o que estava ocorrendo na empresa. Mas as mulheres ficam entediadas com o palavreado do CPA.

Cruzeiro do Sul

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) marcou para 13 de novembro, às 15 horas, o julgamento do ex-presidente do banco Cruzeiro do Sul Luis Octavio Indio da Costa preso em São Paulo na segunda-feira. O advogado de defesa será o ex-presidente da autarquia Marcelo Trindade.

O julgamento de Luis Octavio Indio da Costa na CVM tratará da não divulgação de fato relevante referente a negociações para uma possível compra do banco Prosper. (CVM julgará sócio do Cruzeiro do Sul - 25 de Outubro de 2012 - Valor Econômico  - Luciana Bruno)

O processo é anterior aos problemas financeiros da instituição e sua liquidação, que ocorreu em setembro. Ao mesmo tempo, a Polícia Federal indiciou o banqueiro em sete crimes, com possibilidade de 50 anos de prisão.

A PF geralmente atribui a empresários e controladores de instituições financeiros esses crimes. Para Índio da Costa, no entanto, a PF reservou uma surpresa ao indiciá-lo também como incurso no artigo 27 C da Lei 6.385/76 - operações simuladas e manobras fraudulentas com ações na Bolsa de Valores por meio de "interpostas pessoas" com a finalidade de lucro indevido, pena de 1 a 8 anos. A PF e a Procuradoria da República estão impressionadas com o drama de centenas de clientes do Cruzeiro do Sul que foram lesados. Perderam economias de uma vida inteira e criaram uma associação das vítimas do banco.

O rosário de ilícitos imputados ao banqueiro alcança quatro artigos da Lei 7.492/86 (Colarinho Branco). Foi indiciado no artigo 1.º (gestão fraudulenta de instituição financeira, pena de 3 a 12 anos), artigo 6.º (manter em erro sócio ou investidor com informações falsas, 2 a 6 anos), artigo 11 (caixa 2 de banco com movimentação paralela de recursos, pena de 1 a 5 anos de prisão) e artigo 17 (mútuos vedados, reclusão de 2 a 6 anos).

A PF atribui quadrilha a Índio da Costa - artigo 288 do Código Penal, 1 a 3 anos, combinado com o Decreto 5.015 (organização criminosa). E o enquadrou por lavagem de dinheiro (3 a 10 anos de cadeia), crime financeiro como ação antecedente. (Índio da Costa é indiciado em sete crimes - 25 de Outubro de 2012 - O Estado de São Paulo - Fausto Macedo)

Fundos de Estatais

Onde têm um grande escândalo contábil no Brasil tem um fundo de pensão de uma estatal envolvido, para azar dos seus funcionários. No caso do BVA isto parece que não foi exceção:

A Petros investiu R$ 51 milhões em cédulas de crédito bancário (CCB) emitidas pela V55 Empreendimentos, uma das empresas criadas pelos principais sócios do BVA - José Augusto Ferreira dos Santos e Benedito Ivo Lodo - para injetar recursos no banco. O saldo a ser pago dessa CCB, que vence em junho de 2013, é estimado em pouco mais de R$ 20 milhões. Com a intervenção no BVA, os bens dos acionistas, incluindo a V55, ficaram indisponíveis. (Petros financiou sócios do BVA, 25 de Outubro de 2012, Vinícius Pinheiro)


Talvez uma das razões seja a ganância:

O investimento nos papéis da V55 rendia para a Petros o equivalente à variação do IPCA mais 13% ao ano, bem acima da meta atuarial de 6% da fundação. A posição na V55 representava 5,5% do total de CCBs detidos diretamente pelo fundo de pensão.


Ou a falta de conhecimento de finanças, mais especificamente, diversificação.

Nas nuvens

Eis um caso interessante, onde se  cruza incentivos, contabilidade criativa e reconhecimento de receita.

O problema decorre de como empresas software-as-a-service [SaaS] contabiliza receita. Quando uma empresa de SaaS obtém um novo cliente, ele normalmente assina um acordo de vários anos, normalmente três. Mas as regras contábeis GAAP só permitem reconhecer a receita depois que o serviço é realizado. Empresas "nas nuvens" querem mostrar aos investidores que, para cada novo cliente que assina, irá receber muito mais dinheiro, garantido pela duração do contrato.

Numa das empresas, a SuccesssFactors, os vendedores recebiam comissão para cada novo contrato, mesmo que o cliente não fosse novo. Nas demonstrações da empresa existiam um grande número de "clientes" novos.

A SuccesssFactors foi recentemente adquirida pela SAP.

Frase

Pretendemos continuar a trabalhar em cooperação com o IASB e outros reguladores de todo o mundo para continuar a melhorar os padrões dos EUA, bem como padrões globais de contabilidade, e torná-los mais comparáveis.

Leslie Seidman, presidente do FASB, sobre a relação com o Iasb

Vale

a Vale reconheceu, em seu balanço, uma perda provável de US$ 542 milhões (R$ 1,1 bilhão) relacionada aos royalties de mineração no Brasil, a chamada CFEM.

Segundo a mineradora, esses recursos foram provisionados porque houve uma "mudança na avaliação da perda associada à dedução dos custos de transporte da receita de vendas sujeita", tema em discussão com o governo, que cobra da mineradora o pagamento extra de cerca de R$ 4 bilhões. (...)

Para Luciano Siani, diretor financeiro da Vale, a provisão "reflete o reconhecimento de perda provável". O executivo disse, no entanto, que o assunto ainda está sob discussão com o governo e não quis estimar outras possíveis baixas contábeis ocasionadas por possíveis pagamentos extraordinários de royalties contestados pelo governo.

"A regra diz que devemos provisionar no balanço. mas não há nenhuma outra perda provável além desse valor", disse.


Fonte: aqui

Novo Presidente da CVM

Leonardo Porciúncula Gomes Pereira foi nomeado presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pela presidente da república, Dilma Rousseff, por meio de decreto publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (24/10).

O executivo deve permanecer no comando do órgão até 14 de julho de 2017.

Com experiência no setor privado, Pereira era vice-presidente executivo da Gol Linhas Aéreas, e havia ocupado os cargos de presidente e conselheiro da Companhia Vale do Araguaia, de diretor de planejamento corporativo e de relações com investidores da Globopar e diretor executivo financeiro da Net Serviços de Comunicação.

Graduado em engenharia de produção e economia, o executivo já esteve a frente da vice-presidência do Citibank e diretoria da área de aviação para a América Latina.


Fonte: Aqui