A revista científica britânica "Nature", uma das mais importantes do mundo, destaca em sua edição de hoje as mudanças que estão afetando a geografia da ciência.
Segundo o periódico, novas redes regionais de colaboração entre cientistas estão aumentando a capacidade de pesquisa de países de economia emergente, entre eles o Brasil, e mudando o equilíbrio global da ciência.
As superpotências da área, os EUA e a Europa, que vêm dominando a pesquisa desde 1945, podem perder a primazia nas próximas décadas, afirma a "Nature". (...)
Segundo a revista, o Brasil possui uma emergente rede de pesquisa na América Latina. A despeito da diferença linguística, o país dobrou sua colaboração científica com Chile, Argentina e México nos últimos cinco anos.
Na edição da "Nature", há também um texto do diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Carlos Henrique de Brito Cruz, em que ele apresenta números robustos da ciência nacional: 35 mil artigos científicos no ano passado, levando o Brasil à 13ª posição mundial no número de publicações.
Contudo, o país ocupa apenas a 35ª posição no ranking de impacto da pesquisa. "Durante uma fase do desenvolvimento científico, é importante enfatizar a quantidade da produção, mas já atingimos um estágio em que devemos incluir na agenda a questão do impacto", disse Brito Cruz à Folha.
A média de citações de artigos de cientistas brasileiros (principal medida de sua importância para a comunidade científica) em 2011 foi 65% da média mundial. Pior, é a mesma proporção de 1994. O número já foi 75% em fins da década de 2000.
Brito Cruz propõe que o governo desenvolva um plano de apoio a algumas universidades, que as coloque entre as cem melhores do mundo em uma década. "Deve haver uma concertação nacional, em nível federal e estadual, para montar um plano de programa de excelência para algumas universidades."
Para ele, esse programa deve prever "uma autonomia real para as universidades federais, um sistema totalmente baseado no mérito, um plano agressivo de internacionalização e um sistema mais rigoroso na seleção de alunos e pesquisadores".
"Não adianta só ter dinheiro, as melhores universidades precisam ter os melhores alunos e professores", diz.
Folha de S Paulo
19 outubro 2012
Ciência
Um artigo de Marcie Rathke, foi provisoriamente aceito para publicação em Advances in Pure Mathematics. O texto continha sentenças ligadas pelo uso de fórmulas matemáticas.
A curiosidade é que o artigo foi criado por um programa chamado Mathgen, que gera, de maneira aleatória, sentenças, fórmulas técnicas, dentro da estrutura convencional de um artigo científico. Mas sem nenhum sentido...
O criador do Mathgen já tinha feito algo parecido para ciência da computação, tendo o artigo sido aceito para publicação em congressos acadêmicos.
A curiosidade é que o artigo foi criado por um programa chamado Mathgen, que gera, de maneira aleatória, sentenças, fórmulas técnicas, dentro da estrutura convencional de um artigo científico. Mas sem nenhum sentido...
O criador do Mathgen já tinha feito algo parecido para ciência da computação, tendo o artigo sido aceito para publicação em congressos acadêmicos.
Fato da Semana
Fato: A divulgação atrapalhada do
Google
Qual a relevância
disto? – A empresa Google (onde está hospedado este blog) é sinal de eficiência.
É para muitos o ideal de uma empresa. Mas as trapalhadas da divulgação do
resultado foram tantas que mostram que a Google é uma empresa “normal” como as
demais. As demonstrações deveriam ser divulgadas após o fechamento do pregão,
mas por um erro foram apresentadas durante do pregão. Pior, de maneira
incompleta, com comentários no texto. Além do resultado abaixo do esperado, os
erros na evidenciação também ajudaram a derrubar o preço da ação da empresa.
O fato chama atenção para o cuidado que se deve ter no
processo de evidenciar uma informação. Erros como os cometidos pela empresa são
danosos para sua imagem.
Positivo ou negativo?
– Para a empresa, sem dúvida nenhuma foi negativo. Para as empresas e a
contabilidade, o fato pode ser positivo ao destacar a relevância da boa
evidenciação.
Desdobramentos – A
imagem da empresa deverá ser recuperada rapidamente. Mas ficará na história de
como não se deve fazer.
Frase
"E nós queríamos testar "pessoas de verdade" e não apenas estudantes (apesar deu ter descoberto que estudantes não gostam de ouvir que não são pessoas de verdade)."
"And we wanted to test “real people” and not just students (though I have discovered that students don’t like to be told that they are not real people)."
Dan Ariely
"And we wanted to test “real people” and not just students (though I have discovered that students don’t like to be told that they are not real people)."
Dan Ariely
ICMS
Qual reforma tributária?
O Estado de S.Paulo - Editorial, 16/10/2012
Empresários e contribuintes em geral gostariam muito de acreditar na afirmação do ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, de que "a reforma tributária já começou e está caminhando". De que é urgente uma reforma extensa e profunda de nosso sistema de impostos, contribuições e taxas, ninguém que conheça o assunto parece discordar, como deixaram claro os participantes do seminário Como avançar na agenda da tributação, promovido pelo Estado e pela Agência Estado, com o apoio da Confederação Nacional da Indústria. Afinal, há muito tempo a complexidade do sistema tributário - que impõe despesas administrativas extraordinárias às empresas - e o alto peso dos impostos - que onera demasiadamente os custos de produção no País e continua a crescer - retiram competitividade dos produtos brasileiros e retardam o crescimento. Ainda que ela esteja em curso, no entanto, de que reforma falou o ministro interino, em entrevista ao Estado (11/10)?
Quando autoridades, empresários, tributaristas e outros contribuintes discutem a reforma tributária, o único ponto com o qual todos concordam é quanto à sua necessidade e urgência. É preciso fazê-la o mais depressa possível. Por isso, governos vêm anunciando projetos de reformas tributárias praticamente desde a promulgação da Constituição de 1988.
[...]E por que, embora tão defendida, a reforma tributária pouco avança? A reforma não sai porque quem mais está falando em fazê-la, isto é, o governo federal, não é dono do principal imposto a ser reformado, que é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de natureza estadual, observou o economista Raul Velloso. "O dono do ICMS são os governadores, que não querem perder receita."
Criado como um imposto de valor adicionado, o ICMS foi sendo desfigurado e hoje, como observou Panzarini, é "o grande protagonista do manicômio tributário brasileiro". É ele que gera a guerra fiscal entre os Estados, a guerra dos portos (uma forma específica da guerra fiscal) e a guerra do comércio eletrônico. A toda iniciativa de mudança nas regras do ICMS os governadores reagem com desconfiança, pois temem que seus Estados percam receitas e outros ganhem.
[...]Diante da imensa dificuldade para chegar a um projeto abrangente que tenha apoio político suficiente, o governo Dilma tem optado por medidas pontuais, entre as quais o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, apontou a desoneração da folha de pagamentos de 20% da contribuição previdenciária. Outras ainda estão em estudos, como a simplificação das regras do ICMS e do PIS/Cofins, mas poderão ficar para 2014, para evitar perdas de receitas em 2013, quando a economia brasileira ainda deverá estar se recuperando da crise.
Tem havido alguns poucos benefícios para o setor produtivo, e outros poderão surgir futuramente, mas as empresas continuam envolvidas por um cipoal de normas tributárias que afetam seus negócios e seu crescimento - e, com mudanças a conta-gotas, assim continuará por muito tempo.
O Estado de S.Paulo - Editorial, 16/10/2012
Empresários e contribuintes em geral gostariam muito de acreditar na afirmação do ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, de que "a reforma tributária já começou e está caminhando". De que é urgente uma reforma extensa e profunda de nosso sistema de impostos, contribuições e taxas, ninguém que conheça o assunto parece discordar, como deixaram claro os participantes do seminário Como avançar na agenda da tributação, promovido pelo Estado e pela Agência Estado, com o apoio da Confederação Nacional da Indústria. Afinal, há muito tempo a complexidade do sistema tributário - que impõe despesas administrativas extraordinárias às empresas - e o alto peso dos impostos - que onera demasiadamente os custos de produção no País e continua a crescer - retiram competitividade dos produtos brasileiros e retardam o crescimento. Ainda que ela esteja em curso, no entanto, de que reforma falou o ministro interino, em entrevista ao Estado (11/10)?
Quando autoridades, empresários, tributaristas e outros contribuintes discutem a reforma tributária, o único ponto com o qual todos concordam é quanto à sua necessidade e urgência. É preciso fazê-la o mais depressa possível. Por isso, governos vêm anunciando projetos de reformas tributárias praticamente desde a promulgação da Constituição de 1988.
[...]E por que, embora tão defendida, a reforma tributária pouco avança? A reforma não sai porque quem mais está falando em fazê-la, isto é, o governo federal, não é dono do principal imposto a ser reformado, que é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de natureza estadual, observou o economista Raul Velloso. "O dono do ICMS são os governadores, que não querem perder receita."
Criado como um imposto de valor adicionado, o ICMS foi sendo desfigurado e hoje, como observou Panzarini, é "o grande protagonista do manicômio tributário brasileiro". É ele que gera a guerra fiscal entre os Estados, a guerra dos portos (uma forma específica da guerra fiscal) e a guerra do comércio eletrônico. A toda iniciativa de mudança nas regras do ICMS os governadores reagem com desconfiança, pois temem que seus Estados percam receitas e outros ganhem.
[...]Diante da imensa dificuldade para chegar a um projeto abrangente que tenha apoio político suficiente, o governo Dilma tem optado por medidas pontuais, entre as quais o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, apontou a desoneração da folha de pagamentos de 20% da contribuição previdenciária. Outras ainda estão em estudos, como a simplificação das regras do ICMS e do PIS/Cofins, mas poderão ficar para 2014, para evitar perdas de receitas em 2013, quando a economia brasileira ainda deverá estar se recuperando da crise.
Tem havido alguns poucos benefícios para o setor produtivo, e outros poderão surgir futuramente, mas as empresas continuam envolvidas por um cipoal de normas tributárias que afetam seus negócios e seu crescimento - e, com mudanças a conta-gotas, assim continuará por muito tempo.
18 outubro 2012
Professor, revisa a minha nota?
Eu sempre falo deste vídeo para as pessoas. Vi em uma postagem antiga do Professor David Albrecht. Não foi ele quem fez, foi encontrado no YouTube. Está sem legendas.
Eu estava com planos de acrescentá-las mas desisti. Tem me faltado tempo. Caso alguém encontre o vídeo com legendas, por favor nos informe. ^.^
Eu estava com planos de acrescentá-las mas desisti. Tem me faltado tempo. Caso alguém encontre o vídeo com legendas, por favor nos informe. ^.^
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