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23 outubro 2012

Previsão e Prisão

Seis cientistas italianos e um ex-funcionário do governo foram condenados a seis anos de prisão durante o terremoto de 2009 em L'Aquila. Os promotores disseram que os réus deram uma declaração falsamente tranquilizadora antes do terremoto

Fonte: aqui

Internet, Privacidade e Política

Um interessante artigo do ProPublica (How Companies Have Assembled Political Profiles for Millions of Internet Users, Lois Beckett) destaca que alguns cookies, instalados nos nossos computadores, estão dando informação sobre as nossas preferências políticas. Estas informações, em conjunto com estimativa de salário, onde você mora, entre outras, estão alimentando empresas, como a CampaignGrid. Esta empresa, por sinal, montou uma apresentação onde informa que os usuários da internet não são anônimos (foto ao lado). 

O ProPublica identificou sete empresas capazes de rastrear as preferências políticas dos usuários. Algumas destas empresas estão trabalhando em conjunto com companhias maiores tais como Facebook, Yahoo ou Microsoft. As informações coletadas abrangeriam 80% dos eleitores dos Estados Unidos. 

Atlas do Espaço Rural Brasileiro


Atlas mostra agropecuária brasileira cada vez mais moderna

IBGE destaca que, além da mecanização, o destaque atual do setor tem sido o uso de irrigação, sementes certificadas e transgênicas, entre outros 


19 de outubro de 2012 | 11h 57
Daniela Amorim, da Agência Estado
RIO - O consumo intensivo de capital intelectual, por meio de uma série de técnicas e inovações, tem marcado o atual processo de produção nas áreas rurais do País, segundo o Atlas do Espaço Rural Brasileiro, divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As máquinas e os insumos agrícolas marcaram a modernização da agricultura, mas o destaque atualmente tem sido o uso de irrigação, sementes certificadas e transgênicas, acesso a assistência técnica, aplicação de plantio direto, produção de eucalipto, entre outros.
Na pecuária bovina, destacam-se municípios que apresentam estabelecimentos com transferência de embriões, rastreamento, uso de rações industriais, confinamento e inseminação. O atlas combina dados do Censo Agropecuário 2006 com outras pesquisas do instituto, com o objetivo de retratar a realidade territorial do campo brasileiro.
A pesquisa aponta que o País tem 5,2 milhões de estabelecimentos agropecuários e 3,9 milhões de proprietários rurais, sendo que 82% eram analfabetos ou não tinham completado o ensino fundamental. As mulheres, que respondiam por cerca de 13% dos estabelecimentos agropecuários, tinham a maior taxa de analfabetismo (45,7%), contra 38,1% dos homens. As maiores taxas de analfabetismo, tanto para os proprietários quanto para os ocupantes, se concentravam nos municípios das regiões Norte e Nordeste do País.
Escolaridade
A maior fatia de produtores proprietários com nível médio de instrução (regular e profissionalizante) ficava nas áreas de maior dinamismo da produção, com destaque para o Centro-Sul, especialmente onde há domínio da cultura de soja e outras commodities de exportação. De acordo com o IBGE, os dados mostram uma correlação entre o aprimoramento técnico da agricultura e o nível de instrução do produtor rural.
O bioma que mais sofre pressão da agropecuária, entre os seis presentes em território nacional, é o Pampa, que tem 71% de sua extensão ocupada com estabelecimentos agropecuários. Em seguida, aparecem os biomas Pantanal (com 69% da área ocupada), Mata Atlântica (66%) e Cerrado (59%).
Segundo o IBGE, apenas 20% dos estabelecimentos agropecuários no País tinham matas destinadas a Áreas de Preservação Permanente ou Reserva Legal. Outros 40% dos estabelecimentos agropecuários não usam nenhuma das principais práticas agrícolas capazes de prevenir e controlar a erosão do solo, como o plantio em nível, o uso de terraços, a proteção de encostas, o plantio direto na palha, o pousio (interrupção de cultivo para permitir o descanso da terra) e a rotação de culturas.
Logística
O transporte da produção agropecuária ainda é concentrado no modal rodoviário, que detém uma fatia 70% das cargas no País, em comparação com 26% nos Estados Unidos e 8% na China. O IBGE ressalta que o Brasil tem mais de 29 mil quilômetros de rios navegáveis, mas que apenas 5% da safra de grãos são transportados pelas hidrovias. Outros 67% dos grãos seguem por estradas. Quanto aos portos, o instituto aponta dois problemas "cruciais" para o produtor, que são o acesso aos terminais e o alto custo das operações.

Golpe do Boleto

Microempresários que abrem seus negócios em todo o país estão sendo vítimas do "golpe do boleto".

Trata-se de uma ação de estelionato cometida por "entidades-fantasma" que aparentemente dizem assessorar e defender os interesses das empresas. Mas, na verdade, querem tirar dinheiro de crédulos microempresários.

O golpe ocorre da seguinte forma: uma pessoa dá entrada em um escritório ou contador nos papéis para a abertura de uma microempresa ou MEI (Microempreeendedor Individual).

Cerca de duas semanas após o processo, e pouco antes de sair o CNPJ da nova empresa, o empresário recebe em casa boletos de pagamentos com os mais diversos nomes de associações. (foto)

Os boletos dizem que "sua empresa foi registrada com sucesso" e apontam um valor a pagar: pode variar de R$ 399, caso da fictícia AACIEB (Assessoria a Autônomos, Com. e Ind. do Brasil), a quase R$ 500 na "Associação Comercial e Emp. do Estado de São Paulo".

Os nomes são semelhantes aos de entidades reconhecidas e representativas.

Quase sempre a data do vencimento do boleto é iminente (dois ou três dias) e há poucas informações nele. Isso faz com que muitas pessoas corram ao banco para pagar o valor "devido", temendo ficar com pendências ou débitos na nova empresa.

Nenhuma dessas associações existe de fato. (...)

'Empresa-fantasma' dá golpe do boleto em empreendedores - RICARDO FELTRIN - Folha de S Paulo, 22 de outubro de 2012

Pesquisa eleitoral

O instituto Ipsos, um dos maiores do mundo, começou a fazer pesquisas eleitorais 100% pela internet nesta eleição presidencial dos EUA. É uma revolução porque explode os conceitos de amostra probabilística, de intervalo de confiança e de margem de erro. Se fossem feitas no Brasil, estariam proibidas de serem publicadas porque não se adequariam à lei.

“É o futuro”, diz o CEO mundial da divisão de pesquisas de opinião do Ipsos, Darrell Bricker. “Pode demorar, 5, 10 ou 15 anos, mas virá”, prevê a CEO do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari. Enquanto isso, no Brasil, os institutos ainda são obrigados a fazer pesquisas eleitorais usando questionários de papel só para os partidos poderem contá-los se quiserem.



Lições de 2012 - José Roberto de Toledo - Estado - 22 de outubro de 2012

22 outubro 2012

Rir é o melhor remédio


Indicado por Fernanda Gomes, a quem agradecemos.

Auditoria interna

Se na última década o trabalho de auditoria interna ganhou destaque principalmente por questões ligadas a controles financeiros, por conta de legislações como a Sarbanes Oxley, dos Estados Unidos, nos próximos dez anos os profissionais da área deverão se envolver cada vez mais com a gestão de outros riscos a que estão sujeitas as organizações.

E esse envolvimento deve crescer tanto na identificação como na apresentação desses riscos aos conselhos de administração e comitês de auditoria.

A avaliação é de Richard Chambers, presidente do Instituto Global dos Auditores Internos (IIA Global), que está no Brasil para participar hoje da abertura do Congresso Brasileiro de Auditoria Interna, em Gramado (RS).

"O auditor interno é muito mais eficiente atuando na prevenção do que quando chega depois apenas para apontar quem cometeu os erros", disse ele, em entrevista ao Valor.

Menos "populares" que os auditores externos independentes, que assinam pareceres sobre os demonstrativos financeiros das empresas, os auditores internos servem à própria administração da companhia.

Eles são profissionais com formação variada, o que significa que não apenas os contadores trabalham na função, mas também engenheiros, economistas e analistas de sistemas. O objetivo e escopo de trabalho pode variar bastante de caso para caso, mas costuma estar ligado à asseguração da eficácia de controles e processos, e também à prevenção de riscos, fraudes e corrupção.

Embora tenha 3,5 mil associados, o Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA Brasil) estima que 40 mil profissionais atuem nessa área no país.

Chambers listou cinco pontos que ele considera que vão nortear a área de auditoria interna nos próximos anos.

O primeiro deles é reforçar a frequência com que se checa os potenciais riscos das empresas. Segundo Chambers, hoje mais de 80% das grandes empresas fazem esse trabalho ao menos anualmente. Mas ele entende que isso não é suficiente. "Seria como ter uma câmera de segurança que tira uma foto uma vez por dia."

Outro ponto de atenção é melhorar a comunicação com o comitê de auditoria, quando existente, ou com o conselho de administração. "É preciso assegurar que a alta administração esteja ciente dos riscos", afirma Chambers, lembrando da importância de que o auditor interno não se reporte apenas ao presidente da companhia, mas também aos representantes dos acionistas, para garantir independência.

Uma terceira área de desenvolvimento para os auditores internos está ligada ao aumento do uso da tecnologia da informação na análise dos dados. "Usando tecnologia é possível criar filtros para identificar, em questão de minutos, operações suspeitas de lavagem de dinheiro ou para checar se a política de compras está sendo seguida", exemplifica Chambers dizendo que, sem auxílio de sistemas informatizados, algumas dessas tarefas poderiam levar meses ou anos.

Um quarto caminho visto por Chambers para a profissão é que os auditores internos consigam ter um lugar junto da alta administração na mesa de discussões de assuntos estratégicos, como fusões e aquisições ou lançamentos de produtos ou criação de novas linhas de negócio. "O auditor interno devia participar das reuniões não para decidir", diz. "Mas para identificar riscos antes que eles se manifestem."

Como último ponto na lista de prioridades, o presidente do IIA Global afirma que os auditores internos terão cada vez mais que conhecer os segmentos de negócio das empresas em que atuam. Segundo ele, hoje se dedica apenas 20% dos recursos para riscos financeiros, que não exigem essa especialização. A maior parte do tempo e da equipe, portanto, é voltada para riscos operacionais e para "compliance".

Outros temas ligados ao trabalho de auditoria interna são destacados por Renato Trisciuzzi, presidente do conselho de administração da IIA Brasil.

Segundo ele, o tema corrupção vem ganhando espaço, especialmente por causa de legislações mais duras de combate a essa prática nos EUA e Reino Unido.

Trisciuzzi menciona ainda o risco de reputação a que as empresas estão expostas em mídias sociais, algo que é bastante novo no universo das empresas. "O risco de imagem da organização é muito latente", afirma.

Chambers cita outro risco que não estava no radar do auditores externos há cerca de cinco anos, mas que merece atenção: computação em nuvem. "Antes as os bancos de dados estavam nos servidores dentro das empresas. Agora muitas companhias não nem sabem onde estão esses equipamentos", diz ele. (FT)


Auditoria interna renova escopo em leque de riscos - 22 de Outubro de 2012 - Valor Econômico