Aparentemente melhorar a evidenciação traz benefícios para o
mercado acionário de diversas formas. A quantidade de pesquisas sobre o assunto
é enorme. Observe o leitor o gráfico abaixo:
Este gráfico foi construído a partir de milhares de
observações obtidas em quarenta países, inclusive o Brasil. Em cada país foi
calculado o nível de evidenciação do mercado (dados do Global Competitiveness
Report) e o risco do mercado, obtido pelo desvio padrão anualizado do mercado acionário.
É possível perceber que mercados com níveis elevados de risco possuem baixa
evidenciação: a correlação estatística é de -0,43, significativa a 5%. Dos
países que participaram da amostra, o Brasil é o sétimo de maior risco no
período analisado e o 31o em evidenciação.
O gráfico seguinte relaciona o índice M/B pela evidenciação.
O índice M/B traduz a relação entre o preço da ação
ordinária no mercado e o valor contábil. Mercados que evidenciam melhor tendem
a ter uma valorização maior dos papéis: neste caso, a correlação foi de 0,569,
também significativa. O Brasil, que ocupa a 31o posição na evidenciação é 47º no
índice.
Os dados foram obtidos do artigo Why Are US Stocks More
Volatile?, publicado no Journal of Finance de agosto de 2012, de autoria de
Bartram, Brown e Stulz.